terça-feira, 1 de outubro de 2013

A SOLUÇÃO DA CRISE ESTÁ AÍ MESMO: NESSE LUGAR TERRÍVEL!

Jacó acordou do seu sonho e disse: "Na verdade, Iahveh está neste lugar e eu não sabia!" Teve medo e disse: "Este lugar é terrível!  Não é nada menos que uma casa de Deus e a porta do céu!" Levantando-se de madrugada, tomou a pedra que lhe servira de travesseiro, ergueu-a como uma estrela e derramou óleo sobre o seu topo. A este lugar deu o nome de Betel, mas anteriormente a cidade se chamava Luso. (Gênesis, 28, 16-19)

Como já vimos, ter uma crise não é incomum; crise é o exercício da mente. Quando ela surge, às vezes inesperadamente, sentimo-nos quase sempre despreparados para enfrentá-la. Sobretudo quando afeta nossos bens materiais definidos em geral como "a minha mulher", "o meu filho", "a minha casa", "a minha empresa", enfim tudo aquilo que julgamos nos pertencer. "A minha mulher me abandonou", "o meu filho está tomando drogas", "a minha casa pegou fogo", "a minha empresa está indo mal" são lamúrias que ouvimos com uma certa assiduidade. "Apesar do tremendo esforço que eu faço para que tudo vá bem". "Eu faço tudo pela minha mulher!" "Eu trabalho 24 horas por dia na minha empresa!" E continua: "Eu estou sofrendo e ninguém me entende, nem os meus amigos." Uma forma comum de desabafo.

Você quer resolver os seus problemas e eles parecem insolúveis. Arrastam-se indefinidamente. A sua vida passa a ser um verdadeiro horror. Nesse horror chega-se bem depressa à depressão onde recorremos, por vezes, à medicação ou, então, à intervenção de um terapeuta competente. Mas o que significa tudo isso? Será um "mal-du-siècle" tal como era morrer de tuberculose na virada de 1900?

Não é assim. Sem dúvida, sempre há muito de uma situação de crise macro -- nacional ou internacional -- que nos afeta diretamente. Ao contrário do homem primitivo, vivemos em crise quase que permanente, senão macro, pelo menos micro... Por outro lado, há algo mais importante a ser compreendido quando do surgimento de qualquer crise: ao passarmos a nos preocupar com ela, esquecemos de nós mesmos. Olha-se para a crise e não se vê mais nada! A metáfora de Jacó existe para nos chamar a atenção para esse esquecimento.

O texto de Mateus...  é sintomático. Nós é que somos importantes porque somos o templo. Precisamos cuidar dele antes de mais nada. Esse cuidar de nós mesmos não é um processo egóico. Significa que você precisa cuidar da sua psique, do seu corpo, manter-se saudável para, então, cuidar daquilo que está ao seu redor e que, na realidade, não lhe pertence: a mulher não é sua, nem seu filho, nem a casa e muito menos a empresa.

Observe bem o seu corpo. Ele é provisório; esse templo mal tratado que você arrasta por aí. Basta lembrar que ao morrer você devolverá, com a sua última lufada de ar, aquele pouco que você inspirou pela primeira vez ao nascer. Jacó percebeu, ao acordar do seu sonho, que o lugar terrível era onde ele estava. Porque é o lugar onde ele sempre estaria tal como você está: dentro do seu corpo, onde ele sempre pisa. Não adianta ir ao Tibete, a algum ashram indiano ou então fazer peregrinações mil. Perceba que é aí mesmo onde você está agora, lendo estas linhas, que é o lugar terrível: o lugar de todas as crises! Por essa razão é que você precisa resolver os seus problemas, sem empurrá-los com a barriga.

Resolvendo os problemas é que podemos nos transformar em Israel, vencendo a Ele numa batalha solitária durante uma noite escura. Ainda que saindo da batalha com um ferimento que nos faça arrastar a perna... (Gênesis, 32,23-33). Parafraseando um jurista lúcido: "Afinal, é melhor um fim horroroso do que um horror sem fim!" Portanto, perceba o lugar em que você está e cuide-se! Olhando para dentro de si próprio você encontrará as verdadeiras soluções ou as grandes iniciações.



Leo Reisler



Fonte: do livro "Kabbalah - A Árvore da sua Vida", Ed. Nórdica
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

BUSQUE O CRESCIMENTO

Recentemente, recebi um e-mail de um aluno que perguntava: “Viver uma vida espiritual é um trabalho tão duro. Será que não existe nenhum momento em que possamos simplesmente descansar e ficar confortáveis?”

Por mais que eu quisesse dizer a esse aluno o que ele gostaria de ouvir, não pude fazê-lo. A verdade é que, enquanto estivermos vivos e respirando, o trabalho espiritual nunca estará completo.

Os kabalistas ensinam que aqueles que buscam apenas uma vida confortável nunca a encontrarão; mas aqueles que se desafiam experimentam verdadeira alegria e realização. Não precisamos olhar muito longe em nossas vidas para provar que isto é verdadeiro. Quantos anos vivemos correndo atrás do conforto e ele jamais nos tornou verdadeiramente felizes? Enquanto o conforto pode nos dar um senso de gratificação momentânea, o sentimento nunca é duradouro e geralmente é seguido por uma queda. Enquanto isso, desafiar-nos a nós mesmos é o que nos torna mais fortes, nos ajuda a crescer e nos dá um sentido mais duradouro de realização em longo prazo.

Quando você pensa nas pessoas em quem mais deseja se espelhar ou naqueles que mudaram o mundo para melhor, “Estou fazendo o suficiente” nunca foi uma declaração que constasse das suas afirmações. Os heróis que admiramos ao longo da história não foram aqueles que se contentaram com o conforto pessoal. Eles sabiam que havia inúmeras coisas ainda a realizar e quilômetros a percorrer antes que pudessem ir dormir.

Torne uma prioridade na sua lista de desejos espirituais transcender toda e qualquer preguiça. Isso não quer dizer que devamos nos tornar justos da noite para o dia, mas sim que precisamos nos motivar a fazer um pouco mais a cada dia que passa. Entender que a verdadeira realização que buscamos é o resultado dos nossos esforços de compartilhar mais, fazer mais e sermos pessoas melhores.

Buscar conforto é o que limita nossas bênçãos.

Busque o conforto e você poderá encontrar alguma coisa.

Busque o crescimento e você acabará tendo tudo.



Rav Yehuda Berg



Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

DEITAR O DRAGÃO POR TERRA

Vós quereis estar vivos, bem vivos? Dai à vossa natureza superior os meios para ela triunfar sobre a vossa natureza inferior. Do ponto de vista da Ciência Iniciática, os pensamentos, os sentimentos e os atos que não são inspirados pela natureza superior, que não recebem o cunho da alma e do espírito, conduzem à morte. Contudo, não deveis tentar aniquilar a vossa natureza inferior. Desde logo, porque não conseguireis, vós é que sereis aniquilados, pois ela não só é muito poderosa, como faz parte de vós. Deveis, pois, procurar apenas dominá-la, domá-la, para poderdes beneficiar da sua vitalidade e das suas riquezas. É esta mesma ideia que é expressa no Apocalipse com a imagem do Arcanjo Micael a deitar o dragão por terra. O Arcanjo não o mata, apenas o deita por terra. Do mesmo modo, o discípulo deve deitar por terra o dragão que é o seu eu inferior. Compreender o símbolo do dragão é já enfraquecê-lo. Meditai nesta imagem e ireis da morte para a vida, da escuridão para a luz, das limitações para o infinito, da escravatura para a liberdade, do caos para a harmonia.



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:St_George_by_Raphael.jpg

IDEIAS ESPARSAS

Não entesoures bens materiais porque em breve tempo desfará teu cabedal.

Procura em ti o espinho que te fere e arranca-o, mesmo que seja necessário pereceres com a dor que te causar.

Sentes sobre a tua fronte o suor do cansaço?
Caminha mais um passo.
Não podes? 
Arrasta-te e leva ainda o teu irmão, o teu cansaço e o dele.
E terás feito mais alta a tua ascensão.

Se tens sede, sacia-a; mas se vires o teu irmão também com sede, cede tua água a ele.

Aqui me tens. 
Que queres?
A luz do saber? 
Busca, procura. 
Faz a tua alma elevar-se. 
Faz com que ela, guiada pela sabedoria, abra as portas da perfeição.
Desprende-a de ti mesmo.
Faz com que procure saber de onde partiu a sua essência.



Herculano Araújo Annes



Fonte: do livro "Na estrada da vida"
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

O CENTRO DO SOFRIMENTO

Quando você vê a coisa mais linda, uma bela montanha, um belo pôr-do-sol, um sorriso encantador, um rosto encantador, esse fato surpreende você, e você fica em silêncio; isto já não lhe aconteceu? Então você abraça o mundo. Mas isso é uma coisa exterior que chega à sua mente, mas eu estou falando da mente que não está surpresa, mas que quer ver, observar. Ora, pode você observar sem toda esta excitação de condicionamento? Para uma pessoa em sofrimento, eu explico com palavras; o sofrimento é inevitável, o sofrimento é resultado da realização. Quando todas as explicações pararam completamente, só então você pode olhar – o que significa que você não está olhando a partir do centro. Quando você olha de um centro, suas faculdades de observação são limitadas. Se eu me agarro a um poste e quero ficar lá, há uma tensão, há dor. Quando eu olho do centro para o sofrimento, há sofrimento. É a incapacidade de observar que cria dor. Eu não posso observar se penso, funciono, vejo a partir de um centro – como quando digo “eu não devo ter dor, devo descobrir por que sofro, devo fugir”. Quando observo de um centro - seja o centro uma conclusão, uma ideia, esperança, desespero ou qualquer coisa - essa observação é muito restrita, muito estreita, muito pequena, e isso gera sofrimento. 



J. Krishnamurti



Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

EM CASA - NINGUÉM FOGE À LEI DA REENCARNAÇÃO

Ontem, atraiçoamos a confiança de um companheiro, induzindo-o à derrocada moral.

Hoje, guardamo-lo na condição do parente difícil, que nos pede sacrifício incessante.

Ontem, abandonamos a jovem que nos amava, inclinando-a ao mergulho na lagoa do vício.

Hoje, temo-la de volta por filha incompreensiva, necessitada do nosso amor. 

Ontem, colocamos o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos felizes.

Hoje, partilhamos com ele, à feição de esposo despótico ou de filho problema, o cálice amargo da redenção.

Ontem, esquecemos compromissos veneráveis, arrastando alguém ao suicídio.

Hoje, reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filho, portador de moléstia irreversível, tutelando-lhe à custa de lágrimas, o trabalho de reajuste.

Ontem, abandonamos a companheira inexperiente, a míngua  de todo auxílio, situando-a nas garras da delinquência.

Hoje, achamo-la ao nosso lado, na presença da esposa conturbada e doente, a exigir-nos a permanência, no curso infatigável da tolerância.

Ontem, dilaceramos a alma sensível de pais afetuosos e devotados, sangrando-lhe o espírito, a punhaladas de ingratidão.

Hoje, moramos no espinheiro, em forma de lar, carregando fardos de angústia, a fim de aprender a plantar carinho e fidelidade.

À frente de toda dificuldade e de toda prova, abençoa sempre e faze o melhor que possas.

Ajuda aos que te partilham a experiência, ora pelos que te perseguem, sorri para os que te ferem e desculpa todos aqueles que te injuriam.

A humildade é chave de nossa libertação.

E sejam quais forem os teus obstáculos na família, é preciso reconhecer que toda construção moral do Reino de Deus, perante o mundo, começa nos alicerces invisíveis da luta em casa.



Emmanuel / Francisco Cândido Xavier



Fonte: do livro "Ideal Espírita"
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

PAZ - UM ESTADO HOLÍSTICO DE VIVER

A paz não pode ser estabelecida através do poder militar ou de cúpulas de paz. Tratados, cartas, acordos e alianças não podem trazer paz na Terra. Paz é mais do que apenas ausência de guerra ou conflito. Paz é um estado holístico de viver - um sentimento de total bem-estar no qual um ser humano vive em harmonia consigo, com os outros e o meio ambiente. Quando cada um fizer uma escolha consciente guiada pela sabedoria Divina de criar paz em seus pensamentos e ações, a era de paz duradoura se tornará uma realidade mais cedo do que pensamos. Acredite ou não, o processo já começou. Milhares de indivíduos ao redor do mundo estão vivendo em paz e compartilhando isso com outros em suas vidas cotidianas.



Brahma Kumaris



Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: www.imageafter.com/