terça-feira, 29 de outubro de 2013

"NÃO TENHO TEMPO"

Não digais que não tendes tempo para dedicar aos exercícios espirituais, porque de manhã precisais de ir para o trabalho, tendes muitas coisas a fazer antes de sair de casa e ao fim do dia, quando regressais, é a mesma coisa... porque eu responder-vos-ei que, se não tendes tempo para estar na harmonia e na luz, tê-lo-eis sempre para estar nas perturbações, nas desordens e nas trevas. Se há uma coisa na vida que acontece de certeza é ficar triste, fraco e desanimado; e o que é menos certo é estar feliz, forte e sereno. Por quê? Por causa dessa frase que todos gostam tanto de usar: «Não tenho tempo!» Eis uma forma cômoda de justificar a preguiça e a inércia. Não tendes tempo para vos concentrar, para meditar, para orar, para fazer exercícios, para vos tornar mais resistentes, mais esclarecidos? Que destino estais a preparar para vós assim?




Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

QUANDO O OBSERVADOR É O OBSERVADO

O espaço é necessário. Sem espaço não há liberdade. Estamos falando psicologicamente. Só quando a pessoa está em contato, quando não há espaço entre o observador e o observado é que se fica em total relação, com uma árvore, por exemplo. A pessoa não se identifica com a árvore, a flor, uma mulher, homem ou o que seja, mas quando há esta completa ausência de espaço como o observador e o observado, então há vasto espaço. Nesse espaço não existe conflito; nesse espaço existe liberdade. Liberdade não é uma reação. Você não pode dizer: “Bem, eu sou livre”. No momento em que você diz que está livre, você não está livre, porque você está consciente de si mesmo como estando livre de alguma coisa, e, portanto, está na mesma situação de um observador observando a árvore. Ele criou um espaço, e nesse espaço ele gera conflito. Compreender isto requer não concordância ou discordância intelectual, ou dizer, “Eu não compreendi”, mas antes requer entrar em contato diretamente com o que é. Significa que todas as suas ações, cada momento de ação é do observador e do observado, e dentro desse espaço não há contato com nada. Contato, relação tem um significado bem diferente quando o observador não está mais apartado do observado. Existe este extraordinário espaço, e existe liberdade.




J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

A MENTE AMBICIOSA NÃO CONSEGUE MEDITAR

Uma mulher recebeu um bilhete da escola.

“Seu filho é muito inteligente”, estava escrito no bilhete do professor que acompanhava o boletim, “mas ele passa muito tempo brincando com as meninas. Estou pensando em um meio de mudar esse hábito dele.”

A mulher assinou o boletim e o enviou de volta com outro bilhete  “Avise-me se der certo e tentarei fazer o mesmo com o pai dele”.

As pessoas estão sempre procurando dicas para controlar os outros, dicas que podem gerar vantagens — dicas vantajosas. Se estiver procurando dicas para controlar os outros, você sempre será controlado pela mente.

Não pense mais em controlar os outros. Quando abandonar a ideia de controlar os outros — marido ou mulher, filho ou pai, amigo ou inimigo —, quando abandonar essa ideia, a mente não terá mais poder sobre você, porque ela se tornará inútil.

Ela é útil para controlar o mundo, é útil para controlar a socieda­de... Um político não pode meditar. É impossível. Ainda mais impos­sível que para um empresário. O político está bem na outra extremidade. Ele não pode meditar.

Às vezes, políticos me procuram. Estão interessados em meditação e perguntam se posso ajudá-los, porque es­tão muito tensos, o trabalho é muito tenso e há conflitos, competições constantes. Eles pedem alguma coisa para ter um pouco de paz. Digo a eles que é impossível. Eles não podem meditar.

A mente ambiciosa não consegue meditar, porque a fundação básica da meditação é ser não-ambiciosa. Ambição significa o esforço de controlar os outros. Assim é a política — o esforço para controlar o mundo todo. Se você quiser controlar os outros, terá que dar ouvidos à mente, porque ela gosta muito de violência.

E você não pode tentar coisas novas — elas são muito arriscadas. Tem que tentar as coisas velhas repetidamente. Se você prestar aten­ção nas lições da história, elas são surpreendentes.

Em 1917, a Rússia passou por uma grande revolução, uma das maiores da história. Mas, de alguma forma, a revolução fracassou. Quando os comunistas tomaram o poder, tornaram-se quase como os czares - ainda piores.

Stalin provou ser mais terrível que Ivã, o Terrí­vel. Ele matou milhões de pessoas. O que aconteceu? Quando toma­ram o poder, era muito arriscado fazer algo novo. Poderia não dar certo, nunca funcionou antes, portanto quem sabe? Tente os métodos anti­gos, que sempre foram úteis. Eles tiveram que aprender com os czares.

Todas as revoluções fracassam porque, quando determinado gru­po de políticos chega ao poder, tem que usar os mesmos métodos. A mente nunca se volta para o novo, sempre para o velho.

Se você quiser controlar os outros, não será capaz de meditar... Pode ter certeza disso.




Osho, em "A Música Mais Antiga do Universo"




Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: www.morguefile.com