quarta-feira, 3 de outubro de 2012

UMA MONTANHA NO CAMINHO


Quando guardamos emoções, em geral mágoas, geramos um bloqueio da energia.

Existem vários símbolos relacionados à montanha e um deles é o bloqueio. Quando você trilha um caminho e, de repente, se depara com uma montanha, muitas vezes isso representa um impedimento para seguir em frente, daí a analogia.

Assim também no corpo humano podem surgir acúmulos, que representam o impedimento ao fluxo natural e contínuo da circulação energética e sanguínea. Existe uma graduação dos bloqueios, do mais sutil ao mais denso e mais grave. Desde um acúmulo energético ou da circulação de gases e ar, até uma consolidação maior formando nódulos de fluidos ou de sangue. Esse acúmulo de matéria poderia representar uma analogia mais precisa com o bloqueio da montanha.

As causas da estagnação podem ser as mais diversas, como emoções, climas, traumas físicos etc. Diferentes emoções podem dispersar, descender ou enfraquecer a energia. Quando guardamos emoções, em geral mágoas, geramos um bloqueio da energia. Podemos ficar, por exemplo, com um “nó na garganta”, ou então, com um “aperto no peito”. Uma boa risada garantirá um fluxo renovado da energia e os bloqueios suaves vão embora. É lógico que podemos bloquear de novo, e uma reação clássica são os suspiros, tentativas do organismo de mover essa “emoção presa” através do sopro da respiração.

Como em todo desequilíbrio, a gravidade vai depender da intensidade e prolongamento do bloqueio. A estagnação de sangue é mais densa se comparada à energética, e considerada um bloqueio mais grave, que pode ser causa de outros desequilíbrios. Podemos citar os traumas físicos formando hematomas ou diferentes outras causas, gerando dificuldade circulatória, coagulação sanguínea interna e nódulos, como pequenas ou grandes montanhas internas.

Existem várias formas pelas quais um bloqueio pode apresentar sintomas. O mais comum, é o desconforto da dor, que pode variar do mais sutil ao mais denso, de um desconforto passageiro até uma dor fixa, lancinante. Esta última significa um bloqueio de sangue. Existem várias formas de tratar estagnações pela medicina tradicional chinesa: exercícios respiratórios associados a movimentos, massagem e acupuntura possuem técnicas de condução de energia que, por sua vez, facilitam a circulação sanguínea. O tratamento com alimentos ou ervas específicas promove a circulação energética ou sanguínea.

As ervas e alimentos nos fazem lembrar mais uma vez da imagem da montanha como descrita na China, com eremitas que se dedicam à evolução do espírito e da vida, vivendo de modo simples e mantendo a saúde através da ingestão de ervas colhidas ali mesmo na sua casa, a montanha.

Haverá sempre um método adequado para cada momento e situação, até mesmo para prevenir qualquer futuro bloqueio. Afinal todos nós respiramos o tempo todo, nos alimentamos e nos movimentamos todos os dias, e podemos, através de hábitos saudáveis dos antigos sábios da medicina chinesa, nos manter sem bloqueios. Estaremos aptos, então, para viver o melhor do simbolismo da montanha: a quietude, a consistência e a estabilidade. Manter a quietude da consciência, o vigor físico e a estabilidade na vida.







Dra. Andrea de Moraes (Medicina Tradicional Chinesa)







Fonte: Jornal Tao do Taoísmo, nº 17
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

TENTE ALGO NOVO


Sempre podemos fazer com que o dia de hoje seja ótimo se simplesmente nos libertarmos de nossa BOLHA HABITUAL. 

O que você pode fazer hoje que diferenciaria esse dia dos outros? 


Inscrever-se em aulas de yoga?

Falar com alguém na rua?

Fazer um caminho diferente para ir trabalhar?


Chamar o novo funcionário do seu escritório para almoçar?

Não existe fim para as novas rotas que você pode construir para si hoje na estrada da vida.







Rav Yehuda Berg








Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

DESEJOS

Desejo é realização antecipada.


Querendo, mentalizamos; mentalizando, agimos; agindo, atraímos; e atraindo, realizamos.



Como você pensa, você crê, e como você crê, será.



Cada um tem hoje o que desejou ontem e terá amanhã o que deseja hoje.



Campo de desejo, no terreno do espírito, é semelhante ao campo de cultura na gleba do mundo, na qual cada lavrador é livre na sementeira e responsável na colheita.



O tempo que o malfeitor gastou para agir em oposição à Lei, é igual ao tempo que o santo despendeu para trabalhar sublimando a vida.



Todo desejo, na essência, é uma entidade tomando a forma correspondente.



A vida é sempre o resultado de nossa própria escolha.



O pensamento é vivo e depois de agir sobre o objeto a que se endereça, reage sobre a criatura que o emitiu, tanto em relação ao bem quanto ao mal.

A sentença de Jesus: "procura e achará" equivale a dizer: "encontrarás o que desejas".






Francisco Cândido Xavier / André Luiz







Fonte: do livro "Sinal Verde"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A CORDA DE 81 NÓS


O Dicionário de Termos Maçônicos nos diz que "Corda de Oitenta e Um Nós" é a corda que circunda a Loja, que simboliza a União e a Fraternidade que deve existir entre todos os maçons da face da Terra.

A Corda de 81 Nós é um dos ornamentos do templo maçônico, em alguns ritos, e é encontrada no alto das paredes, junto ao teto e acima das colunas zodiacais (no caso do REAA).

Sua origem mais remota parece estar nos antigos canteiros - trabalhadores em cantaria, ou seja, no esquadrejamento da pedra informe - medievais, que cercavam o seu local de trabalho com estacas, às quais eram presos anéis de ferro, que, por sua vez, ligavam-se, uns aos outros, através de elos, havendo uma abertura apenas na entrada do local. 

O nó central dessa corda deve estar acima do Trono (cadeira do V.:M.:) e acima do dossel, se ele for baixo, ou abaixo dele e acima do Delta, se o dossel for alto, tendo, de cada lado, quarenta nós, que se estendem pelo Norte e pelo Sul; os extremos da corda terminam, em ambos os lados da porta ocidental de entrada, em duas borlas, representando a Justiça (ou Equidade) e a Prudência (ou Moderação).



Fig.1


Embora existam cordas esculpidas nas paredes, em alto relevo, o ideal é que ela seja natural - de sisal - com os nós equidistantes em número de oitenta e um mesmo, coisa que nem sempre acontece, na maioria dos templos, tirando o simbolismo intrínseco da corda. E ela deve ter 81 nós, por três razões:

1. O número 81 é o quadrado de 9, que, por sua vez, é o quadrado de 3, número perfeito e de alto valor místico para todas as antigas civilizações: três eram os filhos de Noé (Gênese, 6-10), três os varões que apareceram a Abraão (Gênese, 18-2), três os dias de jejum dos judeus desterrados (Esther, 4-6), três as negações de Pedro (Matheus, 26-34), três as virtudes teologais (I Coríntios, 13-13). Além disso, as tríades divinas sempre existiram em todas as religiões: Shamash, Sin e Ishtar, dos sumerianos; Osíris, Ísis e Hórus, dos antigos egípcios; Brahma, Vishnu e Siva, dos hindus; Yang, Ying e Tao, do taoismo etc., além da Trindade cristã.

2. O número 40 (quarenta nós de cada lado, abstraindo-se o nó central) é o número simbólico da penitência e da expectativa: quarenta foram os dias que durou o dilúvio (Gênese, 7-4), quarenta dias passou Moisés no monte Horeb, no Sinai (Êxodo, 34-28), quarenta dias durou o jejum de Jesus (Matheus, 4-2), quarenta dias Jesus esteve na Terra, depois da ressurreição (Atos dos Apóstolos, 1-3).



Fig.2


3. O nó central representa o número um, a unidade indivisível, o símbolo de Deus, princípio e fundamento do Universo; o número um, desta maneira, é considerado um número sagrado. Embora alguns exegetas afirmem que a abertura da corda, em torno da porta de entrada do templo, com a formação das borlas, simboliza o fato de estar, a Maçonaria, sempre aberta para acolher novos membros, novos candidatos que desejem receber a Luz maçônica, a interpretação, segundo a maioria dos pesquisadores, é que essa abertura significa que a Ordem maçônica é dinâmica e progressista, estando, portanto, sempre aberta às novas ideias, que possam contribuir para a evolução do Homem e para o progresso racional da humanidade, já que não pode ser maçom aquele que rejeita as ideias novas, em benefício de um conservadorismo rançoso, muitas vezes dogmático e, por isso mesmo, altamente deletério.

Observamos ainda que o simbolismo e a utilização física da Corda é bem mais antigo. O escritor maçônico Irm.'. C.W. Leadbeater nos diz que na antiga Maçonaria, no começo do século dezoito, se marcava no solo, com giz, os símbolos da Ordem, e este diagrama era circundado por uma corda pesada, ornamentada de borlas, e até hoje os franceses a descrevem como sendo "uma corda com lindos nós, que rodeia o painel".

Esotericamente, a Corda de 81 Nós simboliza a união fraternal e espiritual, que deve existir entre todos os maçons do mundo; representa, também, a comunhão de ideias e de objetivos da Maçonaria, os quais, evidentemente, devem ser os mesmos, em qualquer parte do planeta, simbologia que todo maçom deve ter em sua mente em toda circunstância de sua vida.




BIBLIOGRAFIA

- "O Rito Escocês Antigo e Aceito - História, Doutrina e Prática", José Castellani

- "A Vida Oculta na Maçonaria", Charles Webster Leadbeater







Fonte do texto e Fig.1: http://filhosdehiran.blogspot.com.br/2010/10/corda-de-81-nos.html
Fonte da Fig.2: http://www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=3158469
Fonte da Imagem no topo: Acervo de autoria pessoal

SIMPLICIDADE


A simplicidade é viver sem ideais. Os ideais criam complexidade, criam divisões em você e, portanto, geram complexidade. 

A partir do momento em que fica interessado em ser outra pessoa, você se torna complexo. Simplicidade significa estar contente com aquilo que você é.

O futuro traz complexidade. Quando está completamente no presente, você se torna simples.

Simplicidade não significa uma vida de pobreza. Isso é completamente absurdo porque a pessoa que impõe uma vida de pobreza a si mesma não é simples. É hipócrita. Essa necessidade significa que, lá no fundo, ela deseja exatamente o oposto.

Do contrário, por que seria necessário impor algo? Você só impõe determinado caráter sobre si mesmo se for o oposto disso...

A simplicidade significa ser apenas aquilo que você é, em absoluta aceitação, sem objetivos, sem ideais. Todos os ideais são besteiras inúteis, livre-se de todos eles.

É preciso coragem para ser simples. É preciso coragem porque você nunca estará ajustado àquilo que chamam de "sociedade" e que existe ao seu redor. Você sempre será um estrangeiro. 

Mas será simples, e a simplicidade possui uma beleza. Você estará completamente em harmonia consigo mesmo. Não haverá conflitos dentro de você, não haverá divisões dentro de você. 

Um ideal traz as divisões. Quanto maior o ideal, maiores são as divisões...

A simplicidade não é um ideal, você não pode se impor a simplicidade. É por isso que nunca digo que pessoas como Mahatma Gandhi são simples. Eles não são, não podem ser. 

Simplicidade é o ideal dessas pessoas, elas estão tentando atingi-lo. A simplicidade é um objetivo muito distante no futuro, e elas estão lutando, estão se esforçando, fazendo um grande esforço. 

Como é possível criar simplicidade a partir de um esforço? Tentam melhorar a existência com seu esforço. A existência é perfeita como ela é, não precisa ser melhorada. A simplicidade significa tão-somente aquilo que é.




OSHO, em "Osho de A a Z: Um Dicionário Espiritual do Aqui e Agora"






Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SEMENTES


Se puserdes na terra um caroço ou uma semente de limão, de maçã ou de melão, vós não lhes dizeis: «Ouve bem: o teu programa é tornares-te um limoeiro, uma macieira ou um meloeiro.» O caroço ou a semente já têm um programa inscrito neles, basta plantá-los para que esse programa se realize e eles se tornem o que a natureza espera deles. Eles agarram-se à terra e, dia após dia, vão-se desenvolvendo. Quando uma fase está terminada, eles passam à seguinte, não se questionam sobre o que têm a fazer daí a um ano ou cem anos.
 

Por que é que eu estou a falar-vos de árvores? Porque o ser humano também é uma semente que tem o seu programa inscrito nele pela Inteligência Cósmica. Ele ainda não é capaz de o conhecer porque não para de elaborar por ele próprio programas que só obscurecem a sua vista e o fazem desviar-se do seu caminho. Ele deve manter-se interiormente livre, disponível, para descobrir o esquema inscrito profundamente na sua alma.





Omraam Mikhaël Aïvanhov 






Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A SENDA DO DISCIPULADO


... As regras do ocultismo só têm significado para o discípulo, para aqueles que adquirem conhecimento no sentido verdadeiro e místico; que elas têm qualquer utilidade e interesse apenas para os que são discípulos.

A essência desta afirmação é que até que o estudante se tenha preparado totalmente durante o período de disciplina como neófito, estas regras não lhe transmitirão sua pretendida importância. Ele as lerá como um fato científico, e não como aforismos luminosos que sintetizam um conjunto de experiência espiritual íntima. Tantos são os estudantes que lêem nesse primeiro sentido - como fato científico - e pedem a outros que lhes dêem algo que só pode ser vivido.

Ninguém lhes pode dar o poder de ler no sentido oculto. Somente a profundidade e a intensidade do viver concedem isto. O neófito que se esquiva das palavras profundamente significativas, profundidade e intensidade, melhor fará em afastar-se por algum tempo.

A Senda do discipulado o conduzirá para águas profundas. O medo tem detido muitos homens ao primeiro vislumbre dessas águas. Isto talvez seja bom. Não é fácil transpô-las sozinho. É sensato experimentar a própria coragem o bastante antes de sair do terreno que se conhece bem. Uma vez além das fronteiras, não há como voltar. Ao transpô-las, ele perderá o domínio de muitas coisas que mantivera firme em suas mãos durante a vida. A questão, para ele, agora, é se pode confiar que a alma encontrará um novo caminho que o conduzirá para algo infinitamente mais duradouro para substituir o que ele perderá ...





Raymund Andrea, FRC






Fonte: do livro "A Técnica do Discípulo", biblioteca R+C, nº XVI, Ed. Renes Ltda., RJ.
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal