segunda-feira, 19 de agosto de 2013

DOENÇAS DO CORPO, REFLEXÕES DA ALMA

As enfermidades, principalmente aquelas denominadas de psicossomáticas ou psicofisiológicas, são comprovadamente originárias dos fatores psíquicos.

Existe um grupo de doenças que desconhecemos as suas inter-relações psíquicas e, por isso, pensamos que se desenvolvem exclusivamente nas estruturas físicas. Entretanto, com as aquisições e observações da psicopatologia, podemos asseverar a intervenção dos fatores internos ou psicogênicos em todas as atividades do organismo físico. Os casos de certas lesões anatômicas e tumores diversos, também estariam ligados à energética do psiquismo de profundidade. Seriam os reflexos das deficiências internas periferia corpórea.

Com isso percebe-se a importância do estado psicológico do indivíduo em face da doença. O estado de ânimo de cada ser influenciará grandemente no desenvolvimento da doença, como, também, no processo da cura. Muitos pacientes de bom estado de ânimo, alegres e otimistas, têm mais probabilidade de encurtarem os períodos de doença do que os tristes e pessimistas com pouco desejo de viver. Daí não ser conveniente analisar uma determinada doença sem ajuizar as reações psicológicas de quem a padece.

O grande componente das doenças está relacionado mais diretamente às distonias do Espírito, por isso denominadas como doenças psicossomáticas. Esclareça-se que o psiquismo profundo ou da zona Inconsciente, para grande parte dos estudiosos do assunto é considerado como consequência da zona Consciente, portanto o resultado do trabalho dos neurônios. Para nós representa a própria zona Espiritual, de arquitetura energética específica, a transcender na imortalidade a faixa de mortalidade do corpo físico.

As doenças psicossomáticas poderão estar ligadas à pele (urticária, prurido, acnes); aos músculos (dores na nuca, nas costas), cujas contraturas produzem comumente dor de cabeça; ao aparelho respiratório (crises asmáticas, rinite alérgicas, hiperventilação pulmonar); ao aparelho circulatório (taquicardia, extrassístoles, hipertensão com oscilação, enxaqueca); ao aparelho digestivo (vômitos, dores gástricas, colites, constipação crônica); ao aparelho urinário (variações do volume de urina); até mesmo ao mecanismo endócrino (certas doenças da tireóide).

Por tudo, vê-se a importância desses mecanismos espirituais (psicogênicos) em desague na organização física, representando uma tela de escoamento e consequente equilíbrio de forças.



Dr. Jorge Andrea



Fonte: do livro “Psicologia Espírita”
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

POR QUE TANTAS PESSOAS AMAM COISAS EM VEZ DE PESSOAS?

Ouvi contar...

O dr. Ahrams foi chamado à loja de Mulla Nasruddin, onde Nasruddin jazia inconsciente. Dr. Abrams cuidou dele por um longo tempo e, finalmente, conseguiu revivê-lo.

“Como você conseguiu beber aquilo, Nasruddin? Você não viu o rótulo na garrafa? Estava escrito ‘veneno’!”

“Vi, doutor”, respondeu Nasruddin, “mas eu não acre­ditei.”

“Por que não?”, perguntou o dr. Abrams.

Nasruddin respondeu: “Porque sempre que acredito em alguém sou enganado”.

Pouco a pouco, as pessoas aprendem a não acreditar, a não confiar, a permanecerem cronicamente em dúvida. E isso ocorre tão vagarosamente, em doses tão pequenas, que você nunca está alerta para o que está acontecendo com você. Quando vê, é tarde demais.

É isso o que as pessoas chamam de experiência. Diz-se que uma pessoa é experiente quando ela perdeu contato com o coração. Dizem então: “Esse é um homem muito experiente, muito esperto, muito astuto; ninguém pode enganá-lo”.

Talvez ninguém possa enganá-lo, mas ele enganou a si mesmo. Ele perdeu tudo aquilo que era valioso; ele perdeu tudo.

Então, um fenômeno muito peculiar acontece: não se pode amar pessoas, porque pessoas podem enganar. Começa-se a amar coisas, então. Como há uma grande necessidade de amar, as pessoas vão buscando substitutos: alguém ama a sua casa, alguém ama o seu carro, alguém ama as suas roupas, alguém ama o seu dinheiro...

É claro, a casa não pode enganá-lo, o amor não corre risco. Você pode amar o carro - um carro é mais confiável do que uma pessoa real. Você pode amar o dinheiro - o dinheiro é uma coisa morta, está sempre sob seu controle. Por que tantas pessoas amam coisas em vez de pessoas? E até mesmo quando, às vezes, amam uma pessoa, elas tentam reduzir a pessoa a uma coisa.

Se você ama uma mulher, você está, de imediato, pronto para reduzi-la tornando-a sua esposa. Você está pronto para reduzi-la a determinado papel: o papel de esposa, mais previsível do que a realidade de uma amada.

Se você ama um homem, você está pronta para possuí-lo como uma coi­sa. Você quer que ele seja seu marido, porque um amante é mais líquido, nunca se sabe... Um marido parece algo mais sólido. Pelo menos, existe a lei, existe o tribunal, existe a polícia, existe o Estado, que dão certa solidez ao marido. Um amante parece ser como um sonho: não tão substancial.

Assim que as pessoas se apaixonam, elas estão prontas para o casamento - tal é o medo do amor. E seja quem for que amemos, começamos a tentar controlar. Esse é o conflito que permanece entre esposas e maridos, mães e filhos, irmãos e irmãs, amigos - quem vai possuir quem? Isso significa: quem vai definir quem, quem vai reduzir quem a uma coisa? Quem será o senhor e quem será o escravo?

Mulla Nasruddin sentou-se, resmungando, para beber; e um amigo lhe disse: “Você parece mal hoje, Mulla. O que houve?”

Nasruddin disse: “Meu psicanalista disse que estou amando o meu guarda-chuva e que essa é a fonte dos meus problemas”.

“Amando seu guarda-chuva?!”

“É. Isso não é ridículo? Ora, eu gosto dele, eu respeito o meu guarda-chuva, gosto da companhia dele. Mas... amor?”

Mas o que mais é amor? Se você aprecia a companhia do seu guarda-chuva, se você o respeita, se você gosta do seu guarda-chuva, o que mais é amor?

Amor é respeito, um tremendo respeito; amor é um gostar profundo; e amor é pura alegria com a presença daquele que você ama. O que mais é amor? Mas as pessoas amam coisas - uma necessidade profunda é, de alguma forma, preenchida por substitutos.

Lembre-se: a primeira calamidade é a pessoa tornar-se orientada-pela-cabeça. A segunda calamidade é a pessoa começar a substituir a necessidade de amor por coisas. Então, você está perdido, perdido na terra desértica. Então, você nunca alcançará o oceano. Então, você simplesmente se dissipará e evaporará. Então, sua vida toda será um puro desperdício.

No momento em que você toma conhecimento de que é isso o que está acontecendo, mude o fluxo: faça todos os esforços para contatar novamente o coração. É isso o que os bauls chamam de amor - refazer o contato com o coração para desfazer o que foi feito a você pela sociedade.



Osho, em "Vida, Amor e Riso"



Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal