sexta-feira, 23 de novembro de 2012

EU, OUTRO, APEGO E AVERSÃO


Como não reconhecemos nossa natureza essencial — não compreendemos que embora aparências surjam incessantemente, não há nada de fato ali — damos solidez e realidade à aparente verdade do eu, outro e ações entre esse eu e o outro.

Esse obscurecimento intelectual faz surgir apego e aversão, seguido por ações e reações que criam karma, se solidificam em hábitos e perpetuam os ciclos de sofrimento.

Esse processo inteiro precisa ser purificado.



Chagdud Tulku Rinpoche




Fonte: "In The Presence Of Masters"
http://darma.info/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

OS ESPÍRITOS SÁBIOS QUE DITARAM A DOUTRINA ESPÍRITA A KARDEC JÁ CONHECIAM O VÁCUO QUÂNTICO, EM 1857?

A primeira edição de "O Livro dos Espíritos" publicada em 18 de abril de 1857, em Paris, por Allan Kardec, foi produto de ditados que ele obteve de uma plêiade de Espíritos Sábios iniciados em maio de 1855 e encerrados em abril de 1856. Desta data até fevereiro de 1857, ou seja, durante dez meses, esses ditados foram colocados na forma de uma brochura, analisados e revisados pela própria plêiade que os ditou, porque Kardec havia produzido algumas desconformidades ao interpretar os princípios da Doutrina, que eram novos, em sua maioria. A autorização para que Kardec os publicasse, na forma de livro, foi dada pelos próprios autores da obra.

Depois de receber o sinal verde para publicar o "O Livro dos Espíritos", Kardec tratou de convencer um editor a fazê-lo, fato que ocorreu no início de março de 1857. Desta forma, em 18 de abril de 1857, a primeira edição de "O Livro dos Espíritos" foi colocada a venda para o público parisiense, depois de uma pequena, mas fulminante publicidade a respeito, fato que despertou muita curiosidade pela obra, não só pelo público em geral, mas também pela classe dos cientistas, filósofos e religiosos. No seu frontispício trás a legenda: LE LIVRE DES ESPRITS, contenant LES PRINCIPLES DE LA DOCTRINE SPIRITE, sur la nature des esprits, leur manifestation e leurs rapports avec les hommes; les lois morales, la vie presente, la vie future, e l'avenir de l'humanité; ECRIT SOUS LA DICTÉE ET PUBLIÉ PAR L'ORDE D'ESPRITS SUPÉRIEURS, PAR ALLAN KARDEC. A tradução para o português é: O LIVRO DOS ESPÍRITOS, contendo OS PRINCÍPIOS DA DOUTRINA ESPÍRITA, sobre a natureza dos Espíritos, suas manifestações e suas relações com os homens; as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade; escrito sob o ditado e publicado por ordem de Espíritos Superiores, por Allan Kardec.

Assim é que na questão 16 da primeira edição de "O Livro dos Espíritos", de 18 de abril de 1857, os Espíritos Sábios comunicantes assim se expressam a Kardec, sobre o espaço universal: "O espaço universal é infinito, dir-se-ia sem bordas. Se supusermos um limite para o espaço, qualquer distância que o pensamento possa conceber, a razão dirá sempre que além desse limite haverá alguma coisa e assim sucessivamente, de lugar em lugar, até o infinito; então essa qualquer coisa mesmo que se chamasse vácuo absoluto seria ainda espaço".
 
Até pouco tempo a Física considerava vácuo como sendo um espaço, imaginário ou real, não ocupado por coisa alguma, vazio, onde a pressão era inferior a uma unidade chamada atmosfera, que mede a pressão exercida por uma camada gasosa. 

Com o desenvolvimento da Mecânica Quântica, nos últimos 20 anos, concluiu-se sobre como o processo da inflação cósmica explica de modo natural porque o nosso Universo é tão grande e tão uniforme, como atualmente o observamos. A inflação cósmica também achatou a geometria do espaço-tempo até o grau que hoje observamos no cosmo. A ideia básica a inflação cósmica é simples: no início da história do Universo, logo após o Big-Bang, de repente ele se expandiu imensamente em tamanho, daí o nome de inflação, por analogia ao sentido que essa palavra tem na economia. Para evoluir até um Universo semelhante ao nosso, com as propriedades que vemos, o Universo primordial teve que se expandir pelo menos umas 1028 vezes (significa o número 1 seguido de 28 zeros). Para se ter uma ideia da vastidão desse número, convém notar que o tamanho do Universo atualmente observável é de aproximadamente 1028 centímetros. Portanto, a inflação cósmica foi como inflar um pequeno pedregulho até o tamanho de todo o nosso Universo observável, ou até mais, e tudo numa minúscula fração de segundo. Essa expansão extremamente rápida ocorreu quando a densidade energética do Universo (também chamada fluído cósmico universal, pelos Espíritos) foi dominada pela densidade de energia do vácuo. Quando a densidade energética do Universo é dominada pela energia do vácuo, a pressão negativa impõe um ritmo de expansão cada vez maior. Essa expansão acelerada pode inflar o nosso Universo na enorme medida necessária para explicar não apenas as suas propriedades, mas também como os Espíritos puderam habitá-lo.
 
À primeira vista, o conceito de densidade de energia do vácuo parece uma contradição. Costumávamos pensar no vácuo como sendo completamente vazio. Como pode uma coisa supostamente vazia ter energia, e muito menos dominar a densidade energética de todo o Universo? No nível fundamental, o vácuo tem que obedecer a uma descrição quântica, significando com isso que, afinal, o vácuo não é realmente vazio. O vácuo é regido pelo chamado Princípio da Incerteza de Heisenberg, que atua sobre a natureza ondulatória da realidade física nas pequenas escalas dimensionais e levou à possibilidade da energia do vácuo. 

Considere um elétron, por exemplo. O Princípio da Incerteza de Heisenberg mostra que não podemos medir simultaneamente o momentum da partícula (seu movimento) e a posição que ela ocupa no espaço, com o mesmo grau de exatidão. Assim, esse Princípio da Incerteza acaba tendo consequências importantes para o conceito de vácuo. Do ponto de vista da Mecânica Quântica, o vácuo não pode ser realmente vazio. Imaginemos uma região do espaço universal vazia, como nos exemplifica a questão 16 de "O Livro dos Espíritos", primeira edição de 1857. Em virtude do Princípio da Incerteza, esse espaço, aparentemente vazio é repleto de partículas, que pulsam brevemente, ao ganhar vida e morrer. A energia necessária para criar essas partículas é tomada de empréstimo do vácuo e prontamente devolvida a ele, quando as partículas se aniquilam e, em seguida, tornam a desaparecer no "nada". Elas são chamadas de partículas virtuais porque não possuem vida real. Vivem de um tempo emprestado e sempre se aniquilam logo depois de seu aparecimento espontâneo no vácuo. Por causa dessa criação espontânea, o espaço que corresponde ao vácuo, que deveria ser deserto, fica repleto dessas partículas virtuais de matéria, como se fossem fantasmas que aparecem e desaparecem, repentinamente. E, essas partículas virtuais podem dotar o vácuo de uma densidade energética efetiva que, de outro modo, ele não a possuiria. Portanto, a Mecânica Quântica leva-nos, naturalmente, ao conceito de que o espaço vazio possui, na realidade, densidade energética, confirmando o que os Espíritos comunicaram inicialmente a Kardec, e que se encontra reforçado na questão 36, da segunda edição de "O Livro dos Espíritos", publicada em 18 de março de 1860, a saber: 

P. 36 - "O vazio absoluto existe em alguma parte do espaço universal"? - "Não, nada é vazio; o que te parece vazio está ocupado por uma matéria que te escapa aos teus sentidos e instrumentos”.

WLADIMYR SANCHEZ 

(Físico formado pela USP, engenheiro mecânico formado pela Universidade Mackenzie, engenheiro nuclear, formado em Oak Ridge, USA, engenheiro civil, pela UNESP. É Mestre e Doutor em Ciências, pela USP e PhD em Gerenciamento de Recursos Hídricos, pelo MIT, USA, Presidente do Instituto de Pesquisa e Ensino da Cultura Espírita - IPECE)



Fonte: http://www.ipecesp.org.br/artigos.htm
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SÍMBOLOS - UM MUNDO VIVO



Podemos comparar um símbolo a uma semente que pomos na terra. Tal como faria em relação a uma semente, o Iniciado enterra cada símbolo na sua cabeça e rega-o com frequência; pouco a pouco, aparece um pequeno caule que cresce e se reforça até se tornar uma árvore imensa. Então, o Iniciado regozija-se, trabalha à sombra dessa árvore, colhe os seus frutos, semeia as sementes desses frutos e tudo recomeça.

O mundo dos símbolos é um mundo vivo. Do mesmo modo que uma semente contém em potência uma árvore completa, um símbolo sintetiza todo um lado do saber. Se me perguntardes: «Mas, para que serve um símbolo?», eu responder-vos-ei: «E para que serve uma semente?» Trabalhando com uma dezena de símbolos, vós possuís todo o saber. É-nos impossível levar conosco para toda a parte uma grande biblioteca, mas, com alguns símbolos, nós transportamos todos os livros sagrados da humanidade, pois todos esses livros se resumem em alguns símbolos. Mas, para decifrar esses símbolos, para que eles nos falem, é preciso que os tornemos vivos em nós.


Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal