quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

LIBERDADE - LIVRE ARBÍTRIO - DETERMINISMO - DESTINO



Nascemos aprisionados pelo nosso passado, seja como indivíduos, seja como sociedade, constrangidos a andar de novo nos trilhos já percorridos, que no terreno da vida de contínuo escavamos com os nossos pés. (P. Ubaldi - Princípios de uma nova Ética) 

De uma ação em excesso nasce uma reação em forma de carência. (P. Ubaldi - Princípios de uma nova Ética) 

Poder-se-ia dizer que nosso passado nos escraviza, porque lança o eu numa dada direção, assim congelando em determinismo nosso livre arbítrio, até que, em novas vidas, consigamos libertar-nos da escravidão desse determinismo. (P. Ubaldi - Princípios de uma nova Ética) 

O que somos é consequência do que havemos pensado. (P. Ubaldi - Problemas do Futuro) 

No Satapathabrahama está dito: Do desejo depende a natureza do homem. Conforme o seu desejo, tal será sua vontade; conforme sua vontade, tal será sua obra; conforme sua obra, tal será a existência que lhe diz respeito. (P. Ubaldi - Problemas do Futuro) 

A liberdade está sempre enquadrada no determinismo da unidade superior, e que é livre somente enquanto é elemento inferior componente de uma outra unidade superior que, relativamente ao inferior, é sempre determinista. Assim em toda UNIFICAÇÃO se verifica uma reordenação determinista. (P. Ubaldi - Problemas do Futuro). 

Em toda unificação se verifica uma reordenação determinista. (P. Ubaldi - Problemas do Futuro) 

Outro fator complica o cálculo das responsabilidades: o determinismo das causas enxertadas no passado, com as próprias ações, na trajetória do próprio destino; os impulsos assimilados, por livre e responsável escolha, no edifício cinético do próprio psiquismo. Essas causas são forças colocadas em movimento pelo próprio "eu" e uma vez lançadas, são autônomas, até sua extinção. Vossos atos prosseguem em seus efeitos, irresistivelmente, por leis de causalidade. Seu impulso é medido pela potência que imprimistes a esses atos, proporcionais e da mesma natureza, benéfica ou maléfica, ao impulso que destes. Assim o bem ou mal dirigido aos outros é feito sobretudo a si mesmo; é regido pelas reações da Lei e recai sobre o autor como uma chuva de alegrias ou de dores. O destino implica, pois, uma responsabilidade composta, que é resultante do passado e do presente. (P. Ubaldi - A Grande Síntese) 

Cada ato é sempre livre em sua origem, mas não depois, porque então já pertence ao determinismo da lei de causalidade, que lhe impõe as reações e consequências. O destino, como efeito do passado, contém pois, zonas de absoluto determinismo, mas a ele sobrepõe-se a cada momento a liberdade do presente, que vai chegando continuamente e que tem o poder de introduzir sempre novos impulsos e, neste sentido, de "corrigir" os precedentes. (P. Ubaldi - A Grande Síntese) 

O impulso do destino pode comparar-se a inércia de uma massa lançada, que tende a prosseguir na direção iniciada mas que, no entanto, pode sofrer atrações e desvios colaterais; esse impulso pode ser corrigido. Determinismo e liberdade, dessa maneira, se contrabalançam, e o caminho é a resultante dada pela inércia do passado e pela constante ação corretora do presente. O presente pode corrigir o passado numa vida de redenção; pode somar-se a ele nas estradas do bem, tanto quanto nas do mal. Diante do determinismo da Lei, que impõe a cada causa seu efeito, está o poder do livre arbítrio, de corrigir a trajetória dos efeitos com a introdução de novos impulsos. Destino não é fatalismo, não é cega "Anánke", é base de criações e destruições contínuas. O que a cada momento está em ação no destino é a resultante de todas essas forças. (P. Ubaldi - A Grande Síntese) 

No cumprimento de um destino há uma tendência que, se é irresistível, ao mesmo tempo é suscetível de adaptar ao ambiente, ao momento, à pressão dos impulsos dos outros destinos que se vão desenvolvendo juntos e que também se querem realizar. No cumprimento de um destino há uma necessidade absoluta de realização, mas ela não é rígida e mecânica, mas uma vontade contínua, uma pressão constante, implacável, impulsionando para se realizar, de modo que está pronta para isso, logo que o ambiente o permita. Ela funciona por tentativas, mas com a maior tenacidade, aproveitando todas as oportunidades. Eis, então, que na férrea atuação da lei de causa e efeito penetra uma elasticidade de adaptação às circunstâncias do momento. (P. Ubaldi - Princípios de uma nova Ética) 

É preciso compreender que nossa culpabilidade anti-Lei é um diafragma que nos separa das origens de tudo o que é benéfico. É assim que os auxílios chegam à zona onde não somos culpados e nada acontece naquelas onde a culpa e a rebeldia nos deixa abandonados ao nosso livre arbítrio de revolta. Eis porque razão o nosso mundo está em poder da feroz lei animal da luta pela vida. Esta significa: cada um por si, sozinho contra todos, sem defesa além das próprias forças, e salve-se quem puder. É um regime de inferno, baseado na força, no engano, na injustiça, que só um estado de revolta anti-Lei pode ter criado, porque não se pode admitir que obra tão terrível possa ter saído das mãos de Deus. O nosso mundo representa, de fato, a reviravolta da positividade do Sistema. O pagamento se faz de acordo com a justiça. Em cada uma das zonas das forças e qualidades constitutivas de nossa personalidade, há uma balança estabelece até que ponto a privação deve funcionar como compensação e pagamento do respectivo abuso com que infringimos a Lei. É assim que o destino nunca atinge globalmente, mas apenas em dados pontos, poupando-nos, favorecendo-nos e até mesmo ajudar-nos em outros. É a natureza das forças com que somos construídos que atrai aquelas que nos devem depois punir ou premiar segundo a justiça. Assim, em cada ponto recebemos segundo o mérito. (P. Ubaldi - A Técnica Funcional da Lei de Deus). 

Não há dúvida de que, apesar de nossa liberdade de introduzir na trajetória de nosso destino impulsos novos que o possam modificar, esta lei que estabelece o percurso de uma trajetória, uma vez que ela foi iniciada num dado sentido, representa no fenômeno um impulso de tipo determinístico, ao qual todo o processo fica inexoravelmente sujeito. (P. Ubaldi - Princípios de uma nova Ética) 

Fechado, em grande parte, no círculo de suas necessidades materiais, o homem pouco pode comandar a própria vida, e vive deterministicamente sob o poder da Lei pela qual quase nada conhece. A sua ignorância o mantém escravo. O seu livre-arbítrio é apenas pequena oscilação de escolha, a fim de permitir-lhe o aprendizado à sua custa, experimentando. (P. Ubaldi - O Sistema) 

Só no Anti-Sistema podem reinar a imperfeição, a ignorância, a incerteza. E por isso, só aqui pode existir o livre-arbítrio, pois a escolha só é possível onde ainda não se conhece o caminho melhor, o qual só pode ser um, o único perfeito. (P. Ubaldi - O Sistema) 

Ninguém pode lançar o peso do seu destino sobre nós, como nós não podemos lançar o peso do nosso destino sobre os outros. Se assim fosse não haveria justiça. (P. Ubaldi - A Lei de Deus) 

Compreende-se que a perfeição não pode deixar de ser determinística, no sentido de que só o melhor absoluto pode ocorrer. Tal é o sistema incorrupto dos espíritos que não erraram e não caíram. Pode, pois, deste ponto de vista, parecer mesmo que o arbítrio humano, além de ser um resíduo da liberdade originária, seja um produto da queda, visto que a escolha significa uma incerteza e uma procura do melhor absoluto, que se perdeu e ainda não foi reconquistado. (P. Ubaldi - Deus e Universo) 



Prof. Pietro Ubaldi



Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/penhasco-aventura-acima-caminhada-1822484/

PROVAÇÕES


A existência não é um caminho plano, uniforme, é feito de altos e baixos, de covas e elevações, que ameaçam constantemente o nosso equilíbrio. Mas é nestes desequilíbrios que nós temos as melhores condições para progredir. 

O que são as provações, as doenças ou a guerra? Desequilíbrios; nestes desequilíbrios, os seres bons encontram condições para se tornar ainda melhores e os maus, infelizmente, para se tornar ainda piores.

A vida cria perturbações para pôr os humanos neste estado de desequilíbrio que os obriga a refletir, a desenvolverem-se ou, pelo menos, a revelarem-se e a conhecerem-se a eles mesmos.

Muitos, se não tiverem de enfrentar provações ou perigos, nunca chegarão a conhecer-se! E assim, alguns que pareciam capazes, inteligentes, honestos, caem imediatamente ou são levados a cometer atos vis, criminosos, ao passo que outros, que pareciam insignificantes, manifestam-se como heróis ou santos.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ALÉM DO NOSSO LIXO


Um bom indício de que você está no caminho certo é quando começa a enxergar melhor o seu lixo. Você começa a perceber o ego em ação e como permite que ele exerça controle sobre você e sobre sua forma de interagir com os outros.

Enxergar nosso lixo nunca é fácil, mas é o que fazemos depois de enxergá-lo que faz toda a diferença.

Ficar deprimido, caído ou triste não nos ajudará a mudar esse lixo, portanto, isso é perda de tempo. Por outro lado, podemos sentir gratidão por ter a clareza de enxergar o que precisamos mudar para que nossa vida melhore.

Imagine se conseguíssemos mudar o quadro de tal forma que enxergar nosso lixo passe a ser uma parte incrível de nosso processo!

Quando não conseguimos ver nosso lixo, não temos condições de superá-lo e de chegar à Luz.


Rav Yehuda Berg


Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

RELAÇÕES DE SIMPATIA E DE ANTIPATIA ENTRE OS ESPÍRITOS


O Livro dos Espíritos - Questões 295 a 297 - Relações de Simpatia e de Antipatia Entre os Espíritos.

Respostas dos guias espirituais para Allan Kardec no Livro dos Espíritos.

295. Que sentimento anima, depois da morte, aqueles a quem fizemos mal neste mundo?

Se são bons, eles vos perdoam, segundo o vosso arrependimento. Se maus, é possível que guardem ressentimento do mal que lhes fizestes e vos persigam até, não raro, em outra existência. Deus pode permitir que assim seja, por castigo.

296. São suscetíveis de alterar-se as afeições individuais dos Espíritos?

Não, por não estarem eles sujeitos a enganar-se. Falta-lhes a máscara sob que se escondem os hipócritas. Daí vem que, sendo puros, suas afeições são inalteráveis. Suprema felicidade lhes advém do amor que os une.

297. Continua a existir sempre, no mundo dos Espíritos, a afeição mútua que dois seres se consagraram na Terra?

Sem dúvida, desde que originada de verdadeira simpatia. Se, porém, nasceu principalmente de causas de ordem física, desaparece com a causa. As afeições entre os Espíritos são mais sólidas e duráveis do que na Terra, porque não se acham subordinadas aos caprichos dos interesses materiais e do amor-próprio.

Allan Kardec



Fonte: "O Livro dos Espíritos"
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/