quarta-feira, 5 de junho de 2013

SÓ TEM UM JEITO DE FAZER VALER A PENA!


Penso que qualquer coisa que nos propomos a fazer precisa valer algo de bom. Precisa servir para algum crescimento, alguma evolução, mínima que seja. Assim, de atitude em atitude, de escolha em escolha, vamos desenhando a pessoa que de fato desejamos ser! 

Felizmente, muitas leituras, músicas, conversas e até filmes terminam servindo para fortalecer essa minha crença e mostrar que realmente "é preciso saber viver". Quando assisti "O Poder Além da Vida" pela primeira vez, fiquei encantada com a forma que esta mensagem é transmitida no filme. Baseado numa história verídica, o roteiro conta sobre um ginasta em crise existencial que encontra um amigo, uma espécie de mestre, com quem aprende lições fundamentais para seu amadurecimento.

E numa das melhores cenas, o mestre diz ao rapaz algo mais ou menos assim: se quer fazer a sua vida valer a pena, precisa aprender a responder três perguntas e vivenciar essas respostas. São elas:
- Onde você está? AQUI!
- Que horas são? AGORA!
- Quem é você? ESTE MOMENTO!

Quando você está vivendo, seja qual for a situação, estando de fato "aqui", "agora" e sendo inteiramente "este momento", é impossível não valer a pena, simplesmente porque você estará conectado com a única existência real - o presente!

Eckhart Tolle, autor do livro "O Poder do Agora" também dissertou de forma incrível e imperdível sobre como fazer sua vida valer a pena. E eu, seguindo minha linha de estudos e trabalho, escrevi o "FAÇA O AMOR VALER A PENA", na tentativa de nos relembrar o quanto temos sofrido por razões inventadas, por dificuldades desnecessárias e, assim, impedido nossa própria felicidade e a de outras pessoas. 

Ou seja, um livro para tentar nos manter atentos sobre a importância de se relacionar como Gente Grande, de fazer escolhas e assumi-las, vivenciá-las até o fim, validando nossos sentimentos, revendo nossas crenças e crescendo tanto quando acertamos, como quando erramos.

Sabe por quê? Porque enquanto está tudo bem, tudo acontecendo conforme esperamos, tendemos a nos sentir satisfeitos. No entanto, quando a vida nos surpreende com uma situação diferente da que gostaríamos, ou quando alguém nos frustra com palavras ou sentimentos que não correspondem às nossas expectativas, fazemos uma guerra!

E a guerra começa sempre dentro da gente! Armas, tiroteios, bombas, violência, agressividade, dor, morte e destruição! É isso que fazemos conosco quando não aceitamos os fatos e não encontramos recursos para lidar com eles. Estresse, ansiedade e até depressão podem ser os resultados, no final das contas.

Será que não está na hora de revermos essa postura? Será que não seria muito melhor adotarmos uma crença mais edificante e construtiva? Que tal um lema do tipo "para o que não tem remédio, remediado está". O meu é "já que tá, que fique!" e significa que quando entro numa situação desagradável e inesperada da qual não posso sair no mesmo instante, relaxo e repito pra mim mesma: "Rosana, já que tá, que fique!" e vivencio a experiência até o fim ou até a primeira oportunidade de mudar o rumo dos acontecimentos.

A ideia é evitar tanto sofrimento, tanta angústia e, mais do que isso, é fazer a vida e o amor valerem a pena realmente! Senão, continuaremos vivendo um dia depois do outro com a sensação de que viver e amar são armadilhas das quais precisamos tentar escapar... Não! Viver e amar são oportunidades maravilhosas que devem servir para nos dar a certeza prometida pela divertida frase de caminhão: "não sou o dono do mundo, mas sou filho do dono!". Ou seja, só privilégios e alegria, desde que façamos por merecer! 



Rosana Braga (*)



(*) Escritora, Jornalista e Consultora em Relacionamentos Palestrante e Autora dos livros "Alma Gêmea - Segredos de um Encontro" e "Amor - sem regras para viver", entre outros.
www.rosanabraga.com.br
Email: rosanabraga@rosanabraga.com.br


Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=10396
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

CONVITE À FÉ


"Se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda..." (Mateus, cap. 17, v. 20)

Para que a chama arda é indispensável a sustentação pelo combustível.

A fim de que o rio se agigante, a nascente prossegue sustentando-lhe o curso.

A mesa enriquecida pelo pão sacrifica o grão de trigo generoso.

No ministério da vida espiritual, a fim de que o homem sobreviva ao clima de desespero que irrompe de todo lado, com as altas cargas da aflição, do medo, da dúvida, que se generalizam, a fé é imprescindível para a aquisição do equilíbrio.

Seu milagre, todavia, depende do esforço despendido em prol da sua própria manutenção.

À fé inata devem ser adicionados os valores de reflexão e da prece de modo a canalizar a inspiração superior que passa a constituir fonte geradora de preservação do necessário capital da confiança.

Às vezes, para que as sementes que jazem no solo das almas, em lactência, se desdobrem em embriões de vida, torna-se imperioso condicionamentos psíquicos, somente possíveis mediante a busca sistemática pela razão, pelos fatos, através da investigação.

Seja, porém, como seja, o homem não pode prescindir do valioso contributo da fé, a fim de colimar os objetivos da reencarnação.

Apressado, ante a infeliz aplicação do avião nos jogos da guerra, Alberto Santos Dumont preferiu a fuga, através do autocídio nefário...

Porque a dinamite fora usada para extermínio de povos Alfredo Nobel amargurou-se até a desencarnação...

Se tivessem fé, poderiam acompanhar a marcha do progresso, ensejada pelos seus inventos, colocados a serviço mesmo da Humanidade.

Não obstante houvessem perseverado confiantes no êxito dos seus empreendimentos, faltou-lhes a fé religiosa para sustentá-los nos momentos terríveis que tiveram de considerar, em face da vida física que se extingue e da espiritual que é indestrutível.

A fé é a flama divina que aquece o espírito e dá-lhe forças para superar tudo: mágoas, desaires revoltas, traições e até mesmo a morte.

Alimentá-la para a própria paz é indeclinável dever que não podes postergar.


Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis 



Fonte: do livro "Convites da Vida". Ed. LEAL. Cap. 22
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

DESAPEGO


É muito comum o fato de renunciarmos aos prazeres e ambições do mundo e adquirirmos, por outro lado, outros prazeres e ambições, geralmente disfarçados de espirituais e de tradições, não se dando conta da conduta teatral ou hipócrita. Habitualmente assim agimos, pensando que somos desprendidos do mundo, adotando posturas e comportamentos anacrônicos no vestir, no falar e no agir.

Por vezes manifestamos apego a uma devoção, a um livro, a um sistema de espiritualidade, a um método de meditação, às graças da oração, à virtudes e à coisas que são, realmente, positivas e benéficas. Mas, assim mesmo, corremos o risco de nos deixar cegar e fanatizar por tais atitudes.

A própria procura por paz interior é uma criação e apego; prazeres que buscamos no espiritual. Estar apegado e dependente dos "ismos" e "prazeres" espirituais é o mesmo, portanto, do que estar preso a um imoderado apego por quaisquer outras coisas. Ficamos cegos pelo desejo de chegar a um fim, a uma ávida fome de resultados, de visíveis êxitos. Tornamo-nos peritos na arte de nos iludir e não nos damos conta de que é o nosso eu pessoal, a personalidade que está tentando, disfarçadamente, salientar-se a si mesma.

Esquecemo-nos totalmente que a tranquilidade e a paz interior só são alcançadas quando nos desapegamos do mundo, ou seja, quando chegamos a uma atitude desapaixonada em relação ao prazer, à dor, às formas de bem e de mal. O desapego deve substituir a dor e o prazer. Só assim nossas funções sensoriais e elevados sentidos da alma desempenharão suas reais funções.

Devemos nos libertar do anseio por todos os frutos e objetos do desejo, quer terrenos, quer tradicionais, quer espirituais, em qualquer momento.

Pela despaixão e desapego, o aspirante e servidor fica livre de efeitos cármicos resultantes de sua atividade e torna-se possível reorientar-se, de modo que sua atenção não seja mais atraída para o exterior pelo fluxo de imagens mentais, mas seja retirada e fique dirigida exclusivamente sobre a pura realidade atemporal.

Urge que nos desapeguemos de todas as formas de percepção sensorial, tanto a superior como a inferior. Devemos ser indiferentes ao pequeno eu-personalidade.

O recolhimento é impossível para o homem dominado por todos os imprecisos e flutuantes anseios de seu próprio desejo. Tais anseios, mesmo que elevados, se não deixarem de ser interesseiros e apegados aos frutos das ações são impedimentos, ânsias e ansiedades que nos afastam da verdade e do caminho real.

Não podemos atingir a real paz interior e um crescimento pleno se não nos desprendemos e nos desapegamos até mesmo do desejo de ter paz e recolhimento espiritual, pois isso, por si mesmo, já gera uma ansiedade e um certo desconforto.

Parece que há uma só maneira de avançarmos: a renúncia a todos os desejos e o deixar-se levar, naturalmente, pela Vontade de Deus; Ele nos dará o recolhimento e a paz, mesmo entre as lutas e provações. O caminho que leva a Deus atravessa profundas trevas onde todo o conhecimento, todo o prazer, toda a alegria são aniquilados e absorvidos pela transbordante pureza da luz e Presença de Deus.

O que conhecemos, o que podemos possuir e desejar através das nossas faculdades poderá ser, conforme nossas intensões e uso, um certo obstáculo à pura "posse" do Divino no nosso interior.

Tudo isso, é lógico, não invalida nossas buscas, pesquisas, aspirações e crescimento material, psicológico e espiritual. O que deve ser entendido é que o processo deve ser natural, sem fanatismos, sem apegos, sem presunções e sem hábitos e cristalizações.

Esta é a razão pela qual de tudo devemos nos desapegar e nos libertar. Devemos estar acima de qualquer posse e alegria para alcançar a genuína "posse e gozo de Deus", pois se nos ligarmos demasiadamente nos "acidentes" corremos o risco de perder o que é essencial, o verdadeiro objetivo. Portanto, não troquemos o fim pelos meios para que entendamos, finalmente, a diferença entre "ter" e "ser", e assim, com humildade e despretensão, vivermos na real Presença Divina.




Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)




Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

FÉ E CRENÇA


Confunde-se muitas vezes fé e crença; no entanto, são duas coisas diferentes. Um homem compra um bilhete da loteria; ele crê que vai ganhar a taluda e isso enche-o de alegria durante algum tempo, até ao dia em que fica a saber que não ganhou absolutamente nada. Isto é crença. 

Agora, observemos um químico que quer realizar uma experiência: ele pega nos elementos indicados e, doseando-os nas proporções convenientes, crê que a experiência será bem-sucedida. E é isso que acontece. Neste caso, já não é crença, mas fé.

A crença está baseada na ignorância das leis naturais. Ter uma crença é desejar que o arbitrário reine na natureza. A fé, pelo contrário, assenta num saber. É uma certeza que resulta de um trabalho, de uma experiência. 

Assim, aquilo que nós estudamos, experimentamos, verificamos, em encarnações passadas impõe-se espontaneamente a nós nesta vida como uma fé inabalável.



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal