sexta-feira, 13 de setembro de 2013

MEDITAÇÃO NÃO É CONCENTRAÇÃO

Meditação não é concentração. Na concen­tração, há alguém se concentrando e um objeto sobre o qual se concentra. Há uma dualidade. Na meditação, não há ninguém dentro e nada fora.

Ela não é uma concentração. Não há divisão en­tre o interior e o exterior. O interior flui para fora e o exterior para dentro. A demarcação, o limite, as fronteiras não existem mais. O que está dentro, está fora; e o que está fora, está dentro. É uma consciência não-dual.

A concentração é uma consciência dual: é por isso que cansa; é por isso que, ao se concen­trar, você se sente exausto. É impossível concentrar-se por vinte e quatro horas; se o fizer terá que tirar férias para descansar. A concentração não pode tornar-se sua natureza nunca.

A meditação não cansa, não o deixa exausto. Pode ser feita por vinte e quatro horas, por dias, por anos. Pode ser eterna; é um relaxamento em si mesma.

A concentração é um ato, um ato voluntário. A meditação é um estado involuntário, um estado de inação. É um relaxamento, um simples abandonar-se no próprio ser, o qual é o mesmo ser do Todo.

Na concentração, a mente funciona a partir de uma resolução: você está fazendo alguma coi­sa. A concentração vem do passado. Na medita­ção, não há nenhuma resolução por trás. Você não está fazendo nada em particular, está simples­mente sendo.

A meditação não tem passado, não está contaminada pelo passado. Não tem futuro, está limpa de qualquer futuro. É o que Lao Tzu chama de wei-wu-wei, ação através da não-ação. É o que os mestres Zen têm dito: sentando-se em silêncio, sem fazer nada, a primavera vem e a gra­ma cresce por si mesma.

Lembre-se: ‘por si mes­ma’ — nada é feito. Você não puxa a grama para cima; a primavera vem e a grama cresce por si mesma. Esse estado — no qual você permite que a vida siga seu próprio caminho, sem querer diri­gi-la, sem querer controlá-la, sem a manipular, sem lhe impor nenhuma disciplina — esse estado de pura e indisciplinada espontaneidade é medi­tação.

A meditação está no presente, no puro pre­sente. A meditação é imediata. Você não pode me­ditar, mas pode estar em meditação. Você não pode estar em concentração, mas pode se concen­trar. A concentração é humana; a meditação é divina.



Osho, em "O Livro Orange"



Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

MUTANTES

Somos as únicas criaturas na face da terra capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos! Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificados por eles. Um surto de depressão pode arrasar seu sistema imunológico; apaixonar-se, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente.

A alegria e a realização nos mantém saudáveis e prolongam a vida. A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse.

Suas células estão constantemente processando as experiências e metabolizando-as de acordo com seus pontos de vista pessoais. Não se pode simplesmente captar dados brutos e carimbá-los com um julgamento. Você se transforma na interpretação quando a internaliza.

Quem está deprimido por causa da perda de um emprego projeta tristeza por toda parte no corpo - a produção de neurotransmissores por parte do cérebro reduz-se, o nível de hormônios baixa, o ciclo de sono é interrompido, os receptores neuropeptídicos na superfície externa das células da pele tornam-se distorcidos, as plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos e até suas lágrimas contêm traços químicos diferentes das lagrimas de alegria.

Todo este perfil bioquímico será drasticamente alterado quando a pessoa encontra uma nova posição. Isto reforça a grande necessidade de usar nossa consciência para criar os corpos que realmente desejamos.

A ansiedade por causa de um exame acaba passando, assim como a depressão por causa de um emprego perdido.

O processo de envelhecimento, contudo, tem que ser combatido a cada dia.

Shakespeare não estava sendo metafórico quando Próspero disse: "Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos."

Você quer saber como está seu corpo hoje? Lembre-se do que pensou ontem. Quer saber como estará seu corpo amanhã? Olhe seus pensamentos hoje!

Ou você abre seu coração, ou algum cardiologista o fará por você!




Dr. DEEPAK CHOPRA

(Indiano radicado nos EUA desde a década de 70, médico formado na Índia, com especialização em Endocrinologia nos Estados Unidos. Filósofo de reputação internacional, autor de mais de 35 livros, um dos mais respeitados pensadores da atualidade.)



Fonte: do livro "Saúde Perfeita"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

INCORPORAÇÃO: MITOS SOBRE A MEDIUNIDADE


A Umbanda não possui dogmas, mitos e nem tabus, tudo deve ser explicado de forma clara. Mas ainda é possível ouvir disparates sobre Umbanda e sua mediunidade, dentro e fora dos terreiros de Umbanda. 

Desenvolver sua mediunidade não vai resolver todos os seus problemas. Todos temos problemas e dificuldades a serem vencidas. Querer desenvolver a mediunidade para que os seus problemas se resolvam é trocar o efeito pela causa, pois a razão maior para se desenvolver deve ser a vontade de aprender a lidar com o dom e se tornar um ser humano melhor, e o efeito, ou resultado, é que, tornando-se uma pessoa melhor, a vida melhora. Isto quer dizer que você muda por dentro e sua vida muda também, mas muitos não querem se dar ao trabalho de mudar a si mesmos, de se lapidarem, de crescer, evoluir e vencer seus vícios e dificuldades e, ainda assim, querem que a vida mude, simplesmente porque estão desenvolvendo sua mediunidade.

Todos encarnam para resolver problemas e dificuldades, o que quer dizer que todos encarnam para aprender algo nesta vida. Seu esforço em tornar-se alguém melhor cria o que se chama de merecimento, que vai ao encontro de suas necessidades, na medida em que você cresce com as dificuldades. Muitas vezes, os médiuns querem que a Umbanda retire de suas vidas justamente as dificuldades que ali estão para fazê-lo crescer dentro do sentido da vida e do campo de atuação em que têm necessidade. Tanto é verdade que, na maioria das vezes, foi o próprio médium que, com suas limitações e dificuldades internas, criou para si mesmo as dificuldades que está passando na vida. Dificuldades externas são um reflexo das dificuldades internas. 

Não adianta querer que um guia espiritual lhe arrume um amor perfeito e ideal, se você não é uma pessoa perfeita e ideal, cada um atrai para sua vida algo que lhe tem afinidade e correspondência. Antes de querer um amor perfeito é preciso vencer as carências, inseguranças e não projetar seus medos e vícios comportamentais no outro. Amor perfeito é um amor livre, que não prende o outro, é o amor de quem ama mais a felicidade e a liberdade do outro do que seus próprios apegos e paixão. Não adianta querer que os espíritos ou os Orixás lhe arrumem o melhor emprego que há, se você não se preparou para isso ou se não sabe conviver com as pessoas com quem trabalha. Não adianta reclamar das pessoas de seu convívio, de seus familiares ou de um superior a você em seu ambiente de trabalho, antes, é preciso aprender a conviver com as pessoas e crescer com elas e suas dificuldades. Lembre-se, os defeitos que vemos nos outros são os mesmos que nós carregamos, e o que mais nos incomoda é exatamente o que tentamos esconder em nós mesmos. 

Ao desenvolver sua mediunidade em um terreiro, você não fica preso para sempre neste terreiro e, da mesma forma, não fica preso na Umbanda. Frequentar a Umbanda e desenvolver sua mediunidade não é um caminho sem volta, como dizem algumas pessoas mal informadas e ignorantes. Frequentar a Umbanda e desenvolver sua mediunidade é algo que faz parte de seu livre arbítrio, se este não for o seu caminho, você tem toda a liberdade de escolher um outro caminho. Ninguém pode lhe podar de seu livre arbítrio, de sua liberdade, que quem lhe deu foi Deus e é tão sagrado que nem Deus lhe tira. Dizem que: “se você desenvolver sua mediunidade na Umbanda, não terá mais paz na sua vida e que terá que servir os guias para sempre”, “se não desenvolver sua mediunidade, sua vida não vai para frente”, “se abandonar o terreiro, seus guias vão ficar presos”, “se entrar para a Umbanda, terá que fazer um pacto” etc.

Existe um fato: você tem mediunidade de incorporação e portanto é muito sensitivo. Isto não é um castigo, nem um fardo ou carma negativo. Esta mediunidade é simplesmente um dom que você deve conhecer e aprender a lidar com ele. Ter um dom e não saber o que fazer com ele, isto sim pode atrapalhar nossa vida, como sentir coisas, mediunicamente falando, e não saber o que fazer com isso. O que está muito distante das afirmações anteriores. Sem culpa, sem medo, sem pressão e sem traumas, faça sua escolha: aprenda a trabalhar este dom na Umbanda ou aprenda a lidar com este dom de uma outra forma. Uma vez desenvolvida a mediunidade, você não é escravo dela, simplesmente porque tem hora e local para realizar suas atividades mediúnicas. Você deve aprender a lidar com o que sente e ter as rédeas deste dom em suas mãos.

Também pode acontecer de entrar em um grupo despreparado para cuidar de sua mediunidade. Aquele terreiro, médium ou guia que cuida de sua mediunidade deve saber o que está fazendo e ter: experiência, maturidade, clareza e verdade. Exatamente por isso é que é importante passar por uma educação mediúnica e não apenas aprender a incorporar espíritos.



Alexandre Cumino



Fonte: Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca
http://www.colegiopenabranca.com.br/artigos2.html
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A ÁRVORE DA VIDA E A VISÃO FRAGMENTADA

Entre os diversos códigos contidos na passagem de Adão e Eva, no Jardim do Éden, encontramos duas diferentes "árvores". Uma é chamada "Árvore da Penetração do Bem e do Mal" e a outra é chamada "Árvore da Vida".

A primeira "árvore" indica algo muito diferente da interpretação literal, que ouvimos desde crianças. Ela indica a visão fragmentada que nos faz enxergar o mundo físico, ou mundo dos dez por cento, completamente separado do mundo dos outros noventa por cento.

Já a Árvore da Vida vem a representar o mundo dos cem por cento, ou a consciência que nos permite identificar nosso mundo físico como parte integrada às diversas outras dimensões. Esta estrutura é alimentada por uma substância primordial e infinita, que é a origem e satisfação de todos os nossos desejos, denominada Luz. E o desejo de receber esta luz é a nossa essência e o que nos mantém vivos.

Mas se temos disponível uma infinita fonte de luz e nossa essência é o desejo de receber luz como se explicaria o fato de tantas pessoas passarem a vida repletas de escuridão e sombra?

O problema é que no caminho extrafísico pelo qual esta luz se propaga, desde sua emanação até chegar aqui em nós, existem dez diferentes cortinas. O mundo físico, dos dez por cento aparentes, no qual vivemos, se encontra após a décima cortina, e é portanto onde se tem menor visão da totalidade. Por ficar delimitado por uma cortina passamos a achar que ele é tudo que existe.

Assim, quando surgem os obstáculos em nossa vida, normalmente os enxergamos apenas pela ótica mais aparente. Desta forma enxergamos apenas a ponta de todo o processo. E fica muito difícil resolver um problema enxergando, no máximo, um décimo de sua totalidade. Surgem então aqueles inúmeros problemas sem solução:

. Minha crise financeira não tem mais saída.

. Nunca tive sucesso em minha vida afetiva.

. Estou sempre com uma doença diferente.

Todos estes impasses, situações aparentemente sem solução, que assistimos com frequência em nosso cotidiano, são visões fragmentadas da realidade, de quem enxerga apenas o mundo aparente dos dez por cento. Quando passamos a enxergar a totalidade, ou seja, o mundo dos cem por cento, nossa visão se amplia em dez vezes e passamos a identificar um tesouro em cada obstáculo com que nos deparamos. Algo essencial para o nosso crescimento, pois somente vendo-se além do aparente é que é possível entender a profunda dinâmica relacionada a tudo aquilo que se apresenta em nosso caminho.



Ian Mecler



Fonte: Portal da Cabala
www.portaldacabala.com.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

YOM KIPUR - TÚNEL DO TEMPO... COMO MUDAR O PASSADO

"Eu deveria…" "Se ao menos eu tivesse sabido…" 

Seja um erro rematado, seja uma decisão equivocada ou uma oportunidade perdida, nós humanos tendemos a nos lamentar pelo passado, muitas vezes em detrimento, ou até paralisia, de nossos esforços atuais e futuro potencial. 

Alguém deveria nos aconselhar a deixar o passado no passado e seguir em frente com nossa vida. Somos seres físicos, e as leis da Física (pelo menos como são agora) ditam que o tempo corre apenas em uma direção. Por que, então, apenas não colocamos o passado atrás de nós, especialmente porque o passado está atrás de nós, quer o coloquemos lá, quer não? 

Este é um conselho que não aceitamos. Continuamos a nos sentir responsáveis pelo que foi, continuamos a tentar reescrever nossas histórias, continuamos a considerar nosso passado como algo que de certa forma ainda nos "pertence". Algo em nossa natureza se recusa a abrir mão, se recusa a fazer as pazes com o fluxo de mão-única do tempo. 

Sim, nós somos seres físicos; porém há algo em nós que transcende o físico. O homem é uma amálgama de matéria e espírito, um casamento de corpo e alma. É nosso ser espiritual que persiste na crença de que o passado deve ser redimido. É nossa conexão com a essência espiritual de nossa vida que nos concede a capacidade de fazer teshuvá – a capacidade de "retornar" e retroativamente transformar o significado das ações e experiências passadas. 

O que é esta "essência espiritual" com a qual procuramos nos conectar? E como ela nos permite literalmente mudar o passado?

Não somente o homem, mas todo objeto, força e fenômeno tem tanto um "corpo" quanto uma "alma". A alma de um objeto é sua massa física, suas dimensões quantificáveis, suas qualidades. A alma de um objeto é seu significado mais profundo – a verdade que ele expressa, a função que desempenha, o propósito ao qual serve. 

Como exemplo, consideremos as seguintes ações: numa viela escura, um bandido armado de faca ataca um membro de um bando rival; a uma centena de metros, um cirurgião se curva sobre um paciente sedado na mesa de operações. O "corpo" dessas duas ações são bem semelhantes: um ser humano segura um objeto afiado de metal e abre a barriga de outro ser humano. Porém um exame da "alma" desses dois eventos – os desejos que os motivam, os sentimentos que os impregnam, os objetivos que procuram atingir – revela que são ações bastante diferentes. 

Em outras palavras, o homem é uma criatura espiritual no sentido em que confere significado a suas ações e experiências. As coisas não acontecem à toa – acontecem por um motivo, significam alguma coisa, têm um determinado objetivo. O mesmo evento, portanto, pode significar coisas diferentes para pessoas diferentes; como prova disso, dois eventos muito diferentes podem servir ao mesmo propósito e provocar sentimentos idênticos, imbuindo-os com almas semelhantes, apesar da dessemelhança em seus corpos. 

O corpo de nossa vida está totalmente sujeito à tirania do tempo – os "fatos crus" não podem ser desfeitos. Um vôo perdido não pode ser "achado"; uma palavra dura dita a um ente querido não pode ser retirada. Porém a alma desses eventos pode ser mudada. Aqui podemos literalmente viajar de volta no tempo para redefinir o significado daquilo que ocorreu. 

Você dormiu demais, perdeu aquele vôo, e não compareceu a uma reunião de negócios. O significado inicial daquele evento: seu chefe está furioso, sua carreira sofre um retrocesso, sua auto-estima despenca. Porém você se recusa a "deixar o passado para trás de você". Você fica remoendo aquilo que aconteceu. Você se pergunta: o que isso significa? O que isso me diz sobre mim mesmo? Você percebe que não se importa realmente com o seu emprego, que sua verdadeira vocação está em outra parte. Você resolve começar de novo, num esforço menos rentável porém mais realizador. Você voltou no tempo para transformar aquela hora extra de sono num despertar. 

Ou você tem uma discussão, perde a cabeça, e fala aquelas palavras imperdoáveis. Na manhã seguinte estão amigos novamente, concordando em "esquecer o ocorrido". Porém você não esquece. Está horrorizado com o nível de sua insensibilidade, você agoniza pela distância que suas palavras colocaram entre vocês dois. Seu horror e agonia fazem você perceber como vocês são importantes um para o outro, o quanto você deseja a proximidade com aquela pessoa que você ama. 

Você voltou no tempo para transformar uma fonte de distância e desarmonia num catalisador para uma intimidade e amor maiores. 

Na superfície material de nossa vida, a regra do tempo é absoluta. Porém em seu lado espiritual, o passado é apenas uma outra vista da vida, aberto a exploração e desenvolvimento com o poder transformador da teshuvá. 



Yanki Tauber
(Editor de conteúdo de Chabad.org)



Fonte: CHABAD.ORG (www.chabad.org.br)
http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/659953/jewish/O-Tnel-do-Tempo-Como-Mudar-o-Passado.htm

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Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal