terça-feira, 17 de setembro de 2013

ESQUECIMENTO DAS VIDAS PASSADAS

Por que perde o Espírito encarnado a lembrança de seu passado: “Não pode o homem, nem deve, saber tudo. Deus assim o quer em sua sabedoria. Sem o véu que lhe oculta certas coisas, ficaria ofuscado, como quem, sem transição, saísse do escuro para o claro. Esquecido de seu passado, ele é mais senhor de si.” (Questão 392 de “O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec – FEB)

Dentre os obstáculos interpostos para a compreensão, o entendimento e a aceitação da reencarnação como a verdade inelutável que é, encontra-se o questionamento feito com frequência sobre o fato de não nos lembrarmos das vidas anteriores.

Vários e numerosos são os argumentos explicativos sobre essa deliberação divina para cada retorno à vida carnal, podendo-se citar, do ponto de vista científico:
 
- O restringimento do Perispírito no processo reencarnatório;
- O estado de perturbação que acompanha o Espírito reencarnante;
- A imaturidade das células no sistema nervoso central, nos primeiros anos de vida.

O momento exato do reencarne ocorre quando da fecundação do óvulo feminino pelo gameta masculino, mas, precedendo esse momento tão especial, onde a atuação divina se faz presente, muitas outras ações são necessárias, no Plano Espiritual.

No livro “Missionários da Luz” (André Luiz/Francisco Cândido Xavier), tais providências são descritas de forma magistral, no episódio que trata da reencarnação de Segismundo. A ligação fluídica do reencarnante com os futuros pais implica na perda dos pontos de contato com os vínculos que consolidou na esfera espiritual: alimentação diferenciada, novos hábitos e outros elementos, dos quais “é necessário que se desfaça, para penetrar, com êxito, a corrente da vida carnal.”  Por interveniência da Espiritualidade, atuando através de poderosa carga magnética, é procedida uma redução do corpo perispirítico do reencarnante, até que sua forma se assemelhe à de uma criança. Os Espíritos induzem a vontade do reencarnante, através de mensagens de incentivo: “Imagine sua necessidade de tornar a ser criança para aprender a ser homem!”  Esse fato corresponde à morte física carnal, com todas as suas características de perturbação.

O Instrutor Alexandre expõe, comparando: “A enfermidade mortal, para o homem terreno, não deixa, em certo sentido, de ser prolongada operação redutiva, libertando por fim a alma, desembaraçando-a dos laços fisiológicos.”

Necessário se diga que o procedimento de restringimento do Perispírito não é o mesmo em todos os processos reencarnatórios:  “Há companheiros de grande elevação que, ao voltarem à esfera mais densa em apostolado de serviço e iluminação, quase dispensam o nosso concurso. Outros irmãos nossos, contudo, procedentes de zonas inferiores, necessitam de operação mais complexa que a exercida no caso de Segismundo.”

O iluminado mentor Emmanuel, guia espiritual de Chico Xavier, no livro “Religião dos Espíritos”, oferece novas luzes sobre estes tópicos: “Encetando uma nova existência corpórea, para determinado efeito, a criatura recebe, desse modo, implementos cerebrais, no domínio das energias físicas, e, para que se lhe adormeça a memória, funciona a hipnose natural como recurso básico, de vez que, em muitas ocasiões, dorme em pesada letargia, muito tempo antes de acolher-se ao abrigo materno.  Na melhor das hipóteses, quando desfruta de grande atividade mental nas esferas superiores, só é compelida ao sono, relativamente profundo, enquanto perdure a vida fetal.  Em ambos os casos, há prostração psíquica nos primeiros sete anos de tenra instrumentação fisiológica dos encarnados, tempo que se lhes reaviva a experiência terrestre. Temos, assim, mais ou menos três mil dias de sono induzido ou hipnose terapêutica, a estabelecerem enormes alterações nos veículos de exteriorização do Espírito, as quais, acrescidas às consequências dos fenômenos naturais de restringimento do corpo espiritual, no refúgio uterino, motivam o entorpecimento das recordações do passado, para que se alivie a mente na direção de novas conquistas.”

No livro “O Pensamento de Emmanuel”, do estimado irmão Martins Peralva, lê-se, no cap. 20: “Com o encolhimento do veículo perispiritual – operação redutiva, por ação magnética – submete-se o Espírito às limitações corporais, como que, praticamente, enclausura-se na libré física, alterando-se-lhe, em consequência, o movimento vibratório do Perispírito.”

Do ponto de vista moral, o Codificador Allan Kardec enumera as principais razões para o olvido do passado:

As perturbações da vida contingente, no lar e na sociedade:  Se o reencarnante reconhecesse as pessoas a que havia odiado, talvez o ódio reaparecesse, sendo certo que ficaria humilhado perante quem houvesse ofendido. Importa acrescentar que o reencarne, normalmente, ocorre dentro do mesmo círculo de relacionamento da vida anterior.

Como seria a vida de relação entre pai e filho, se aquele reconhecesse no filho seu assassino de antanho?  No livro “Nosso Lar” (André Luiz/Francisco Cândido Xavier), a senhora mãe de André Luiz comunica-lhe que deverá partir para nova reencarnação, quando então será, novamente, esposa de Laerte, seu pai carnal, o qual, no Plano Espiritual, achava-se em zona trevosa, ainda magnetizado, em termos obsidiantes, a duas entidades femininas, suas amantes na última vida física; dizia mais: que receberia as duas entidades como suas filhas queridas, na vida carnal futura. Ora, sem o esquecimento do passado, como seria o relacionamento dessas criaturas, na vida de relação na Terra?

O maior mérito em praticar o bem e exercitar o livre-arbítrio:  Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (cap. V – item 11) encontramos: “Deus nos deu, para nos melhorarmos, justamente o que necessitamos e nos é suficiente: a voz da consciência e as tendências instintivas.  O homem traz ao nascer, aquilo que adquiriu. Ele nasce exatamente como se fez. Cada existência é para ele um novo ponto de partida.”

Léon Denis, em “O Grande Enigma”, lembra-nos a citação evangélica: “Infeliz aquele que, pondo a mão na charrua, olhar para trás.” Efetivamente, neste mundo de provas e expiações, onde o peso das dificuldades, às vezes, verga a maior vontade, se fossem somados os equívocos do passado, a criatura não poderia cuidar de seu progresso, tendo um óbice muito forte à sua evolução. Quantas ocorrências desta vida somos levados a esquecer, propositadamente, para liberar nossa vontade para agir. Neste caso, o esquecimento é fator de estímulo ao progresso. Com muito mais razão, é justo que seja promovido o esquecimento das vidas anteriores, onde os erros, possivelmente, serão tão mais marcantes. 

Ainda no livro “Nosso Lar”, já especificado, o Espírito de D. Laura informa a André Luiz que fora-lhe permitido o acesso, no Ministério do Esclarecimento, ao registro de suas anteriores reencarnações, até o limite de 300 anos, porque mais do que isso, não suportaria.

Como nos afirma Léon Denis, em “O Problema do Ser, do Destino e da Dor” (FEB): ”É necessário a ignorância do passado para que toda a atividade do homem se consagre ao presente e ao futuro, para que se submeta à lei do esforço e se conforme com as condições do meio em que renasce.”

Recordações humilhantes e orgulhosas:  Diz Léon Denis, em “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”: “Todos os criminosos da História, reencarnados para expiar, seriam desmascarados; as vergonhas, as traições, as perfídias, as iniquidades de todos os séculos seriam de novo assoalhadas à nossa vista.” - Com que proveito? Em caso de termos tido uma vida de grandes realizações no bem, tais fatos não funcionariam como impeditivos à nossa evolução, isto no caso de não nos debruçarmos no orgulho por termos tido tal comportamento? Teríamos de ser ainda melhores na nova vida.

Em “Obras Póstumas”, Allan Kardec faz excelente observação, a respeito, no item “O Caminho da Vida”: “Que proveito pode o homem tirar de suas existências anteriores, para melhorar-se, dado que ele não se lembra das faltas que haja cometido. O Espiritismo responde, primeiro, que a lembrança de existências desgraçadas, juntando-se às misérias da vida presente, ainda mais penosa tornaria esta última. Desse modo, poupou Deus às suas criaturas um acréscimo de sofrimentos. Se assim não fosse, qual não seria a nossa humilhação, ao pensarmos no que já fôramos? Para o nosso melhoramento, aquela recordação seria inútil. Durante cada existência, sempre damos alguns passos para a frente, adquirimos algumas qualidades e nos despojamos de algumas imperfeições. Cada uma das tais existências é, portanto, um novo ponto de partida, em que somos qual nos houvermos feito, em que nos tomamos pelo que somos, sem nos preocuparmos como que tenhamos sido.”

Os preconceitos raciais, sociais, religiosos etc.: Prevalecem em nosso mundo os preconceitos. Imagine-se as criaturas tendo lembranças de terem sido integrantes de famílias nobres ou extremamente humildes, de terem sido de famílias tradicionais de certos credos religiosos etc. Na Índia, por exemplo, ainda predominam os conceitos de casta. Como viveriam, sabendo que, em vida anterior, integraram tal ou qual casta, inferior ou superior? E alguém que, tendo sido judeu em uma vida, tenha renascido como palestino?

No livro “Renúncia” (Emmanuel/Francisco Cândido Xavier), encontramos uma frase lapidar, que encerra toda uma filosofia a respeito do esquecimento das vidas passadas: “Sem a paz do esquecimento transitório, talvez a Terra deixasse de ser uma escola abençoada para ser um ninho abominável de ódios perpétuos.”

Entretanto, a Codificação Espírita nos leciona que examinando as nossas aptidões e inclinações, podemos inferir de nosso passado e buscar elementos para nossa reestruturação moral e intelectual. Mais: não é somente após a morte que o Espírito terá recordações de suas outras existências. Muitas vezes, quando Deus julga útil, permite que o Espírito, durante o desdobramento natural do sono, tenha lembranças fragmentárias de outras encarnações.

Mesmo não recordando totalmente delas ao acordar, as manterá no campo psíquico sob a forma de reflexos e condicionamentos positivos, que, nos momentos de dúvida, podem ser preciosos elementos de auxílio na tomada de decisões corretas.

São as “Reminiscências Construtivas”, de que nos informa Martins Peralva, em “O Pensamento de Emmanuel”, concluindo: “Embora vagas, ou talvez por isso mesmo, constituem incentivo e sustentação para o Espírito em nova experiência, considerando-se que representavam valiosa ponte entre o Ontem e o Hoje, na áspera caminhada para o Amanhã.”



Gil Restani de Andrade



Bibliografia:

Kardec, Allan – “O Livro dos Espíritos” –  FEB
Kardec, Allan – “O Evangelho Segundo o Espiritismo” -  FEB
Kardec, Allan – “Obras Póstumas” -  FEB
André Luiz/Francisco Cândido Xavier – “Missionários da Luz” –  FEB
André Luiz/Francisco Cândido Xavier – “Nosso Lar” -  FEB
Emmanuel/Francisco Cândido Xavier -  “Religião dos Espíritos” - FEB
Emmanuel/Francisco Cândido Xavier – “Renúncia” -  FEB
Denis, Léon – “O Grande Enigma” -  FEB
Denis, Léon – “O Problema do Ser, do Destino e da Dor” -  FEB
Peralva, José Martins – “O Pensamento de Emmanuel” -  FEB



Fonte: Revista "REFORMADOR" de abril/2004
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

RENÚNCIA EMOCIONAL

As emoções são mais teimosas do que os pensamentos. A cola que apega você às suas velhas crenças e expectativas é a emoção. Sempre que você diz a si mesmo que não pode renunciar, está fazendo uma afirmação emocional.

Na verdade, você pode renunciar a qualquer situação em qualquer momento. "Eu não posso", na verdade, significa "eu temo as consequências emocionais se o fizer".

Seu ego traça uma linha na areia e insiste em que você não vai sobreviver aos sofrimentos internos que surgirão caso a linha seja cruzada. Uma poderosa limitação está sendo autoimposta aqui e no fundo não é verdadeira. Você vai sobreviver a qualquer emoção; na verdade, o que quer que você acredite que seja, medo demais, desaprovação demais, perda mais, humilhação demais, desaprovação demais, rejeição demais já aconteceu. Você cruzou a linha muitas vezes, senão não saberia onde traçá-la. O que seu ego está realmente dizendo é que você não quer cruzar a linha novamente. Do ponto de vista do espírito, porém, você não precisa fazê-lo.

Existe uma lei no inconsciente que faz com que o que você evita sempre volte, e quanto mais você o evita, mas forte é o retorno. 

As pessoas que juram que nunca vão sentir tanto medo, tanta raiva, estão arrasadas novamente, estão apenas se preparando para o retorno do medo, da raiva e da tristeza. A recusa de encarar esse fato cria muito sofrimento desnecessário.

Em vez de resistir a qualquer emoção, a melhor maneira de dispersá-la é entrar nela completamente, abraçá-la e ver através de sua resistência.

Emoções dolorosas não retornam por motivos externos. Retornam porque fazem parte de você; você as criou antes de afastá-las. Cada emoção que você experimenta é sua.



Dr. Deepak Chopra



Fonte: do livro "O Caminho para o Amor"
Fonte da Gravura: RecadosPop.com

FIXAÇÃO EM CONTRARIEDADES

Não vos faltam ocasiões, todos os dias, para ficardes irritados com o comportamento de alguém que vos rodeia. Nesses momentos, deveis questionar-vos se vale a pena fixardes-vos nessa contrariedade. Se fordes honestos, muitas vezes sereis obrigados a responder: «Não!». E assim dispersareis essa matéria pesada e obscura que ameaçava esmagar-vos.

Analisai-vos, observai como as coisas se passam geralmente quando vos deixais ir atrás da irritação por causa daquilo que alguém disse ou fez: automaticamente, esse estado atrai a recordação de todas as outras experiências negativas, começais a lembrar-vos de todas as outras vezes em que o comportamento da mesma pessoa vos pareceu insuportável. E, muitas vezes, até nem ficais por aí: começais a pensar em todas as outras pessoas que sentis como desagradáveis, antipáticas ou mesmo odiosas, e acabais por ter a sensação de estar afogados, asfixiados, ao ponto de já não conseguirdes
respirar. 

Dizei-me: isso é inteligente?



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

DISPERSAR AS NUVENS

O Sol está no céu durante o dia. São as nuvens passageiras que ocasionalmente o escondem de sua visão, não é? 

Da mesma forma, o mundo sensorial é a nuvem que esconde o Divino (Atma), sempre brilhando no firmamento do seu coração. 

A mesma mente que reúne as nuvens também tem a capacidade para dispersá-las em um instante! 

O vento reúne as nuvens de todos os quadrantes e deixa o céu escuro. Às vezes, em alguns momentos, o mesmo vento pode mudar a direção e enviar as nuvens rapidamente de volta para onde vieram! Então, o Sol se torna visível. 

Portanto, sua mente é todo-poderosa. Treine-a para dispersar as nuvens, não para reuni-las. Todo aspirante deve realizar esse treinamento com sua mente, seguindo a disciplina rigorosa e sistemática.



Sathya Sai Baba



Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Recado Pop.com

MOMENTOS DE RESPONSABILIDADE

As forças do mal não têm livre arbítrio. Parece-nos que algumas pessoas ou nações intencionalmente nos causam sofrimento, tendo cometido crimes na história. Mas tudo isso é uma consequência direta do trabalho do sistema, o qual, além do Criador, tem apenas um elemento capaz de influenciar o sistema: nós, aqueles que têm a oportunidade de trabalho independente, livres ações, pensamentos e intenções.

Portanto, não culpem ninguém. O Criador é bom e faz o bem, e as leis que Ele estabeleceu agem no mundo e não podem ser transgredidas. Acontece que em todo o sistema dos mundos, em todo o universo, apenas só nós temos o poder de mudar alguma coisa na realidade.

Nós estamos no vasto oceano de Luz, razão, sabedoria, e no programa da criação, como numa pequena jangada. E nós podemos influenciar este oceano, de modo que pudéssemos nos sentir confiantes nele, seguros e calmos, mas também podemos causar uma violenta tempestade neste oceano. Tudo depende de nós!

Todas as outras partes da criação, exceto nós, não mudam. A Luz está num estado de repouso absoluto, e o vaso, o desejo, é totalmente dependente da Luz. E só nós, no meio entre eles, temos liberdade de escolha. Portanto, além de nós, ninguém pode mudar nada, porque eles obedecem plenamente ao governo superior. É o sistema pelo qual o Criador nos influencia, a fim de retificar os nossos caminhos e nos aproximar Dele.

Diz-se que "o Faraó aproximou os filhos de Israel do Criador". Cada sacrifício (Kurban) se aproxima (Karov) Dele, e isso só depende de como usamos o nosso próprio livre arbítrio.

Portanto, não podemos esperar e perder tempo; nós somos obrigados a fazer o nosso trabalho, tanto quanto possível. Na realidade, nada vai mudar, a não ser que mudemos por nossos próprios esforços.


Rav Dr. Michael Laitman, PhD.


Da 2a parte da Lição Diária de Cabalá 20/08/13, Introdução ao Livro do Zohar



Fonte: http://laitman.com.br/2013/08/momentos-de-responsabilidade/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

TRANSFORMANDO PAIXÃO EM COMPAIXÃO

Perguntaram a Osho: 

Osho, Toda vez que você fala sobre transformar paixão em compaixão, algo em meu coração dispara; mas, ainda assim, eu não entendo o que isso significa. Você poderia explicar isso para mim de novo?

A energia chamada paixão é sempre dirigida a alguém. Ela é possessiva, e porque é possessiva é feia. Transformar a paixão em compaixão significa que sua energia para o amor não é dirigida a ninguém em particular, é simplesmente o seu perfume, é simplesmente a sua presença, é simplesmente o jeito que você é. Não é dirigida, não é unidimensional. É radiação. Assim quem quer que chegue perto vai se sentir seu amor - e isso é não-possessivo.

O amor possessivo é uma contradição em termos, porque possessividade significa que você está reduzindo a outra pessoa a uma coisa. Apenas coisas podem ser possuídas, não pessoas. Apenas coisas podem ser propriedades, não pessoas.

A qualidade essencial das pessoas que as diferencia das coisas é a sua liberdade, e a posse, a dominação, destrói a liberdade.

Assim, por um lado você acha que você está amando uma pessoa, por outro lado você está destruindo a própria essência dela.

Compaixão é soltar o amor das garras de possessividade. Então, o amor é apenas um brilho suave, sem direção, sem endereço. Você simplesmente transborda-o porque você está cheio dele, não é uma questão de apenas pensar.

A paixão tem que passar por todo o processo de meditação para se tornar compaixão. A meditação vai tirar toda a possessividade, a dominação, o ciúme, e deixar apenas a pura essência, o puro perfume do amor.

Apenas um homem profundamente enraizado na meditação pode ter compaixão.

Portanto, quando eu digo para você transformar a sua paixão em compaixão, eu estou dizendo para você deixar a sua energia ser purificada, por meio da meditação, de tudo o que há de lixo nela.

Deixe-a tornar-se simplesmente uma fragrância disponível para todos.

Então ela não destrói a liberdade de ninguém, mas intensifica-a, e no momento em que seu amor aumenta a liberdade de alguém o amor se torna espiritual.



Osho, em "The Transmission of the Lamp"




Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: Minuto Poético