sábado, 17 de agosto de 2013

POR QUE ENTRAMOS EM DEPRESSÃO?

Por que ficamos deprimidos? Eis uma pergunta que pacientes, parentes e outras pessoas fazem ao psiquiatra.

Os pacientes com depressão anseiam pela cura. A melhor maneira de ajudá-los é com apoio e compreensão. Exigir que reajam costuma aumentar-lhes o sofrimento. 

A resposta da medicina não satisfaz a todos, porque se limita a uma visão biológica, psicológica e social. Para que fosse plenamente satisfatória, precisaria contemplar também a visão espiritual.

A resposta do espiritismo é mais ampla, porque, além de acatar os resultados das pesquisas científicas conduzidas com rigor e seriedade, abrange a dimensão espiritual.

Podemos afirmar que as depressões são causadas ou desencadeadas pelas seguintes razões:

- Situações estressantes e perdas diversas. Quando ocorre a perda de um ente querido por desencarnação, separação, mudança de cidade; rompimento de relações afetivas; prejuízos materiais, perda de emprego; violência, humilhações; situações estressantes no trabalho ou em casa; algumas doenças, como câncer; alguns medicamentos etc.

- Traumas  e outras vivências. Quando o espírito é portador de traumas sofridos em existências passadas ou na atual, ou no mundo espiritual inferior; consciência de culpa por erros praticados no passado; rejeição pela vida ou especificamente pela encarnação atual.

- Obsessão. Inúmeros casos resultam de influência de espíritos inferiores, que projetam pensamentos negativos, ideias de suicídio e sentimentos de tristeza na mente da pessoa, desencadeando o estado depressivo.

- Expiações e provas. Muitos espíritos, quando estão planejando a reencarnação, no mundo espiritual, escolhem um corpo com predisposição para depressão, a fim de poderem resgatar débitos de existências anteriores através desta doença. Para atingir esse objetivo, pedem a oportunidade de renascer numa família em que a doença é muito frequente, seguramente por transmissão genética.

Os espíritos que fazem essa escolha, quase sempre, são os que cometeram injustiças contra o próximo, levando-os à depressão e, muitas vezes, ao suicídio. Dessa forma, resolvem resgatar com a mesma moeda, ou seja, com a mesma doença.

É importante ressaltar que a depressão causada por obsessão constitui também expiação ou prova, como ensina Allan Kardec: "A obsessão, como as enfermidades e todas as tribulações da vida, deve ser considerada como prova ou espiação e como tal aceita." ("O Evangelho segundo o Espiritismo", capítulo, 28, item 81).

Fica evidente que a depressão é problema complexo, sobretudo quando examinada com a visão espiritual. 

Com essa compreensão, não é difícil entender que o tratamento ideal para a depressão deve incluir, além dos recursos psiquiátricos e psicoterapêuticos, a assistência espiritual.



Umberto Ferreira



Fonte: "Revista Espírita Allan Kardec"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ALÉM DA INTELIGÊNCIA

Sua inteligência mundana não consegue entender os caminhos de Deus. Ele não pode ser reconhecido por mera astúcia, que é o que a sua inteligência é principalmente. Você pode se beneficiar de Deus, mas não pode explicá-Lo. Você pode se beneficiar de eletricidade e usá-la de mil maneiras, mas não pode explorar e explicar seu mistério. Como e porque ela funciona de uma maneira particular e não de qualquer outra forma, está além de seu alcance. Suas explicações são apenas suposições, tentativas para vestir sua ignorância com expressões pomposas. O erro é: você dá ao cérebro mais valor do que ele merece. Para-thathwa (Verdade Suprema) está além do alcance do cérebro; você não pode levantar uma pedra enquanto permanece sobre ela! Permanecendo em Maya (ilusão), você não pode descartá-la.



Sathya Sai Baba



Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

OSTENTAÇÃO E DESAPEGO

Vivemos uma época de celebridades, apelos fáceis à riqueza, ao consumismo, às paixões avassaladoras. Transitamos aturdidos por um mundo em que o destaque vai para aquele que mais tem.

E a todo instante os comerciais de televisão, os anúncios nas revistas e jornais, os outdoors clamam: Compre mais. Ostente mais. Tenha mais e melhores coisas.

É um mundo em que luxo, beleza física, ostentação e vaidade ganharam tal espaço que dominam os julgamentos.

Tornamo-nos, enfim, escravos dos objetos. Objetos de desejo que dominam nosso imaginário, que impregnam nossa vida, que consomem nossos recursos monetários.

E como reagimos? Será que estamos fazendo algo – na prática – para combater esse estado de coisas?

No entanto, está nos desejos a grande fonte de nossa tragédia humana. Se superarmos a vontade de ter coisas, já caminhamos muitos passos na estrada do progresso moral.

Experimente olhar as vitrines de um shopping. Olhe bem para os sapatos, roupas, joias, chocolates, bolsas, enfeites, perfumes.

Por um momento apenas, não se deixe seduzir. Tente ver tudo isso apenas como são: objetos.

E diga para si mesmo: Não tenho isso, mas ainda assim eu sou feliz. Não dependo de nada disso para estar contente.

Lembre-se: é por desejar tais coisas, sem poder tê-las, que muitos optam pelo crime. Apossam-se de coisas que não são suas, seduzidos pelo brilho passageiro das coisas materiais.

Deixam para trás gente sofrendo, pessoas que trabalharam arduamente para economizar...

Deixam atrás de si frustração, infelicidade, revolta.

Mas, há também os que se fixam em pessoas. Veem os outros como algo a ser possuído, guardado, trancado, não compartilhado.

Esses se escravizam aos parceiros, filhos, amigos e parentes. Exigem exclusividade, geram crises e conflitos.

Manifestam, a toda hora, possessividade e insegurança. Extravasam egoísmo e não permitem ao outro se expressar ou ser amado por outras pessoas.

É, mais uma vez, o desejo norteando a vida, reduzindo as pessoas a tiranos, enfeiando as almas.

Há, por fim, os que se deixam apegar doentiamente às situações.

Um cargo, um status, uma profissão, um relacionamento, um talento que traz destaque. É o suficiente para se deixarem arrastar pelo transitório.

Esses amam o brilho, o aplauso ou o que consideram fama, poder, glória.

Para eles, é difícil despedir-se desse momento em que deixam de ser pessoas comuns e passam a ser notados, comentados, invejados.

Qual o segredo para libertar-se de tudo isso? A palavra é desapego. Mas... Como alcançá-lo neste mundo?

Pela lembrança constante de que todas as coisas são passageiras nesta vida. Ou seja: para evitar o sofrimento, a receita é a superação dos desejos.

Na prática, funciona assim: pense que as situações passam, os objetos quebram, as roupas e sapatos se gastam.

Até mesmo as pessoas passam, pois elas viajam, se separam de nós, morrem...

E devemos estar preparados para essas eventualidades. É a dinâmica da vida.

Pensando dessa forma, aos poucos, a criatura promove uma autoeducação que a ensina a buscar sempre o melhor, mas sem gerar qualquer apego egoísta.

Ou seja, amar sem exigir nada em troca.




Fonte: Redação do Momento Espírita 
Disponível no livro Momento Espírita, v. 6, ed. Fep.  
http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1520&stat=0
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal