sábado, 25 de maio de 2013

O REGENTE ESOTÉRICO DE GÊMEOS

Astrologia esotérica

Em cada signo nos é mostrado um tipo de energia determinada e através dos seus planetas regentes a consciência do Homem deve manejar e dirigir referido “poder” para experimentar e evoluir.

A consciência em uma determinada vida pode estar polarizada nas emoções ou talvez na mente, ou talvez em uma personalidade, mas integrada onde a mente e as emoções expressam certa unidade. Nestes casos o signo solar e seu regente exotérico são os “donos” da carta, acompanhados sempre das características lunares, posto que estas oferecem a forma expressiva para a consciência solar, a lua é um reflexo do sol.

No entanto, quando as experiências mundanas não dão plenitude ao Coração de um ser humano, este volta o olhar para o seu interior e procura percorrer o Caminho para seu princípio original ou realidade vital.

Quando este passo é dado, devemos pensar que o signo do Ascendente nos mostra a qualidade energética que nos ajudará a percorrer referido Caminho. Aqui a constelação solar passa a ser um reflexo do signo ascendente.

Gêmeos

Gêmeos é o signo da inter-relação de dualidades e neste sentido é a energia Crística por excelência, já que a Alma ou princípio Crístico, com sua qualidade de Amor e Sabedoria, mostra, em todos os níveis da criação, como devem ser relacionadas e fusionadas a dualidade Matéria e Espírito.

Este princípio, chamado também de 2º Raio, se relaciona com o Espírito através do Amor e com a Matéria através da Sabedoria.

No padrão psicológico de um ser humano, a energia geminiana bem dirigida ajuda a relacionar e unir as dualidades, (egoísmo-generosidade, sentimento-pensamento, Personalidade-Espírito ...), através da fluidez mental oferecida por Mercúrio – Vênus unidos ao poder do 2º Raio que o signo transmite.

Se falamos de um ser humano não muito evoluído, esta fluidez é regida por Mercúrio, “a estrela do conflito”, que lhe oferece a referida consciência: fluidez mental, relação, versatilidade, vitalidade e intuição em seu ir e vir entre as distintas dualidades.

A energia de Gêmeos aqui nos é mostrada, e não quer ser negativa, como uma personalidade, comunicativa, valente, ingênua, apaixonada, travessa, interessada, muito falante, dinâmica, criativa, conflitiva, inconstante, simpática... muitas vezes precipitada e sem intenção construtora, mas sempre vital. Todas elas são qualidades do 4º Raio quando são expressas através de uma consciência mais ou menos egoísta.

Vênus

Quando em tal consciência aparece a necessidade de olhar para o interior e percorrer o Caminho de retorno, então a energia de Gêmeos pode ser utilizada através do seu regente esotérico: Vênus. Aqui Gêmeos deve estar no ascendente e a posição de Vênus no horóscopo deve ser levada muito em conta.

Neste Caminho de retorno Vênus utiliza a energia de Gêmeos para mostrar todas as capacidades fluidas e comunicativas de Mercúrio, (não nos esqueçamos que a consciência maior inclui a menor), mas além disso oferece a possibilidade de analisar, unir e concretizar.

Vênus, através de Gêmeos e graças ao inestimável trabalho de Mercúrio, é capaz de compreender as causas subjacentes nas circunstâncias através da análise das dualidades envolvidas e, sem perder a fluidez comunicativa, permite obter uma agilidade mental mas estável, dirigida e funcional. Aqui o 2º Raio de Amor-Sabedoria trabalha conjuntamente com a Luz do conhecimento concreto do 5º Raio.

Para o homem comum, a frase-chave seria: “que a instabilidade cumpra o seu trabalho”; mas para o homem evoluído é: “Reconheço o meu outro eu e, a minguar aquele, eu cresço e brilho”.

Curiosamente, trata-se de reconhecer o eu inferior, o problema sempre está em reconhecer o nosso eu egoísta (“a culpa sempre é do outro”), por outro lado é um problema lógico, já que o eu inferior não se vê a si mesmo como um problema, pois a sua ligação “cármica” com a matéria não lhe permite ter uma visão imparcial. A parte “escura” deve ser reconhecida como tal para que possa exercer sua função como criadora de oportunidade. Crescer é reconhecer-nos na experiência vivida, (dolorosa ou prazerosa), e através desta percepção conquistar a autoconsciência desapegada. Os “dois irmãos” se necessitam e interatuam para adquirir experiência e assim aceitar e reconhecer a hierarquia que existe entre eles.

Arjuna, (a personalidade) em plena crise, reconhece seu sincero e confiado amor por Krishna (a Alma), e Este como resposta espontânea lhe mostra Seus sábios conselhos. Segundo o ditado, não existe o bom Guru, apenas o bom aluno. A decadência da personalidade não implica na sua total destruição, mas antes em seu aperfeiçoamento para uma maior capacidade de serviço. A personalidade faz perguntas, a Alma ilumina as respostas.

Os Três regentes de Gêmeos nos mostram o Caminho através deste grande signo: Mercúrio, o mensageiro dos Deuses, oferece a vitalidade e curiosidade intuitiva, relacionando todo tipo de dualidades com sua versátil mente abstrata; Vênus, o regente esotérico, é capaz de analisar e compreender referida vitalidade Mercurial e lhe dá assim maior estabilidade à interação, quando isto ocorre, aparece o regente Hierárquico, a Terra, o “campo” ou “a matéria forma” onde referida fluidez mental amorosa deve ser experimentada como serviço pratico.

Sagitário - Gêmeos

A astrologia é a ciência da relações, e a primeira das relações que ela nos oferece é a que cada signo tem com seu oposto, convertendo os 12 em 6 ou os 6 em 12.

“Quando as forças duais dos irmãos cósmicos (Gêmeos) se convertem na energia do Uno, o qual cavalga para a luz (Sagitário), então a quarta se transforma na quinta. A humanidade, o vínculo, se converte na Hierarquia doadora de todo bem. Então se regozijam os Filhos de Deus.” (“Antigo Comentário”)



David C.M.


Fonte do Texto e da Gravura: 
LOGOS - Grupo de Investigação em Astrologia Esotérica
http://logosastrologiaesoterica.blogspot.com.br/2013/05/el-regente-esoterico-de-geminis.html

CRISES

Apesar do termo ”crise” gerar um certo medo, desconforto e até repulsão na maioria dos homens, chega um momento na vida de encará-lo sob outros ângulos e conceitos.

É chegado o momento em que devemos ver uma crise, em todos os seus níveis, como a própria aceleradora e estimuladora das transformações, das transmutações e das mudanças significativas. Além disto, não devemos esquecer o ensino, já milenar, que nos mostra a crise como algo inerente à vida manifestada, ou seja, tudo o que é manifestado está sob o conflito de duas energias, uma subjetiva e outra objetiva. Uma tensão constante que conduz à crise para que se processe as mudanças, ou seja, a própria evolução. Se assim for o enfoque, estaremos aptos às mudanças, ao crescimento, ao serviço e à evolução.

A crise é um momento de tensão ou dificuldade. Dificuldade de integrar o novo e as novas possibilidades que surgem no caminho. Entretanto, a superação é um fato e mais cedo ou mais tarde ela ocorre. A superação é sempre, no final, construtiva, pois uma crise nos obriga a optar, a ir mais além, a buscar novas alternativas e decisões.

Como em qualquer época, hoje principalmente, podemos falar de diversas crises. E os fatores são diversos: passado/futuro, tendências/tradição, enganos/acertos, oportunidades/inércia, modelo de sociedade, sentido de vida, ser/ter, relacionamentos, missão/ecumenismo, individual/global, mundialização (economia, ideias, política, educação, comunicação etc.), redescoberta de que se é parte de um todo e “desaprender” certas coisas pela verdade. Poderíamos citar aqui, em continuação, muitos outros fatores geradores de crise.

Está muito claro que as crises despertam os seres da inércia e são fontes de experiências superiores. Por exemplo, cada país, cada grupo de países que está se formando e todos os países juntos do planeta estão percebendo, por um lado, neste processo de globalização, suas deficiências, dificuldades, rebeldias, crises de valores diversos e medo de perder sua identidade. Contudo, por outro lado, percebem a riqueza de experiências que a unidade confere e ao estímulo às corretas relações. A humanidade acostumada a viver em grupos separados; as próprias pessoas também a viverem separadas; cada grupo e pessoa com a sua própria verdade relativa ou até mesmo uma ilusão particular são agora sacudidos por exigências intransferíveis e cada vez mais urgentes por “pressão” da alma e do ciclo evolutivo alcançado.

O amadurecimento ou a chegada do ritmo da alma fez com que a personalidade humana entrasse numa crise de adaptação. E a humanidade também está passando, como um todo, pelo mesmo processo e assim também os países. É o espírito de união, como uma necessidade de toda a natureza, que se faz presente. Tal união chega quando as coisas se desgastam com o tempo e a futilidade. E não conseguindo mais atuarem suficientemente e produtivamente entram em crise e desencadeiam, por este fato, rearranjos.

Uma das piores crises talvez seja a falta de objetivo na vida, a falta de direção ou meta. É um vazio existencial que, como personalidade humana, parece não haver solução e ser intransponível. Mas como a crise é um meio caminho entre um problema e uma solução, os caminhos às soluções estão abertos à novas luzes.

A constatação de que devemos estar junto às coisas num ritmo cooperativo e harmonioso e não sobre as coisas possessivamente, egoisticamente e como senhores, tem levado uma considerável parcela da humanidade a refletir sobre o quanto somos mesquinhos, apegados e presunçosos. Tal constatação tem impulsionado a humanidade a novos crescentes valores, tanto em nível pessoal quanto em nível social e vida de serviço. Nota-se assim, perfeitamente, como uma crise leva ao despertar social, existencial e espiritual.

A alma é uma verdadeira desbravadora, pois prepara a personalidade humana para a manifestação e atuação do ser interior e profundo; neste preparo dão-se as crises entre a alma e a personalidade. E isso se processa, como estamos vendo, de diversas maneiras. Por exemplo, as crises podem advir de diversas formas ou situações ou reações: como uma iluminação da mente que nos faz ver a realidade; um acidente que altera um curso de vida; a separação de alguém que estamos fortemente ligados etc. O mecanismo evolutivo é “cego” aos nossos interesses particulares e somente vê o que é melhor para o indivíduo e coletividade.

Observa-se nisto que a crise é o momento em que a força da alma humana exige um mecanismo novo e harmônico. E no nível humano com sua necessidade evolutiva podemos dizer que a evolução está intimamente ligada ao desapego. Ao evoluirmos nos desapegamos e ao nos desapegarmos evoluímos. E as crises nascem exatamente da dificuldade de nos desapegarmos das coisas e situações de nossa personalidade e dos mundos onde atuam as personalidades, vida após vida.

Por isto, certamente, as crises nos fazem amadurecer, enfrentar a realidade e encontrar caminhos novos exigidos pela alma, pelo espírito. É uma luta conflitiva conosco mesmo, onde somos puxados por dois pólos opostos. Atuam nos seres humanos levando-os a duas reações: uma como “um mal necessário” gerando guerras, doenças, conflitos etc., como já foi dito, mas que despertam algo no ser humano; outra levando os seres diretamente à conscientização, à paz, à saúde etc.

A natureza e os seres são naturalmente dinâmicos em sua interioridade e processos; e são as crises, provocando tensões, que impulsionam ou possibilitam a evolução e crescimento. A inércia é apenas uma visão distorcida e fragmentada do grande dinamismo universal. É apenas uma pausa entre uma crise e a solução. É um momento onde repensamos e reajustamos situações críticas e que exigem soluções. A própria crise movimenta a inércia e a própria inércia aciona a crise.

Assim se movem e evoluem os mundos e os seres. A “ânsia” evolutiva é a crise e a tensão em ação. Mistérios da vida aos nossos olhos, mas uma mão que guia a tudo e a todos.


Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)




Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal