terça-feira, 21 de maio de 2013

GÊMEOS, O AMOR POR TRÁS DA DUALIDADE


A visão esotérica do signo de Gêmeos se encontra intimamente ligada à consciência humana tal como nos é mais familiar, ou seja, baseada na mente e com a presença da dualidade. Em um sentido sutil, é graças às energias vertidas por este signo que se poderá experimentar este divino conflito, essa fragmentação interna que se suscita quando se interage com algo que se crê alheio ao eu, mas que por esse mesmo carma deverá irresolutamente se integrar no coração, desde que se queira alcançar a plenitude.

A experimentação do não-eu é fundamental na evolução da mente humana, e Gêmeos preside esse processo de interação, de relacionamento entre a forma e aquilo que está mais além da forma. É o grande agente vinculador que põe em contato ambas as dimensões, e aí reside um dos motivos pelos quais sua energia é denominada a dos mensageiros; ali também poderia se encontrar uma especial vinculação do Mestre Tibetano com esta constelação (não o signo), e inclusive talvez na dinâmica de eu, não-eu e amor unificador, base esotérica do movimento de triângulos impulsionado pelo próprio Mestre.

Para conhecer um não-eu é necessário perceber algum tipo de realidade externa à própria consciência atual, e é aí onde operam as energias de Sagitário, que são complementares às geminianas, posto que dirigem e enfocam a consciência para uma qualidade determinada, a qual se percebe como alheia ao eu. Desde o momento em que se lança a flecha começa a viagem para a meta, e aí Gêmeos rege especialmente. Isto tem um reflexo exotérico: na astrologia convencional ambos os signos regem as viagens, entendidas em tal caso como físicas.

Gêmeos é uma energia muito importante para a humanidade, porque é eminentemente a energia do amor, da paz resultante e da consequente superação dos conflitos. Através de seu acionar é que tudo aquilo que se capta como alheio ao eu é incorporado à consciência, inclusive no sentido interno, e nesse processo reside a chave da unificação das qualidades que subjazem em todo o manifestado.

A dualidade, em um sentido oculto, não é mais que a ausência de unidade consciente, e desde o momento em que nomeamos a consciência estamos falando do amor. A dualidade somente cessa de nos agitar quando abrimos nosso coração à forma, quando compreendemos que tudo no universo tem um sentido e que estaremos incompletos até que nos integremos conscientemente a ele. Nossa presença se tornará mais vívida à medida que possamos compreender, através da mente e do coração, todo aspecto da vida com o qual tenhamos interação como um sentido em si mesmo, como uma parte dessa grande meditação que é o Plano Divino, e que como tal merece um profundo respeito em todas as suas manifestações.

O mistério de Gêmeos está oculto na compaixão, e daí que seu raio, o 2º, de Amor-Sabedoria, o vincule a Peixes e Virgem, os dois signos por excelência desta qualidade. O estado de consciência que esgota a dualidade é o que se encontra mais além dos pares de opostos, ou talvez poderíamos dizer por trás, como a sublimação da compreensão de todo o existente no círculo não se passa da consciência pessoal, que cada vez mais vai abarcando esferas mais amplas, à medida que se avança no Caminho espiritual.

Neste sentido, o amor nos leva a outro ponto muito importante relacionado com este signo, e é o tema do carma: dizer relação é dizer tempo e, como sabemos, o tempo é a matriz do carma, o conjunto de energias imperfeitas que têm de se sintetizar na consciência do ser para alcançar a liberação nos planos físico, emocional e mental.

Desde o momento em que nos encontramos frente a uma interação, a uma expressão de energia no tempo, a um não-eu, surge uma profunda responsabilidade para com esse aspecto não integrado do eu, em certa maneira uma relação cármica que está presente na consciência como algo diferenciado. E é aqui onde se esquece o aspecto central de Gêmeos que é o amor.

O amor é o grande liberador do carma, porque pode existir dualidade, mas quando se compreende a origem dela e o seu sentido profundo alcança-se a consciência de síntese, nem que seja por um instante, e na plenitude não há espaço para tempo algum (e portanto, para o carma, tal como nos afeta).

No entanto, em geral a falta de compaixão e de respeito nos leva a depreciar as qualidades que nos rodeiam: a mente se fragmenta buscando caminhos longínquos, conversas mais interessantes, pessoas mais profundas etc., distraindo o Pensador e afastando-o do aqui e agora, que é onde cada vez mais encontrará respostas a todas as suas interrogações. Implica na busca do sentido de cada processo, mas também de cada situação, ato, palavra, emoção e pensamento que nos rodeia, com profunda compreensão da importância que têm porque é o que o carma nos deparou no presente; tal é a dualidade de Gêmeos e a grande oportunidade que nos brinda.

Se, ao contrário, permanecemos com a mente e o coração cegos aos significados, a interação não se aprofundará, precisamente por nossa falta de compaixão, e sofreremos reiteradamente por nossa superficialidade, que se converterá assim em uma geradora de desarmonias.

Pode-se então apreciar a importância do amor na vida espiritual, onde ocupa um lugar destacado no plano búdico, simbolicamente representado pelo ar. Precisamente ali pode se encontrar um triângulo de energia entre Gêmeos, Aquário e Libra, produzindo respectivamente relação grupal, um ponto de síntese amorosa e a consciência grupal resultante.

Em conclusão, a energia de Gêmeos está presente em cada fragmento de nossa consciência e em cada triunfo da compreensão sobre a forma, e representa uma influência muito importante na vida espiritual. O período cíclico em que nos encontramos sob sua regência pode ser especialmente propício para meditar e pôr em prática os profundos significados que contém.




Martín Dieser




Fonte do Texto e da Gravura: 
LOGOS - Grupo de Investigação em Astrologia Esotérica
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2010/05/gemeos-o-amor-por-tras-da-dualidade.html


GÊMEOS: UM UNIVERSO DE RELAÇÕES



As ideias centrais no signo de Gêmeos são: dualidade e relação. Toda a existência é feita de dualidades, tais como: bem e mal, atração e repulsão, eu e o outro. A influência de Gêmeos nos estimula a perceber claramente as dualidades presentes em nossa experiência; mas, além disso, estimula-nos também a unir as duas partes destas dualidades em uma relação harmoniosa.

A primeira dualidade é a de espírito e matéria. Também podemos chamar de energia e substância, vida e forma, sujeito e objeto. Esta dualidade fundamental origina todas as demais. No ser humano, a dualidade se expressa subjetivamente como alma e corpo, e objetivamente como eu e o outro. Depois vêm todas as outras dualidades da experiência humana: amor e ódio, prazer e dor, masculino e feminino etc.

Mas, para além de toda dualidade, permanece sempre a unidade essencial de todos os seres. Os dois lados da moeda são apenas facetas de um mesmo objeto. Esta unidade só pode ser experimentada subjetivamente, nos níveis mais profundos de consciência. No mundo concreto e externo, reina sempre a dualidade, os contrastes, a diversidade.

Contudo, a unidade essencial interna pode e deve ser refletida no mundo externo das aparências. Isto é feito através das relações. As relações harmoniosas refletem externamente a unidade que há internamente. Esse é o sentido mais profundo do amor: a consciência da unidade essencial. O amor é a energia da nossa essência una, que quando flui através da teia das relações, reconcilia todas as aparentes separações.

A experiência humana é marcada por um ilusório senso de isolamento, separação e independência. Muitas vezes, a vida até nos confronta com as dualidades e diversidades, mas não damos o passo adiante para relacionar e unir. A energia de Gêmeos nos incita a dar este passo, abandonando o desconhecimento, a indiferença, os preconceitos etc.

E são muitas as relações a estabelecer e aperfeiçoar, dentro e fora de nós. Há a relação entre alma e personalidade, ou entre a nossa essência espiritual e a nossa identidade pessoal material; entre mente e corpo; entre razão e sensibilidade ou cabeça e coração. Há as relações com os vários familiares, com os amigos, os colegas de estudo e de trabalho. E como está a nossa relação com o dinheiro, a política, o planeta, o sofrimento mundial?

É primordial estabelecer relações, pois elas são o campo para o cultivo e a expressão do senso de unidade interna. Mas, quando encaramos as relações a partir de um nível emocional e mental raso, fica sempre presente a separação entre eu e o outro — e o eu se sente incompleto, carente, dependente, apegado. Mas quando as relações são trazidas a um nível mais profundo de consciência, experimentamos aí a unidade essencial, com um natural senso de preenchimento e liberdade.

(...) Durante este período, a intensa circulação de energias geminianas em nosso planeta nos inspira a estar atentos às nossas várias relações, procurando aperfeiçoá-las e aprofundá-las, para que expressem melhor a beleza, harmonia e unidade de toda a vida.


Ricardo Georgini


Fonte do Texto e da Gravura: http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2010/05/gemeos-um-universo-de-relacoes.html

SUTRATMA E ANTAKARANA


SUTRATMA

- Conhecido também por "elo prateado" é o elo da vida que se estende da Mônada (Espírito) até a personalidade, passando pela Alma.

- Conduz a energia da vida e ancora-se no coração;

- É através deste elo de vida que a alma cria a personalidade e atua por seu intermédio;

- Liga todos os corpos da personalidade (corpos físico-etérico, astral e mental inferior) à alma e à Mônada.

- É por meio desse elo ou fio que a personalidade encarnada é energizada, vitalizada e existe;

- Pode dar ao homem condições de uma rápida visão da alma pela personalidade em momentos de elevação e de aspiração ardente, porém não é duradoura tal visão.


ANTAKARANA

- É a ponte ou conexão entre a mente inferior (concreta) e a mente superior (abstrata) ou corpo causal;

- Esta ponte é conseguida por meio da meditação, desenvolvimento mental, controle e equilíbrio da personalidade (instintos, emoções e pensamentos);

- Ancora-se na cabeça;

- Permite o contato com a alma conscientemente e permanentemente;

- A construção do antakarana começa quando o nosso enfoque se torna mental;

- É o produto e consequência do esforço unido da alma e da personalidade atuando juntas, conscientemente, até que uma conexão comece a se formar entre si;

- É a chave no processo do desenvolvimento da continuidade de consciência;

- A manifestação da consciência e da mente na luz.



Prof. Hermes Edgar Machado Junior




Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SAIREMOS DE NOSSAS CRENDICES, ILUSÕES E APRISIONAMENTOS QUANDO NOS CONSCIENTIZARMOS QUE:


Os problemas da humanidade são os problemas centrais do próprio homem;

O homem deve transformar-se mais num canal para a modificação, evolução e purificação do planeta do que ficar apenas enfocado em suas próprias imperfeições; 

O serviço verdadeiro começa quando se percebe com mais clareza as reais situações e necessidades individuais e coletivas; 

O conhecimento e a educação devem ser reorientados no sentido que desde a infância tudo o que se aprende é para o bem comum principalmente; 

Existe, no fundo, uma razão de ser implícita em todos os acontecimentos; 

Quando o homem redescobrir sua natureza espiritual e aprender a viver como alma, sofrerá mudanças fundamentais que se refletirão na vida social, política, econômica, religiosa, educacional, artística e ambiental; 

A própria crise, em todos os níveis, é a própria aceleradora e estimuladora da transformação, da transmutação e das mudanças significativas; 

A solução dos problemas humanos principiará quando for observada, com mais atenção, a busca da unidade e a sua conscientização; a busca da síntese que revela as unidades e a busca da visão dos vários aspectos ou faces que o mundo se apesenta e que são apenas ângulos de observação e não diferenças reais; 

É preciso que façamos uma mudança, deixando o antropocentrismo explorador e adotando um biocentrismo participativo; 

A criatividade poderá lidar com as tensões que hoje afligem o planeta em todos os sentidos da vida; 

A co-responsabilidade é uma consciência que aumenta à medida que nos conscientizamos de que tudo o que existe vive e merece viver e possui um propósito maior a cumprir; 

Precisamos de uma mundialização baseada na solidariedade, pelo intercâmbio aberto e pelo mútuo aprendizado; 

Não bastam as transformações estruturais; precisamos também transformar o subjetivo, tanto pessoal como coletivo; 

O homem deve descobrir-se como parte da natureza; 

É importante somar e integrar as várias contribuições e enxergar as complementariedades e assim construir o novo para frente, numa perspectiva de convergência e assumir o melhor e o positivo do que já se viveu e se vive, numa síntese humana e espiritual; isto pode ser o passo inicial rumo a um novo paradigma; 

A mudança deve ser vista como o assumir o que é assimilável e benéfico e inseri-lo dentro de outra visão ou parâmetro mais globalizante e benfazejo; 

Quando passarmos a viver junto com a natureza e não sobre a natureza o sentido mais profundo de vida terá desabrochado e saído da infância. É aí que todos os setores humanos começarão a tomar seus verdadeiros rumos e os problemas globais começarão a ser vistos e solucionados com mais eficácia e boa vontade; 

O governo de si mesmo é a condição de solução essencial e primeira à problemática do mundo; 

A verdadeira educação é a base para acertos concretos e realizáveis em todos os setores do mundo em que vivemos.


- Esta temática é fartamente desenvolvida nos escritos de Alice Bailey, Torkom Saraydarian, Angela Maria la Sala Bata, Roberto Assagioli e Vicente Beltran Anglada.


Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O DISCÍPULO ENFRENTA DOIS CAMINHOS, E EM CADA UM VÊ A MESMA VISÃO


"Por qualquer caminho que um discípulo se aproxima de mim, lá estarei a sua espera." (Krishna)

Todos vivemos em Deus, mesmo que a maioria ainda viva inconscientemente de tal fato. Entretanto, dentro desta vivência, lacunas e necessidades, problemas e obstáculos nos desafiam constantemente no espírito de serviço em toda a parte.

Impera ao discípulo, particularmente, a necessidade de não algemar o coração ao medo e aos obstáculos que o impede ao trabalho em benefício coletivo. E não manter a ideia de que está na obra do mundo e do Plano Divino para "aniquilar" o que achamos que é "imperfeito". Isto é uma necessidade fundamental e sempre atual. Não estamos em condições evolutivas para julgamentos.

Quando a luz começa a penetrar verticalmente (do "alto") em nós, urge que devamos difundi-la horizontalmente (no mundo) sem medo e sem desejo de aniquilar o que pensamos ser imperfeito. Devemos sim, completar o que está "inacabado", como colaboradores e coadjutores do Plano Divino.

Porém, o problema da dualidade acentua-se, pois o homem não possui ainda qualidades e nível evolutivo suficientes para registrar a verdadeira luz. Aqui faz-se necessário que, em nosso serviço, a prudência e a vigilância sejam constantes, e que nunca esqueçamos que a solução e a luz nem sempre residem onde nós ou a opinião comum pretendem observá-las. Sendo assim, lacunas e obstáculos rondam constantemente àqueles que procuram servir.

Devemos ter sempre em mente que as portas da colaboração ao Plano e o Divino Amor permanecem abertas àqueles que identificam a chamada para o serviço. Além disto, toda a oportunidade de serviço é uma benção dos Poderes Divinos manifestados no homem.

Manter-se no "caminho do meio" ou no "centro" é estar consciente de que o campo de serviço, o nosso horizonte, é o mundo inteiro, e que a luz, o amor e o poder nos penetram verticalmente e constantemente para que possamos cumprir, horizontalmente, nossa parcela de serviço no Plano Divino.

É necessário, cada vez mais, àqueles que se aproximam da realidade do serviço deixarem de ser meramente aprendizes que não atendem ao apelo da "cruz de serviço", ou seja, receber verticalmente e atuar horizontalmente; receber a luz e distribui-la à humanidade.

Se observamos os caminhos da horizontal (o mundo) vemos quão necessário se faz a aplicação da luz; se observamos os caminhos da vertical (a "fonte") vemos quão disposta é a luz para acudir e estar em meio da sua criação. Talvez aí esteja uma das razões pelas quais o discípulo, em qualquer posição ou ponto de vista, vê a mesma visão ou senda. E por qualquer caminho há possibilidades de serviço e evolução. "Por qualquer caminho que um discípulo se aproxima de mim, lá estarei a sua espera." (Krishna)

Possam os leais servidores, os homens de boa vontade, os que buscam as corretas relações humanas, aqueles que estão compreendendo e ingressando na senda do serviço, os espontâneos, dedicados e realistas, os trabalhadores devotados e que não demonstram predileções pessoais, serem canais, veículos e cumpridores de sua parte no Plano Divino para a Terra.



Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O AMOR REVELA O PLANO DIVINO


Sabendo-se que a vontade de amar governa o relacionamento e estabelece a síntese, podemos procurar intuir o Plano Divino, tal como ele existe no coração de amor,  para assim podermos auxiliar a revelar o mesmo Plano. Intuir esse Plano Divino é corresponder e buscar o amor que o revela. E o amor sintetiza igualmente como a intuição.

Não adianta somente a postura de análise, dissecação e separação intelectual. Devemos procurar sempre sintetizar, ir às essências e perceber o global, caminho que só a intuição pode fornecer, pois a intuição está além da razão, é de um grau perceptivo maior.

Como o Plano Divino é revelado pelo amor, cabe a cada um de nós, individualmente e também como grupo, buscarmos a intuição que é o amor e o caminho das corretas relações.

Do instinto à emoção, da emoção ao intelecto (razão), e do intelecto à intuição: eis uma longa jornada evolutiva. Nada disso deve ser extinto ou ignorado, pois são necessários no nosso cotidiano. Porém tudo deve ser controlado, sintetizado e transcendido. O importante é chegarmos ao intelecto e, a partir deste. coordenarmos nossa mente, emoção e instinto. O intelecto é o precursor da intuição; a intuição vem impregnada de amor da alma, que é o essencial para um verdadeiro serviço amoroso e desinteressado.

O amor em ação que o Plano Divino nos revela como amor essencial é o que devemos buscar, contatar e trabalhar. Isto nos chega exatamente pela intuição, pelo intuir do Plano exatamente no "coração", no interior, no nosso Eu Divino.

O segredo é bem guardado, está oculto no nosso íntimo, no Eu Sou, mas está muito próximo ao mesmo tempo; está ao nosso alcance, dentro de cada um de nós, se assim o desejarmos.
  
                               
Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal