sábado, 19 de janeiro de 2013

EVOCAÇÃO E INVOCAÇÃO


Não somente o Ocultismo, mas até os dicionários estabelecem um distinção entre essas duas palavras:

Evocar - Fazer vir à nossa presença, de modo imperativo, um Ser que nos é subordinado ou inferior.

Invocar - Pedir, respeitosamente, a presença ou auxílio de um Ser Superior, ao qual estamos subordinados.

Na evocação, como estamos lidando com seres hierarquicamente inferior a nós na Escala Evolutiva, a nossa postura será de mando... não de arrogância ou de prepotência, mas simplesmente de mando, semelhante a um oficial dando ordens a seus soldados; um oficial não pede ao soldado que execute determinada tarefa... ele ordena; e o ato de ordenar é tão complexo quanto o de obedecer... necessário se faz saber exatamente o que ordenar, com clareza, precisão e firmeza... para que a ordem seja cumprida fielmente e corretamente. Quem dá ordens deve saber portar-se adequadamente: postura altiva, gestos precisos, tom de voz imperativo e solene, denotando inflexibilidade e segurança no que diz e no que se faz.

Quem ordena de modo disciplinado faz com que quem obedeça também o faça com disciplina.

Na evocação, deve haver sempre pompa e cerimônia, pois os elementais aos quais são evocados estão numa escala inferior (são os elementos como ar, fogo, terra e água) e eles não entendem a linguagem humana, fazendo assim a importância das cerimônias, obedecendo menos pelo entendimento racional e mais pelo entendimento emotivo relacionado às nossas atitudes, gestos e vibrações mentais acompanhadas de símbolos e gestos rituais.

Bem diferente é a postura daquele que invoca, e esta nova postura deverá ser de respeito, humildade e reverência, pois estamos nos colocando em contato com seres Espirituais Superiores.

Quem invoca deve permanecer ajoelhado ou, como prescreve certos rituais coletivos, em pé numa postura rígida e solene.

No ato invocatório há também, e necessariamente, pompa e circunstância, manifestada em perfeitos gestos ritualísticos, numa atitude física, mental e emocional de respeito e devoção.

Quem invoca deve apresentar-se limpo de Corpo e Alma, trajando vestes adequadas.

Os rituais costumam estabelecer a forma correta de trajar-se, que varia conforme a cerimonial.

Quem invoca deve estar consciente de sua inferioridade ante o ser invocado.

Quem invoca não ordena, apenas pede: auxílio, proteção, orientação; com a mais absoluta pureza de intenções, sem nada querer oferecer em troca (não há nenhuma possibilidade de "barganhar" com os Espíritos de Luz), sem nada prometer que não possa cumprir.

Se não obtivermos o que pedimos, devemos nos resignar, sem ódio ou rancor, reconhecendo que não fomos dignos do pedido; e, passado algum tempo, nós tentaremos nos fortalecer espiritamente para então, pedirmos novamente.

Conclusões:

1 - O maior erro que o Mago pode cometer é confundir esses dois conceitos: evocando quem deve ser invocado ou invocando quem deve ser evocado.

2 - A Magia não consiste em obter conhecimentos secretos, amuletos infalíveis, poções mágicas, vantagens materiais; quem a pratica assim são os ignorantes e os supersticiosos.

3 - A verdadeira Magia consiste em saber conduzir-se, no trato com os Elementais e os Devas, com propósito Nobres, Puros, Belos e Verdadeiros. Em outras palavras, com propósito Justo e Perfeito.

Pensem então em nossos rituais que frequentamos tanto na Rosacruz, na Martinista ou outros. Quem invoca? E invoca o quê? Para quê? Qual é sua postura no momento na invocação? E qual é o momento que é feita a invocação? E a quem evocamos?


Anônimo R+C



(Desconheço a fonte)

Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal