sexta-feira, 12 de abril de 2013

DISSOLVER A AUTO IMPORTÂNCIA


A ideia fixa que temos de nós mesmos como sólidos e separados uns dos outros é dolorosamente limitadora. É possível se mover dentro do drama de nossas vidas sem acreditar tão fervorosamente no papel que desempenhamos.

Levar-nos tão a sério, e nos dar tanta importância em nossas próprias mentes, é um problema para nós; nos sentimos justificados em ficar irritados com tudo, nos sentimos justificados em nos auto denegrir ou em achar que somos mais espertos que as outras pessoas.

A auto importância nos machuca, limitando-nos ao estreito mundo de nossos gostos e desgostos. Terminamos morrendo de tédio com nós mesmos e nosso mundo. Terminamos nunca satisfeitos.

Temos duas alternativas: ou questionamos nossas crenças ou não. Ou aceitamos nossas versões fixas sobre a realidade, ou começamos a desafiá-las. Na opinião do Buda, treinar em permanecer aberto e curioso — treinar em dissolver nossas suposições e crenças — é o melhor uso para nossas vidas humanas.


Pema Chodron



“The Pocket Pema Chodron“
(Weekly quotes from Pema Chodron, 2012-12-19)

Fonte: http://darma.info/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A MENTE

... Na prática, a mente é viciada em um padrão negativo, e sempre acaba voltando a ele. A mente frequentemente se ocupa com pensamentos que se tornam uma porta para que grande negatividade entre em sua vida. É preciso fechar esta porta. Para isso é necessária uma "limpeza mental".

Não estamos falando aqui da cultura do pensamento positivo. Isso vem dando origem a mais uma moda: "Pense positivo, vibre positivo!" Como o sujeito que está inteiramente falido e passa dia e noite repetindo: "Vai dar certo!", "Vou ficar próspero em breve!" Se você já fez isto deve ter descoberto que não funciona. Sabe o porquê?

Porque se trata apenas de mais um aprisionamento da mente, você aprende a pensar de uma forma nova, para realizar os seus desejos pessoais e prosseguir alimentando o seu ego. Mas lembre-se de que a negatividade e a positividade são lados extremos, opostos, mas de uma mesma corda.

O pensamento negativo é a linguagem do ego derrotado, o positivo, a do ego vitorioso. Que diferença faz, uma vez que você ainda continua no mesmo mundo ilusório, fora do estado de presença? ...


IAN MECLER




Fonte: do livro "Aqui, Agora", pp. 135/6, Ed. Record, Rio de Janeiro, 2010
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal