sábado, 13 de outubro de 2012

O QUE É SATÃ?



Em primeiro lugar devemos esclarecer que quando falamos em Satã NÃO se trata da figura demoníaca com dois chifres e um tridente que costuma aparecer nos filmes de Hollywood. De acordo com a Kabbalah, Satã é uma PALAVRA CÓDIGO PARA COMPORTAMENTO REATIVO. Satã é a força de motivação invisível por trás de todos os males humanos, da guerra ao abuso das drogas, da dieta quebrada e da permanente falha em arrumar mais tempo para as coisas realmente importantes. De fato, é exatamente essa força que está agindo agora, fazendo com que você se sinta desconfortável por ver o nome Satã em uma mensagem sobre Kabbalah.

É a força que provoca nossos sentimentos de medo, pessimismo, incerteza, ansiedade e preocupação. É ela também quem nos espera na outra extremidade do espectro onde provoca excesso de confiança, crueldade, vingança, raiva e inveja. É a voz dentro da nossa cabeça que murmura: "Coma o bolo agora", "Reinicie a dieta segunda-feira", "Esteja sempre certo!", "Sinta pena de si mesmo". Ele também tem nos enganado sobre a ideia de quem é realmente nosso oponente na vida, nos condicionando a acreditar que somos vítimas das ações de outras pessoas, assim não poderemos identificá-lo como nosso verdadeiro inimigo.

E nosso comportamento reativo é a força vital de Satã, pois ele é como um boneco, uma entidade sem vida que movimentamos puxando suas cordas através das nossas ações e pensamentos reativos. Cada vez que reagimos quando somos insultados, ofendidos, provocados, estamos nos fundindo ainda mais ao nosso parceiro silencioso. Ele somos nós. Por outro lado, se formos capazes de reconhecê-lo, conseguiremos nos separar dele e colocá-lo em nossa linha de tiro. Este é o grande medo de Satã: que a gente consiga encontrá-lo, por isso procura ficar tão grudado em nós, para que acreditemos que esses pensamentos negativos e impulsos reativos se originam dentro de nós.

Aprender como atingir esse conhecimento e adquirir as ferramentas necessárias que irão nos ajudar a combater nosso Satã é tudo o que a Kabbalah é. A Kabbalah é apenas um meio para atingir um fim. Quando a reatividade tiver sido eliminada da nossa natureza, a Luz da realização será nossa por conquista.


Rabino Joseph Saltoun



Fonte: http://www.josephsaltoun.com.br/site/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

POLARIDADES

A virtude e o vício, a força e a fraqueza, a beleza e a fealdade,
são diferentes aspectos do bem e do mal que vemos manifestarem-se por toda a parte. Mas, em vez de aprenderem como hão-de comportar-se com estes dois pólos da unidade, os humanos estão sempre a perguntar por que é que Deus permite que o mal exista. Eles devem parar de colocar esta interrogação e compreender que o bem e o mal estão intimamente ligados, pois, enquanto pólos complementares, têm questões a tratar em conjunto.


A nossa existência na terra é inteiramente condicionada pela alternância dos dias e das noites, e esta alternância que regula a vida de toda a Natureza também regula a nossa vida física e a nossa vida psíquica. Não saberíamos o que é a luz se as trevas não existissem, nem o que são a sabedoria, a justiça, a beleza, a alegria, se não tivéssemos de nos defrontar com a idiotice, a injustiça, a fealdade e a tristeza. É da comparação e do confronto que nasce a compreensão. Se os contrários não existissem, viveríamos na indiferenciação.


Omraam Mikhaël Aïvanhov

Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

OS TRÊS FIOS DO ESPÍRITO


“E Noé teve três filhos” Gen., 6,10.

O Rabino Hiyya disse ao Rabino Judá: Vou lhe contar o que ouvi sobre esse texto. Ele pode ser comparado ao homem que entrou em uma caverna e encontrou três crianças, totalmente diferentes em caráter e comportamento. Uma delas era virtuosa, a segunda malvada e a terceira comum. Assim, também, o espírito tem três fios que oscilam, atados a três diferentes mundos. “Neshamah” (1) passa entre montanhas e lá se junta a “Ruah” (2); continua descendo e, já nesse mundo, “Nefesh” (3); encontra-se com “Ruah” e os três se vinculam em uma só unidade.

O rabino Judá disse: “Nefesh” e “Ruah” estão conjugados, enquanto que “Neshamah” permanece no caráter do homem num lugar desconhecido e ignorado. Quando o homem luta por uma vida mais pura, está sendo assistido pelo santo “Neshamah”, através do qual se purifica e se santifica. Mas se ele não procura viver uma existência pura e honrada, então “Neshamah” se afasta dele e ele é guiado por apenas dois fios: “Nefesh” e “Ruah”. Além disso, ao conviver com a impureza e nela afundar-se paulatinamente, vê-se privado de ajuda celestial. Desta forma, cada um segue o caminho que escolhe.

1- “Neshamah” - a “alma santa” , superalma, é o poder intuitivo que guia aos segredos de D´us e do Universo.

2- “Ruah” - espírito.

3- “Nefesh” - é a própria alma, a alma natural, alma vital, dada a cada ser humano.



Fonte: do livro "Zoar - O Livro do Esplendor", comentário de Gershon Scholem
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

COURAÇA DA CARIDADE


"Sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e da caridade." Paulo (I Tessalonicenses, 5:8)

Paulo foi infinitamente sábio quando aconselhou a couraça da caridade aos trabalhadores da luz.

Em favor do êxito desejável na missão de amor a que nos propomos, em companhia do Cristo, antes de tudo é indispensável preservar o coração.

E se não agasalharmos a fonte do sentimento nas vibrações do ardente amor, servidos por uma compreensão elevada nos círculos da experiência santificante em que nos debatemos na arena terrestre, é muito difícil vencer na tarefa que o Senhor nos confia.

A irritação permanente, diante da ignorância, adia as vantagens do ensino benéfico.

A indignação excessiva, perante a fraqueza, extermina os germes frágeis da virtude.

A ira frequente, no campo da luta, pode multiplicar-nos os inimigos sem qualquer proveito para a obra a que nos devotamos.

A severidade demasiada, à frente de pessoas ainda estranhas aos benefícios da disciplina, faz-se acompanhar de efeitos contraproducentes por escassez de educação do meio em que se manifesta.

Compreendendo, assim, que o cristão se acha num verdadeiro estado de luta, em que, por vezes, somos defrontados por sugestões da irritação intemperante, da indignação inoportuna, da ira injustificada ou da severidade destrutiva, o apóstolo dos gentios receitou-nos a couraça da caridade, por sentinela defensiva dos órgãos centrais de expressão da vida.

É indispensável armar o coração de infinito entendimento fraterno para atender ao ministério em que nos empenhamos.

A convicção e o entusiasmo da fé bastam para começar honrosamente, mas para continuar o serviço, e terminá-lo com êxito, ninguém poderá prescindir da caridade paciente, benigna e invencível.


Francisco Cândido Xavier / Emmanuel



Fonte: do livro "Fonte Viva"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A SIMPLES LEI DA REVELAÇÃO

Tudo é muito simples: o Criador é revelado na conexão entre nós. Portanto, eu deveria procurar durante todo o dia onde posso trabalhar na conexão entre nós. Onde estão os fios que posso esticar a fim de nos conectar? Entre quem eles deveriam ser esticados, entre quais desejos? Como devo conectar todos, e por quê? Qual é o trabalho que tenho que fazer?


Diz-se que o Criador é revelado na conexão entre nós. Se há dez pessoas, é o suficiente. Nós só temos que nos conectar, e Ele será revelado. Porém, será que eu dei algum passo concreto em direção à conexão? Nós só falamos da conexão, e o Criador não é revelado. Então, o que devemos fazer? Continuem até que o Criador seja revelado.

É uma lei! Ele certamente vai ser revelado assim que a correta necessidade por uma conexão compatível com Ele surja e seja suficiente para o primeiro nível da revelação: Nefesh de Nefesh. Ou vamos revelar a relação oposta, o oposto de Nefesh de Nefesh. Assim, nós temos uma indicação de que o desejo de se conectar ocorreu e foi revelado de forma oposta, e vamos gritar para que o Criador nos corrija.

Este protesto surge automaticamente, uma vez que uma ação leva a outra. Portanto, quando nós clamarmos, o Criador corrigirá a conexão entre nós e será revelado. A parte quebrada será revelada a nós na forma mais grosseira de separação entre dez pessoas. Então, nós vamos descobrir uma quebra cada vez mais delicada.

Primeiro, nós descobrimos a quebra na sua forma mais primitiva: 10 partes grandes de egoísmo, opostas uma a outra tentando arrancar uma a outra em pedaços com seus dentes, em vez de conectar, e agarrando com seus dentes, como engrenagens. Então nós pedimos pela correção e nos conectamos mais grosseiramente, e assim a Luz de Nefesh de Nefesh é revelada. Esta já é a revelação do Criador à criatura.

Esta é uma forma muito grosseira de conexão, que somos capazes de realizar no momento, 1/125 da conexão. Em seguida, a mesma coisa ocorre, mas a resolução é maior. Há as mesmas 10 Sefirot, mas nós penetramos mais profundamente nelas, descobrindo mais e mais partes individuais.

O principal é descobrir as dez primeiras Sefirot, o primeiro nível, porque é assim que você nasce e assume uma forma espiritual. Então, desta forma, você já começa a melhorar. A parte mais difícil é superar o primeiro nível.



Rav Dr. Michael Laitman, PhD.



Fonte: da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 05/10/12, Prefácio ao Livro do Zohar
http://laitman.com.br/2012/10/a-simples-lei-da-revelacao/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

VIBRAÇÕES MENTAIS


O poder mental, devidamente disciplinado, ensinam os sábios e santos gurus, adquire um desenvolvimento, uma capacidade que excede os limites das possibilidades comuns.


Se a repetição metódica das práticas mentais, individualmente realizadas, permite resultados inauditos, maravilhosos, a repetição metódica das práticas mentais, coletivas (cadeias magnéticas) produzem vibrações emanações, ondas ou formas de pensamentos de uma potencialidade e expansão incalculáveis. 

Mas, não basta sentar, fechar os olhos e manter-se em silêncio. É preciso saber pensar. Pensar plasticamente, diz o nosso Mestre, o Dr. Krumm-Heller. Formar, no mental, a imagem nítida do pensamento, vê-la, por assim dizer, e com todas as forças da sua vontade, da sua atenção, da sua concentração, emiti-la, projetá-la no alvo que pretende atingir. 

Não é fácil a produção integral do fenômeno. Ao contrário, é dificílima e daí a necessidade de perseverantes exercícios indispensáveis a posse do poder ou faculdade que nos há de outorgar a integridade da sua realização. 

A virtude das preces, o efeito dos votos, a eficácia dos mantras, a eficiência dos rituais, como dos seus opostos, dependem do conhecimento e execução desta técnica insubstituível. 

As preces, as orações, os votos, as vocalizações, os cerimoniais são fórmulas positivas de vibrações mentais, harmônicas, e portanto capazes de efeitos benéficos. As pragas, as imprecações, os esconjuros, os exorcismos, os sinais ou gestos mágicos, os sabbats, as missas negras são ao contrário, fórmulas negativas, desarmônicas e, por conseguinte, fontes de irradiações nocivas e perigosas. 

A eficiência ou eficácia dessas fórmulas depende, da força de vontade e atenção, do autodomínio, da técnica de concentração e, sobretudo, da capacidade de exteriorização ou propagação das ondas ou formas de pensamento de que dispõe o operador. 

É de boa ética, portanto, afastar de nossa mente todos os pensamentos negativos e desarmônicos. Não esquecer nunca que toda ação produz uma reação equivalente e automática. 

Quem com ferro fere, com o ferro será ferido. 

É preciso, além disso, prestar grande atenção ao que ouvimos e, maior ainda, ao que dizemos. Atribuir aos outros o que eles não proferiram é um delito tão grave como dizer dos outros o que não são ou não praticaram. A calúnia atrai e determina o pior dos Carmas. 

O pensamento é uma força cuja potencialidade aumenta na razão direta da sua sutileza. 

As palavras são mantras e os mantras gozam de um poder extraordinário de expansão e de realização. Mas, não devemos esquecer, são armas de dois gumes; tanto cortam para a direita, como para a esquerda. Tanto podem fazer um grande bem, como fazer um grande mal. 

Se um pensamento de afeto atrai, por analogia, pensamentos semelhantes de afeto, um pensamento de ódio atrai, também, por analogia, pensamentos semelhantes de ódio. 

Não podemos adquirir a ambicionada cultura física, enquanto nossa mente for um chão de pensamentos negativos e desarmônicos. 

Que acumulador e irradiador de males não é o indivíduo que vive a emitir, a projetar pensamentos de inveja, despeito e rancor? 

Intoxica-se e intoxica ou contamina os outros, física e psiquicamente. 

A ambição, a inveja, o rancor, o despeito só podem gerar pensamentos negativos e desarmônicos. 

Ninguém ignora, que as vibrações mentais atuam diretamente sobre o corpo emotivo do homem e, indiretamente, sobre o corpo físico. 

Os choques produzidos pelas vibrações mentais saturadas de ódio, sobre o veículo da sensibilidade, determinam desordens mórbidas que podem causar o afastamento completo do aglomerado físico e ocasionar o fenômeno que, vulgarmente denomina-se morte. 

Mas, não é só a vítima que está sujeita a esse desenlace. O algoz, mais cedo ou mais tarde, experimentará as funestas consequências do inevitável choque de retorno. 

Calcule-se, agora, uma família, uma instituição, uma sociedade, uma nação, a maioria da humanidade a emitir e a projetar, conscientemente ou inconsciente, pensamentos negativos e desarmônicos, e ter-se-á a explicação lógica e racional da animosidade dos conflitos, das desordens, das revoluções, das guerras e de toda essa babel que, no momento, anarquiza e infelicita o mundo inteiro. 

Substituímos os pensamentos de ódio, por pensamentos de amor. O pessimismo tenebroso e estéril, que tudo aniquila, pelo otimismo rutilante e fecundo, que tudo vitaliza. 

Em vez de vermos, constantemente e sistematicamente, um adversário ou um inimigo, em cada indivíduo, que se aproxima de nós, dominemos esse ímpeto de animalidade, esse impulso instintivo, essa defesa atávica, essa herança inconsciente ou esse efeito de integralizações ancestrais, e façamos tudo, ao nosso alcance, para considerá-lo um semelhante, um amigo, um irmão. 

Não há nada igual ou idêntico em toda a Natureza e, quiçá, em todo o Universo. 

Só há um Deus e só esse Deus único é absolutamente perfeito. 

As desigualdades e as imperfeições são incontáveis e positivas. As incapacidades e os defeitos, naturais e humanos, e por isto mesmo não devemos esquecer, nem por um instante, os sagrados preceitos da verdadeira moral Rosa-Cruz. 

Só a benevolência, a tolerância, a fraternidade e solidariedade poderão, em parte, isto é, moralmente, igualar, identificar, harmonizar esses elementos heterogêneos que são os homens e a própria humanidade, no vórtice da roda Cármica de seu destino.



Domingos Magarinos R+ 
Fraternitas Rosicruciana Antiqua



Fonte: Gnose - fevereiro, 1936
http://www.famafra.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal