quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O QUE É ALMA E QUAL A SUA ORIGEM? (abordagem da cabala)



Em suas abordagens sobre os mais variados temas, a Kabbalah sempre se refere à alma. Por definição, podemos dizer que a alma é uma energia cósmica que é parte da Luz infinita. Mas de onde vem a alma, qual é o seu início? No mundo físico, o início sempre se dá a partir de uma semente biológica, uma célula que pode ser infinitamente pequena, mas já contém dentro de si uma força de vida, que não é biológica ou física, mas sim espiritual. Portanto, temos que abrir os portões do mundo espiritual se quisermos entender a semente espiritual de nossa existência e receber dela a força vital para renovar nossas forças biológicas e reforçar nossa consciência para vivermos com mais iluminação espiritual e felicidade. Nossa semente espiritual começa no mundo espiritual. De acordo com a Kabbalah, existem dez "Sefirot", dimensões para a realidade. Essas 10 dimensões estão entrelaçadas entre 5 mundos distintos. O primeiro mundo, "Adam Kadmon", Homem Primordial, está relacionado com a Sefirá "Keter". O Homem Primordial não é o homem como conhecemos, em manifestação de corpo, e sim a nossa essência espiritual, a força da vida. Essa essência foi, então, se desenvolvendo de acordo com os mundos, até que no "Mundo de Briá" (Mundo da Criação, relacionado com a Sefirá "Biná") foi criado Adão. 

Este Adão não é Adam Kadmon, não é a mesma consciência de Adam Kadmon, mas tem a lembrança da semente de seu nascimento espiritual que foi Adam Kadmon. Este Adão é o da estória Bíblica de Adão e Eva no Paraíso, que todos já conhecemos. O que a Kabbalah nos ensina é que a Bíblia não é um livro de estórias e sim um CÓDIGO CÓSMICO, uma descrição de um mundo paralelo, espiritual. Adão e Eva eram, na verdade, uma alma só, dividida. Não eram pessoas físicas, mas uma inteligência. Quando cometeram o "pecado" no Paraíso, foram então expulsos. A palavra "expulsão" deve ser percebida como "EXPLOSÃO". Depois dessa explosão, cada parte de Adão criou um ser humano, na maneira de nossa alma, criando o processo da vida da humanidade e o aparecimento de todas as gerações. Por isso cada um de nós, nesse nível de consciência, tem uma parte espiritual de Adão, que representa a consciência coletiva de todos os seres humanos.



Rabino Joseph Saltoun



Fonte: http://www.josephsaltoun.com.br/site/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O PENSAMENTO DA CABALA



O pensamento da cabala ocupa-se da dialética da "natureza interior" versus a "natureza exterior", do "oculto" versus o "revelado". No Zohar, assim como em toda a literatura mística judaica, tudo que existe é considerado como sendo ao mesmo tempo "oculto e revelado", "natureza interna e natureza externa", "luz e recipiente", "alma e corpo", "corpo e vestimenta" ... Este contraste, esta correlação dentro da unidade, está inscrita no âmago da realidade. 

O pensamento místico judaico ocupa-se da dialética que esta correlação envolve, pois aquilo que é oculto está tornando-se manifesto. Deus é o "mais oculto entre as coisas". Nossos pensamentos não conseguem compreender aquilo que poderíamos ser tentados a chamar de Sua natureza, Sua essência, e nossa linguagem humana deficiente e limitada só nos permite designá-Lo, com reverência e como que à distância, por uma única palavra, "Ele".

No entanto, Deus manifesta-Se em Suas obras: "Ele as circunda e as preenche"; "Ele é onipresente". Ele está muito perto de nós, e é por isso que podemos voltar os nossos corações a Ele e dizer-Lhe: "Tu". Seu Nome ainda permanece "alam", "oculto", mas "no tempo vindouro", na era messiânica, seremos capazes de "proferi-Lo", pois então O conheceremos; compreenderemos Sua "essência" na celebração da Sua Glória.

Um nome, diz o Sefer ha-Bahir, revela a essência, a alma, daquele que o possui, e o Ramban salienta que o nome de Deus, Elo-him, define e governa as forças atuantes no mundo. Rabi Iossef Gikatilla nos diz que o Nome Divino não é uma simples palavra denominadora que descreve Deus: ele é a própria Realidade de Deus.

Nos dias vindouros, "o Senhor será o Rei de toda a terra... o Senhor será um e o Seu Nome será Um" (Zacarias 14:9). Com essas palavras, o profeta Zacarias prediz que, na era messiânica, quando o reino de Deus se estenderá por toda a Terra, a Essência de Deus e o Nome de Deus aparecerão em sua Unidade intrínseca, se assim podemos chamá-la, em sua verdadeira identidade.



Rabino Alexandre Safran



Fonte: dos livros "La Cabala" e "Sabiduria de la Cabala"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

MATURIDADE ESPIRITUAL


Na maturidade espiritual, o oposto de injustiça não é justiça, mas compaixão. Não eu contra você, não eu querendo endireitar o atual mal, lutando para ganhar um resultado justo para mim e os outros, mas compaixão, uma vida que não vai contra nada e preenche tudo.



Charlotte Joko Beck

"Nothing Special", loc. 798 (Trechos Budistas)



Fonte: www.darma.info.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ETZ CHAIYM - A ÁRVORE DA VIDA


A Árvore da Vida é um diagrama que representa a composição básica de tudo o que existe no Universo. Abrange todos os planos através dos quais a vida se manifesta, representa a totalidade da realidade.

O nome Etz Chaiym, na verdade, significa Árvore das Vidas. Vida está no plural, pois representa as várias possibilidades de um único ser. Etz significa “árvore”, mas também “estrutura”. Portanto, Etz Chaiym pode também ser entendida como “Estrutura das Vidas”. Assim compreendemos melhor o que ela nos ensina.

A Árvore da Vida também é conhecida como “Os 32 Caminhos da Sabedoria”, pois ela traduz 10 virtudes a ser desenvolvidas e 10 dimensões da existência vivenciadas de acordo com 22 características possíveis.

Estas 10 dimensões representam os 10 níveis da realidade que estão acontecendo ao mesmo tempo e os 10 níveis da alma do ser humano. Estas 10 possibilidades são estudadas pelo nome de S'fiyrote.

As 22 características dentro de cada uma das S'fiyrot são representadas pelas especificações espirituais das 22 letras do alfabeto hebraico. As letras hebraicas são os cabos de transmissão do Shefaa (fluxo de Luz Espiritual). Em cada dimensão que a Luz passa, ela pode se manifestar de 22 formas diferentes.

Cada dimensão é uma manifestação de um atributo da Luz. Estas dimensões são distribuídas em 4 planos:

OLAM HA ASSIYAH - PLANO DA AÇÃO - Corresponde à Mal'khut (o mundo físico e material).

OLAM HA Y'TZIYRAH - PLANO DA FORMAÇÃO - Corresponde a Y'sod (fundamento), Hod (Glória), Netzach (Imortalidade), Tif'eret (beleza), G'vurah (desejo de receber) e Chessed (desejo de compartilhar). Formam o mundo das emoções.

OLAM HA B'RIYAH - PLANO DA CRIAÇÃO - Corresponde à Biynah (entendimento).

OLAM HA ATZIYLUT - PLANO DA EMANAÇÃO - Corresponde a Chokh'mah (sabedoria) e Keter (coroa).



Rav Mario Meir



Fonte: Academia de Cabala
www.academiadecabala.com.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

LIBRA: A BUSCA DO EQUILÍBRIO


O mantra espiritual de Libra é: “Eu escolho o caminho que conduz entre as duas grandes linhas de força.”


Essas “duas grandes linhas de força” são aquilo que chamamos de espírito e matéria. Essa é a grande dualidade fundamental no universo. Espírito e matéria são forças complementares, e é a interação entre os dois que cria todas as coisas existentes. Em cada coisa, tanto espírito como matéria estão presentes, em variadas proporções. A perfeição consiste no equilíbrio entre essas duas forças, ou seja: as duas se relacionarão de maneira que cada uma desempenhe o seu devido papel, em harmonia com a outra.



O equilíbrio entre espírito e matéria é alcançado através do grande processo evolutivo que está acontecendo em nosso universo — um processo do qual somos parte. Esse processo envolve primeiro a experiência e o conhecimento da matéria, depois a experiência e o conhecimento do espírito, e finalmente o equilíbrio entre ambos. Numa analogia talvez excessivamente simples, é como se fossemos medir quanto é a metade de um objeto: para isso pegamos a ponta de uma fita métrica e encostamos numa extremidade do objeto, depois estendemos a fita até a outra extremidade do objeto, assim conhecemos o seu tamanho total e só então podemos encontrar o seu meio. Portanto, ir de um extremo ao outro faz parte do processo de conhecer o todo, para então poder equilibrar corretamente.



A consciência humana está focalizada principalmente no lado material das coisas e simplesmente desconhece o lado espiritual. Assim, mesmo que não perceba, o ser humano leva uma vida desequilibrada e parcial, uma vida na qual predomina a materialidade. O que para nós parece equilíbrio ainda não é o verdadeiro meio-termo, pois ignoramos muita coisa. Como vemos só uma parte, achamos que o equilíbrio está ali em seu meio. Se víssemos o todo, perceberíamos que o ponto médio ainda está distante.



A espiritualidade é um convite a descobrir o outro lado, para assim descobrir o todo. Uma parte já conhecemos: a material; está faltando conhecermos a outra. A espiritualidade é um convite ao equilíbrio, mas um equilíbrio cada vez mais abrangente e completo. A descoberta do outro lado é um processo gradual. Cada novo pedacinho que vemos e incluímos nos leva a reposicionar o que consideramos como o meio. Por isso, em nossa busca por equilíbrio, devemos estar atentos para não estagnarmos numa concepção fixa de como o equilíbrio é. O que consideramos como equilíbrio vai mudando à medida que a consciência se expande.



A grande dualidade universal de espírito e matéria reflete-se no plano emocional como o que é chamado de pares de opostos — prazer e dor, felicidade e sofrimento, afeto e raiva, atração e repulsão, etc. Esses pares de opostos apresentam a cada ser humano o primeiro campo de treinamento em equilíbrio. Normalmente, o ser humano vive ocupado com esses opostos emocionais, lutando com eles, distraído com eles, e não percebe a dualidade principal de espírito e matéria. Quando o indivíduo compreende que esses dois opostos emocionais são ambos parte da vida, quando pode aceitar ambos e ficar indiferente diante eles, então, tendo alcançado o equilíbrio emocional, torna-se possível confrontar a dualidade principal e avançar em direção a um equilíbrio maior.



Ricardo Georgini



Fonte: http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com/
Fonte da Gravura: https://www.cuded.com/digital-art-2-by-llen29/

A REDENÇÃO PESSOAL DIÁRIA



Todo nosso trabalho espiritual na verdade tem um único propósito: permitir que nos transformemos em verdadeiros seres que compartilham, através da libertação completa do Desejo de Receber para Si Mesmo.

Se mantivermos uma mínima parcela que seja de Desejo de Receber para Si Mesmo e tudo o que a isto está ligado, não poderemos nos conectar com a alegria e a plenitude que o Criador deseja para nós. Devemos nos lembrar continuamente desse fato, até que se enraíze o mais profundamente possível em nossos corações e em nossas almas.

Uma parábola antiga aborda esse ponto muito apropriadamente: Para celebrar o casamento de sua filha, um grande rei emitiu um decreto. Bem cedo no dia do casamento, olharia pela janela de seu palácio - e a primeira pessoa que visse poderia ter um desejo satisfeito, não importa quão extravagante pudesse ser. Quando chegou o grande dia, o rei olhou para a cidade e viu um homem andando pela rua. Quando o indivíduo de sorte foi levado à sua presença, o rei disse-lhe que poderia ter o que quisesse. Então, o que seria? O homem pensou por alguns instantes, e então revelou seu desejo. "Ontem esbarrei em uma hera venenosa," disse ele, "e estou me coçando demais. Meu desejo é viver nos estábulos do rei para que eu possa me coçar à vontade, até que a coceira desapareça". Quando escutou aquilo, o rei ficou atônito. "Que tolo é você!" exclamou. "Se a coceira por causa da hera venenosa é sua maior preocupação, você poderia ter solicitado o médico real, que lhe teria dado uma fórmula para aliviá-lo imediatamente desse desconforto. Ainda melhor, você poderia reconhecer a hera venenosa como um problema de menor importância que é. Você poderia ter pedido qualquer coisa no mundo e eu lhe teria dado. Em vez disso, você quis ficar no estábulo com meus cavalos, e é para onde você vai agora"!

Em vez de pedirmos ao Criador para preencher nossos Desejos de Receber, podemos pedir que o Desejo de Receber seja eliminado de nós. Mais ainda, podemos viver cada momento de forma a agilizar essa eliminação.

Cada dia é um mundo em si, com suas tarefas próprias a serem realizadas. O que deve ser feito hoje não pode ser feito amanhã ou depois de amanhã. Ao mesmo tempo, todo nosso trabalho tem o objetivo compartilhado de nos libertar do desejo de auto-satisfação.




Rav Michael Berg



Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

VERNIZ SOCIAL


"A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são a manifestação. Entretanto, não é preciso fiar-se sempre nas aparências; educação e o hábito do mundo podem dar o verniz dessas qualidades..." (Cap. IX, item 6.) 


Nem sempre conseguimos mascarar por muito tempo nossas verdadeiras intenções e planos matreiros. Não dá para enganar as pessoas por tempo indeterminado. Após vestirmos as roupagens da afabilidade e doçura para encobrir rudeza e desrespeito, vem a realidade dura e cruel que desnuda aqueles lobos que vestiram a "pele de ovelha". 

Realmente, é no lar que descortinamos quem somos. É no lar que escorre o verniz da bonança e da caridade que passamos sobre a face e que nos revela tal como somos aos nossos familiares. 

Trazemos gestos meigos e voz doce para desempenhar tarefas na vida pública, no contato com chefes de serviço e amigos, com companheiros de ideal e recém conhecidos, mas também trazemos "pedras nas mãos" ou punhos cerrados no trato com aqueles com quem desfrutamos familiaridade. 

Por querer aparentar alguém que não somos, ou impressionar criaturas a fim de conquistá-las por interesses imediatistas, é que incorporamos personagens de ficção no palco da vida. Ou seja, é como se cumpríssemos um "script" numa representação teatral. Nada mais do que isso. 

Em várias ocasiões, integramos em nós mesmos não só a sociedade visivelmente "externa", com suas construções, praças, casas e cidades, mas também a sociedade em seu contexto "invisível", que na realidade, se compõe de regras e ordens sociais, bem como dos modelos de instituições criadas arbitrariamente. 

Captamos, através de nossos sentidos espirituais, todos os tipos de energia oriunda da população. Através de nossos radares sensíveis e intuitivos passamos a representar de forma inconsciente e automática um procedimento dissimulado sob a ação dessas forças poderosas. 

Maquilagens impecáveis, jóias reluzentes, perfumes caros, roupas da moda e óculos charmosos fazem parte do nosso arsenal de guerra para ludibriar e corromper, para avançar sinais e para comprar consciências. Não nos referimos aqui à alegria de estar bem trajado e asseado, mas à maquiavélica intenção dos "túmulos caiados". 

Por não nos conhecermos em profundidade é que temos medo de nos mostrar como realmente somos. 

Num fenômeno psicológico interessante denominado "introjeção", que é um mecanismo de defesa por meio do qual atribuímos a nós as qualidades dos outros, fazemos o papel do artista famoso, dos modelos de beleza, das personagens políticas e religiosas, das figuras em destaque, dos parentes importantes e indivíduos de sucesso, e por muito tempo alimentamos a ilusão de que somos eles, vivenciando tudo isso num processo inconsciente. 

Desse modo, nós nos portamos, vestimos, gesticulamos, escrevemos e damos nossa opinião como se fôssemos eles realmente, representando, porém, uma farsa psicológica. 

Ter duas ou mais faces resulta gradativamente em uma psicose da vida mental, porque, de tanto representar, um dia perdemos a consciência de quem somos e do que queremos na vida. 

Quanto mais notarmos os estímulos externos, influências culturais, físicas, espirituais e sociais em nós mesmos, nossas possibilidades de relacionamento com outras pessoas serão cada vez mais autênticas e sinceras. A comunicação efetiva de criatura para criatura acontecerá se não levarmos em consideração sexo, idade e nível socioeconômico. Ela se efetivará ainda mais seguramente sempre que abandonarmos por completo toda e qualquer obediência neurótica aos modelos aprendidos e preestabelecidos. 

Abandonemos o "verniz social" que nos impusemos no transcorrer da vida. Sejamos, pois, autênticos. Descubramos nossas reais potencialidades interiores, que herdamos da Divina Paternidade. Desenvolvendo-as, agiremos com maior naturalidade e, consequentemente, estaremos em paz conosco e com o mundo.




Francisco do Espirito Santo Neto / Hammed






Fonte: do livro “Renovando Atitudes”
http://www.mail-archive.com/mensageiros@grupos.com.br/msg06994.html
Fonte da Gravura: Tumblr.com

AS 10 DIMENSÕES DA CABALÁ



A Cabalá Contemplativa não é uma tradição meramente intelectual. Toda a literatura disponível sobre os mistérios da Cabalá não terá qualquer valor se este conhecimento não for aplicado em nossas vidas. O correto entendimento dos códigos presentes na Torá oferece todas as ferramentas espirituais que necessitamos para que nos tornemos melhores através do despertar de nossa consciência adâmica.

E o que pretendemos com isso? Num primeiro momento, todos têm em mente a possibilidade de mudar a realidade ao seu redor, não sendo uma coincidência que muitos busquem a espiritualidade exatamente quando a vida lhes parece menos generosa. Porém, tudo o que percebemos fora nada mais é do que um reflexo do que se passa dentro de cada um de nós, e todos nós optamos, de forma consciente ou não, por viver em uma das 10 dimensões identificadas pela Cabalá.

Em qual dimensão você está vivendo?

A primeira delas (a mais baixa), é chamada de Estado de Gueinon ("inferno"): vive-se aqui totalmente no escuro e escravo da contra inteligência (a força de oposição à Luz). A angústia e o medo são constantes e não há perspectiva alguma de melhora.

A segunda dimensão também é usada pela contra inteligência, o Estado de Fome: sua principal característica é o puro desejo de receber para si mesmo e a sensação constante de insaciabilidade. A pessoa é escrava de suas próprias necessidades e a angústia de não ter (ou não ter o suficiente) é avassaladora.

O Estado da Reatividade é a terceira dimensão: aqui a pessoa resolve que as coisas vão mudar. É perigosa na medida em que existe uma medida certa, mas existe sempre o risco de se empolgar com os resultados e a pessoa julgar que a reatividade é a solução para todos os seus problemas.

A quarta dimensão é o Estado da Ira: esta é a dimensão da pessoa que se identifica como o "Homem de D-us". Ele está tão reativo que se torna insensível e duro, mas forte, o que é um problema. O "Homem de D-us" não precisa de ninguém que lhe diga o que fazer; ele desconhece a humildade. Pode-se, aparentemente, até prosperar e se tornar espiritualmente poderoso, mas, ainda assim, estará apenas fazendo o jogo da contra inteligência.

A partir da quinta dimensão, a pessoa começa a entrar no caminho da Luz. O Estado da Tranquilidade corresponde ao momento em que se consegue aquietar a mente e o coração, o que resulta na controle da ansiedade. O indivíduo encontra aqui o seu caminho, a sua missão. O risco de se sentir "confortável" é a comodidade e a estagnação, cuidado.

Na sexta dimensão é a que faz a Luz descer sobre o indivíduo, o Estado da Alegria: a Shechiná (Presença Divina) só se manifesta através da alegria. Tudo que é muito sério tende a pesar, a petrificar. Não devemos confundir, contudo, alegria com euforia. Podemos viver permanentemente num estado de alegria, mas a euforia é sempre passageira.

O Estado de Erudição é a sétima dimensão: a conciliação de sabedoria e entendimento sem perder a tranquilidade e a alegria, pois é comum o erudito se fechar em seu próprio mundo.

O Estado da Absorção, a oitava dimensão, vai além da mente e do coração. Você absorve. É um estado de receptividade. Aqui se almeja o Estado de Tsadik.

O Estado de Tsadik é a nona dimensão: o iluminado vê justiça em tudo. Aqui a vida é totalmente clara e é possível se compreender a lógica do universo.

A última dimensão é o Estado de Mashiach: neste estágio a pessoa se sente responsável pela sustentação do universo. De fato, ela não mais vê diferença entre ela e o universo, e o menor de seus gestos afeta todo o resto. O Estado de Mashiach corresponde a estar fundido ao Eterno. Qualquer pessoa deve almejar o Estado de Mashiach. Não se trata de algo reservado para "escolhidos".

O despertar da consciência adâmica é o resgate da unidade original - a missão de todos os seres humanos. Não podemos esquecer nunca que todos nós e o Eterno somos Um e que esse é o grande sonho do Criador para a Sua Criação.




Rav Mario Meir



Fonte: Academia de Cabala
www.academiadecabala.com.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

PENSAMENTOS - PALAVRAS - ATOS (FORÇAS POSITIVAS X FORÇAS NEGATIVAS)



Todos os nossos pensamentos, palavras, atitudes e atos, bons ou maus, são criações energéticas que se tornam eternas. Chegou o momento de tomar conhecimento e entender que nossos pensamentos e nossas falas se transformam em registros indeléveis. No momento em que emitimos uma crítica negativa de qualquer espécie, ela fica registrada, no nível sutil, no chamado Registro Akáshico ou Livro da Vida. É desta forma que criamos nossos débitos cármicos, nos tornamos vítimas de nós mesmos, devido à Lei Universal do Retorno. Não sabemos, mas somos nossos próprios algozes: atraímos as doenças físicas ou mentais, como também atraímos as desgraças (porque perdemos o Dom da Graça). Deus não tem nada a ver com nossos infortúnios. Nós, somente nós, é que atraímos tudo o que nos acontece de bom ou de ruim.

Usamos mal as energias de que dispomos para nosso desenvolvimento. Nossa más criações sonoras, mentais e emocionais nos distanciam da perfeição, desorganizam nossa vida. A humanidade não percebeu ainda que a causa de nossos infortúnios somos nós mesmos. Vivemos nos perguntando: por que tudo dá errado em nossas vidas? Por que as coisas não andam? Por que a doença? Geralmente culpamos alguém. Passamos a achar que é por inveja, mau olhado, etc. O melhor que temos a fazer neste caso, quando enredados nesta situação desesperadora auto criada e da qual não conseguimos achar uma saída, é realizar um honesto exame de consciência, observarmos nossas ações, palavras, intenções, pensamentos e atitudes com relação a nós mesmos e aos outros, e ver se são construtivas (fraternas) ou negativas (egoístas).

A Lei do carma é uma lei universal, também chamada de Lei do Retorno. É através desta Lei que a humanidade vem se desenvolvendo e evoluindo. O livre-arbítrio é a tônica máxima no processo de evolução de nosso planeta. O livre arbítrio nos dá o poder de decisão da escolha: escolha da qualidade energética do som que emitimos através da fala, da qualidade energética de nossos pensamentos, de nossas atitudes e ações. Neste caso o livre-arbítrio nos oferece duas opções: a opção pelo belo, pela harmonia, pelo construtivo ou a opção pelo feio, pelo desarmônico e pelo destrutivo. Estas duas opções implicam em suas devidas consequências e interferências energéticas, positivas ou negativas, com relação a nós mesmos, aos outros e aos ambientes em que vivemos.

A humanidade, de um modo em geral, a meio caminho da jornada evolutiva, esqueceu que sua existência na Terra tem, como propósito, o aprendizado das boas qualidades. Em sua maioria as pessoas se deixaram, e ainda se deixam, levar pela ânsia do poder, da ganância, do domínio, da calunia, da mentira e dos desejos descontrolados da materialidade. Esqueceram-se de que, em essência, somos seres espirituais. Esqueceram-se de que o corpo físico é apenas um instrumento que utilizamos para experimentar a vida neste mundo mais denso. Esqueceram-se de que vieram para este plano de materialidade para aprender a vencer e suplantar as ilusões criadas pela materialidade, aprender a dominar e subjugar o ego (personalidade) cheio de vontades, para poder acessar o Eu Divino (Eu superior).

A humanidade está aprisionada em um padrão vicioso e não vê saída; enredou-se no negativo e no destrutivo. As pessoas criaram a sua própria prisão cármica e, conseqüentemente, suas doenças, seus sofrimentos, suas desgraças. Agora, está em suas mãos o caminho que vão seguir... suas escolhas, seus pensamentos...

Você está vivendo em um novo tempo onde novas curas, terapias e crenças estão à sua disposição... é você quem decide! Basta escolher um caminho... de amor, cura e transformação!




Deborah Bergman



Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=05375
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A ÁRVORE DA VIDA


Entre os diversos códigos contidos na passagem de Adão e Eva no jardim do Éden, encontramos duas diferentes árvores. Uma é chamada "árvore da penetração do bem e do mal" e a outra é chamada "árvore da vida". A primeira indica algo muito diferente da interpretação literal, que ouvimos desde crianças. Ela indica a visão fragmentada que nos faz enxergar o mundo físico, ou mundo dos dez por cento, completamente separado do mundo dos outros noventa por cento.

Já a árvore da vida vem a representar o mundo dos cem por cento, ou a consciência que permite-nos identificar nosso mundo físico como parte integrada à diversas outras dimensões. Esta estrutura é alimentada por uma substância primordial e infinita, que é a origem e satisfação de todos os nossos desejos, denominada Luz. E o desejo de receber esta luz é a nossa essência e o que nos mantém vivos.

Mas, se temos disponível uma infinita fonte de luz e nossa essência é o desejo de receber luz como se explicaria o fato de tantas pessoas passarem a vida repletas de escuridão e sombra?

O problema é que no caminho extra-físico pelo qual esta luz se propaga, desde sua emanação até chegar aqui em nós, existem dez diferentes cortinas. O mundo físico, dos dez por cento aparentes, no qual vivemos, se encontra após a décima cortina, e é portanto onde se tem menor visão da totalidade. Por ficar delimitado por uma cortina passamos a achar que ele é tudo que existe.

Assim, quando surgem os obstáculos em nossa vida, normalmente os enxergamos apenas pela ótica mais aparente. Desta forma, enxergamos apenas a ponta de todo o processo. E fica muito difícil resolver um problema enxergando, no máximo, um décimo de sua totalidade. Surgem, então, aqueles inúmeros problemas sem solução:

- Minha crise financeira não tem mais saída;
- Nunca tive sucesso em minha vida afetiva;
- Estou sempre com uma doença diferente.

Todos estes impasses, situações aparentemente sem solução, que assistimos com frequência em nosso cotidiano, são visões fragmentadas da realidade, de quem enxerga apenas o mundo aparente dos dez por cento. Quando passamos a enxergar a totalidade, ou seja, o mundo dos cem por cento, nossa visão se amplia em dez vezes e passamos a identificar um tesouro em cada obstáculo com que nos deparamos. Algo essencial para o nosso crescimento, pois somente vendo-se além do aparente é que é possível entender a profunda dinâmica relacionada a tudo aquilo que se apresenta em nosso caminho.

Ian Mecler



Fonte: Portal da Cabala
www.portaldacabala.com.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

UM BOM SINAL

Sempre que escolhemos o prazer temporário, atrasamos a chegada da felicidade de longo prazo.

Quando estamos dispostos a suportar um desconforto temporário, temos grandes chances de alcançar a plenitude duradoura.

Se você estiver se sentindo desconfortável ao fazer seu trabalho espiritual, é um bom sinal, indica que está no caminho certo.


Rav Yehuda Berg



Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A FÉ: MÃE DA ESPERANÇA E DA CARIDADE



Para ser proveitosa, a fé tem de ser ativa; não deve entorpecer-se. Mãe de todas as virtudes que conduzem a Deus, cumpre-lhe velar atentamente pelo desenvolvimento dos filhos que gerou.

A esperança e a caridade são corolários da fé e formam com esta uma trindade inseparável. Não é a fé que faculta a esperança na realização das promessas do Senhor? Se não tiverdes fé, que esperareis? Não é a fé que dá o amor? Se não tendes fé, qual será o vosso reconhecimento e, portanto, o vosso amor?

Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. Preciso é, pois, que essa base seja forte e durável, porquanto, se a mais ligeira dúvida a abalar que será do edifício que sobre ela construirdes? Levantai, conseguintemente, esse edifício sobre alicerces inamovíveis. Seja mais forte a vossa fé do que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, visto que a fé que não afronta o ridículo dos homens não é fé verdadeira.

A fé sincera é empolgante e contagiosa; comunica-se aos que não na tinham, ou, mesmo, não desejariam tê-la. Encontra palavras persuasivas que vão à alma. ao passo que a fé aparente usa de palavras sonoras que deixam frio e indiferente quem as escuta. Pregai pelo exemplo da vossa fé, para a incutirdes nos homens. Pregai pelo exemplo das vossas obras para lhes demonstrardes o merecimento da fé. Pregai pela vossa esperança firme, para lhes dardes a ver a confiança que fortifica e põe a criatura em condições de enfrentar todas as vicissitudes da vida.

Tende, pois, a fé, com o que ela contém de belo e de bom, com a sua pureza, com a sua racionalidade. Não admitais a fé sem comprovação, cega filha da cegueira. Amai a Deus, mas sabendo porque o amais; crede nas suas promessas, mas sabendo porque acreditais nelas; segui os nossos conselhos, mas compenetrados do um que vos apontamos e dos meios que vos trazemos para o atingirdes. Crede e esperai sem desfalecimento: os milagres são obras da fé. - José, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.).




Allan Kardec



Fonte: do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal