sexta-feira, 6 de setembro de 2013

SUA PASSAGEM PELA TERRA

Quantas pessoas refletem verdadeiramente sobre o que significa a sua passagem pela terra? Sim, quantas se questionam: «O que estou eu a fazer aqui? Por que é que estou aqui?» A maior parte comporta-se como se não tivesse nada de melhor a fazer do que procurar passar o tempo da forma mais agradável possível. Muito poucas têm consciência de que devem considerar como um estágio estas dezenas de anos que lhes é dado viver na terra. Sim, um estágio durante o qual o Céu lhes pede que aprendam e se aperfeiçoem, isto é, que melhorem o seu caráter, pois isso é a única coisa que lhes restará e que levarão com elas para o outro mundo. Quando se deixa a terra, é-se obrigado a deixar todas as aquisições materiais e até intelectuais, e quem não fez qualquer trabalho interior apresenta-se miserável, pobre e nu diante dos Espíritos celestes do alto. O discípulo de uma Escola Iniciática compreende que deve trabalhar sobre qualidades que passará a possuir eternamente; e, quando voltar, noutra encarnação, o Céu dar-lhe-á melhores condições e meios mais eficazes para continuar o seu trabalho.



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

NEUROSE, EGOÍSMO E REBELDIA

No livro "No Mundo Maior", de André Luiz, o mentor Eusébio declara: "Somos no palco da crosta planetária, os mesmos atores do drama evolutivo. Utilizando corpos sagrados, perdemos, entretanto, quais despreocupadas crianças entretidas apenas em jogos infantis, o ensejo santificante da existência. Assim fazemo-nos réprobos das leis soberanas, que nos enredam aos escombros da morte, como náufragos piratas, por muito tempo indignos de retornar às lides do mar."

"Enquanto milhões de almas desfrutam bons ensejos de emenda e reajustamento, de novo entregues ao esforço regenerativo nas cidades terrestres, milhões de outras deploram a própria derrota, perdidas no átrio recesso da desilusão e do padecimento." (André Luiz - "No Mundo Maior") 

Sabemos que o determinismo divino de toda criatura é atingir a perfeição, pois todo espírito traz em si a herança do Pai, isto é, potencialidades a se desabrocharem, ao da caminhada evolutiva.

"A compreensão da Evolução é fundamento doutrinário que oferece uma clareza do que seja o homem . Partindo da ideia do fluido cósmico universal e do princípio inteligente, ocorre, pelo implemento do amor divino em ambos, um processo constante de transformação que, em nosso caso específico, há alguns milênios, resultou no aparecimento do espírito que se vinculou ao princípio material, delineando formas mais perfeitas, surgindo o homem."

"Todo o trabalho só foi possível na base da sucessão de repetidas experiências: primeiro na mônada e, finalmente, na individualidade. A partir de então, a reencarnação faz-se lei constante de aprimoramento e pelas aquisições do livre-arbítrio, surge, muitas vezes, como elemento de enriquecimento, de prova ou de reparação de condutas."

"Juntando-se a tudo isso a certeza de que o nosso papel é de seres fadado à perfeição, entendemos que tendo o mesmo princípio, só poderemos ter o mesmo fim." (Espíritos Diversos - "O Homem Sadio")

Dessa forma, percebemos que, para atingir a perfeição, a criatura necessita trilhar um longo caminho, de esforço e vivências de experiências, que lhe permitam fixar gradualmente as lições aprendidas. Este aprendizado exige a humildade do reconhecimento do erro e o propósito de redimir-se, através do trabalho de autoconhecimento e discernimento das tarefas apropriadas a serem realizadas.

Temos conhecimento de que, na erraticidade, no espaço entre reencarnações, é permitido ao espírito reconsiderar seu passado, quando, então, muitos se propõem a atitudes de reparação.

A reencarnação, por misericórdia divina, permite ao indivíduo esquecer-se dos fatos transatos, entretanto conteúdos que impulsionem as sensações de culpa e remorso, permanecem latentes no limiar do consciente da criatura.

Essas reminiscências aparecem como forma de angústia básica, pois o indivíduo, ao nível da consciência mais ampla, tem a percepção do contraste entre os conceitos "o que sou" e "o que eu deveria ser."



Dra. Lígia Maria Pompeu Dutra



Fonte: do livro "Por que Adoecemos?"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal