sábado, 13 de abril de 2013

CERTEZA DA ONIPRESENÇA DIVINA


Primeiro, tenha fé inabalável de que pode suportar a zombaria do ignorante, do mundano e do vulgar. Quando alguém ridicularizá-lo, reflita dentro de si mesmo - Estão ridicularizando meu corpo ou minha alma? Se estão ridicularizando meu corpo, estão me ajudando a desenvolver o desapego! Ridicularizar a alma é impossível, pois o Atma está além de louvor ou culpa, palavras ou pensamentos. Em seguida, repita para si mesmo: "Eu sou o Eu Eterno, Puro e Imutável (Nirmala, Nischala) e por isso devo transcender esse sentimento." Em segundo lugar, não se preocupe com altos e baixos, perda ou ganho, alegria ou tristeza. Você é o criador de seu próprio destino. Quando anseia por algo e consegue, você se sente alegre. Se não consegue, se desespera. Jogue o desejo fora e não haverá mais oscilações entre alegria e tristeza. Finalmente, tenha certeza da onipresença da Divindade.


Sathya Sai Baba



Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A LUA É SEMPRE A LUA

Nós nos preocupamos porque pensamos que após a morte, não mais seremos um ser humano outra vez. Nós vamos voltar a ser um grão de poeira. Em outras palavras, estamos decrescendo.

Porém, isto não é verdade. Um grão de pó contém o universo inteiro. Se fossemos tão grandes quanto o sol, nós poderíamos olhar para baixo, para a Terra, e vê-la como insignificante. Como seres humanos, olhamos para o pó da mesma maneira. Mas as ideias de grande e pequeno são só conceitos em nossas mentes. Cada coisa contém todas as demais; este é o princípio da interpenetração. Esta folha de papel contém os raios do sol, o lenhador, a floresta, tudo; logo, a ideia de que uma folha de papel é pequena, ou insignificante, é só uma ideia. Nós não podemos destruir nem mesmo uma folha de papel. Somos incapazes de destruir qualquer coisa. 

Quando assassinaram Mahatma Gandhi ou Martin Luther King, eles tinham a esperança de reduzi-los a nada. Porém, estas pessoas continuam a estar conosco, talvez ainda mais do que antes, porque elas continuam em outras formas. Nós mesmos continuamos a sua existência. 

Então, não vamos ter medo de decrescer. É como a lua. Nós vemos a lua crescendo e decrescendo, mas é sempre a lua.


Thich Nhat Hanh



Fonte: do livro "O Coração da Compreensão", pp. 62/3, Ed. Bodigaya, 2000
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

AS DELÍCIAS DA VERDADE (O 5º Evangelho - Tomé)

Disse Jesus: Por que saístes ao campo? Para verdes um caniço agitado pelo vento? Ou um homem vestido de roupas macias? Os reis e grandes vestem roupas macias - e eles não poderão conhecer a verdade. (Texto 78)

É sabido que estas palavras foram ditas com referência ao homem austero que era João Batista. Mas são aplicáveis a todo e qualquer homem que prefere a escravidão blandiciosa à verdade austera. Mahatma Gandhi falava de experiência própria quando dizia: "A verdade é dura como diamante, mas é delicada como flor de pessegueiro".

É experiência geral que a transição duma vida profana para uma vida sagrada é terrivelmente dura e austera; e os que não têm a coragem para enfrentar essa "dureza diamantina" nunca chegarão a conhecer a "delicadeza flórea", porque, no início, o caminho que conduz ao Reino de Deus é "caminho estreito e porta apertada"; somente no fim da espinhosa jornada se revela "jugo suave e peso leve". 

No princípio, o profano não está sintonizado com a nova dimensão de espírito, e o mais belo dos mundos lhe parece dissonante, por falta de sintonização do seu aparelho receptor com a estação emissora da música divina. Uma vez que o homem sintonizou a sua alma com o espírito de Deus, não há nada mais suave e encantador do que esta música.

Mas os que são como caniços frágeis agitados pelos ventos da multidão profana; os que não têm disciplina interior e temem a dureza inicial - esses jamais saborearão as delícias da verdade.


Prof. Huberto Rohden



Fonte: do livro "O Quinto Evangelho - A Mensagem do Cristo Segundo Tomé", pp.146/7, 5ª edição, Ed. Alvorada
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal