terça-feira, 29 de outubro de 2013

"NÃO TENHO TEMPO"

Não digais que não tendes tempo para dedicar aos exercícios espirituais, porque de manhã precisais de ir para o trabalho, tendes muitas coisas a fazer antes de sair de casa e ao fim do dia, quando regressais, é a mesma coisa... porque eu responder-vos-ei que, se não tendes tempo para estar na harmonia e na luz, tê-lo-eis sempre para estar nas perturbações, nas desordens e nas trevas. Se há uma coisa na vida que acontece de certeza é ficar triste, fraco e desanimado; e o que é menos certo é estar feliz, forte e sereno. Por quê? Por causa dessa frase que todos gostam tanto de usar: «Não tenho tempo!» Eis uma forma cômoda de justificar a preguiça e a inércia. Não tendes tempo para vos concentrar, para meditar, para orar, para fazer exercícios, para vos tornar mais resistentes, mais esclarecidos? Que destino estais a preparar para vós assim?




Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

QUANDO O OBSERVADOR É O OBSERVADO

O espaço é necessário. Sem espaço não há liberdade. Estamos falando psicologicamente. Só quando a pessoa está em contato, quando não há espaço entre o observador e o observado é que se fica em total relação, com uma árvore, por exemplo. A pessoa não se identifica com a árvore, a flor, uma mulher, homem ou o que seja, mas quando há esta completa ausência de espaço como o observador e o observado, então há vasto espaço. Nesse espaço não existe conflito; nesse espaço existe liberdade. Liberdade não é uma reação. Você não pode dizer: “Bem, eu sou livre”. No momento em que você diz que está livre, você não está livre, porque você está consciente de si mesmo como estando livre de alguma coisa, e, portanto, está na mesma situação de um observador observando a árvore. Ele criou um espaço, e nesse espaço ele gera conflito. Compreender isto requer não concordância ou discordância intelectual, ou dizer, “Eu não compreendi”, mas antes requer entrar em contato diretamente com o que é. Significa que todas as suas ações, cada momento de ação é do observador e do observado, e dentro desse espaço não há contato com nada. Contato, relação tem um significado bem diferente quando o observador não está mais apartado do observado. Existe este extraordinário espaço, e existe liberdade.




J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

A MENTE AMBICIOSA NÃO CONSEGUE MEDITAR

Uma mulher recebeu um bilhete da escola.

“Seu filho é muito inteligente”, estava escrito no bilhete do professor que acompanhava o boletim, “mas ele passa muito tempo brincando com as meninas. Estou pensando em um meio de mudar esse hábito dele.”

A mulher assinou o boletim e o enviou de volta com outro bilhete  “Avise-me se der certo e tentarei fazer o mesmo com o pai dele”.

As pessoas estão sempre procurando dicas para controlar os outros, dicas que podem gerar vantagens — dicas vantajosas. Se estiver procurando dicas para controlar os outros, você sempre será controlado pela mente.

Não pense mais em controlar os outros. Quando abandonar a ideia de controlar os outros — marido ou mulher, filho ou pai, amigo ou inimigo —, quando abandonar essa ideia, a mente não terá mais poder sobre você, porque ela se tornará inútil.

Ela é útil para controlar o mundo, é útil para controlar a socieda­de... Um político não pode meditar. É impossível. Ainda mais impos­sível que para um empresário. O político está bem na outra extremidade. Ele não pode meditar.

Às vezes, políticos me procuram. Estão interessados em meditação e perguntam se posso ajudá-los, porque es­tão muito tensos, o trabalho é muito tenso e há conflitos, competições constantes. Eles pedem alguma coisa para ter um pouco de paz. Digo a eles que é impossível. Eles não podem meditar.

A mente ambiciosa não consegue meditar, porque a fundação básica da meditação é ser não-ambiciosa. Ambição significa o esforço de controlar os outros. Assim é a política — o esforço para controlar o mundo todo. Se você quiser controlar os outros, terá que dar ouvidos à mente, porque ela gosta muito de violência.

E você não pode tentar coisas novas — elas são muito arriscadas. Tem que tentar as coisas velhas repetidamente. Se você prestar aten­ção nas lições da história, elas são surpreendentes.

Em 1917, a Rússia passou por uma grande revolução, uma das maiores da história. Mas, de alguma forma, a revolução fracassou. Quando os comunistas tomaram o poder, tornaram-se quase como os czares - ainda piores.

Stalin provou ser mais terrível que Ivã, o Terrí­vel. Ele matou milhões de pessoas. O que aconteceu? Quando toma­ram o poder, era muito arriscado fazer algo novo. Poderia não dar certo, nunca funcionou antes, portanto quem sabe? Tente os métodos anti­gos, que sempre foram úteis. Eles tiveram que aprender com os czares.

Todas as revoluções fracassam porque, quando determinado gru­po de políticos chega ao poder, tem que usar os mesmos métodos. A mente nunca se volta para o novo, sempre para o velho.

Se você quiser controlar os outros, não será capaz de meditar... Pode ter certeza disso.




Osho, em "A Música Mais Antiga do Universo"




Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

domingo, 27 de outubro de 2013

REENCARNAÇÃO NO CONCEITO ROSACRUZ DO COSMOS

O que somos, o que temos, todas nossas boas qualidades, são os resultados de nossas próprias ações. O que nos falta física, moral ou mentalmente, pode ser nosso no futuro. Assim como não podemos fazer mais que voltar a viver todas as manhãs, depois do sono da noite precedente, assim também por nossas obras em vidas anteriores temos criado as condições presentes. Em lugar de nos lamentarmos da falta desta ou daquela faculdade que desejamos, devemos empregar todos os meios ao nosso alcance para adquiri-la, e com o tempo chegará a ser nossa.




Max Heindel




Fonte: do livro "Conceito Rosacruz do Cosmos"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

EXISTE UM OBSERVADOR OLHANDO A SOLIDÃO?

Minha mente observa a solidão, e a evita, foge dela. Mas se eu não fugir dela, existe uma divisão, existe uma separação, existe um observador olhando a solidão? Ou, existe apenas um estado de solidão, minha mente em si mesma estando vazia, sozinha? Não que existe um observador que sabe que existe solidão. Eu penso que isso é importante de perceber, prontamente, não verbalizando muito. Dizemos agora “Eu sou invejoso, e quero me livrar da inveja”, então existe um observador e o observado; o observador quer se livrar daquilo que observa. Mas o observador não é o mesmo que o observado? É a própria mente que criou a inveja e assim, a mente não pode fazer nada a respeito da inveja. Então, minha mente observa a solidão; o pensador está consciente de que está só. Mas ficando com isto, estando completamente em contato, ou seja, não fugindo disto, não traduzindo e todo o resto, então, existe uma diferença entre o observador e o observado? Ou só existe um estado, ou seja, a mente em si está só, vazia? Não que a mente se observa como estando vazia, mas a mente em si está vazia. Daí, pode a mente, estando cônscia de que ela mesma está vazia, e qualquer esforço dela, qualquer movimento para sair desse vazio é simplesmente uma fuga, uma dependência, pode a mente deixar de lado toda dependência e ser o que ela é, completamente vazia, completamente só? E se ela está nesse estado, não existe liberdade de toda dependência, de todo apego?




J.Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

OS FUNDAMENTOS DO BUDISMO

Para a cultura ocidental, quando se fala em Buda, imediatamente se vê a figura de um gordo e bonachão homem sentado. Mas esta é apenas uma das representações do termo que representa um título e não um nome próprio. Originada no sânscrito, a palavra significa "aquele que sabe", ou "aquele que despertou", e se aplica a alguém que atingiu um nível superior de entendimento e de plenitude da condição humana.

O budismo, movimento de liberdade espiritual, foi criado cinco séculos antes do começo da era cristã por Sakiamuni Buda. Ele alcançou a "iluminação" através da meditação baseada numa profunda introspecção. Depois de chegar ao ponto exato, Sakiamuni mostrou as quatro nobres verdades, que formam a base de todas as formas existentes do budismo.

A primeira revela a verdade do sofrimento e é inevitável para todos os seres. A segunda diz que todo o sofrimento tem uma causa encontrada no desejo, no apego ou na ignorância. No terceiro postulado, o sofrimento pode cessar possibilitando que o ser humano alcance um estado de consciência sem sofrimento.

No último dos quatro postulados, a verdade do caminho está no término do sofrimento para o despertar. Este estágio corresponde a se livrar da ilusão, do sofrimento, conseguindo atingir um grau de consciência maior através de um correto modo de agir e se conscientizar.




Fonte: Jornal "Correio do povo", Porto Alegre/RS, 09/12/00, caderno "vitrine", p. 7
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

LEI IMANENTE, ETERNA E REGULADORA

I - Uma inteligência divina rege os mundos. Nela, identifica-se a Lei, lei imanente, eterna, reguladora, à qual seres e coisas estão submetidos.

II - Assim como o homem, sob seu invólucro material, continuamente renovado, conserva sua identidade espiritual, esse eu indestrutível, essa consciência em que se reconhece e se possui, assim também o Universo, sob suas aparências mutáveis, se possui e se reflete numa unidade central que é o seu Eu. O Eu do Universo é Deus, lei viva, unidade suprema onde confinam e se harmonizam todos as relações, foco imenso de luz e de perfeição donde irradiam e se expandem, por todas as humanidades, Justiça, Sabedoria, Amor.

III - No Universo, tudo envolve e tende para um estado superior. Tudo se transforma e se aperfeiçoa. Do seio dos abismos a vida eleva-se, a princípio confusa, indecisa, animando formas inumeráveis cada vez mais perfeitas, depois desabrocha no ser humano, adquire então consciência, razão, vontade, e constitui a Alma ou Espírito.

IV - A Alma é imortal. Coroamento e síntese das potências inferiores da Natureza, ela contém em germe todas as faculdades superiores, está destinada a desenvolvê-las pelos seus trabalhos e esforços, encarnando em mundos materiais, e tendo a elevar-se, através de vidas sucessivas, de degraus em degraus, para a perfeição. A Alma tem dois invólucros: um, temporário, o corpo terrestre, instrumento de luta e de prova, que se desagrega no momento da morte; o outro, permanente, corpo fluídico, que lhe é inseparável e que progride e se depura com ela.

V - A vida terrestre é uma escola, um meio de educação e de aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento. Não há nem felicidade nem mal eternos. A recompensa ou o castigo consistem na extensão ou no encurtamento das nossas faculdades, do nosso campo de percepção, resultante do bom ou mau uso que houvermos feito do nosso livre-arbítrio, e das aspirações ou tendências que houvermos em nós desenvolvido. Livre e responsável, a Alma traz em si a lei dos seus destinos; prepara, no presente, as alegrias ou as dores do futuro. A vida atual é a consequência, a herança das nossas vidas precedentes e a condição das que se lhe devem seguir. O Espírito se esclarece, se engrandece em potência intelectual e moral, à medida do trajeto efetuado e da impulsão dada a seus atos para o bem e para a verdade.

VI - Uma estreita solidariedade une todos os Espíritos, idênticos na sua origem e nos seus fins, diferentes somente por sua situação transitória, uns no estado livre, no espaço; outros, revestidos de um invólucro perecível, mas passando alternadamente de um estado a outro, não sendo a morte mais mais que uma fase de repouso entre duas existências terrestres. Gerados por Deus, seu Pai comum, todos os Espíritos são irmãos e formam uma imensa família. Uma comunhão perpétua e de constantes relações liga os mortos aos vivos.

VII - Os Espíritos classificam-se no espaço em virtude da densidade do seu corpo fluídico, correlativa ao seu grau de adiantamento e de depuração. Sua situação é determinada por leis exatas; essas leis exercem no domínio moral uma ação análogo à que as leis de atração e de gravidade executam na ordem material. Os Espíritos culpados e maus são envolvidos em espessa atmosfera fluídica, que os arrasta para mundos inferiores, onde devem encarnar para para se despojarem das suas imperfeições. A Alma virtuosa revestida de um corpo sutil, etéreo, participa das sensações da vida espiritual e eleva-se para mundos felizes onde a matéria tem menos império; onde reinam a harmonia e a bem-aventurança. A Alma, na sua vida superior e perfeita, colabora com Deus, coopera na formação dos mundos, dirige-lhes a evolução, vela pelo progresso das humanidades, pela execução das leis eternas.

VIII - O bem é a lei suprema do Universo e o alvo da elevação dos seres. O mal não tem vida própria; é apenas um efeito de contraste. O mal é o estado de inferioridade, a situação transitória por onde passam todos os seres na sua missão para um estado melhor.

IX - Como a educação da Alma é o objetivo da vida, importa resumir os seus preceitos em palavras: Comprimir necessidades grosseiras, os apetites materiais; aumentar tudo quanto for intelectual e elevado; lutar, combater, sofrer pelo bem dos homens e dos mundos; iniciar seus semelhantes nos esplendores do Verdadeiro e do Belo; amar a verdade, a benevolência, tal é o segredo da felicidade no futuro, tal é o Dever!




Léon Denis




Fonte: do livro "Depois da Morte", FEB
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

SUPERANDO AS DIFICULDADES

Uma tarde, foi dito a um homem simples que Deus lhe seria revelado naquela noite. Entusiasmado com aquela perspectiva incrível, o homem correu pelas ruas para chegar logo em casa. No caminho, encontrou um jovem maltrapilho em uma viela e o levou consigo. Um pouco depois, viu um mendigo faminto e lhe deu de comer.

Finalmente, chegou em casa e ansiosamente aguardou a hora de ver o Criador.

Esperou a noite toda, mas nada aconteceu. Na manhã seguinte, orou: “Deus, o que aconteceu com a promessa? Onde Você estava ontem?”

E o Criador respondeu: “Como assim? Eu estava no jovem e também no mendigo.”

Vamos nos lembrar que o Criador geralmente vem até nós sob a forma de alguém que podemos ajudar ou de uma situação em que podemos servir. Essas são nossas oportunidades de construir nossa Luz, criar nosso escudo protetor e obter força para lembrar que somos totalmente capazes de superar quaisquer dificuldades que se apresentem em nossas vidas.




Karen Berg




Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

SÍMBOLOS NA CIÊNCIA ESOTÉRICA

Como definir os símbolos que são usados na Ciência Iniciática? Para os Iniciados, um símbolo é uma forma na qual se concretiza uma realidade do mundo espiritual. Na origem de um símbolo, existe uma quinta-essência, uma ideia, e é esta quinta-essência, esta ideia, que se encarna no plano físico. Uma ideia, em si, não tem forma, é somente uma força, uma corrente de energias; ela só pode ganhar forma através de uma figura simbólica. A partir do instante em que a forma que essa ideia assume nos surge e nós procuramos compreendê-la e pô-la a trabalhar em nós, ela toma posse de todo o nosso ser e projeta-nos até às regiões onde tem a sua origem. Um símbolo é uma ideia feita carne, um espírito que veio encarnar-se. Através dessa carne ou desse corpo que o símbolo é, nós devemos procurar chegar até à ideia, à força, à energia que existe no alto. À medida que conseguimos decifrar os símbolos, familiarizamo-nos com a linguagem da Inteligência Cósmica.




Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

APRENDER A VIVIR PLENAMENTE - REFLEXION



Postado no Youtube por EMMA QUIÑONES

Fonte do Vídeo: http://youtu.be/cp8eO9uXvp4

A DUALIDADE DE PENSADOR E PENSAMENTO

Quando você olha alguma coisa – uma árvore, sua esposa, seus filhos, seu vizinho, as estrelas na noite, a luz na água, o pássaro no céu, qualquer coisa – existe sempre o observador, o censor, o pensador, o experimentador, o investigador, e a coisa que ele observa; o observador e o observado; o pensador e o pensamento. Assim, há sempre divisão. Esta divisão é que é tempo. Essa divisão é a própria essência do conflito. E quando há conflito, há contradição. Há “o observador e o observado”, o que é uma contradição; existe uma separação. E por isso, onde existe contradição, existe conflito. E quando há conflito, existe sempre o impulso para ir além dele, dominá-lo, superá-lo, fugir dele, fazer alguma coisa com ele, e toda essa atividade envolve tempo. E enquanto houver esta divisão, o tempo prosseguirá, e tempo é sofrimento. E o homem que quiser compreender o fim do sofrimento deve compreender isto, deve descobrir, deve ir além desta dualidade entre o pensador e o pensamento, o experimentador e o experimentado. Ou seja, onde existe uma divisão entre o observador e o observado, existe tempo, e, portanto, não há o fim do sofrimento. Então, o que a pessoa faz? Você compreende a pergunta? Eu vejo, dentro de mim, o observador está sempre olhando, julgando, censurando, aceitando, rejeitando, disciplinando, controlando, moldando. Esse observador, esse pensador, é o resultado do pensamento, obviamente. O pensamento vem primeiro; não o observador, não o pensador. Se não houvesse absolutamente pensamento, não haveria observador, nem pensador; então haveria apenas atenção total, completa.




J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

ESCOLHA



A.M.O.R.C - GLP 
Programa "Presença & Harmonia" (14/10/13)
Tema: "ESCOLHA"

Fonte do Vídeo: http://youtu.be/D2N5yPqmvv8

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

ESCORPIÃO - A SOLUÇÃO DO CONFLITO INTERNO


O mantra espiritual de Escorpião é: “Guerreiro eu sou, e da batalha emerjo triunfante.”


A relação entre o Eu Superior e o eu inferior é muitas vezes representada como uma luta. Poderia ser representada também como uma dança, por exemplo, ou uma conversa, ou um trabalho conjunto. Mas a luta, realmente, simboliza bem certos aspectos dessa relação entre o superior e o inferior dentro de nós. E pode ser de grande valia refletir sobre isso.

O eu inferior, também chamado de personalidade, abrange o corpo físico, as emoções e a mente analítica. O Eu Superior, também chamado de alma, é a mente intuitiva, a sede dentro de nós da sabedoria, do amor, da vontade espiritual e de todas as demais qualidades superiores. Naturalmente, o eu inferior tem uma percepção bastante limitada e ilusória sobre si mesmo, os outros e o mundo. Na sua visão, todos os seres estão separados e ele é independente e isolado dos demais. Já o Eu Superior tem uma percepção muito mais abrangente e exata sobre as coisas. Ele vê a interligação e interdependência em tudo e percebe a si mesmo como um com todos.

A partir de cada uma dessas duas visões, surgem objetivos de vida diferentes, com motivações e condutas correspondentes. O eu inferior vê o egoísmo como bem, enquanto o Eu Superior percebe que o bem é o altruísmo. Contudo, as duas visões (a mais estreita e a mais ampla) existem dentro de nós. Ao longo dos dias e das semanas, nós costumamos oscilar entre um foco maior numa dessas visões e um foco maior na outra. Em certas situações, até conseguimos perceber o conflito dessas duas visões dentro de nós, cada uma delas procurando prevalecer naquele momento. E muitas vezes, ao enfrentarmos alguma decisão, ficamos divididos entre escolher o que parece bom para o eu inferior ou o que o Eu Superior percebe como melhor.

Toda essa situação é ainda mais complicada devido ao fato de que, em diversas circunstâncias, não sabemos com clareza qual alternativa está de acordo com os interesses do eu inferior e qual está de acordo com os do Eu Superior; vemos as alternativas, mas não discernimos o que está por trás delas. Frequentemente, as coisas não são o que parecem, e o egoísmo facilmente se disfarça de altruísmo — dentro de nós mesmos!

O local onde todo esse conflito interno pode ser resolvido é o campo mental. 

A mente analítica e a mente intuitiva devem aprender a se entender mutuamente e trabalhar juntas. A mente intuitiva deve esclarecer a mente analítica, e esta, por sua vez, deve então orientar as emoções e as ações de acordo com o esclarecimento obtido. Isso significa que a solução é a mente analítica buscar internamente a visão maior da mente intuitiva. Mas, além disso, depois de iluminada pela luz superior, a mente analítica deve lançar essa luz sobre as emoções e ações. É como se a mente analítica tivesse que explicar (pacientemente e quantas vezes for preciso) para a faceta emocional e o corpo físico aquilo que foi compreendido, para que eles possam se ajustar e participar adequadamente.

É assim que o indivíduo pode sacrificar alegremente os seus estreitos interesses egoístas em favor dos interesses maiores coletivos. É assim que o Eu Superior triunfa e o eu inferior se torna seu parceiro. Então, cada um deles desempenha o seu devido papel: o Eu Superior indica o propósito, os princípios e os valores da vida; e o eu inferior é quem deve fazer a aplicação prática e materializar tudo isso. 

Não há vitória sem união. A vitória do Eu Superior não se trata de derrotar o eu inferior, mas de conquistar a sua cooperação.




Ricardo Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br




Fonte do Texto e da Gravura:
LOGOS - Grupo de Investigação em Astrologia Esotérica
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2012/11/escorpiao.html

8º TRABALHO DE HÉRCULES (ERGUENDO A HIDRA DE LERNA) --- ESCORPIÃO - HUMILDADE E ILUMINAÇÃO

O trabalho de Hércules ligado ao signo de Escorpião é a destruição da hidra de Lerna. 

Escorpião é um signo de conflitos e lutas, e de profundidade e intensidade. Este trabalho representa a busca de uma atitude mais esclarecida e abrangente a respeito dos desafios e embates da vida — lidando com as suas causas ocultas, e não apenas tratando dos efeitos.

A hidra era uma serpente monstruosa de nove cabeças. Quando atacada, ela se fortalecia a cada golpe, em vez de enfraquecer. E se uma cabeça era cortada, duas outras cresciam em seu lugar. Esse monstro asqueroso fez sua morada no pântano de Lerna e empesteou a água de toda a região, provocando doenças e mortes. 

A tarefa de Hércules era eliminar a causa da contaminação. Em meio à atmosfera nebulosa do pântano, Hércules procurou em vão pela hidra. Finalmente, encontrou a sua toca: uma caverna profundamente escura. Então, ele atirou flechas flamejantes no interior do covil. A hidra saiu furiosa, atacando o herói. E Hércules combateu-a bravamente, até perceber que não adiantava lutar contra ela. Então, ele se ajoelhou e agarrou-a, erguendo-a bem alto, além da atmosfera do pântano. Exposta ao ar puro e à luz, a hidra não pôde viver, e suas cabeças tombaram mortas.

A hidra representa os impulsos inferiores e complexos que residem na caverna escura do inconsciente e contaminam a mente, o coração e a vida humana. Ela é o conjunto de todos os pensamentos, emoções e desejos excessivos, desequilibrados, mal trabalhados. A hidra existe no interior de cada um de nós, sem exceção, pois faz parte da natureza humana. Encontrá-la e enfrentá-la requer uma tremenda coragem, e é um trabalho para o Hércules que também existe em nós.

Comumente, ao entrarmos em contato com os ensinamentos espirituais, nós os interpretamos de maneira simplista, distorcida e ilusória. Naturalmente, fazemos isso sem perceber, com muita dedicação sincera, mas pouca inteligência espiritual. Assim, imaginamos que, no caminho espiritual, devêssemos logo nos livrar de todas as tendências inferiores, todo medo, raiva, ambição, vaidade, orgulho etc. Mas o que acontece, então, é que tudo isso apenas fica escondido em nosso inconsciente, e continua contaminando a nossa vida interna e externa.

Um dos principais requisitos para a iluminação da consciência é a humildade, representada por Hércules ao ajoelhar-se. Ela nos permite reconhecer que somos como qualquer outro ser humano, sujeitos às mesmas falhas, dificuldades e limitações. Então, não pretendemos ser diferentes, especiais, melhores. Nem fingimos — para nós mesmos e para os outros — que não temos dentro de nós todas as tendências que são comuns a todos os seres humanos. Assim, podemos encarar com naturalidade e maturidade o que quer que surja dentro de nós. E podemos não lutar contra, mas elevar o nosso problema para outro nível de compreensão.

Um problema não pode ser resolvido a partir do próprio nível em que foi criado. A resolução acontece a partir de um nível mais alto. Quando alcançamos uma perspectiva mais elevada — e portanto, mais abrangente ou compreensiva —, podemos conhecer as causas de uma situação e então mudar a maneira como lidamos com ela. Nas alturas de uma mentalidade sábia e amorosa (a luz e o ar puro), podemos compreender que tudo o que existe em nós é bom, desde que seja mantido na sua justa medida, no seu correto lugar e no seu momento apropriado. Não há nada a ser combatido ou exterminado dentro de nós, mas apenas compreendido e reajustado.




Ricardo A. Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br




Fonte do Texto e da Gravura: 
LOGOS - Grupo de Investigação em Astrologia Esotérica
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2011/11/escorpiao-humildade-e-iluminacao.html

COMPREENDER O REAL

Isto não é realmente complexo, embora possa ser árduo. Veja, nós não começamos com o real, com o fato, com o que pensamos, fazemos, desejamos; começamos com suposições, ou com ideias, que não são realidades, e então nos desviamos. Para começar com fatos, e não com suposições, precisamos de atenção minuciosa; e toda forma de pensar que não se origina do real é uma distração. Por isso é tão importante compreender o que está de fato acontecendo dentro e fora da pessoa. Se você é um cristão, suas visões seguem um certo padrão. Você vê Cristo ou Krishna de acordo com seu condicionamento; sua educação, a cultura em que foi criado, determina sua visão. O que é a realidade: a visão, ou a mente que foi moldada dentro de certa forma? A visão é a projeção de uma tradição particular que forma o substrato da mente. Este condicionamento, não a visão que ele projeta, é a realidade, o fato. Compreender o fato é simples; mas se torna difícil por nossos gostos e desgostos, por nossa condenação do fato, pelas opiniões ou julgamentos que temos do fato. Libertar-se destas várias formas de avaliação é compreender o real, o que é.




J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

NÃO OLHE PARA TRÁS

A mudança é possível. Sempre.

Não falo do tipo de mudança onde restringimos nossos impulsos negativos durante algumas poucas semanas ou até meses, para logo depois voltar ao nosso velho modo de ser. Estou falando sobre mudança duradoura, que traz mais felicidade para nossas vidas e para as vidas das outras pessoas.

Você já reparou que sentimos uma infusão de energia quando nos comprometemos a fazer uma mudança de vida? Mas por que o padrão típico é que, quando esse pico inicial se esgota, voltamos novamente ao ponto zero, lutando contra as mesmas tendências com as quais estávamos brigando antes?

A Kabbalah nos ensina que existe uma receita para a mudança duradoura:

- Deixar o passado para trás e abrir mão das nossas características compulsivas e destrutivas.

- Comprometer-se a substituir esses comportamentos que não estavam funcionando para nós por outros, mais proativos.

- Resistir ao desejo de obter a energia que antes gratificava nosso ego, quando nos sentíamos em baixa, em um estado de ser mais primitivo.

Em resumo: Não olhe para trás.

Assim como um alcoólico tem sempre que resistir a beber, temos que nos enxergar como “egoólicos” em recuperação, que precisam desafiar incessantemente as tentações e armadilhas do nosso passado, para não sucumbir e voltar ao nosso velho modo de ser. Essa não é uma tarefa simples, porque o caminho mais fácil é muito mais sedutor e exerce uma atração enigmática e poderosa sobre nós.

E ainda assim, também é importante lembrar que, se nos desviamos do caminho, sempre recebemos a oportunidade de aprender com nossos erros e assumir um novo compromisso.

Agora é um bom momento para assumir esse novo compromisso. Existe uma energia poderosa no cosmo, que nos ajuda a romper os laços com todos os comportamentos negativos e egoístas que sinceramente desejamos que façam parte do nosso passado. Ela nos ajuda a lembrar da falta de sentido em trocar plenitude duradoura por aquilo que não nos serve mais.

Não olhe para trás. Seu velho ser ainda está lá.

Olhe para frente, e você verá tudo o que você está destinado a se tornar.




Rav Yehuda Berg




Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

OBSERVAÇÃO



A.M.O.R.C - GLP 
Programa "Presença & Harmonia" (7/10/13)
Tema: "Observação"

Fonte do Vídeo: http://youtu.be/c2SKdQ8fmK0

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

ESCORPIÃO - FIRMAR-SE E LUTAR

A reflexão acerca do significado interno, subjetivo do signo de Escorpião pode se iluminar se levarmos em conta o papel dos dois signos anteriores, os quais, segundo a chave psicológica que vimos utilizando, ocupariam no desenvolvimento da consciência um “momento” sutilmente prévio.

Em Virgem, o ser imbuído na matéria toma contato com a alma, a luz interna que o atrai magneticamente e o impulsiona à discriminação em busca do essencial, atividade típica do signo. Por sua vez, Libra estabiliza o que foi indagado e abre as portas para a reversão do movimento evolutivo, outorgando silêncio e uma base oculta, “substância”, “ar”, a todo esforço posterior.

Em Escorpião tudo isso é posto à prova; é a energia que faz conhecer o “inferno”, que põe à luz do dia tudo o que impede e obstrui e, assim, obriga a tomar uma decisão, que não pode ser outra senão lutar e demonstrar que a alma prevalece. Luta-se para afirmar a consciência, o que se percebe como superior, e neste processo a alma se revela cada vez mais no plano físico.

Esta expansão do fio da consciência no plano físico é de grande utilidade na vida interna, porque o triunfo é enlaçado não à luta, mas à proximidade da alma. Através do esforço nos três mundos, só o que se alcança é gerar um vazio dinâmico, uma invocação para que a alma se faça presente e inunde com sua Presença o campo de batalha da consciência, trazendo por sua própria elevação a cessação do conflito.

Em tudo isto Marte, que é o regente esotérico do signo, exerce um papel ativo; como já dissemos antes, a colocação atual de Plutão (planeta do 1º Raio de Vontade ou Poder) como regente convencional pode responder ao que o comum da humanidade já está sensível, a determinado grau de Vontade Divina, algo nunca antes experimentado. Graças a Plutão expulsa-se todo o indesejável; é um planeta de morte e destruição, agente da necessidade por parte do ser superior de alcançar uma expressão mais plena em nível mental, emocional e físico.

Marte é um planeta do 6º Raio de Devoção e Idealismo e está muito vinculado ao plano emocional; por ser “não sagrado”, seu efeito se faz sentir na matéria e não na consciência. Marte ativa a natureza inferior, coloca-a bem à mão do ser, que poderá se esquivar da batalha (é sempre uma decisão própria), mas jamais da consciência do que deve ser submetido. Isto fala de uma interessante oportunidade para o progresso interno e maior irradiação externa. No entanto, estamos dispostos a pagar o preço, a lutar?

E nos leva à relação com Touro, o oposto complementar. Este signo é regido internamente por Vulcano, outro planeta de 1º Raio, mas ao ser sagrado seu efeito tem a ver com a extensão da vontade desde a Mônada para o menos elevado da alma, de onde se pode tomar contato. Não se triunfa somente com este desejo, mas também com Vontade, e a vontade demanda antes de tudo compreensão, abertura e visão, elementos brindados por Touro.

Curiosamente, Escorpião se vincula com ele através das sucessivas “derrotas”; a superação raramente é linear, caracteriza-se por ciclos e frequentes quedas, que obrigam a começar de novo, quando nos valemos da humildade aprendida em Virgem. Cabem aqui duas citações: em primeiro lugar, Vicente Beltrán Anglada dizia que “o iniciado é um guerreiro coberto de cicatrizes”, o que nos fala claramente da inevitável passagem pelo estado de consciência de Escorpião, em que a própria alma nos coloca em uma situação de exigência, a fim de que evoquemos o mais elevado e comprovemos, a nós próprios, a Inevitabilidade do triunfo do Plano.

Por outro lado temos a frase de Napoleão Bonaparte, que tinha Escorpião como Ascendente (marcando o caminho da sua alma), e que disse: “o importante não é vencer, mas nunca se dar por vencido”. Esta conexão interna que garante a imortalidade, o dinamismo, a perene presença da alma, a própria Vida, é a que, mediante Escorpião, é vertida na consciência diurna, dotando o discípulo de uma ferramenta muito importante para o avanço espiritual. A recordação da experiência em Escorpião, ou a vivência direta, se está no Sol ou no Ascendente, é o que, de maneira potente ou silenciosa, possibilita “inclinar a balança” em momentos críticos, com plena confiança no êxito, com uma autoridade muito peculiar que emana da experiência própria.

É necessário se lançar à batalha com todas as armas que se têm, toda a aspiração e toda a vontade, sem se esquecer de que a chave está no triunfo não da personalidade, mas da alma, que se revela a si mesma através do amor e da compreensão subjacentes a todo esforço.

De alguma maneira se poderia dizer que tudo o que façamos em um nível não será senão um meio para liberar o campo e abrir um vórtice que permita a rápida irrupção da alma, pondo subitamente fim à atividade nos três mundos através da união. Isto tem uma dimensão teórica, mas fundamentalmente uma dimensão prática e psicológica: superar a “luta” nascida da separatividade, a consciência fragmentada, e ganhar o céu por direito próprio, aproximando-se do próprio centro de sabedoria que amorosamente situa-se no centro do tempo no presente.

Trata-se de uma reunião com o mais elevado de nós mesmos, através do esforço na matéria; por isso O Tibetano diz que Marte rege os cinco sentidos; se lembrarmos que é regente do signo, compreenderemos como, através da atividade nos planos mundanos, se irá levando ao limite essa identificação, para depois se tomar consciência de que o que se acreditava correto é um obstáculo para uma percepção mais direta, e despedir com o 1º Raio proveniente de Plutão e Vulcano. Ali se produz uma transformação, processo que, como se sabe na astrologia convencional, é regido por Escorpião.

Em suma, é um signo que nos ensina não tanto a lutar, mas sim a estar absolutamente dispostos a fazê-lo; é a verdadeira Jihad islâmica, a luta interna contra o inferior dentro de si mesmo. Estar dispostos a pagar o preço, a renunciar ao conhecido, é o grande desafio que nos propõe este período, e a recompensa por “surgir vitorioso da batalha” (tal o lema esotérico) é o sincero desdobramento de uma energia de realização maior em todas as dimensões da consciência, da mais grosseira à mais elevada.





Martín Dieser





Fonte do Texto e da Gravura:
LOGOS - Grupo de Investigação em Astrologia Esotérica
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2010/11/escorpiao-firmar-se-e-lutar.html

ESCORPIÃO - TRIUNFO INEVITÁVEL


Escorpião é o signo dos desafios e provas, dos conflitos e lutas, e acima de tudo, do triunfo. A energia de Escorpião assegura e promove a vitória do bem — dentro de cada ser humano. Tais energias estarão intensamente ativas de 23 de outubro a 21 de novembro deste ano, encorajando-nos a enfrentar as lutas e provas necessárias para o bem triunfar em nós e através de nós.

Um dos principais dons de Escorpião é a coragem. A palavra “coragem” deriva de “coração”, e coração significa centro. Geralmente, associamos coração com sentimentos, emoções, paixões, sonhos, aspirações; e realmente, o mais comum é centrarmos nossas vidas nisso tudo. Mas o verdadeiro e mais profundo centro do nosso ser é outro. Está além de todas as nossas experiências físicas, emocionais e mentais. Tem a ver com valores e princípios, ou seja, com o amor, a sabedoria, a verdade, a beleza, a justiça, a alegria etc. Ter coragem é ser capaz de permanecer no próprio centro ao enfrentar os desafios e lutas da vida; é apoiar-se em valores e princípios.

Costumamos dar um sentido excessivamente pessoal aos confrontos da vida. Vemos apenas as personalidades, e não aquilo que elas representam. Pensamos em termos de conflito entre pessoas, entre grupos, classes sociais, nações. Mas poderíamos perceber que, por trás disso tudo, há simplesmente um confronto de ideias, de valores e princípios. Assim, poderíamos manter os conflitos livres de toda a carga dos nossos afetos e desafetos, nossas paixões, ambições, medos, raiva, que apenas distorcem a questão e desviam a nossa atenção do que realmente está em jogo.

Todo conflito é, na verdade, uma oportunidade de interação, aprendizado mútuo, transformação e busca do bem maior. Não se trata de competição, de uns vencerem e outros perderem. Trata-se de os valores e princípios mais amplos e profundos prevalecerem. Quando isto acontece, todos vencem, mesmo aqueles que representavam os valores e princípios menores.

A vitória do bem sempre está garantida, desde que a verdadeira batalha seja travada. Ela acontece dentro de cada ser humano. A questão é permanecermos em nosso próprio centro, identificados com o bem maior, e não com os efêmeros e ilusórios benefícios ou malefícios pessoais.

Escorpião nos convida a submeter à prova as nossas teorias, crenças e ideais. Incentiva-nos a confrontar tudo isso com a realidade e aprender com a experiência. Habitualmente, supomos que já sabemos o que é o bem maior, já conhecemos e vivemos de acordo com os valores e princípios mais elevados. Mas, certamente, ainda temos muito a aprender e ainda podemos ampliar muito a nossa visão. A experiência nos conduzirá a isto, mas será preciso muita coragem e humildade para abandonar aquilo que não se provar útil.

Toda a humanidade é atualmente um grande campo de experimentações. As ideologias estão sendo postas em prova, as crenças (religiosas e científicas) estão sendo postas em prova. Antigas tradições, novas descobertas, teorias, experiências, hábitos — tudo está interagindo e se transformando mutuamente. Só podemos esperar um resultado: um ser humano melhor e um mundo melhor. Ele virá inevitavelmente, mas pode ser logo ou num futuro distante, dependendo da medida da nossa coragem.

Toda confronto sempre conduz ao triunfo do bem. Se o bem não triunfou, então a batalha ainda não terminou. Coragem!



Ricardo A. Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br




Fonte do Texto e da Gravura: 
LOGOS - Grupo de Investigação em Astrologia Esotérica
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2010/10/escorpiao-triunfo-inevitavel.html

EGO, APEGO E OSTENTAÇÃO SÃO ATRIBUTOS RAJÁSTICOS

Vocês devem renunciar a apego, ódio e ego. São esses atributos de apego e ego que realizam estragos a uma pessoa e a lançam no atoleiro da ilusão. Ego leva à ostentação e ostentação fortalece o ego. Uma pessoa nunca pode experimentar a bem-aventurança divina enquanto for influenciada pelo ego. O Senhor Krishna revela a Arjuna na Gita: "Ego, apego e ostentação são atributos rajásicos (de natureza apaixonada). Estes três são muito perigosos e trazem o desastre! Se alguém cultiva esses hábitos, consciente ou inconscientemente, não está traindo os outros, mas está enganando a si mesmo! Decida e alcance a vitória sobre o ego. Com fé firme, faça um esforço intenso para se livrar das más qualidades. Eu os abençoo a realizarem suas convicções com sucesso e conseguirem esta vitória com maior facilidade!"



Sathya Sai Baba



Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: www.morguefile.com


COMO O SUBTERFÚGIO SE REBELA CONTRA O SUBTERFÚGIO?

Perguntaram a Osho:

Os padres, freiras e parentes responsáveis pela minha forma­ção agora estão velhos e acabados. A maioria já morreu. Parece que não vale a pena rebelar-se contra esses velhos impotentes. Agora eu sou o padre e as doutrinas. Sinto que me rebelar contra qualquer coisa que esteja fora de mim mesmo é perda de tempo e simplesmente não faz sentido. Isso faz com que a situa­ção fique muito mais frustrante e complicada. Parece que o eu tem de lutar contra o eu. Reconheço que não se trata do eu essen­cial — a face original — que tem de se rebelar. E o eu que foi edu­cado — o subterfúgio. Mas esse é o único “eu” que eu tenho ou conheço com o qual me rebelar. Como o subterfúgio se rebela contra o subterfúgio?

A rebelião de que estou falando não é para ser feita contra ninguém. Não é uma rebelião de fato, mas só uma compreensão.

Você não precisa lutar contra os padres, freiras, parentes exteriores, não. Nem tem de lutar contra os padres, freiras e parentes interiores. Porque, seja exterior ou interior, não importa, eles estão separados de vo­cê. O exterior está separado, o interior também está separado. O in­terior é só um reflexo do exterior.

Você está totalmente certo ao dizer que “parece que não vale a pena rebelar-se contra esses velhos impotentes”. Não estou falando para você se rebelar contra esses velhos impotentes. E não estou falando, também, para você se rebelar contra tudo o que enfiaram na sua cabeça. Se você se rebelar contra a sua própria mente, será uma rea­ção, não uma rebelião.

Perceba a diferença. A reação é resultado da raiva; a reação é violenta. Na reação, você fica cego de raiva. Na reação, você começa a ir para o outro extremo.

Por exemplo, se os seus pais lhe ensinaram a ter higiene e a tomar banho todo dia, e mais isto e aquilo, e você aprender desde pequeno que Deus gosta de limpeza, e um dia você começa a se rebelar, o que você vai fazer? Vai parar de tomar banho. Começará a viver na imundície. Você vai para o outro extremo.

Ensinaram-lhe que Deus gosta de limpeza; agora você acha que Deus gosta da imundície, que Deus adora a sujeira. Você foi de um extremo ao outro. Isso não é re­belião. Isso é fúria, é raiva, é vingança.

Enquanto está reagindo aos seus pais e às suas chamadas ideias de limpeza, você ficará apegado a essas mesmas ideias. Elas ainda assombram você, ainda têm influência sobre você, ainda o dominam, ainda são decisivas. Elas ainda decidem a sua vida, embora você agora seja contra elas; mas elas ainda decidem. Você não consegue tomar banho despreocupadamente; você sempre se lembra dos seus pais, que costumavam obrigá-lo a tomar banho todo dia. Agora você não toma banho nunca.

Quem está dominando você? Os seus pais, ainda. O que eles lhe fizeram, você ainda não consegue apagar. Isso é reação, não é rebelião.

Então o que é rebelião? Rebelião é entendimento puro. Você simplesmente entende o que aconteceu. Então deixa de ser neuroticamente obcecado por limpeza, só isso. Você não fica sujo. A limpe­za tem a sua própria beleza. Ninguém deve ser obcecado por ela, porque obsessão é doença.

Por exemplo, uma pessoa lava as mãos o dia inteiro — então ela é neurótica. Lavar as mãos não é ruim, mas só lavar as mãos o dia in­teiro é loucura. Mas se, em vez de lavar as mãos o dia inteiro, você co­meçar a não lavá-las nunca, a deixar para sempre de lavá-las, então vo­cê fica preso a outro tipo de loucura, o contrário do primeiro.

A pessoa de entendimento lava as mãos quando é necessário. Quando não é necessário, ela não fica obcecada com isso. Ela simples­mente lida com isso de modo natural, espontâneo. Vive com inteligência, só isso.

Não existe muita diferença entre obsessão e inteligência se você não observar com muito cuidado. Se você depara com uma cobra na estrada e dá um pulo, você pula de medo. Mas esse medo é inteligência. Se você não é inteligente, é burro, você não vai dar um pulo para trás e correrá risco inutilmente. A pessoa inteligente dará um pulo no mesmo instante — há uma cobra ali. Ela pula de medo, mas esse me­do é inteligente, positivo, benéfico.

Contudo, esse medo pode ser obsessivo. Por exemplo, você não consegue ficar sentado dentro de casa. Sabe-se lá. A casa pode vir abaixo. E as casas às vezes vêm abaixo, isso é verdade. Às vezes elas vêm abaixo; isso não está errado. Você pode argumentar, dizendo, “Se ou­tras casas vieram abaixo, por que não esta?” Agora você tem medo de viver sob um teto — ele pode despencar. Isso é uma obsessão. Agora não é inteligente.

As pessoas podem ficar obsessivas com relação a qualquer coisa. Qualquer coisa que possa ser inteligente dentro de certos limites po­de se tornar neurótica se você passar desses limites. A reação é passar para o outro extremo. A rebelião é um entendimento muito profun­do, uma profunda compreensão, de um certo fenômeno. E a rebelião sempre mantém você no meio-termo; ela lhe dá equilíbrio.

Você não está lutando contra alguém; contra as freiras, os padres, os pais exteriores ou interiores. Você não está lutando contra ninguém, porque numa luta você não sabe onde vai parar. Numa luta, a pessoa perde a consciência; numa luta, ela começa a passar para o ou­tro extremo. É fácil de ver.

Por exemplo, basta sentar-se com os amigos e, a certa altura, dizer  “Não vale a pena ver aquele filme que eu vi ontem”. Pode ser que esse tenha sido só um comentário que você fez de passagem, mas al­guém diz, “Você está errado. Também vi o filme. É um dos filmes mais belos que já fizeram”. Agora você foi provocado, desafiado; você fica com vontade de brigar. Você diz, “Ele não vale nada, é a coisa mais inútil que eu já vi!” E então começa a criticá-lo.

E, se o outro também insistir, você ficará cada vez mais irritado e começará a dizer coisas que nem sequer tinha pensado em dizer. E, mais tarde, se você fizer uma retrospectiva e analisar todo o fenômeno que aconteceu, ficará surpreso ao constatar que a menção de que não valia a pena assistir ao filme foi um comentário muito ameno, mas, ao acabar a discussão, você havia passado para o outro extremo. Você usou tudo o que sabia, todas as palavras grosseiras que conhecia. Você fez todo tipo de condenação; lançou mão de toda a sua perspicácia para condenar o outro. Mas não estava disposto a fazer isso logo de início. Se ninguém tivesse discor­dado de você, você poderia ter esquecido tudo, poderia nunca ter si­do tão mordaz nos seus comentários.

Acontece — quando começa a brigar, você tende a ir ao extremo.

Não estou ensinando você a lutar contra os seus condicionamentos. Compreenda-os. Mostre inteligência ao lidar com eles. Sim­plesmente veja como eles dominam você, como eles influenciam o seu comportamento, como moldam a sua personalidade, como conti­nuam a afetar você sem que perceba. Simplesmente observe! Medite a respeito. E um dia, quando já tiver visto o mecanismo dos seus condimentamentos, de repente você chega a um equilíbrio. A sua própria compreensão torna você livre.

Compreensão é liberdade e essa liberdade eu chamo de rebelião.

O verdadeiro rebelde não é alguém que luta; é uma pessoa de entendimento. Ela simplesmente fica mais inteligente, não com mais raiva, com mais fúria. Você não pode transformar a si mesmo ficando com raiva do passado. Assim o passado continuará dominando você, ele continuará sendo o centro do seu ser, continuará sendo o seu fo­co. Você continuará focado, ligado ao passado. Pode passar para o ex­tremo oposto, mas ainda estará ligado ao passado.

Cuidado! Esse não é o caminho do meditador, não é o caminho da rebelião pelo entendimento. Simplesmente compreenda.

Você passa ao lado de uma igreja e desperta em você um desejo pro­fundo de entrar e rezar. Ou você passa ao lado de um templo e inconscientemente se curva diante da divindade do templo. Simplesmente ob­serve. Por que você está fazendo essas coisas? Não estou dizendo para ir contra isso, estou dizendo para observar. Por que você se curva diante do templo? — porque lhe ensinaram que esse templo é o templo certo, que a divindade desse templo é a verdadeira imagem de Deus. Será mesmo? Ou simplesmente lhe disseram que era e você acreditou? Observe!

Ao ver que você está simplesmente repetindo um programa que lhe foi dado, que só está tocando uma fita na sua cabeça, que está no automático, como um robô, você pára de se curvar. Não que você te­nha de se esforçar, você simplesmente esquecerá tudo. A coisa irá desaparecer, deixará você sem deixar rastro.

A reação deixa um rastro, a rebelião não deixa; é liberdade absoluta.

E você também pergunta “Contra quem lutar?” Essa pergunta só surge se tiver de haver uma luta. Como não vai haver uma luta, essa pergunta não surgirá. Você tem simplesmente de ser uma testemunha.

E o testemunho é a sua face original; aquele que testemunha é a sua consciência verdadeira.

Aquilo que você testemunha é o condicionamento. Aquele que testemunha é a fonte transcendental do seu ser.




Osho, em "Coragem: A  Coragem de Ser Você Mesmo"




Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

TEMOS DATA E HORA CERTA PARA DESENCARNAR?

Quando encarnamos, recebemos uma carga de fluidos vital (fluido da vida).  Quando este fluido acaba, morremos. Somos como a pilha que com o tempo vai descarregando. Chegamos ao ponto que os remédios já não fazem mais efeito. Daí não resta outra alternativa senão trocar de “roupa” e voltar para a escola planetária. 

Mas a quantidade de fluido vital não é igual em todos seres orgânicos. Isso dependerá da necessidade reencarnatória de cada um de nós. Quando chegamos à Terra cada um tem uma estimativa de vida. Vai depender do que viemos fazer aqui.  

André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, explica que poucos são completistas, ou seja, nascemos com uma estimativa de vida e, com os abusos, desencarnamos antes do previsto, não completamos o tempo estimado, isso chama-se suicídio indireto. 

Se viemos acertar as pendências biológicas por mau uso do corpo, como o suicídio direto ou indireto, nós vamos ficar aqui pouco tempo. É só para cobrir aquele buraco que nós deixamos. Exemplo: Se nossa estimativa de vida é 60 anos e nós, por abusos, desencarnamos aos 40 anos, ficamos devendo 20 anos. Então, na próxima encarnação viveremos somente 20 anos.  Mas há outros indivíduos que vem para uma tarefa prisional. E daí vai ficar, 70, 80, 90, 100 anos. 

Imaginamos que quem vira os 100 anos está resgatando débitos, porque vê as diversas gerações que já não são as suas. E o indivíduo vai se sentindo cada vez mais um estranho no ninho. Os jovens o olham como se ele fosse um dinossauro. Os da sua idade já não se entendem mais porque já faltam certos estímulos (visuais, auditivos etc.). Já não podem visitar reciprocamente, com raras exceções. Tornam-se pessoas dependentes dos parentes, dos descendentes para levar aqui e acolá. Até para cuidar-se e tratar-se. Então, só pode ser resgate para dobrar o orgulho, para ficar nas mãos de pessoas que nem sempre gostam dela. Alguns velhos apanham, outros são explorados na sua aposentadoria, outros são colocados em asilos onde nunca recebem visitas. Em compensação, outros vêm, cuidam da família, educam os filhos em condição de caminhar, fecham os olhos e voltam para a casa com a missão cumprida com aqueles que se comprometeu em orientar, impulsionar, a ajudar. Por isso, precisamos conversar com os jovens. Dizer a eles que é na juventude que a gente estabelece o que quer na velhice, se chegar lá. E que vamos colher na velhice do corpo o que tivermos plantado na juventude. Se ele quiser ter um ídolo, que escolha alguém que esteja envolvido com a paz, com a saúde, a ética, ao invés de achar ídolos da droga, do crime, das sombras. E aqueles que não tem  jovens para orientar e que estão curtindo a própria maturidade, avaliar o que fizeram da vida até agora. 

Se a morte chegasse hoje, o que teriam para levar? Se chegarem a conclusão que não tem nada para levar  lembrem que: HÁ TEMPO. Enquanto Deus nos permitir ficar na Terra, HÁ TEMPO, para fazermos algum serviço no Bem seja ao próximo ou a nós mesmos: estudar, aprender uma língua, uma arte, praticar um esporte. Enquanto respirarmos no corpo perguntemos: “O QUE DEUS QUER QUE EU FAÇA?” 

Usemos bem o fluido que nos foi disponibilizado. A vida bem vivida pela causa do Bem pode nos dar “moratória”, ou seja, uma sobrevida, uma dilatação do tempo de permanência do Espírito no corpo de carne. Então, há idosos em caráter expiatório e em caráter de moratória.




José Raul Teixeira




Fonte: Grupo de Estudo "Allan Kardec"
http://grupoallankardec.blogspot.com
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

terça-feira, 22 de outubro de 2013

O QUE É ACUMULADO NÃO É VERDADE

Enquanto houver um experimentador lembrando a experiência, não há verdade. A verdade não é algo para ser lembrado, armazenado, registrado, e então aparecer. O que é acumulado não é a verdade. O desejo de experimentar cria o experimentador, que então acumula e lembra. O desejo funciona para a separação do pensador de seu pensamento; o desejo de vir a ser, experimentar, ser mais ou menos, gera a divisão entre o experimentador e a experiência. Vigilância com os caminhos do desejo é autoconhecimento. Autoconhecimento é o início da meditação. 


J. Krishnamurti


Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal