sábado, 21 de setembro de 2013

TRILHAR O CAMINHO ESPIRITUAL (SADHANA)

Trilhar o caminho espiritual (Sadhana) é muito importante, pois os efeitos do karma devem ser removidos somente pelo karma, como um espinho só pode ser removido por outro espinho. Você não pode remover um espinho com uma faca ou um martelo ou até mesmo uma espada. O conhecimento de que o mundo é irreal foi propagado por grandes santos e almas nobres que perceberam o Divino. Mas os grandes santos como Shankaracharya continuaram em atividade no mundo irreal, por meio de auxílio aos desfavorecidos, de escrever livros e de participar de debates difíceis. Isso é para ilustrar que você não pode desistir de fazer karma. No entanto, você deve tomar cuidado para que ele seja saturado com amor e que promova o bem-estar do mundo. Mergulhe no Amor e purifique seus pensamentos e ações com Amor, então o Próprio Senhor despertará sua consciência mais elevada!



Sathya Sai Baba



Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SÓ PODE SER LIVRE A PESSOA QUE ACEITA A RESPONSABILIDADE DE SER ELA MESMA

Para ser totalmente livre, a pessoa precisa estar absolutamente consciente, pois nosso cativeiro está enraizado na nossa inconsciência; ele não vem de fora.

Ninguém pode impedi-lo de ser livre. Você pode ser destruído, mas, a menos que você deixe, a sua liberdade não pode ser tirada de você. Em última análise, é sempre o seu desejo de não ser livre que tira a sua liberdade. É o seu desejo de ser dependente, o seu desejo de negar a responsabilidade de ser você mesmo, que faz de você uma pessoa sem liberdade.

No momento em que a pessoa assume a responsabilidade por si mesma... E lembre-se de que isso não é um mar de rosas, existem espinhos também; não é açúcar no mel, existem momentos de amargura também.

A doçura é sempre contrabalançada pela amargura; elas vêm na mesma proporção. As rosas são contrabalançadas pelos espinhos, os dias pelas noites, os verões pelos invernos. A vida mantém o equilíbrio entre os opostos polares.

Assim, uma pessoa que esteja pronta para aceitar a responsabilidade por ser ela mesma, com todas as suas belezas, amarguras, alegrias e aflições, pode ser livre. Só uma pessoa assim pode ser livre.

Viva isso em toda sua agonia e em todo o seu êxtase — ambos são seus. E nunca esqueça: o êxtase não pode vir sem agonia, a vida não pode existir sem a morte e a alegria não pode existir sem a tristeza.

É assim que as coisas são — não se pode fazer nada a respeito. Essa é a própria natureza, o próprio Tao das coisas.

Aceite a responsabilidade por ser como é, com tudo o que você tem de bom e com tudo o que tem de ruim, com tudo o que tem de belo e com tudo o que não é belo. Nessa aceitação, ocorre uma transcendência e a pessoa se torna livre.



Osho, em "Liberdade: A Coragem de Ser Você Mesmo"



Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: RecadoPop.com

EDUCAÇÃO VERDADEIRA

A mente cria através da experiência, tradição, memória. Pode a mente ficar livre do armazenado, embora ele seja experiência? Você compreende a diferença? O que é preciso não é o cultivo da memória, mas a liberdade do processo acumulativo da mente. Você me fere, o que é uma experiência; eu armazeno essa ferida, isso se torna minha tradição e, a partir dessa tradição, eu olho para você; eu reajo a partir dessa tradição. Esse é o processo cotidiano de minha mente e de sua mente. Ora, é possível que, embora você me fira, o processo acumulativo não ocorra? Os dois processos são inteiramente diferentes. Se você me diz palavras ásperas, isto me fere; mas se não é dada a isto uma importância, isto não se torna a base de onde eu ajo; então é possível que eu encontre você de novo. Isso é verdadeira educação, no sentido profundo da palavra. Porque, então, embora eu veja os efeitos condicionados da experiência, a mente não está condicionada.



J. Krishnamurti



Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

LUGAR INTERNO DE SILÊNCIO

Existe uma parte em você que é perfeita e pura. 

Ela não é tocada pelas características imperfeitas adquiridas ao viver num mundo imperfeito. 

Ela é preenchida com virtudes divinas, em constante estado de criatividade e bem-estar. 

Sua total ausência de conflito e negatividade torna essa parte de você um ponto sereno; uma profunda e enriquecida experiência de silêncio. 

Dê tempo a si e pratique chegar nesse lugar interno de silêncio. 

Isso trará um benefício indescritível.




Brahma Kumaris




Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

LIBRA - A BUSCA DO EQUILÍBRIO


O mantra espiritual de Libra é: “Eu escolho o caminho que conduz entre as duas grandes linhas de força.”

Essas “duas grandes linhas de força” são aquilo que chamamos de espírito e matéria. Essa é a grande dualidade fundamental no universo. Espírito e matéria são forças complementares, e é a interação entre os dois que cria todas as coisas existentes. Em cada coisa, tanto espírito como matéria estão presentes, em variadas proporções. A perfeição consiste no equilíbrio entre essas duas forças, ou seja: as duas se relacionarão de maneira que cada uma desempenhe o seu devido papel, em harmonia com a outra.

O equilíbrio entre espírito e matéria é alcançado através do grande processo evolutivo que está acontecendo em nosso universo — um processo do qual somos parte. Esse processo envolve primeiro a experiência e o conhecimento da matéria, depois a experiência e o conhecimento do espírito, e finalmente o equilíbrio entre ambos. Numa analogia talvez excessivamente simples, é como se fossemos medir quanto é a metade de um objeto: para isso pegamos a ponta de uma fita métrica e encostamos numa extremidade do objeto, depois estendemos a fita até a outra extremidade do objeto, assim conhecemos o seu tamanho total e só então podemos encontrar o seu meio. Portanto, ir de um extremo ao outro faz parte do processo de conhecer o todo, para então poder equilibrar corretamente.

A consciência humana está focalizada principalmente no lado material das coisas e simplesmente desconhece o lado espiritual. Assim, mesmo que não perceba, o ser humano leva uma vida desequilibrada e parcial, uma vida na qual predomina a materialidade. O que para nós parece equilíbrio ainda não é o verdadeiro meio-termo, pois ignoramos muita coisa. Como vemos só uma parte, achamos que o equilíbrio está ali em seu meio. Se víssemos o todo, perceberíamos que o ponto médio ainda está distante.

A espiritualidade é um convite a descobrir o outro lado, para assim descobrir o todo. Uma parte já conhecemos: a material; está faltando conhecermos a outra. A espiritualidade é um convite ao equilíbrio, mas um equilíbrio cada vez mais abrangente e completo. A descoberta do outro lado é um processo gradual. Cada novo pedacinho que vemos e incluímos nos leva a reposicionar o que consideramos como o meio. Por isso, em nossa busca por equilíbrio, devemos estar atentos para não estagnarmos numa concepção fixa de como o equilíbrio é. O que consideramos como equilíbrio vai mudando à medida que a consciência se expande.

A grande dualidade universal de espírito e matéria reflete-se no plano emocional como o que é chamado de pares de opostos — prazer e dor, felicidade e sofrimento, afeto e raiva, atração e repulsão etc. Esses pares de opostos apresentam a cada ser humano o primeiro campo de treinamento em equilíbrio. Normalmente, o ser humano vive ocupado com esses opostos emocionais, lutando com eles, distraído com eles, e não percebe a dualidade principal de espírito e matéria. Quando o indivíduo compreende que esses dois opostos emocionais são ambos parte da vida, quando pode aceitar ambos e ficar indiferente diante eles, então, tendo alcançado o equilíbrio emocional, torna-se possível confrontar a dualidade principal e avançar em direção a um equilíbrio maior.




Ricardo Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br





Fonte do Texto e da Gravura: Grupo Logos
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2012/10/7-libra.html

7º TRABALHO DE HÉRCULES (A CAPTURA DO JAVALI) - LIBRA: MODERAÇÃO E EQUILÍBRIO

O trabalho de Hércules relacionado ao signo de Libra é a captura do javali de Erimanto. 

Libra é um signo de moderação e de energia equilibradora, e este trabalho representa a busca e a conquista desta notável qualidade: equilíbrio. É uma qualidade que poderia parecer simples ou banal; em verdade, é muito difícil de ser alcançada e requer elevada sabedoria.

No Monte Erimanto, um javali gigantesco devastava toda a região. Hércules recebeu a tarefa de capturar o feroz animal. No caminho para a montanha, o herói encontrou seu amigo Folo, um centauro (metade homem, metade cavalo). Hércules esqueceu-se da tarefa, e os dois ficaram a conversar e beber. Em meio à bebedeira, iniciou-se uma briga com outros centauros, e Hércules acabou matando acidentalmente o seu amigo.

Com a tragédia, o herói recordou-se de sua tarefa e retornou a ela. Ele perseguiu o javali montanha acima, de modo que a fera fugisse sempre para mais alto. No topo, o javali não tinha muito espaço para se esquivar, então Hércules colocou uma armadilha e logo capturou o animal. Hércules conduziu o javali montanha abaixo segurando as suas patas traseiras e empurrando-o como um carrinho de mão. E no caminho, todos se alegravam e riam com a cena inusitada.

No mito, Hércules representa a alma ou Eu Superior. O selvagem javali representa a nossa natureza inferior: nossos apetites, instintos, hábitos, preferências, desejos. O trabalho consiste em equilibrar estas duas partes do nosso ser, a superior e a inferior, e trazê-las a um estado de cooperação, cada uma desempenhando a sua devida função. Hércules conduzindo o javali representa tal equilíbrio e cooperação dentro do próprio indivíduo, de modo que a alma se expresse perfeitamente através do corpo.

Esta conquista acontece no alto da montanha. Com sua forma triangular, a montanha é um símbolo da consciência espiritual. Subir uma montanha significa elevar a consciência. Assim, para alcançar equilíbrio e cooperação internos, é preciso buscar uma perspectiva superior, mais ampla e sábia, que possa compreender o correto papel de cada coisa — dentro e fora de nós. Com tal visão abrangente, podemos juntar corretamente todas as peças do quebra-cabeça da vida, e compor um todo harmonioso.

Os lados opostos da montanha ficam cada vez mais próximos um do outro à medida que subimos. E no topo da montanha, já não existem lados, mas apenas um ponto de síntese. Para nos elevarmos, devemos estar dispostos a abrir mão dos extremos. É a moderação o que possibilita a elevação. Ao lidarmos conosco mesmos, com as situações da vida e com as outras pessoas, as atitudes radicais e extremistas produzem distanciamento e separação. Nós nos afastamos das pessoas e da realidade da vida, e dentro de nós mesmos as coisas também ficam desconexas. Já a moderação é uma abertura para o outro, o diferente, o novo. Ela torna possível a expansão e elevação da consciência. Mas isso também não significa ser condescendente com os outros ou conosco mesmos. 

No mito, o encontro de Hércules com Folo representa a busca do prazer independentemente do dever. Quando Hércules procurou apenas agradar o amigo e a si próprio, o resultado foi dor. Temos que estar vigilantes, pois há sempre a tentação de fazer aquilo que é mais fácil e prazeroso, em vez daquilo que é justo e direito. 

Por outro lado, com o cumprimento do dever, o mito termina em riso e alegria. Quando trilhamos o caminho da moderação, atentos ao dever, buscando equilíbrio e cooperação, o resultado é uma genuína alegria, que se irradia.



Ricardo A. Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br



Fonte do Texto e da Gravura: Grupo Logos
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2011/10/libra-moderacao-e-equilibrio.html

LIBRA - A BELEZA DE UM SIGNO



O sentido da Luz é uma constante quando a Alma consegue despertar o seu reflexo que é a personalidade. A partir desse momento, trabalhar nela e por ela se converte em um fluir cada vez mais necessário.

Talvez não nos apercebamos – percebem mais os que nos rodeiam – como os nossos hábitos vão mudando, prescindindo cada vez mais de hábitos e necessidades. Vai se produzindo em nós um novo senso de valores e este processo não deixará de evoluir, pelo menos até que a nossa Luz seja tão potente que seja observada pelos senhores da Face Escura, e apresentem ante uma vida determinada, o espelhismo disfarçado de oportunidade que mais possa contatar com nossos ideais.

Durante as energias emanadas desta Constelação de Libra, faz-se mais patente que nunca o dom dos Senhores da Chama à humanidade: O Princípio Mental. 

Através de Libra como Signo, flui o Terceiro Raio e seu Regente Exotérico Vênus, nos conecta com o Quinto Raio. A Mente oferece durante cada mês de Libra uma oportunidade especial. Equilibrar – palavra sempre chave do Signo – a mente inferior e a superior.

O Terceiro Raio nos torna conscientes do que significa Inteligência Ativa, nos leva a ser seletivos. É o Raio do buscador, do filósofo e ativa o nosso potencial para a subjetividade, ao mesmo tempo que o concreto se torna mais sutil. O Quinto Raio faz vibrar a nossa Mente Superior.

Possivelmente sob a influência de Libra e em um determinado ciclo da vida, aparece a visão do Caminho e o projeto para o qual nos sentimos afins. Para isso o nosso sistema de valores deve ser cada vez mais revisado e trabalhado. O Mestre Tibetano o define como “o estreito caminho do fio da navalha caminhando entre duas forças”.

Libra patrocina o direito, as leis, destaca as diferenças entre o bem e o mal, entre a noite e o dia, entre Oriente e Ocidente, cujas diferenças só se equilibrarão através de uma nova visão do que consideramos Lei.

Sua relação com a beleza e a diplomacia, algo totalmente venusiano, faz nascer sob seu influxo a pessoas capazes de mediar entre conflitos.

Podemos intuir o quanto serão necessárias as vidas que nascerão sob a influência de Urano, Regente Esotérico de Libra, durante os sete anos que aproximadamente estará em Áries, estando especialmente protegido este processo pela passagem de Júpiter neste mesmo Signo.

Surgirão reformadores pioneiros nos campos em que a humanidade mais precisa. Defensores uranianos dos direitos humanos. Mudanças de paradigmas sociais. Pode ser muito importante em nível mundial tudo o que ocorrer nestes anos.

Urano emprega aproximadamente oitenta anos em trânsito no firmamento até voltar ao ponto de partida e em 1761 podemos constatar pela primeira vez a influência sobre nossa humanidade desta mistura de energias, pois como também em 2010, Urano se encontrava em Áries, compartilhando durante um ano seu caminho junto a Júpiter.

Nessa época começa a queda do império espanhol, ao perder a batalha naval contra a Inglaterra, dando vez ao princípio da influência anglosaxã. Um mundo acaba e outro começa.

Em 1845 encontram de novo Urano e Júpiter nos primeiros graus de Áries e o parlamento britânico promulga uma famosa lei que significará um passo decisivo na direção da liberação da escravidão. Podemos imaginar a intensa mudança de paradigma em uma sociedade estancada no que diz respeito aos direitos sobre outros seres humanos. O impacto sobre as relações econômicas e sociais foi muito profundo.

É curioso refletir sobre a possibilidade de que mediante a lei conhecida como a “Lei Aberdeen” e seu desejo de abolição da escravidão, hoje seja um homem de etnia negra que dirige Estados Unidos.

Em 1927, o seguinte ponto em que se encontram em Áries as mesmas energias, pela primeira vez se consegue fazer um voo sem escalas sobre o Atlântico, aproximando continentes e países. Ao mesmo tempo a revolta do exército chinês abriu caminho para o Exército Vermelho, o qual transformou a história do país. Mussolini abre as portas ao fascismo enquanto Stalin, expulsa León Trotsky e se converte em líder total do PC e da URSS.

Enquanto escrevo isto, escuto que o Prêmio Nobel da Paz, foi concedido a um dissidente chinês pela luta para conseguir direitos democráticos. Pode ser o ponto de partida de uma nova mudança em um país que não respeita os direitos humanos. Urano segue atuando ali onde se faz necessária a sua força. É um dos Três Grandes Deuses da Mudança, junto com Netuno e Plutão.

Pode-se ver historicamente, como as energias descristalizadoras e liberadoras de Urano unidas às energias arianas e ao sentido de compromisso social de Júpiter fazem finalizar umas formas de vida e dão nascimento a outras.

Observemos também a beleza e harmonia com que atuam as energias dos planetas quando Libra brilha no firmamento.

Saturno com seu sentido de lei e ordem, se exalta em Libra. Vive com maior fluidez a mensagem de responsabilidade ao mesclá-la com a ética e a diplomacia de Vênus. A Lei com coração ou unida ao amor que é o mesmo.

O Sol “cai” neste Signo. Dilui a fortaleza agressiva do Eu de Áries, para entregar seu brilho a esses “outros” que é também um dos significados de Libra.

Urano entrega sua inteligência e luz ao sentido de grupo para que este seja uma forma de viver e finalmente Marte, o Planeta da coragem, do sentido de defesa, está débil em Libra, como que respeitando a esfera de relações que o Signo representa e, ao mesmo tempo, se preparando para recolher toda a sua força e utilizá-la no Signo seguinte, Escorpião.

Em 2010 começa uma nova andadura destas energias. Urano em Áries, acompanhado durante um ano por Júpiter. Estamos vendo cair estruturas profissionais, econômicas, religiosas… tudo está cambaleando para poder deixar entrar o ar fresco e forte desta união. 

O que ocorrerá nestes tempos de oportunidade em nossas vidas?  Em principio, nos tornarmos responsáveis por tudo o que ocorre em nossas vidas. Não podemos projetar sobre as pessoas nem sobre as circunstâncias da vida o que nos acontece. Estar o mais centrados possível no coração, na paz e no silêncio, tal como nos aconselha Master Kumar, para assim podermos escutar, sentir a intuição de Urano em nossas mentes.

Identificar-nos constantemente com o que cremos que é nosso projeto de vida ou serviço. Como diz o Mestre Tibetano…“atuar como se…”. Como se realmente fôssemos discípulos aceitos, viver com esta confiança e esse compromisso.

Que toda a bendita energia de um Signo especial, compenetre nossos pensamentos com seu sentido de beleza e harmonia.



Joanna Garcia



Fonte do Texto e da Gravura: Grupo Logos
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2010/10/libra-beleza-de-un-signo.html

LIBRA - A ENTRADA NO EQUILÍBRIO


A primeira ideia que vem à mente quando pensamos em Libra é o equilíbrio. Em uma etapa definida do Caminho, o equilíbrio diz respeito à estabilização do eu na esfera mental, a fim de não flutuar tanto emocionalmente e ser capaz de tomar uma decisão correta. É interessante apontar que uma decisão, como bem disse Ricardo Georgini, procede da liberdade e, esta, do contato interno.

Esse contacto interno é cultivado durante o período regido por Virgem, e se revela como estabilidade durante Libra, como resultado de um processo subjetivo muito enlaçado com o silêncio. É que o silêncio é o pai dessa luz que garante a liberdade, e Libra tem muito a ver com sua construção e com a transmissão da luz.

O silêncio denota inatividade, um intervalo de transição e inclusive de passividade, da perspectiva do eu inferior. Mas visto de outro ângulo, o silêncio é a base vivente que demonstra com sua presença a existência de um processo interno latente, que necessita da estabilidade para se desenvolver.

O silêncio pode ser entendido como um efeito, um estado de supremo equilíbrio, de dinâmico recolhimento e de percepção do que se encontra mais além da mente. Por esta razão Libra é um signo muitas vezes associado ao plano búdico ou intuitivo; sua energia leva às portas do plano etérico cósmico, de onde se filtram fragmentos da Vida Una e se conhece a unidade em que se fundamenta o manifestado.

Em nível hierárquico, Libra é regido por Saturno, o planeta do carma, que também se encontra em exaltação ali, reforçando seu poder. O Sol, por sua vez, está em queda. Aqui temos algumas reflexões interessantes para fazer: antes de tudo, podemos considerar o carma que nos rege como a atração da Terra em relação às vidas que formam nossos distintos corpos, cuja “queda” nos arrasta (fruto de nossa identificação com o Sol, ou eu) e gera sofrimento.

Se examinamos o exposto acima em nível de consciência, veremos que o equilíbrio dinâmico que emana do coração se “corta” quando a mente emerge, o que nos submerge em planos inferiores de percepção; perde-se a unidade intrínseca até que eventualmente seja novamente encontrada, e essa busca da entrada na corrente de vida se torna um desafio permanente em uma etapa do Caminho.

Em troca, a consciência fragmentada é por natureza separatista e gera a percepção e a interação com “o outro”, tão próprias do signo e de sua influência geral. Saturno opera como o grande cristalizador que castiga nosso pouco contato interno. Uma forma de buscar a união perdida é, nos três mundos, o sexo, e é por isso que na Astrologia Esotérica é regido por Libra e não por Escorpião, que é a sua versão astral e um reflexo da queda anterior. A busca do equilíbrio na matéria procura compensar o que não ocorre tão intensamente do plano interno.

Visto de outro ângulo, é possível fazer maior reflexão sobre o processo de queda, e entendê-lo não somente como a aplicação da “gravidade” ou atração terrestre, mas como a ausência de energia solar, base oculta de todo carma humano. O sofrimento nos leva a pôr em equilíbrio e a transmitir a luz que iluminará o nosso caminho futuro; daí também que o progresso seja aparente na matéria, já que se avança para depois retroceder, mas, em troca, há uma grande ampliação da expressão espiritual. A chave passaria a estar, então, não na luta, mas em “esgotar a taça” e se situar dentro do ponto dinâmico de equilíbrio solar, onde por direito próprio se supera a atração terrestre e oportunamente a dobra com a pura força do espírito.

É por isso mesmo que a vitória a se alcançar sobre a personalidade em Escorpião está pré-condicionada pelo que se faça em Libra, pelo grau de compromisso interno que se tenha desenvolvido e as porções de silêncio que tenhamos conquistado com o coração. Essa mesma condição explica porque o êxito do trabalho da alma e do serviço do eu depende do acionar subjetivo e não do objetivo, que é o efeito.

Explorando um pouco mais essa dimensão do ser, é interessante observar que somente se alcança o equilíbrio quando nos abrimos a ele, em que pese as consequências, com a virginidade conhecida em Virgem, o frescor emanante da mente ante o vazio eletricamente imbuído. Este estado de incerteza equipara a nossa percepção material com a dinâmica do espírito, e nesse ponto médio permanecemos por um fugaz instante até volver a sofrer a “lei”.

O período regido por Libra é propício, então, para o cultivo do equilíbrio interior, algo que desde a personalidade pode ser visto como passividade, e somente em um sentido sutil pode ser aproveitado ativamente. Uma etapa para ir saindo das profundezas da matéria e estabelecer um ponto de tensão no espaço de onde as energias da alma possam se manifestar em todo seu poder, com um desgaste mínimo de forças. E, desse modo, dar cumprimento aos processos cármicos em curso, já conhecendo seu final como geradores de equilíbrio.

Mas esse luminoso ponto de tensão oportunamente vai se esgotando e se revelando insuficiente. É o momento para aquele que, tendo subido por méritos próprios acima da forma e “estendido o olhar ante o vasto espaço”, surge entre o meio do equilíbrio e se chama ao silêncio, afasta a luz e se descobre como o Uno. Para isso Libra também oferece um caminho muito interessante durante este mês, para quem quiser (e puder) percorrê-lo.

É importante recordar que o lema corrente do signo é “que se faça uma escolha”, mas que como discípulos devemos já ter escolhido se aceleraremos a evolução e o carma, e assim resta simplesmente seguir “o caminho que conduz entre duas linhas de força” e consolidar a consciência no plano onde estejamos chamados a consolidar o equilíbrio. 

Sejamos o exemplo, para que a humanidade possa, neste período, dar um passo mais na direção deste ponto central.



Martín Dieser



Fonte do Texto e da Gravura: Grupo Logos
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2010/10/libra-entrada-no-equilibrio.html

LIBRA - ESCOLHER O BEM


O signo de Libra, ou Balança, está relacionado com equilíbrio e com escolha. É somente em meio a condições equilibradas que qualquer escolha é realmente possível. Neste período, as energias de Libra estarão amplamente disponíveis, estimulando-nos a um maior equilíbrio e a exercermos mais plenamente a nossa capacidade de escolher.

A escolha pressupõe liberdade. Uma escolha feita sem liberdade já não é uma escolha. Mas quão livres somos, dentro de nós mesmos, para escolher? Naturalmente, deve haver também liberdade externa, em nosso ambiente, para podermos manifestar as nossas escolhas. Mas é principalmente a ausência de liberdade interna, psicológica, o que impossibilita-nos escolher. Normalmente, estamos condicionados internamente por uma série de apegos, crenças, hábitos, desejos etc. O que pensaremos sobre certo assunto, o que faremos em certa situação, como viveremos a nossa vida — tudo isso, embora não percebamos, fica grandemente determinado pelos nossos condicionamentos internos, e sobra pouco espaço para real escolha.

Muitas vezes, ao experimentarmos um sentimento ou desejo, tendemos a nos identificar excessivamente com ele. Isto significa que, no extremo, agimos como se aquele sentimento fosse tudo o que somos, como se nós fôssemos só aquele sentimento e nada mais. Então, ficamos restritos apenas àquilo, numa condição de desequilíbrio. Mas o fluxo natural da vida sempre nos traz outros estímulos e demandas, e nos convida a nos abrirmos para outras possibilidades. A energia de Libra contribui para esta alternância e variabilidade, que promove um equilíbrio. Assim, a mente e o coração são arejados, e os pensamentos e sentimentos ficam mais moderados e amenos. E já não estamos mais atados a certo sentimento ou desejo, mas podemos, sim, escolher.

Com frequência, também ficamos excessivamente identificados com as nossas opiniões e o nosso próprio lado em qualquer questão. Libra nos incentiva a nos abrirmos para o outro lado e tentarmos nos colocar no lugar do outro e ver pela sua perspectiva. Assim, podemos descobrir que opiniões divergentes muitas vezes são complementares, e cada uma tem algo a contribuir. Esta atitude equilibrada nos permite ampliar o nosso conhecimento e compreensão, e só então podemos, verdadeiramente, fazer uma escolha.

Também tendemos a nos identificar excessivamente com a nossa própria pessoa, família, grupo ou nação, considerando-nos completamente separados e independentes dos demais. E dedicamos a nossa vida a atender estritamente aos nossos interesses e aos interesses dos nossos. Libra nos ensina que não existe bem individual, particular. É um mal disfarçado, uma ilusão. Todos os seres estão inexoravelmente interligados, e algo só será, de verdade, bom para qualquer um, se também for bom para todos. O bem é necessariamente algo compartilhado, é sempre bem comum.

A influência de Libra conduz à moderação e equilíbrio nos sentimentos e pensamentos, para que não fiquemos atados a nada e possamos ampliar cada vez mais nosso conhecimento, de modo a fazermos escolhas cada vez mais conscientes. E quando um ser humano é verdadeiramente consciente, sabe que é um com todos os demais, e naturalmente escolhe viver pelo bem comum.


Ricardo A. Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br



Fonte do Texto e da Gravura: Grupo Logos
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2010/09/libra-escolher-o-bem.html