segunda-feira, 29 de abril de 2013

CARMA NÃO É SANÇÃO OU PUNIÇÃO

O misticismo rosacruz emprega a doutrina do carma, mas a aplicação que dela faz é sensivelmente diferente da de seus predecessores orientais. 

Para o rosacruz, o carma é comparável à lei da causalidade. Para todo o efeito deve haver uma causa ativa e uma causa passiva. Toda ação mental ou física traz um resultado que tem um valor ligado à própria causa. Assim, se colocamos em movimento uma sucessão de atos criadores, moralmente bons, esses atos acabarão contribuindo vantajosamente para o indivíduo. A lei da causalidade, como ensinamento dos rosacruzes, não conhece, nem no misticismo nem na ciência, nenhuma censura. Os efeitos devem necessariamente seguir-se à causa. Por causa de certas faltas, podemos vivenciar certo sofrimento. Entretanto, o sofrimento que pode ser associado ao resultado de uma ação NÃO É INTENCIONAL. É INEVITÁVEL. Ele provém da necessidade da causa, mas NÃO É PLANEJADO COMO UMA PUNIÇÃO. NÃO SE TRATA DE UMA SANÇÃO. Os efeitos de sofrimento - que também podem ser de prazer - ENSINAM ao homem as consequências de seus atos causativos. Ele sabia o que o esperava quando os executou. Dessa forma, O CARMA DÁ A CADA INDIVÍDUO UMA EXPERIÊNCIA ÍNTIMA DAS DIVINAS LEIS CÓSMICAS. É uma experiência que ele tem de viver em sua própria consciência. Ela não lhe é trazida pelos outros. O carma, consequentemente, faz desaparecerem a fé cega, as dúvidas, o ceticismo, e os substitui pelos conhecimentos necessários para uma vida reta.

Não há desculpa para uma conduta maldosa, mesmo que seja devida à ignorância. Existem consequências cármicas maiores e menores que criamos através de nossas ações. Na verdade, criamos a cada dia consequências cármicas menores quase impossíveis de enumerar. Por exemplo, podemos comer uma coisa qualquer e sofrer uma indigestão. Esse sofrimento não é um castigo infligido pela natureza. Não é uma sanção, mas a consequência natural da lei da causalidade. É como somar certo número de cifras; chegamos a um total, o que provém da necessidade matemática das próprias cifras ou números, não pelo fato de que um cérebro trabalha para exigir ou fornecer esse total. Os efeitos cármicos maiores estão na violação de leis cósmicas e princípios divinos. Essa violação reside em um mal intencionalmente causado aos outros para finalidades egoísticas. 

Nem sempre é necessário sentirmos um efeito para sabermos o que procede da causa. Fomos dotados de um barômetro espiritual, que é o senso moral que possuímos, a nossa consciência. Esse barômetro nos avisa todas as vezes que nossos atos ou os atos que pretendemos realizar são contrários às leis e aos princípios cósmicos. Ele pode se manifestar na forma de uma repugnância em continuar certas ações ou em prosseguir numa certa direção que demos ao nosso pensamento. Se persistirmos, a despeito dos avisos desse barômetro que é a consciência, sentiremos, naturalmente, os efeitos desagradáveis que nos ensinarão lições muito amargas.



Ralph Maxwell Lewis, FRC



Fonte: do livro "O Santuário Interior"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

QUEM ACHOU O MUNDO E SE ENRIQUECEU RENUNCIE AO MUNDO

DISSE JESUS: QUEM ACHOU O MUNDO E SE ENRIQUECEU RENUNCIE AO MUNDO. (O Evangelho de Tomé, Texto 110)

É este o princípio básico de todos os Mestres espirituais: possuir para não possuir. Lao-Tse, no seu Tao, não se cansa de repetir que todo o segredo da auto-realização está em agir pelo não-agir, ou seja, possuir pelo não-possuir.

Não se pode renunciar sem antes ter possuído. Ninguém pode despossuir-se de algo que não possua. Quem não se apega, a nada pode renunciar.

Certos filósofos orientais acham que todos os bens materiais da vida são "maya", ilusão, e por isto não os querem possuir. Mas, quem não dá valor a um objeto não o pode sacrificar. E assim o homem se priva da possibilidade da evolução pelo despossuimento.

O ocidental, geralmente, considera as coisas materiais como reais e por isto as ama e se apega firmemente a elas. Falta-lhe, porém, o último passo: desapegar-se daquilo a que se apegou. Isto é sacrifício, quer dizer "sacrum facere", fazer coisa sagrada.

Por isto, quem possui o mundo e o ama, deu o primeiro passo; e quem se despossui do mundo, dá o último passo, que é libertação, auto-realização.

Nesse sentido escreveu Albert Schweitzer: "O cristianismo é uma afirmação do mundo que passou pela negação do mundo." E ainda: "Não há heróis da ação, há tão somente heróis da renúncia e do sofrimento."

Ninguém pode possuir algo sem perigo se não estiver disposto a despossuir-se daquilo que possui; só assim pode possuir sem ser possuído.

Quem se enriqueceu com a posse do mundo se enriquece mais ainda com o voluntário despossuimento dele.



Prof. Huberto Rohden (comentários)



Fonte: do livro "O Quinto Evangelho - A Mensagem do Cristo segundo Tomé", pp. 184/5, Ed. Alvorada, 5ª edição, 1988
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O REGENTE ESOTÉRICO NO SIGNO DE TOURO


Estamos em Touro e a natureza o mostra através do seu magnífico esplendor. Touro é a energia mais relacionada com a beleza sensual e exuberante da natureza, a mãe nutridora que nos acolhe e nos permite a experiência.

As formas em Touro estão em sua máxima expressão (exaltação da Lua) gerando com isso as palavras-chave para o Touro exotérico ou materialista: desejo da forma, luta por possuí-la.

Em Touro, Vênus,o regente exotérico ou a força da personalidade, se expressa através do corpo astral, desejo versus forma; o corpo físico-emocional tem tanto poder que condiciona inevitavelmente o corpo mental, forçando-o a se subordinar à investida do touro. A mente trabalha para o desejo e este impulsiona a tríade inferior a lutar por sua realização. A personalidade taurina muitas vezes se mostra com uma forte tendência à teimosia, com um brusco poder para alcançar a posse do objeto desejado.

Isto em si mesmo não é incorreto, a própria mãe natureza com suas vitais interações reprodutoras de vida nos mostra a necessidade desta atitude. Mas o homem é diferente do animal; o reino do ser humano é aquele que tem seus pés ancorados nas leis da mãe natureza, mas, em paralelo, tem a necessidade de olhar para o “céu” e indagar sobre os mistérios que são intuídos em sua imensidade. O ser humano abriga a curiosidade pelo mistério da Vida e a natureza-forma deve ser o correto receptor e expressão destes mundos desconhecidos.

A raça humana, em algum momento muito longínquo da sua história, desvirtuou esta magnífica relação com a mãe natureza, e converteu a sua capacidade de modelar novas formas que abrigam descobertas sempre superiores, em um desejo centralizado de possuir e não querer compartilhar para avançar, isto inevitavelmente gerou um controle egoísta da forças e, portanto, uma traição às próprias leis de espontaneidade. Inevitavelmente isto demanda uma reestruturação implementada através da lei de causa e efeito.

Compreender que tudo chega por direito próprio natural, saber distinguir entre desejo egoísta (impositivo) e desejo natural (necessidade), é o primeiro passo necessário que todo ser humano deve aprender a dar antes de poder deixar de ser o que em muitas outras vidas foi em demasia: uma força bruta (touro).

A dor que o desejo irrealizado gera e as dúvidas e medos da dualidade desejo correto ou incorreto, obrigam o indivíduo a fazer um esforço e, através da aceitação, poder desapegar a mente do corpo emotivo-astral, obtendo com isso uma discriminação e um discernimento mais objetivos com seu nível evolutivo real. O reequilíbrio e crescimento interior se convertem em um “desejo de projeção interna”.

Neste último processo é onde o regente esotérico de Touro cumpre a sua função: Vulcano.Este planeta tem a qualidade de saber moldar a poderosas forças do “touro” através do desejo da Alma. Para isso a palavra-chave é aspiração. Este conceito significa pegar algo externo e levá-lo ao interior. Quando o indivíduo evoluído é capaz, através da aceitação e do correto pensar que a tranquilidade oferece, reunir as suas diferentes e poderosas forças pessoais, muitas vezes destrutivas, e dirigi-las ao seu mundo interior, para que façam contato com “a verdade do seu coração”, está demonstrando a si mesmo e ao entorno que a maravilhosa Flor que nos oferece a mãe natureza não deve ser arrancada pela força de um desejo cego de possuir, mas, antes, ser respeitada, escutada, admirada ou acariciada pelo misterioso desejo que gera o poder da sua fragrância.

As palavras que regem Touro são: “Eu vejo e quando o olho esta aberto tudo é luz”.

A frase dá a entender que primeiro há que ver, ver nosso interior, nossa realidade causativa e, através do poder que isto nos oferece, deixar que a nossa consciência modele uma nova forma de expressão, que nos permita andar na clara luz do caminho do meio.


Astrologia:

A Lua está exaltada em Touro e Vênus dignificado, demonstrando com isso o poder que tem a beleza (Vênus) da forma (Lua) neste signo.

Vênus não deve nunca ser deixado à margem, pois como planeta sagrado que é, sempre tem o seu papel. Neste caso, uma vez dado o passo para Vulcano, Vênus oferece a capacidade de saber compartilhar a beleza sem ser um touro cego pelo desejo.

Vulcano é um planeta não descoberto, mas que os livros esotéricos o situam perto, muito perto da órbita solar. Portanto, do ponto de vista da interpretação, em um horóscopo de um ser evoluído com ascendente em Touro, podemos substituir o Sol pelas funções modeladoras deste planeta. Neste caso haverá que saber contrapor a força do signo solar e seu regente exotérico (personalidade), com o papel do Sol velando Vulcano  regente do ascendente (Alma). O Sol pode ser analisado destes dois pontos vista.

Touro-Escorpião: esta dualidade é a contraposição diretora que gera a dor e a necessidade no taurino para que possa redirigir a sua poderosa força como aspiração. Escorpião é capaz de manter o desejo e o objeto desejado como real ou falso, neste sentido a dor de Touro depende muito desta capacidade de Escorpião para criar e destruir, já que a sua “nobreza” obstinada e centralizada não lhe permite pensar que seu desejo possa ser egoísta e, portanto, destruído e reconduzido.


Raios:

Em Touro estão presente o 5º Raio através de Vênus, 1º Raio através de Vulcano, 3º Raio através da Terra (Touro é um signo de terra, com uma forte relação com nosso planeta).

Se observamos que os 3 raios são ímpares, dando a entender a dificuldade que tem a força-energia taurina para ser introvertida e dirigir o olhar para o interior. A oportunidade aqui está em compreender que Vênus é o instrumento do Amor e não do desejo, que Vulcano é um planeta Construtor não destrutor e que a Terra é o aconchegante campo para experimentar estas duas qualidades de maneira objetiva.


Touro em muitos sentidos é um signo difícil, devido a que a palavra “desejo”· esta implícita na raiz de tudo aquilo que evolui para o Uno, talvez, no caso do ser humano, o segredo das suas dinâmicas se esconda na frase:

“O homem faz forte os devas (forças construtoras) com sua objetividade, e de outro lado eles nos dão a alegria, o magnetismo e a vitalidade”




David C. M.



Fonte: 
LOGOS - Grupo de Investigação em Astrologia Esotérica
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com/2013/04/o-regente-esoterico-de-touro.html
Fonte da Gravura: www.deldebbio.com.br

O QUE HÁ LÁ DENTRO?


Um dos maiores mistérios da vida é o fato de nascermos com a perfeita bem-aventurança em nosso ser e, no entanto, continuarmos como mendigos, porque nunca olhamos para nosso interior.

Nós o subestimamos, como se já soubéssemos de tudo que há lá dentro. Essa é uma ideia muito idiota, mas prevalece em todo o mundo.

Estamos dispostos a ir à lua em busca da bem-aventurança, mas não a nos voltar para dentro de nós mesmos, pelo simples motivo de que pensamos do lado de fora, sem jamais entrar: “O que há lá dentro?”

De certa forma, carregamos conosco a noção de que nos conhecemos. Não nos conhecemos nem um pouco.

Sócrates tem razão quando diz: “Conhece-te a ti mesmo”.

Toda a sabedoria de todos os sábios está condensada nessas palavras, pois, quando você conhece a si mesmo, tudo o mais se torna conhecido, e tudo é realizado e alcançado.



Osho, em "Meditações Para a Noite"



Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

OFERENDA A DEUS: UM CORAÇÃO PURO


Muitos clamam pela experiência de bem-aventurança espiritual, mas poucos a conseguem porque se encontram demasiados fracos para recusar o clamor dos sentidos! Pratique assiduamente a conduta superior de controlar os sentidos. 

Uma pequena investigação revelará que os sentidos são maus mestres e fontes muito ineficientes de conhecimento; a alegria que trazem é transitória e cheia de dor. Enquanto alguém for dominado pelo senso de prazer, não poderá dizer que sua vida espiritual começou, pois os sentidos se apressam rumo ao temporário e espalhafatoso, corrompendo, assim, o coração. 

Deus pede a cada um nenhum outro presente, nenhuma oferenda mais valiosa, que o coração que Ele lhe deu. Dê a Deus o coração tão puro como quando Ele o deu, cheio do néctar de amor que Ele o preencheu. 

Sua devoção a Deus se expressa melhor alcançando o controle dos sentidos.


Sathya Sai Baba




Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ESCOLA BENDITA


...somos uma grande família com responsabilidades definidas e compromissos graves, solicitando-nos entendimento e dedicação. Obra de sacrifício pessoal e devotamento incessante que não podemos esquecer.

...as tarefas programadas para a quadra presente do estágio humano são estas de fato – as tarefas da Humanidade em que naturalmente vos distinguireis pelo espírito de consagração à Causa do Bem.

...amparemos-nos uns nos outros.

...sejamos a escora daquele que fraqueja e o consolo de quantos se encontrem às portas do desalento, porque, em verdade, cada um de nós tem os seus dias de testes maiores, à frente da aflição, com a necessidade premente de apoio, perante aqueles que nos partilhem a experiência.

...cada um de nós está vinculado a situações determinadas quanto a dar e receber.

E para que venhamos a receber é preciso dar e dar sempre, com o bem aos outros, para que o bem nos escolte em nosso combate bendito objetivando evitar a vitória do mal, com a vitória do bem que partirá invariavelmente de nós mesmos.




Francisco Cândido Xavier/Bezerra de Menezes 




Fonte: do livro "Bezerra, Chico e Você"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ALÉM DO QUE SE VÊ


Há tantas pequenas coisas que podem esconder grandes coisas!

Para as descobrir, não se deve estar focado somente nas formas, mas sim procurar o princípio, o espírito, que está para além delas, isto é, aprender a perceber o que é a essência de um ser vivo para melhor comunicar com ele. Vós vedes um cristal, ou uma flor, ou uma ave, ou um ser humano... Procurai apreender quais são as forças invisíveis que trabalharam sobre essa forma. 

Não há atitude mais instrutiva do que procurar o invisível por detrás do visível, pois é sempre no invisível que se prepara aquilo que, um dia, se manifesta no visível.

Um amigo vem ao vosso encontro: não vos parece que teríeis com ele contatos mais ricos se procurásseis adivinhar quais são as forças que presidiram à formação do seu rosto ou que lhe deram aquela forma de andar, aquela voz?... 

Há tantas coisas a descobrir para além daquilo que se vê!



Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal