terça-feira, 13 de agosto de 2013

ANSIEDADE - DESAFIOS

"(...) a ansiedade precede sempre a ação de cair (...)" 1

Ao ingressar o Princípio Inteligente no reino animal, está ele altamente enriquecido e apresenta registros das experiências vividas arquivadas nas formas do instinto que se refletem nas atitudes sem raciocínio uma vez que não sofreram ainda nenhum burilamento sob os eflúvios do raciocínio, do amor integral, características estas dos estágios mais avançados do ser.

Esse Princípio Inteligente, ao alcançar o reino hominal, mostrará estados emocionais angustiantes, vazio ainda de objetivos racionais, conscientes, planejamento, comparações, processos mentais mais elaborados que lhe permitiriam optar com maior aproximação da realidade.

Tal situação não trabalhada no decorrer das existências permanecem, somando-se a inúmeros outros conflitos não enfrentados e podem alcançar a zona consciente sob forma patológica.

"(...) as ansiedades armam muitos crimes e jamais edificam algo de útil na Terra (...)" 1

Desse modo, uma exteriorização que em pequeno grau representaria impulso evolutivo, passa a exteriorizar sintomas de receios, vendo em relação a tudo insucessos e dores, atemorizando-se, recuando diante da vida, sintomas esses que normalmente se prendem a causas psicológicas inconscientes, nas quais os impulsos se apresentam impetuosos, sem equilíbrio, desordenados.

Isso caracteriza o quanto o homem é carente de construções psicológicas sadias, constatação que leva a que se entenda porque o dinamismo espiritual reage de forma violenta, intranquilizando o ser.

"(...) Invariavelmente, o homem precipitado conta com todas as probabilidades contra si (...)"1

No atual momento, a ansiedade se exterioriza carregada das mais variadas nuances, representada por um estado de tensão, aflições incontroláveis a se revelar como angústia, inquietude, insegurança, que levam o indivíduo a ter medo, manter-se apreensivo, como que aguardando irreversível infelicidade, reações essas que atingindo um ponto máximo, desembocam no pânico.

Os sintomas aparecem de maneira sutil, inexplicável. A insegurança vai se assenhoreando do mundo mental, em ângulo pessimista arrasador e que podem exteriorizar-se no corpo físico nas cefaléias, dificuldade para respirar, modificação da pressão arterial, suores, tremores, contrações musculares, enfim, sinais complexos, variáveis em cada indivíduo com tendência a fixar-se em algum órgão ou região do organismo.

Traduz-se ainda em agitação, dificuldade do sono, falta de ar, sensação de aperto e desconforto psicológico intenso, sentimento de culpa sem causa aparente, no qual o indivíduo questiona-se sem encontrar respostas. Apavorando-se, descrê de si, recua e sofre.

Tomar medicação de forma incontrolada e aleatória, é agir de modo irresponsável, sem lógica de profundidade. É necessário sim que, com o auxílio e acompanhamento especializado, se avalie o processo ansioso, os sintomas, as possíveis origens internas ou externas.

A medicação, se houver necessidade, só sob critério especializado, será útil, mas não será completa se o paciente não abrigar em si vontade de reencontrar-se, renovando hábitos a serem elaborados no bem, nos valores maiores da Vida, nas certezas e confiança daquele que luta para superar-se. 

Empreender, portanto, realizações dentro de possibilidades pessoais nos fatores sócio-econômicos que lhe são possíveis, consciente, que na ação de distender limites, cada um convive com o programa que necessita e que a existência oferece a cada um a medida exata, para que na ação consciente se viva em paz.

"(...) se o homem nascesse para andar ansioso, seria dizer que veio ao mundo, não na categoria de trabalhador em tarefa santificante, mas por desesperado sem remissão (...)"1

Pelo estudado, percebemos haver reações ansiosas de fundo espiritual e que ao despertar na zona consciente, constituem-se com características de difícil remoção, uma vez que refletem bagagem negativa a aguardar respostas, trabalhos construtivos a serem dinamizados pelo próprio ser, na reconstrução íntima.

Reações ansiosas superficiais, situações dessa atual existência, configurar-se-iam como de mais fácil remoção, uma vez que seriam as respostas emocionais diante dos fatos cotidianos causados pela sobrecarga dos conflitos econômicos ou sócio-familiares.

Desperto, surgida a situação sendo ela trabalhada, não é absorvida pelo psiquismo de profundidade, não se implantando na alma sinais negativos devido a reação da estruturação dos novos valores. Por não haver esse despertamento para trabalhar cada situação, de posicionar conscientemente diante dos desafios do existir, o processo ansioso passa a fazer parte da estrutura dinâmica do espírito como condição inerente, em tonalidades mais ou menos agravadas.

"(...) Opondo-se às inquietações angustiosas, falam as lições de paciência da Natureza, em todos os setores do caminho humano (...)"1

Ressalte-se que, ansiedade em pequeno grau, configurando-se como anseio, desejo, aspiração, planejamentos em sonhos e metas a alcançar, é necessária ao impulso das realizações. Responde por fator construtivo com reflexos dinâmicos no desempenho individual.

Há, portanto, que se estar atento, consciente para identificar de que modo se apresenta, de onde provém, porque se está ansioso: a origem é de estruturas espirituais inconscientes, isto é, não identifico causa real imediata próxima ou passada ou é fruto dos fatores de superfície, fruto dos atritos normais do dia-a-dia.

Estar atento às variantes de uma profunda tristeza, tédio, inibição ao entusiasmo, exaltação repentina à alegria, variações, alternâncias bruscas inconstância na forma de sentir e ser, lembrando que agora, na faixa hominal em que vige plenamente a responsabilidade, cada qual passa a ser o artífice, o construtor do próprio destino, libertando-se ou não. Os desafios existem para isso, com essa função.



LEDA MARQUES BIGHETTI



Bibliografia:
1. XAVIER, Francisco C. – pelo Espírito Emmanuel – Pão Nosso – FEB – Rio de Janeiro – RJ – 6ª ed. 1979 – lição 8 – pág. 27-28.

Subsídios:
ANDRÉA, Jorge – Dinâmica PSI – F.V. Lorenz Editora Petrópolis – RJ – 2ª ed. 1990 – pág. 112.


Fonte: http://br.geocities.com/luz_espirita/Ansiedade.doc
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

MORADAS

Certa estranheza invade muitos leitores e pessoas desinformados a respeito da vida espiritual, quando tomam conhecimento da estrutura e constituição do mundo parafísico, bem como da sociedade onde se movimentam os sobreviventes ao túmulo.

Acostumados às notícias da teologia ortodoxa apresentada pelas religiões que estabeleceram regiões estanques para os espíritos, quando vencida e superada essa crença armaram-se de cepticismo, às vezes inconscientemente, em tomo da organização e do modus vivendi dos que se libertaram do corpo, mas não saíram da Vida.

Um pouco de reflexão basta para contribuir de maneira positiva em favor do entendimento da vida e sua continuidade um passo além do túmulo.

Na Terra mesma, interpenetram-se vibrações e movimentam-se incontáveis expressões de vida, sem que o homem disso se dê conta.

Ondas de frequência variada cortam os espaços terrestres, carregadas de mensagens somente percebidas quando necessariamente transformadas em som e imagem por aparelhos especiais.

Raios de constituição diferente rompem os campos vibratórios em tomo do planeta, auxiliando, estimulando e transformando os fenômenos biológicos sem que se possa percebê-los, senão através dos seus efeitos ou quando captados por equipamentos próprios.

A Vida espiritual não é, conforme alguns pensam, semelhante à física ou cópia dela. Ocorre exatamente o contrário, sendo a terrena um símile imperfeito daquela que é causal, preexistente e sobrevivente.

Liberada da matéria densa, a alma não se transfere para regiões excelsas de imediato. Há toda uma escala de valores a conquistar.

Os espíritos vivem fora do corpo em conglomerados próprios, em sociedade mais harmônica ou mais atormentada, de acordo com o grau da evolução que os reúne por automatismo da afinidade vibratória, que decorre da identidade moral que os retém em campos de igual densidade de onda.

Sendo o pensamento a força criadora, é natural que este construa os recintos para habitação e instale, em nome do Pai, programas de ação que facultam os meios de crescimento para o espírito, na direção dos mundos felizes, cuja constituição superior a nós nos escapa.

Nas faixas mais próximas da Terra, a vida se apresenta semelhante ao que se conhece no planeta, facilitando a adaptação para os recém-chegados e propiciando mais fácil intercâmbio com aqueles que estão instalados na matéria densa.

Conforme sucede no mundo objetivo, há uma escala de progresso cultural e moral cujos valores partem das manifestações mais primárias até os índices mais elevados.

Consequentemente, há núcleos que refletem as condições sócio-morais, sócio-econômicas, sócio-culturais dos seus habitantes, desde choças e fiarias até habitações saudáveis, belas e confortáveis... As moradas do além igualmente variam em densidade vibratória correspondente àqueles que as vêm habitar, felizes e liberados, ou noutras onde se demoram a dor, as misérias morais e as condições de insalubridade, todas elas em caráter sempre transitórios.

Em todo lugar, todavia, apresenta-se a misericórdia e o socorro do Pai, ao alcance de quem deseja progredir e ser ditoso, na faixa vibratória em que estacione.

Igualmente, convém considerar que urbanistas e engenheiros, cientistas e legisladores levam para a Terra as lembranças dos planos onde residiam e a eles retomam, periodicamente, através do parcial desdobramento pelo sono, acentuando lembranças que depois materializam em projetos e edificações avançados.

A ascensão dos seres somente ocorre mediante conquistas intransferíveis através do trabalho, método seguro para a aquisição da plenitude.

Movimentando, portanto, as energias cósmicas presentes no Universo, os espíritos plasmam os seus círculos de realização, nos quais estagiam entre uma e outra reencarnação, galgando esferas que se apresentam em graus de evolução quase infinita.

"Na Casa do Pai - disse Jesus - há muitas moradas", não somente nos astros luminíferos que gravitam nos espaços siderais, mas também, em torno deles, como estações intermediárias entre uns e outros mundos que pulsam nas galáxias, glorificando a Criação.



Manoel Philomeno de Miranda / Divaldo Pereira Franco



Fonte: do livro "Temas da Vida e da Morte"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

UM SÓ AMOR

Existem muitos grupos neste mundo – grupos seculares, grupos religiosos e todos os tipos de boas organizações que realizam missões maravilhosas em todo o globo.

Se você já esteve em um evento do Kabbalah Centre, provavelmente reparou que somos um grupo bastante diverso, composto por muitas crenças e caminhos de vida. Ainda assim, apesar disso, existe um incrível senso de união. E o motivo é um conceito especial, conhecido em hebraico como ‘ahavá’, que em português significa amor.

Na Kabbalah, temos um sistema de numerologia, em que cada letra do alfabeto hebraico carrega um valor numérico. Isso significa que as palavras não só possuem significados, mas também têm um valor mensurável. Curiosamente, a palavra ‘ahavá’ possui valor numérico de 13, bem como a palavra ‘echad’, que significa um.


13 = 5+2+5+אהבה = 1 (ahavá)
13 = 4+8+1 = אחד (echad)


Por que isso é significativo?

Se pensarmos bem, existe apenas um lugar onde podemos experimentar a verdadeira união de ‘ahavá’: na Luz Divina, que permite que cada um de nós respire a mesma energia que nos concede o direito de finalizar nosso processo no corpo, que foi criado para nossa alma nessa confluência do tempo.

Assim como a luz do Sol precisa do seu recipiente, que é a Lua, da mesma forma precisamos de alguém com quem compartilhar nosso amor. Quando somamos um mais um no amor, obtemos 13 + 13, que somam 26. E vocês sabem o que possui valor numérico de 26? É o que se conhece na Kabbalah como o Tetragrama ou o Nome de Deus de quatro letras, que representa o nível mais elevado de espiritualidade.


26 = 5+6+5+10 = יהוה (Tetragrama = Yud-Hei-Vav-Hei = YHVH = o NOME de DEUS)

Logo, quando olhamos nos olhos uns dos outros e um de nós é muçulmano, o outro é cristão e o outro judeu, isso não importa. Entendemos que é a ‘ahavá’, o ‘echad’, que nos une a todos.




Karen Berg



Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: www.tropicasher.com.br