sexta-feira, 31 de maio de 2013

UMA VISÃO DO SILÊNCIO



Imortalidade
















Quando a palavra de Deus se cala, para de soar a harpa do Todo.

Indescritível! Inexprimível bem-aventurança! Inconcebível paz!

Tudo silencia em torno de mim!

A natureza cala! O oceano cala! As montanhas calam! As flores calam! As nuvens calam!

O céu com todos os seus sóis, estrelas, calam! Procurei-me, a mim mesmo, e não me encontrei! Quis apurar onde estava em vão!

E então senti que existia! Que existe um Universo e que eu estou nesse Universo.

Espaço e Tempo haviam desaparecido! Eu estava em toda a parte e em parte alguma. Eu estava no momento e na eternidade.

As estrelas estavam de mim tão perto que pareciam reunidas num só lugar. Deslumbrante magnificência me envolvia! O movimento de todos os corpos celestes compunha uma só harmonia, a harmonia da paz. Seu curso circular uma só melodia entoava a melodia do silêncio! Todas as estrelas apenas escutavam e entreolhavam-se.

Paz completa e funda alegria me envolvem!

Minhas mágoas e sentimentos, minha perceptividade, meus pensamentos e todo o terrestre estavam extintos em mim! Eu estava suspenso acima de todas as representações. Eu era alma supra-terrena! Eu havia ascendido ao Todo! Inexprimível bem-aventurança enchia minha alma! Pela primeira vez tive a consciência de estar redimido. Redimidas estavam todas as minhas penas, de todas as cadeias do destino e de mim mesmo.

Eu estava fora de mim mesmo! Já não era homem, porém não ainda anjo ou deus.

Tornara-me apenas oniconsciente!

Conheci a lei que domina o Universo!

Vi a cadeia fatal da evolução. Vi os fios que as causas atam com suas ações e reações.

Tive consciência dos fatos do Todo como se eu mesmo fora o Todo.

Os raios de luz do Todo-Amor me traspassaram, como se eu fora a fonte desses raios.

As forças poderosas do Todo-Espírito Inter-fluíram em mim como se eu mesmo fora o centro dessas forças

O espírito humano não poderá alcançar tal magnificência; como a formiga não compreende o tamanho do Sol.

Tal encantamento não se pode exprimir com palavras, como de um só tom jamais se comporá toda uma sinfonia. No regaço dessa paz celestial frui a eterna paz e bem-aventurança divina.

De repente eu ouvi uma voz que dizia: “Acorda, ó alma! Teu dever te chama!”.

Voltei ao meu corpo terrestre e abri os olhos; havia entrado no terceiro corpo do Templo do Silêncio.


Ação do Espírito sobre o destino

“Tudo o que somos, o somos como resultado daquilo que pensamos! Está fundado nos nossos pensamentos. Formou-se dos nossos pensamentos.” (Gautama Buddha)

O Mestre:

Antes que possas caminhar, ó peregrino cheio de fé, para o altar-mor deste Templo, deves, neste terceiro corpo, limpar ainda teu espírito, teu aparelho pensante e aprender a mantê-lo em silêncio.

Não sendo assim, a magnificência do Altar encandearia teus olhos espirituais; teus pés vacilariam e tu cairias dos degraus do Altar santo no solo do primeiro corpo.

Quando forçastes as vagas dos anseios e sentimentos indesejados à paz em tua alma, ainda não tinhas achado nem discriminado as causas profundas que levantam essas ondas.

Esforça-te, pois ó peregrino, por perceber as leis do teu mundo pensante!

Teu espírito ou teu intelecto assenta nas seguintes leis:

1. Cada pensamento é uma força material, criadora, a qual, embora invisível aos olhos externos, exerce uma ação no plano físico e mental da Terra.

2. Cada pensamento atrai pensamentos iguais! Tal qual uma bola de neve que rolando, atrai outros flocos e vai crescendo.

3. Cada pensamento tem a tendência de tornar-se ato! Qual uma seta que, uma vez atirada, trata de atingir a mira.

4. Cada pensamento gera um ser mental, invisível, com forma, cor e vida própria. Sua forma e cor dependem da espécie e do móvel do pensamento e condiciona-lhe a duração a força do seu produtor, o espírito. Esse ser mental desempenha, no destino dos homens, importante papel.

5. Cada pensamento permanece, enquanto não manifesto, no inconsciente e aguarda a reemersão, logo que o momento seja favorável. Esses pensamentos formam a base da nossa memória e tecem a teia do nosso destino.

6. Cada pensamento volta, cedo ou tarde, haja ou não atingido a mira, enfraquecido ou reforçado, à sua origem, ao seu produtor. Isso testemunha o governo da Toda-Justiça.

7. Cada pensamento, salubre ou nocivo, desperta e nutre, consciente ou inconscientemente, os sentimentos e impulsos, elevados ou inferiores, do seu produtor.

Esses pensamentos exercem, do mesmo modo e ao mesmo tempo, uma ação nas outras pessoas com que o causador do pensamento se acha, de qualquer modo, em ligação e cujos espíritos possuem o mesmo gênero de vibração que o espírito do criador de cada pensamento.

Se apanhares bem essas leis, reconhecerás que, antes de tudo teus pensamentos são os criadores de tuas ações e de teu destino!

Em segundo lugar, que sua ação não se limita a tua vida, senão que influi nas demais pessoas.

Deves, assim, saber que, por teus pensamentos impuros e negativos, és responsável perante a humanidade inteira.

Portanto, consiste o silêncio do teu espírito nisto, em que refreies teus pensamentos, não permitindo entrada a nenhum dos impuros, e saibas reduzir teu espírito, a todo instante, ao silêncio.

Não precisas de subtrair, nem o deves, teu cérebro a sua atividade, nem deixar teu espírito inteiramente quieto. Essa completa quietação do aparelho pensante só se pode dar no mais alto grau da meditação ou do êxtase místico. O espirito humano bate incessante como a pulsação cardíaca, assim como tempo, flui no seio da eternidade.

Podes tu conceber um instante em que o tempo pare?

Não!

O mesmo sucede com as vibrações do teu espírito.

Deves aprender a manter teus pensamentos sempre positivos, nobres elevados, divinos!

Sabe mais que, desde que assumiste face humana e começaste realmente a pensar, nem um só pensamento gerado por teu espírito se perdeu! Ao contrário, acham-se guardados nas profundezas do teu inconsciente e esperam novo nascimento para, renovados, se reativarem.

Os pensamentos são as forças de todas as forças e nem uma só força se esvai no espaço universal.

É claro que os pensamentos se mudam como a energia solar se muda em luz, calor ou eletricidade, mas, perdidos, nunca!


Iranschahr 



Fonte do Texto e da Gravura: Fraternitas Rosicruciana Antiqua
Da Revista "Gnose", set. 1937
http://www.famafra.com/2013/05/uma-visao-do-silencio.html

MEDO É UM SENTIMENTO DE FALTA DE CONTATO COM A EXISTÊNCIA

(...) quanto mais ama, mais cativante você fica. Quanto menos ama, mais você exige que os outros o amem, e menos cativante você fica, mais se fecha, mais se confina em seu ego. E você fica desconfiado — mesmo que alguém se aproxime de você para amá-lo, você fica com medo, porque em todo amor há a possibilidade de rejeição, de retraimento.

Ninguém o ama — isso vira um pensamento entranhado dentro de você. Como esse homem ousa tentar mudar o seu modo de pensar? Ele está tentando amar você. Só pode ser falsidade, será que ele está tentando enganá-la? Deve ser um espertalhão, um sujeito enganador. Você se protege. Não deixa que ninguém a ame, nem ama ninguém. Então vem o medo. Você está sozinha no mundo, tão sozinha, tão solitária, desligada de tudo.

O que é o medo, então? O medo é o sentimento de não estar ligado à existência. Eis a definição de medo: medo é um sentimento de falta de contato com a existência. Você fica sozinho, uma criança chorando sozinha em casa, a mãe e o pai e toda a família saíram para ir ao cinema. A criança chora e soluça no berço. Foi deixada sozinha sem nenhum contato, ninguém para protegê-la, ninguém para lhe dar conforto, ninguém para amá-la; uma solidão, uma solidão imensa a envolve. Eis o estado de medo.

Isso ocorre porque você chegou a um ponto em que não deixa que o amor aconteça.

Toda a humanidade foi treinada para outras coisas, não para o amor. Para matar, fomos treinados. E os exércitos existem, anos de treinamento para matar! Para calcular, fomos treinados; faculdades, universidades, anos de treinamento só para aprender a calcular de forma que ninguém possa enganar você, mas você possa enganar os outros.



Osho, em "Coragem: O Prazer de Viver Perigosamente"



Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SERVIR MEDIANTE RENÚNCIA


  • A alma está acima de todas as necessidades da personalidade (máscara). Está comprometida em cumprir sua própria missão. A personalidade está presa, apegada e subjugada não só pelo necessário mas muito mais pelo desnecessário. Servir mediante renúncia é anular os apegos, os impedimentos e os aprisionamentos desnecessários que prejudicam a atenção da alma e, consequentemente, prejudicam o todo, ou pelo menos afetam-no em certa proporção. 
  • Quando estamos com a consciência enfocada na alma, observamo-nos como um novo ser e com uma visão ampla. É como se estivéssemos acima de tudo e potentes para realizar qualquer coisa. Por outro lado, com a consciência enfocada na personalidade, mesmo atuando como almas, a nossa visão ampla e a capacidade de realização ficam entorpecidas e nossos empreendimentos, aqui neste plano, tornam-se lentos e com dificuldades. A renúncia e o desapego são os únicos meios pelos quais podemos anular essa inércia e cegueira causada pela personalidade não controlada. São os meios mais eficazes e seguros de que dispomos para tornar a personalidade menos densa em suas vibrações e torná-la um veículo para um real trabalho e atuação. 
  • Devemos servir à vontade da alma e não aos caprichos da personalidade. 
  • A certeza de viver como alma é a alegria que supera qualquer "dor" de renúncia e sacrifício. 
  • A leveza de servir se faz sentir quando não se está apegado e a partir da renúncia. 
  • "Os negócios da casa de meu Pai": passagem que esclarece o que importa realmente fazer aqui na Terra, ou seja, cumprir a missão que está designada e que faz parte da tarefa da alma, e não cumprir puramente os reclames desordenados da personalidade.


Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SERVIR MEDIANTE SILÊNCIO


  • É quando "uma mão não sabe o que a outra faz".
  • É atuar verdadeiramente e efetivamente, silenciando a personalidade (eu inferior, máscara) de sua ânsia de ser o centro de atenção.
  • É servir mediante silêncio físico, emocional e mental, onde só a alma atua livremente e sem obstruções.
  • É atuar com a certeza interior e sem os ruídos questionadores da incerteza exterior.


Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SERVIR MEDIANTE DISCIPLINA


  • A disciplina da alma é natural; a da personalidade é imposta e imperfeita.
  • A disciplina acalma os veículos da alma.
  • Sem disciplina e ordem não há realização em nenhum setor da vida humana tanto material quanto espiritual. 
  • Servir mediante disciplina é servir a partir do centro; de dentro para fora. 
  • Servir com disciplina é executar o essencial que nos é proposto sem permitir que as complicações obstruam e nublem o nosso trabalho divino. 
  • Disciplina no servir é cumprir o que deve ser feito no momento certo, com consciência, responsabilidade e dedicação, não obstruindo as ações da alma.


Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal