terça-feira, 27 de agosto de 2013

ERROS E DEFEITOS DA MENTE

(...) O primeiro defeito mental é a tendência à CRISTALIZAÇÃO, ou seja, a falta de elasticidade, e por causa dele o homem se apega às suas próprias ideias, às suas próprias convicções, e se fecha no limitado círculo formado por elas, sem ser capaz de superá-lo e ampliá-lo toda vez que entra em contato com novas verdades. 

Uma mente realmente madura deve estar aberta para todas as ideias novas, deve ser capaz de um aprofundamento contínuo, deve mostrar-se sedenta de novos conhecimentos e desejosa de ampliar cada vez mais o seu campo de pesquisa. Deve ser capaz de examinar objetivamente e de entender as opiniões e as convicções dos outros, as ideias novas em qualquer campo (...) Em vez disso, porém, frequentemente acontece que se formam, na mente, preconceitos, as ideias cristalizadas, aquelas que Bacon chama de "ídolos", que são um obstáculo para a atividade livre do pensamento e impedem a pesquisa e o aprofundamento no campo do conhecimento. 

Um outro defeito da mente é a PRESUNÇÃO (ou senso de superioridade) que nasce do fato, quase inevitável, de que com o desenvolvimento do intelecto vem acentuar-se o senso do eu pessoal e a auto-afirmação. O senso de superioridade também gera o criticismo e a separatividade, defeitos estes também dos tipos mentais. 

(...) Mesmo que o homem não tenha percepção disso, à medida que ele evolui e procura superar os obstáculos internos, no seu caminho para o amadurecimento intelectual, o aspecto inferior e o aspecto superior da mente se aproximam, por assim dizer, começam a comunicar-se um com o outro e esta comunicação produz uma mudança no modo de pensar e de raciocinar do indivíduo. Antes de mais nada ele começa a sentir maior clareza e limpidez de pensamento, depois começa a sentir uma renovada sede de conhecimento, uma ânsia de pesquisa e de aprofundamento, e se dá conta, com inesperada intuição, dos seus erros e das suas limitações. 

Além disso, em sua mente surge um poder novo, uma clareza de julgamento e de raciocínio que o torna capaz de distinguir e de escolher quase que instantaneamente, entre duas coisas opostas, aquela que é a certa. (...) Este poder novo é chamado discernimento. Contudo, a manifestação do discernimento é gradual, pois tal qualidade é potencialmente ínsita na mente do homem, por isso já existe, em embrião, desde o início do processo evolutivo. 

(...) O discernimento, portanto, é uma qualidade mental importantíssima e essencial porque, na realidade, é aquela que ajuda o homem a alcançar a verdadeira maturidade intelectual e o uso sábio e reto do intelecto. 

(...) A maturidade mental se manifesta com a capacidade de "pensar" realmente, com a mente liberta dos obstáculos emocionais e instintivos e das influências provenientes do exterior e, além disso, com a faculdade de usar corretamente o pensamento, de maneira aberta, elástica, objetiva, compreensiva e sábia, como instrumento de conhecimento tanto voltado para o mundo objetivo quanto para o mundo subjetivo. 

(...) O indivíduo é um conjunto de qualidades interdependentes e a maturidade de uma função psíquica ajuda e favorece a maturidade das outras funções. 

Se não se está efetivamente amadurecido não se pode alcançar a maturidade mental, e também não se pode conquistar a maturidade afetiva se a nossa mente não estiver realmente amadurecida. Pois que o próprio amor é conexo com o conhecimento, e o conhecimento com o amor. 



Dra. Angela Maria La Sala Bata



Fonte: do livro "Maturidade Psicológica"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

MENTE E COMPORTAMENTO

Na faixa vibratória na qual localizes a mente, daí haurirás a correspondente energia.

Quem desce ao charco respira umidade, da mesma forma que em se elevando à montanha, aspirará oxigênio puro.

Situando o pensamento nas fixações amargas quão deprimentes de acontecimentos infelizes, vitaliza-los-ás, trazendo-os à realidade dos dias presentes, para o teu próprio infortúnio.

Agasalhando as ideias de sublimação pessoal, por mais se te pareçam difíceis de consegui-las, acostumar-te-ás com a possibilidade e, de um para outro momento, estarás vivenciando esse estado superior.

Cada criatura vive, no mundo objetivo, conforme os seus estados íntimos, mentais.

Educar o pensamento, criando os hábitos da prece e da elevação moral, constitui uma tarefa-desafio, que deve ser enfrentada de imediato.

A mente plasma, no campo da ideação, os desejos, que depois se transformam em realidades que passam a participar da vida, na área das formas.

Ideoplastias variadas assaltam o homem, no seu trânsito evolutivo, conforme o lugar e a aspiração psíquica mais apetecível.

Fantasmas de enfermidades inexistentes, necessidades criadas por desequilíbrios, tormentos de largo tempo, frustrações de curso afligente decorrem da preferência mental de quem lhes experimenta a compressão.

Ninguém consegue viver sem os hábitos que se lhes tornam "uma segunda natureza" influenciando grandemente sua própria natureza.

Como pessoa alguma, na normalidade mental, vive sem pensar, é claro que, não cultivando as boas, elaborará as más aspirações.

A mente responde pela vida.

O Espírito exterioriza, mentalmente, os estados em que transita, cabendo-lhe esforçar-se por modificar os quadros íntimos, crescendo em contínuo esforço na direção das metas liberadoras.

Considerando que tudo quanto empreendes resulta negativo, altera o clima mental e age com tranquilidade, aguardando os resultados. 

Tendo em vista as ocorrências afligentes que te surpreendem, abre-te, psiquicamente, ao amor, e descortinarás paisagens menos tristes.

Experimentando doenças ou dissabores frequentes, reage, no campo das ideias, cultivando a saúde, e se te renovação os quadros orgânicos e emocionais.

Insiste nos pensamentos positivos, como quem reconhece a existência dos espinhos na haste da roseira, porem, prefere deter-se extasiado ante a flor, embora cuidando-se daqueles.

Queixa, azedume, amargura, deves substituir por confiança, otimismo, renovação, paciência, do que resultará a tua paz.

Como não podes viver sem a presença das ideias, coloca aquelas que te promovam à saúde e ao bem-estar.

Respirarás, emocionalmente, conforme o clima em que situas os teus programas de evolução.

"Busca primeiro o reino de Deus - propôs Jesus com sabedoria - e tudo mais te será acrescentado."


Joanna de Ângelis / Divaldo Pereira Franco




Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A SAGRADA DANÇA - OS PRINCÍPIOS ESPIRITUAIS DE SE RELACIONAR

Masculino e Feminino - A SAGRADA DANÇA

Existem muitas lendas e mitos antigos da Criação que nos dizem que a força original de Deus criou dois seres que tirou da sua própria essência. Estes dois seres, por sua vez, foram criadores de Tudo O Que É.

Assim, os princípios espirituais básicos da criação são a Unidade (a Unicidade de Tudo o que É), a Dualidade (O Um explorando a si mesmo a partir da tensão dos opostos) e a Multiplicidade (a réplica, dessa dança básica de criatividade, uma e outra vez, em formas maravilhosas e complexas.).

As relações nos ajudam a redescobrir a dança original dos DOIS que de fato são UM. O movimento sempre tende a descobrir Harmonia e Unidade; e então descobre de fato que também há desarmonia e dualidade, porque os dois agora são seres únicos e individuais. E a chave desta dança é balançar-se e fluir da unidade à dualidade e vice-versa.

Existem também muitos mitos antigos que falam de originais divindades "dançando" pelos céus e que, em seu giro, prolongam a criação com sua dança. O mito que me vem à mente é o da Shiva e Shakti, cuja união e "dança" representam o mito das energias do Sagrado Masculino e Feminino, na realização da dança da criação.

Em nossas relações com as novas energias multidimensionais, precisamos compreender os passos dessa dança sagrada de Shiva e Shakti, se queremos replicá-los em nossa vida. A dança tem três passos primários ou movimentos.

O primeiro movimento tende sempre à Harmonia e à Unidade. Duas pessoas se atraem e procuram descobrir juntas - de que maneira se parecem. Este é o movimento para a Força Divina ou o movimento dos Dois procurando ser o Um original. Porque este movimento é dirigido à Divindade, esta etapa da relação é sempre alegre e criativa, enquanto os dois seres sentem o fluxo de luz e energia entre eles. Eles se descobrem e encontram as melhores partes deles mesmos, refletidas no outro, nesta parte da dança sagrada.

O segundo movimento tende sempre a afastar-se da Unidade e ir para a Separação. O Um se torna Dois, que são separados e únicos. Nesta fase da relação, a dança das duas pessoas é a de descobrir as formas em que são diferentes e porque, nessa etapa da relação, estão FORA da fonte da divindade rumo à separação e à dualidade. Por isso, frequentemente, são fases em que há ansiedade e raiva, além de uma necessidade de se exercer o controle para manter a identidade. Isto é porque na nossa cultura espiritual nós tememos a dualidade, nós a vemos como algo mau e tomamos partido pela Unidade de consciência e procuramos nos mover "mais além da dualidade". Mas nunca poderemos nos mover além da dualidade enquanto tenhamos uma identidade separada e única. Em nosso estado de consciência mais elevado, sempre tomaremos parte dessa dança de energias entre a Unidade e a Dualidade. Estar consciente é dar-se conta da dança e é ser capaz de soltar e dela desfrutar, sabendo que o fluir sempre irá de um lado ao outro, entre estes dois estados de ser.

Em um relacionamento, isto significa que devemos estar preparados para experimentar tempos de desafio e discórdia. Pode ser que haja raiva, frustração e outras energias negativas. Estas devem ser lidadas com elegância e com o conhecimento de que, se as dirigirmos dessa maneira, não tem porque se tornarem destrutivas. Isto é o que chamamos de o lado SOMBRA da relação. Sempre estará lá. Como ela é dirigida e integrada determinará a qualidade da relação. Se ambos os companheiros ou "dançarinos" souberem como lidar com a dança da raiva e da negatividade, então isso pode ser negociado, sem criar um desequilíbrio tal que a relação/dança seja interrompida e destruída. Eu sempre julguei que a chave, aqui, é sempre permitir que a raiva e a negatividade sejam expressas e liberadas, sem que se tome isso pessoalmente. Ou seja, é preciso se defender de formas destrutivas, se houver uma raiva igual de ambos os lados. Isto cria justamente uma espiral de energia negativa que impede a dança de seu próximo passo ou movimento.

O terceiro ou último movimento é sempre à volta à Unidade e à Harmonia. Os Dois descobrem de novo, através de suas jornadas separadas, que eles são sem dúvida Um. De fato, eles se redescobrem na Unicidade, já que aprenderam algo mais a respeito de si próprio e do outro e se reunificaram agora em uma espiral mais elevada de evolução e consciência. E tendo aprendido esta nova coisa em particular, não precisam retornar para trás e fazerem isso de novo e de novo, sendo isto a forma como os padrões destrutivos surgem nas relações.

Os hábeis dançarinos cósmicos sabem como deixar ir e se movimentar para novos níveis da dança experimental, mantendo o relacionamento em um estado de crescimento e de novos movimentos.


Tradução para o Português: Silvia Tognato Magini
Revisão e subversão do texto: Sandra C. G. Benedetti.



Fonte do Texto e da Gravura: Centro Humanista de Transcendência Flor de Jasmim
http://centroflordejasmim.blogspot.com/

QUE EU CONTINUE COM VONTADE

Que eu continue com vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, uma lição difícil de ser aprendida.

Que eu permaneça com vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles vão indo embora de nossas vidas.

Que eu realimente sempre a vontade de ajudar as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, sentir, entender ou utilizar essa ajuda.

Que eu mantenha meu equilíbrio, mesmo sabendo que muitas coisas que vejo no mundo escurecem meus olhos.

Que eu realimente a minha garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são ingredientes tão fortes quanto o sucesso e a alegria.

Que eu atenda sempre mais à minha intuição, que sinaliza o que de mais autêntico eu possuo.

Que eu pratique mais o sentimento de justiça, mesmo em meio à turbulência dos interesses.

Que eu manifeste amor por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exige muito para manter sua harmonia.

E, acima de tudo... 

Que eu lembre sempre que todos nós fazemos parte dessa maravilhosa teia chamada vida, criada por alguém bem superior a todos nós!

E que as grandes mudanças não ocorrem por grandes feitos de alguns e, sim, nas pequenas parcelas cotidianas de todos nós!


Francisco Cândido Xavier


Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal