terça-feira, 30 de setembro de 2014

UM LUGAR NO "OUTRO LADO"

Quereis saber para onde ireis quando deixardes a Terra? É simples: sereis naturalmente atraídos pelas regiões para as quais, ao longo da vossa existência, dirigistes os vossos desejos. Se usastes as vossas energias para pedir a inteligência, o amor, a beleza, e para os realizar nesta vida, podeis estar absolutamente certos de que nenhuma força poderá impedir-vos de ir encontrá-los nessas regiões a que o vosso coração aspira.

Aqueles que se recusam a aceitar que existe vida depois da morte e permitem a si próprios toda a espécie de transgressões para satisfazer os seus desejos não têm a menor ideia dos sofrimentos que os esperam no além. Ao passo que aqueles que procuram sintonizar-se diariamente com as leis divinas entram em relação com os espíritos da luz e esses espíritos vêm instalar-se neles: como eles os atraíram, esses espíritos criam uma associação com eles. Mais tarde, quando eles deixarem a Terra, quando o seu corpo físico se desagregar e todas as partículas que o compõem forem integrar-se de novo nos quatro elementos, eles encontrar-se-ão no outro mundo em companhia dos espíritos que atraíram. 

Assim, sem o saber, sem conhecer ainda todos os amigos que dela farão parte, cada um de vós está a trabalhar para formar a sociedade em que viverá no além. 

É esta a explicação para aquilo a que as religiões chamaram o Inferno e o Paraíso.




Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A MENTE EM ESTADO DE CRIAÇÃO

Meditação é o esvaziamento da mente de todas as coisas que a mente acumulou. Se você fizer isso – talvez não faça, mas não importa, apenas ouça – descobrirá que existe um extraordinário espaço na mente, e esse espaço é liberdade. Então você deve demandar liberdade desde o início, e não apenas esperar tê-la no final. Você deve buscar o significado de liberdade em seu trabalho, em suas relações, em tudo que você faz. Então você descobrirá que meditação é criação. Criação é uma palavra que todos usamos muito fluentemente, muito facilmente. Um pintor põe algumas cores numa tela e fica tremendamente excitado com isto. É sua realização, o meio pelo qual ele se expressa; é a mercadoria dele com a qual ganha dinheiro ou reputação e ele chama isso “criação”! Todo escritor “cria” e existem escolas de escrita “criativa”, mas nada disso tem a ver com criação. É tudo a resposta condicionada da mente que vive numa sociedade particular. A criação de que falo é uma coisa inteiramente diferente. É uma mente que está no estado de criação. Ela pode ou não expressar esse estado. A expressão tem muito pouco valor. Esse estado de criação não tem causa e, portanto, a mente nesse estado está a cada momento morrendo e vivendo e amando e existindo. A totalidade disto é meditação.





J. Krishnamurti





Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

TENDÊNCIA A PROJETAR-SE NO FUTURO

Quando já não conseguem suportar o seu presente, os humanos têm tendência para se projetar no futuro. Mas não ganham nada com isso, pois mais cedo ou mais tarde são obrigados a render-se à evidência: esse futuro em que eles julgavam poder refugiar-se não tem qualquer fundamento sólido, e então o que eles descobrem é o vazio e a angústia. Mais do que sonhar com o futuro, eles devem começar por viver bem o dia de hoje, em que têm tantas coisas para saborear, para ver, para apreciar, para pensar! Mas, para viverem bem hoje, eles têm de aprender a já não se deixar arrastar pela sucessão dos acontecimentos e dos estados interiores que esses acontecimentos criam. Que façam uma pausa! Vós direis que a vida é um fluxo ininterrupto impossível de parar. É verdade, mas nesse fluir do tempo vós podeis encontrar uma maneira de vos deterdes para pôr um pouco de ordem em vós mesmos, para vos sintonizardes com ritmos mais harmoniosos. E é aí que se descobre até que ponto a meditação é uma prática necessária. Meditar é reter a marcha precipitada do tempo a fim de introduzir em si um ritmo, uma paz, uma luz, que deixarão a sua marca ainda por muito tempo.




Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sábado, 27 de setembro de 2014

BENÇÃO - COOPERAÇÃO - TOLERÂNCIA

A tolerância é a força interna que nos capacita a enfrentar e transformar mal-entendidos e dificuldades. Ela acalma os sentimentos exaltados dos outros. Se insultada, não deixa o mais leve sinal de aborrecimento. Conhecimento e insight, automaticamente, levantam o escudo protetor da tolerância. Uma pessoa tolerante é como uma árvore com abundância de frutos. Mesmo quando golpeada com varas e pedras, continua a dar seus frutos em retorno.

A verdadeira cooperação é resultado de um trabalho interno de cada integrante numa tarefa. Significa ir além das restrições do ‘meu’ ou do ‘seu’ jeito. Surge da união das especialidades de cada um e prol de um objetivo maior. Cooperar numa hora de necessidade é um grande ato de doação.”

Que vocês tenham pensamentos puros e positivos para os outros e assim transformem o negativo em positivo. Para permanecer poderosos, lembre-se de duas coisas: pensamentos puros para o eu e pensamentos positivos para os outros. Se vocês não têm pensamentos positivos para si então vocês não podem ter pensamentos positivos em relação aos outros. No momento atual prestem atenção a estes dois aspectos porque as pessoas não estão entendendo através de palavras. Procurem dar a elas as vibrações dos seus pensamentos puros e positivos e elas mudarão.




Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

CONSTÂNCIA NA PRÁTICA ESPIRITUAL

O primeiro pré-requisito para uma vida espiritual é a fé. Sua fé deve resistir à zombaria do ignorante, à crítica do mundano, e aos risos do vulgar. Quando alguém o ridiculariza, pergunte a si mesmo: "Eles estão ridicularizando meu corpo? Bem, isso é bom, pois preciso escapar desse apego ao corpo de qualquer maneira. Eles estão ridicularizando o Atma? Isso é impossível, pois o Atma está além de palavras ou pensamentos, não afetado por elogio ou culpa." Segundo: Não se preocupe com altos e baixos, perda ou ganho, ou alegria ou tristeza. Você mesmo cria os altos e baixos, portanto, você pode também endireitá-los. Você anseia por uma coisa e, quando consegue, você chama isso de alegria; quando não consegue, chama de tristeza. Elimine o desejo e não haverá mais oscilação de alegria à tristeza. Terceiro: Pondere e convença-se da verdade de que Tudo é Divino (Sarvam Brahmamayam). Quarto e último: Seja sempre constante na prática espiritual até chegar ao objetivo.





Sathya Sai Baba





Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

APENAS NA SOLIDÃO EXISTE INOCÊNCIA (SOLIDÃO E ISOLAMENTO)

A maioria de nós nunca está só. Você pode se retirar para as montanhas e viver recluso, mas quando está fisicamente por sua conta, terá com você todas as suas ideias, suas experiências, suas tradições, seu conhecimento do que aconteceu. O monge cristão na cela do monastério não está sozinho, está com seu conceito de Jesus, com sua teologia, com as crenças e dogmas de seu condicionamento particular. Do mesmo modo, o “sannyasi” na Índia que se retira do mundo e vive isolado não está só, pois ele também vive com suas memórias. Estou falando de uma solidão em que a mente está totalmente livre do passado, e apenas tal mente é virtuosa, pois apenas nesta solidão existe inocência. Talvez você vá dizer “Isso é pedir muito. Não se pode viver assim neste mundo caótico, onde é preciso ir ao escritório todo dia, ganhar o sustento, manter filhos, aturar a reclamação da esposa ou do marido, e todo o resto”. Mas penso que o que está sendo dito se relaciona diretamente com vida diária e ação; de outro modo, não tem absolutamente valor. Veja, desta solidão vem uma virtude que é viril e que traz um extraordinário senso de pureza e gentileza. Não importa se a pessoa comete erros; isso é de muito pouca importância. O que importa é ter este sentimento de estar completamente só, não contaminado, porque apenas tal mente pode conhecer ou estar consciente daquilo que está além da palavra, além do nome, além de todas as projeções da imaginação.

Um dos fatores do sofrimento é o extraordinário isolamento do homem. Você pode ter companheiros, pode ter deuses, pode ter muito conhecimento, você pode ser extraordinariamente ativo socialmente, fazer fofocas intermináveis sobre política – e muitos políticos fazem fofoca de qualquer jeito – e este isolamento permanece. Assim, o homem procura descobrir significado na vida e inventa um significado, um propósito. Mas o isolamento ainda permanece. Então, pode você olhar para ele sem comparação, apenas vê-lo como ele é, sem tentar correr dele, sem tentar encobri-lo, ou fugir dele? Então você verá que o isolamento se torna algo inteiramente diferente. Nós não estamos sós. Somos o resultado de milhares de influências, milhares de condicionamentos, heranças psicológicas, propaganda, cultura. Não estamos sós e, por isso, somos seres humanos de segunda mão. Quando se está só, totalmente só, não pertencendo a nenhuma família, embora você possa ter uma, nem pertencendo a qualquer nação, qualquer cultura, a qualquer compromisso particular, existe o sentimento de ser um estranho, estranho a toda forma de pensamento, ação, família, nação. E apenas aquele que está completamente só é inocente. É esta inocência que liberta a mente do sofrimento.

Apenas quando a mente é capaz de largar todas as influências, todas as interferências, de ficar completamente sozinha, existe criatividade. No mundo, mais e mais técnicas são desenvolvidas – a técnica de como influenciar pessoas pela propaganda, pela compulsão, pela imitação. Há inumeráveis livros escritos sobre como fazer uma coisa, como pensar eficientemente, como construir uma casa, como montar uma máquina; assim, gradualmente estamos perdendo a iniciativa, a iniciativa de pensarmos alguma coisa original por nós mesmos. Em nossa educação, em nossa relação com o governo, através de vários meios, estamos sendo influenciados a nos conformar, a imitar. E quando permitimos que uma influência nos induza a uma atitude ou ação particular, naturalmente criamos resistência a outras influências. Nesse próprio processo de criar uma resistência a outra influência, não estamos sucumbindo a ela negativamente? A mente não deveria estar sempre em revolta de modo a compreender as influências que estão sempre impingindo, interferindo, controlando, moldando? Um dos fatores da mente medíocre não é que ela está sempre amedrontada e, estando em estado de confusão, ela quer ordem, quer consistência, quer uma forma, um molde com o qual ela possa ser guiada e controlada? E, contudo, estas formas, estas várias influências criam contradições no indivíduo, criam confusão no individuo. Qualquer escolha entre influências é certamente ainda um estado de mediocridade. Não deve a mente ter a capacidade de sondar – não de imitar, não de ser moldada e estar sem medo? Não deveria tal mente ser só e, consequentemente, criativa? Essa criatividade não é sua ou minha, ela é anônima.





J. Krishnamurti





Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A QUESTÃO DA SEXUALIDADE

A questão da sexualidade só pode ser verdadeiramente resolvida em função de cada pessoa. Querer, invocando razões morais, impor regras idênticas a todos não é razoável, pois a mesma disciplina que conduzirá uns para um verdadeiro desenvolvimento espiritual pode levar outros à histeria, à neurose. Os humanos não têm todas as mesmas necessidades e quem não tem em conta esta realidade expõe-se ou a pregar no deserto ou a infligir-lhes tormentos inúteis. Isso não quer dizer, evidentemente, que eles não devem fazer esforços. Pelo contrário, cada um, no nível em que se encontra, deve esforçar-se por controlar a força sexual, a fim de viver o seu amor de uma maneira mais poética, mais espiritual. O ato do amor, em si, não é bom nem mau, será o que vós fizerdes dele. Se trabalhardes sobre vós mesmos para vos purificardes, para serdes mais luminosos, mais nobres, esse ato será fonte de todas as bênçãos para vós e para aquele ou aquela com quem vos unis. O amor verdadeiro deve fortalecer e fazer crescer o ser que amais. Quando o virdes crescer interiormente graças ao vosso amor, sabereis o que é a verdadeira alegria.




Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

CAUSAS ATUAIS DAS AFLIÇÕES

De duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se o preferirem, promanam de duas fontes bem diferentes, que importa distinguir. Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida.

Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são consequência natural do caráter e do proceder dos que os suportam. Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição! Quantos se arruínam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos! Quantas uniões desgraçadas, porque resultaram de um cálculo de interesse ou de vaidade e nas quais o coração não tomou parte alguma! Quantas dissensões e funestas disputas se teriam evitado com um pouco de moderação e menos suscetibilidade! Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero! Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram desde o princípio as más tendências! Por fraqueza, ou indiferença, deixaram que neles se desenvolvessem os germens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que produzem a secura do coração; depois, mais tarde, quando colhem o que semearam, admiram-se e se afligem da falta de deferência com que são tratados e da ingratidão deles.

Interroguem friamente suas consciências todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo a passo à origem dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer: "Se eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante condição."

A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? 

O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria.

Os males dessa natureza fornecem, indubitavelmente, um notável contingente ao cômputo das vicissitudes da vida. O homem as evitará quando trabalhar por se melhorar moralmente, tanto quanto intelectualmente.

A lei humana atinge certas faltas e as pune. Pode, então, o condenado reconhecer que sofre a consequência do que fez. Mas a lei não atinge, nem pode atingir todas as faltas; incide especialmente sobre as que trazem prejuízo à sociedade e não sobre as que só prejudicam os que as cometem. Deus, porém, quer que todas as suas criaturas progridam e, portanto, não deixa impune qualquer desvio do caminho reto. Não há falta alguma, por mais leve que seja, nenhuma infração da sua lei, que não acarrete forçosas e inevitáveis consequências, mais ou menos deploráveis. Daí se segue que, nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é sempre punido (educado/corrigido - obs. minha) por aquilo em que pecou. Os sofrimentos que decorrem do pecado são-lhe uma advertência de que procedeu mal. Dão-lhe experiência, fazem-lhe sentir a diferença existente entre o bem e o mal e a necessidade de se melhorar para, de futuro, evitar o que lhe originou uma fonte de amarguras; sem o que, motivo não haveria para que se emendasse. Confiante na impunidade, retardaria seu avanço e, consequentemente, a sua felicidade futura.

Entretanto, a experiência, algumas vezes, chega um pouco tarde; e quando a vida já foi desperdiçada e turbada; quando as forças já estão gastas e sem remédio o mal, põe-se então o homem a dizer: "Se no começo dos meus dias eu soubera o que sei hoje, quantos passos em falso teria evitado! Se houvesse de recomeçar, conduzir-me-ia de outra maneira. No entanto, já não há mais tempo!" Como o obreiro preguiçoso, que diz: "Perdi o meu dia", também ele diz: "Perdi a minha vida". Contudo, assim como para o obreiro o Sol se levanta no dia seguinte, permitindo-lhe neste reparar o tempo perdido, também para o homem, após a noite do túmulo, brilhará o Sol de uma nova vida, em que lhe será possível aproveitar a experiência do passado e suas boas resoluções para o futuro.




Allan Kardec





Fonte: do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo", 
FEB, Cap. 5, itens 4 e 5
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

PRESERVAR O SILÊNCIO INTERIOR

Mesmo que estejais sujeitos às trepidações da vida quotidiana, deveis compreender a necessidade de preservar o silêncio em vós. Preservá-lo-eis habituando-vos a estudar os pensamentos e os sentimentos que vos atravessam. Por isso, várias vezes por dia, pensai em parar por um momento para analisar o que se passa em vós e, assim que notardes a menor perturbação, a menor dissonância, esforçai-vos por remediar a situação. Senão, quando quiserdes meditar e fazer um verdadeiro trabalho espiritual, não conseguireis, haverá sempre alguns rangidos, alguns reboliços interiores que vos impedirão disso e, pouco a pouco, perante as dificuldades que ireis encontrar, acabareis por abandonar essa prática tão salutar da meditação. O silêncio interior é um estado tão difícil de alcançar! É preciso preparar as condições para ele durante todo o dia. A primeira condição é só alimentar pensamentos e sentimentos harmoniosos. Assim que sentis que estais a ficar impacientes, irascíveis, é inútil procurardes desculpas ou explicações de outra natureza: deixastes a desarmonia infiltrar-se em vós. Então, reagi!






Omraam Mikhaël Aïvanhov







Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

UNIÕES ANTIPÁTICAS

O Livro dos Espíritos - Questões 939 e 940

939. Uma vez que os Espíritos simpáticos são induzidos a unir-se, como é que, entre os encarnados, frequentemente só de um lado há afeição e que o mais sincero amor se vê acolhido com indiferença e, até, com repulsão? Como é, além disso, que a mais viva afeição de dois seres pode mudar-se em antipatia e mesmo em ódio?

"Não compreendes então que isso constitui uma punição***, se bem que passageira? Depois, quantos não são os que acreditam amar perdidamente, porque apenas julgam pelas aparências, e que, obrigados a viver com as pessoas amadas, não tardam a reconhecer que só experimentaram um encantamento material! Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe agrada e em quem supõe belas qualidades. Vivendo realmente com ela é que poderá apreciá-la. Tanto assim que, em muitas uniões, que a princípio parecem destinadas a nunca ser simpáticas, acabam os que as constituíram, depois de se haverem estudado bem e de bem se conhecerem, por voltar-se, reciprocamente, duradouro e terno amor, porque assente na estima! Cumpre não se esqueça de que é o Espírito quem ama e não o corpo, de sorte que, dissipada a ilusão material, o Espírito vê a realidade."

"Duas espécies há de afeição: a do corpo e a da alma, acontecendo com frequência tomar-se uma pela outra. Quando pura e simpática, a afeição da alma é duradoura; efêmera a do corpo. Daí vem que, muitas vezes, os que julgavam amar-se com eterno amor passam a odiar-se, desde que a ilusão se desfaça."


940. Não constitui igualmente fonte de dissabores, tanto mais amargos quanto envenenam toda a existência, a falta de simpatia entre seres destinados a viver juntos?

"Muito amargo, com efeito. Essa, porém, é uma das infelicidades de que sois, as mais das vezes, a causa principal. Em primeiro lugar, o erro é das vossas leis. Julgas, porventura, que Deus te constranja a permanecer junto dos que te desagradam? Depois, nessas uniões, ordinariamente buscais a satisfação do orgulho e da ambição, mais do que a ventura de uma afeição mútua. Sofreis então as consequências dos vossos prejuízos."


940a. Mas, nesse caso, não há quase sempre uma vítima inocente?

"Há, e para ela é uma dura expiação. Mas, a responsabilidade da sua desgraça recairá sobre os que lhe tiverem sido os causadores. Se a luz da verdade já lhe houver penetrado a alma, em sua fé no futuro haurirá consolação. Todavia, à medida que os preconceitos se enfraquecerem, as causas dessas desgraças íntimas também desaparecerão."


*** minha obs.: os termos mais adequados atualmente seriam: "resgate", "compensação", "ajuste", "correção", "educação" etc.





Allan Kardec






Fonte: do livro "O Livro dos Espíritos", FEB, 1995
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SOB DIFERENTES FORMAS TODOS OS MESTRES ENSINAM AS MESMAS VERDADES

Certas pessoas reconhecem que precisariam de ser guiadas, mas receiam cair nas mãos de charlatães, seres desequilibrados, fraudadores, que procuram fazer-se passar por Mestres espirituais. É verdade que se pode encontrar indivíduos desses, mas, se receais que um guia vivo vos transvie, abuse de vós, podeis sempre virar-vos para aqueles já deixaram a Terra. As obras de todos os Iniciados e todos grandes Mestres da humanidade estão à vossa disposição, as prateleiras das bibliotecas estão cheias delas, e, sob diferentes formas, eles ensinam todos as mesmas verdades. Então, lede essas obras e procurai inspirar-vos com elas. Ninguém vos censurará por não terdes percorrido o mundo à procura de um Mestre vivo. Mas nada vos justificará se ficardes estagnados na mediocridade e no erro com o pretexto de que nunca encontrastes ninguém capaz de vos guiar. O Céu nunca deixou transviar-se quem procura progredir sinceramente.





Omraam Mikhaël Aïvanhov






Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ALCANÇAR A LUZ DO DIVINO

Às vezes estamos com tanta pressa que esquecemos de vivenciar aqueles pequenos momentos de consideração para com os demais, mas, se tivéssemos dado uma parada para fazê-lo, poderíamos ter evitado muito sofrimento para nós e para os outros. Às vezes, estamos com tanta pressa que esquecemos que gentileza ao longo do caminho pode ter mais valor do que o objetivo que estamos tentando atingir.

Nossa vida é, essencialmente, apenas um punhado de coisas que fizemos que trouxeram prazer para os outros. E é nesses momentos que alcançamos a Luz do Divino.

Pare e pergunte a si mesmo: Estou me colocando à disposição das pessoas ao meu redor, vendo como posso ajudá-las para que tenham um dia melhor? Ou estou pensando apenas em mim e no que preciso que seja feito?

São perguntas simples, é verdade, mas, se levadas devidamente em consideração, podem mudar nosso destino ou o destino de outra pessoa.




Karen Berg





Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

VERDADEIRA SENSIBILIDADE

A sensibilidade não é unicamente a capacidade para nos emocionarmos com os seres humanos, a natureza ou as obras de arte. Ela é uma faculdade superior que nos abre as portas da imensidão e nos dá a compreensão da ordem divina das coisas; é ela que nos permite entrar em relação com as regiões, as entidades, as correntes do Céu, e vibrar em uníssono com elas. Aqueles que procuram cultivar esta forma de sensibilidade não só veem os esplendores do mundo divino revelarem-se perante eles, como sentem que as vibrações sutis que começam a animar a sua matéria psíquica os protegem das agressões e das correntes nocivas. Os seres dotados de uma verdadeira sensibilidade espiritual não são vulneráveis. Já não se consegue ter grande poder sobre eles porque eles estão algures em regiões mais elevadas e percebem as coisas de um modo diferente. A sua sensibilidade ao mundo divino protege-os, como se eles estivessem rodeados de uma cerca protetora. O seu coração, o seu intelecto e a sua alma não são atingidos pelas baixezas, pelas vilanias, e não respondem a isso, pois só vibram com as mensagens do Céu.




Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

MEDICINA DO FUTURO: A VISÃO DO HOMEM INTEGRAL

Na medicina do futuro, o homem deixará de ser avaliado como uma simples máquina, para ser estudado como um homem integral, na sua abrangência completa: espírito, perispírito (corpo astral) e corpo físico. Em geral, os médicos conhecerão os carmas e seus respectivos desencadeamentos em vidas futuras.

Por exemplo: o ódio extremo e a raiva descontrolada impregnam o nosso corpo espiritual com toxinas que, em futura reencarnação, descerão ao corpo físico na forma do temível câncer. No futuro, esta doença será debelada através da transformação crística do homem (...). Com a retificação dos erros do passado, anula-se a carga tóxica, ocasionando o fim das doenças cármicas.

A terapêutica baseada em elementos naturais e na homeopatia serão os remédios ideais, os quais, atuarão na contextura perispiritual do ser. A alta dinamização dos medicamentos homeopáticos, propiciam a atuação de propriedades radioativas que interferem diretamente na origem das enfermidades ainda no corpo astral, as vezes muito tempo antes de se manifestarem no corpo físico. Os cientistas desenvolverão, também, equipamentos para auscultar a projeção da aura, identificando as regiões que recebem as descargas tóxicas perispirituais. Hoje em dia, este diagnóstico é realizado pelos médiuns, nas cabines de cura das casas espíritas através da intervenção da espiritualidade superior.

Exemplo: (...) "Este homem nutriu, em sua última existência, sentimentos intenso de ódio e curtiu uma intensa obsessão pelo desejo de vingança. Além disso, era um consumidor de maconha, como vemos na tela deste monitor." (...) Infelizmente, este irmão irá transmitir a enfermidade espiritual que aqui vemos para o seu novo corpo físico, em sua próxima reencarnação. Ele será mais um caso de esquizofrenia a ser estudado pela ciência dos homens. A demência precoce será inevitável! Durante o processo de gestação, este irmão impregnará o seu veículo físico com a deterioração mental que já existe em seu corpo espiritual." (Crystal)

Somente poderemos resgatar os nossos erros primários no mundo material, onde os cometemos. No mundo dos espíritos evoluímos, mas devemos descer à Terra para nos libertar definitivamente de nossas imperfeições.

A utilização de passes energéticos, avaliação do perfil psicológico e do passado do paciente, a reforma moral, o despertamento da fé e outros mecanismos espirituais serão agregados, definitivamente, ao convívio hospitalar trazendo grandes resultados.





Roger B. Paranhos





Fonte: do livro "Sob o Signo de Aquário"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

AS DOENÇAS

À semelhança do buril agindo a pedra bruta e lapidando-a, as doenças são mecanismos buriladores para a alma despertar as suas potencialidades e brilhar além do vaso orgânico que a encarcera.

A doença é resultado do desequilíbrio energético do corpo em razão da fragilidade emocional do espírito que o aciona.

Os vírus, as bactérias e os demais microrganismos devastadores não são os responsáveis pela presença da doença, porquanto eles se nutrem das células quando se instalam nas áreas em que a energia se debilita. Causam fraqueza física e mental, favorecendo o surgimento da doença, por falta da restauração da energia mantenedora da saúde.

Os medicamentos matam os invasores, mas não restituem o equilíbrio como se deseja, se a fonte conservadora não irradia a força que sustenta o corpo.

A conduta moral e mental dos homens, quando cultiva as emoções da irritabilidade, do ódio, do ciúme, do rancor, das dissipações, impregna o organismo, o sistema nervoso, com vibrações deletérias que bloqueiam áreas por onde se espraia a energia saudável, abrindo campo para a instalação das enfermidades, graças à proliferação dos agentes viróticos degenerativos que ali se instalam.

As tensões físicas, mentais e emocionais são, igualmente, responsáveis pelas doenças - sofrimento que gera sofrimento.

Evitando essas cargas, o sistema energético-imunológico liberará de doenças o indivíduo, e a sua vida mudará, passando a melhorar o seu estado de saúde.

As causas profundas das doenças, portanto, estão no indivíduo mesmo, que se deve auto-examinar, autoconhecer-se a fim de liberar-se desse tipo de sofrimento.





Joanna de Ângelis / Divaldo Pereira Franco






Fonte: do livro "Plenitude"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

QUE SEJA FEITA A TUA VONTADE E NÃO A MINHA

Muitos rezam: "Que seja feita a Tua vontade, e não a minha". Mas até que ponto estamos realmente preparados para cooperar para a realização de um plano que não é o nosso, mas de HaShem (Deus)?

É uma constatação estatística que as congregações aumentam em época de crise. Sentindo-se abandonadas, as pessoas procuram um abrigo sob Suas asas na expectativa que esta demonstração de resignação e humildade sirva de solução para todos os problemas.

Ao entrarmos no caminho espiritual, criamos muitas expectativas sobre os benefícios que aquilo irá nos trazer. Achamos que será o fim dos nossos problemas. Logo no início, realmente sentimos alguma melhora, porém, após este momento, os problemas voltam, às vezes até em maior quantidade.

As coisas nem sempre acontecem do jeito que esperamos e a nossa incapacidade de perceber as coisas como um todo pode ser um grande obstáculo. Nesta hora muitas pessoas questionam o caminho espiritual e alguns chegam a abandoná-lo. Embora se repita "seja feita a Sua vontade", o ego, de modo geral, tem os seus próprios planos, e se as coisas saem do script é muito fácil que sentimentos contraditórios de frustração, indignação, raiva etc. despertem, piorando o que já não estava muito bom.

Isto acontece porque as pessoas não percebem o verdadeiro significado do caminho espiritual. HaShem (Deus) não pode ser comprado. Ele não necessita de nossas ofertas e orações. Tudo o que acontece ao nosso redor tem por objetivo o nosso "refinamento" pessoal, a extração das clipot ("cascas") que limitam a nossa percepção da realidade como ela é.

A espiritualidade não irá resolver os nossos problemas nem diminuí-los, mas sim nos dar ferramentas para desenvolver o nosso refinamento pessoal. A palavra-chave é Confiança. Ou você confia ou você não confia. Não dá para confiar pela metade ou confiar pela manhã e não confiar à tarde... Quando nos entregamos a um caminho espiritual devemos estar preparados para tudo, pois esta confiança será testada, tenha certeza disso.

O segredo é descobrir qual o propósito que se esconde em cada circunstância, o fardo que recusamos assumir. Assim, o que muda não são os problemas, mas a forma como eles nos afetam e como nós reagimos a eles.

O refinamento pessoal no caminho espiritual é essencial para melhorarmos a nossa qualidade de vida e podermos servir melhor a HaShem (Deus).




Prof. Mario Meir





Fonte: Academia de Cabala
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

INFLUÊNCIA QUE NÃO PODEMOS MEDIR

A partir do momento em que vos esforçais por viver na harmonia, só a vossa presença já transmite a todos algo de precioso cuja influência não podeis medir. Mesmo que continueis a ser um desconhecido que ninguém nota, o amor e a luz que emanam de vós são recolhidos por entidades invisíveis que se alimentam deles e que podem transportá-los até muito longe para livrar de perigo criaturas que pedem ajuda. Na sua imensa sabedoria, o Eterno fez com que tudo seja útil. Quando pessoas se reúnem para orar e meditar em conjunto, há inúmeros espíritos que vêm buscar junto delas quintessências que servirão para curar os males da humanidade! Pensai nisso e imediatamente a vossa existência ganhará um significado novo.





Omraam Mikhaël Aïvanhov






Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

ABENÇOAR CADA NOVO DIA

Abençoai todas as manhãs o dia que se abre perante vós. Tendes nele todas as possibilidades para dar uma nova orientação à vossa vida. Por que é que o passado e os seus erros haveriam de prolongar-se no futuro?... Abri os olhos pensando em cada uma das faculdades que possuís e que podeis utilizar para realizar todos os vossos bons projetos. Não tem valor ser capaz de, em mais um dia, pensar, desejar, ver, ouvir, caminhar...? Bendizei também as dificuldades que ireis encontrar ao longo dessa jornada... Dando-vos novos problemas para resolver, o Céu mostra-vos que vos considera capazes não só de trabalhar eficazmente, mas também de reparar os erros que possais ter cometido. Bendizei a vossa vida quando a aurora surge, mesmo quando as vossas forças declinarem pouco a pouco. É o momento de abrirdes os vossos olhos interiores para um outro mundo. E não penseis que ides morrer, pensai antes que ides nascer noutro lugar e que, depois de terdes passado por uma porta estreita, entrareis num espaço de luz. Se conseguirdes ter uma compreensão correta de cada etapa da vossa vida, avançareis sempre na luz e na alegria.




Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O VELHO CÉREBRO, NOSSO CÉREBRO ANIMALESCO

Penso que é importante compreender a operação, o funcionamento, a atividade do velho cérebro. Quando o novo cérebro opera, o velho cérebro não pode compreender o novo cérebro. Apenas quando o velho cérebro, que é nosso cérebro condicionado, nosso cérebro animalesco, o cérebro cultivado através de séculos de tempo, que fica eternamente buscando sua própria segurança, seu próprio conforto – apenas quando o velho cérebro estiver quieto, você verá que existe um tipo de movimento completamente diferente, e é este movimento que trará clareza. Este movimento é a clareza em si mesmo. Compreender, você deve compreender o velho cérebro, estar cônscio dele, conhecer todos os seus movimentos, suas atividades, suas demandas, suas buscas, e por isso a meditação é muito importante. Não quero dizer o absurdo, sistematizado cultivo de certo hábito de pensamento e todo o resto; isso é tudo muito infantil e imaturo. Por meditação quero dizer compreender as operações do velho cérebro, olhá-lo, saber como ele reage, quais são suas respostas, suas tendências, suas demandas, sua busca agressiva para conhecer tudo isso, a parte consciente bem como a inconsciente dele. Quando você o conhece, quando há consciência dele, sem controle, sem direção, sem dizer: “Isto é bom; isto é mau; manterei isto; não manterei aquilo”, quando você vê a totalidade do movimento do velho cérebro, quando você vê totalmente, então ele fica quieto.





J. Krishnamurti





Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

terça-feira, 16 de setembro de 2014

IDEIAS - PENSAMENTOS - CONCEITOS - FÓRMULAS - IDEALISMO

O idealista é o homem com uma ideia, e é ele que não é revolucionário. As ideias dividem, e separação é desintegração, não é, absolutamente, revolução. O homem com uma ideologia está preocupado com ideias, palavras, e não com ação direta; ele evita a ação direta. Uma ideologia é um obstáculo à ação direta. (Commentaries on Living, Series II)

É muito importante compreender por que nós criamos ou formulamos uma ideia. Por que a mente formula uma ideia realmente? Quero dizer com “formular”, uma estrutura de ideias filosóficas ou racionais ou humanistas ou materialistas. Ideia é pensamento organizado; e nesse pensamento organizado, crença, ideia, o homem vive. É isso que todos nós fazemos, sejamos religiosos ou não-religiosos. Eu penso que é importante descobrir por que os seres humanos ao longo dos tempos conferiram tal extraordinária importância às ideias. Por que formulamos ideias realmente? Formamos ideias, se a pessoa observar a si mesma, quando há desatenção. Quando você está completamente ativo, o que exige total atenção – que é ação – nisso não há ideia; você está agindo. (Collected Works, Vol. XV, 89, Action)

Nós damos tal extraordinário significado ao pensamento, às ideias, conceitos, fórmulas. Existem fórmulas físicas que são necessárias, mas as fórmulas psicológicas são, de fato, necessárias? Eu não estou dizendo que devíamos ser estúpidos, desinformados, obtusos; mas por que conferimos tal extraordinária importância à mente, ao pensamento, ao intelecto? Se a pessoa não dá importância ao intelecto, dá importância ou a valores sensatos ou a emoções. Mas como a maior parte das pessoas tem vergonha de emoções e valores sensatos, elas adoram o intelecto. Por quê? Por favor, quando eu fizer uma pergunta, vamos todos descobrir a resposta juntos. Livros, teorias e todo o campo intelectual são considerados muito importantes em nossa vida. Por quê? Se você for esperto, pode conseguir um emprego melhor. Se for altamente treinado tecnicamente, isso pode ter certa vantagem, mas por que damos importância às ideias? Não é porque não podemos viver sem ação? Toda relação é um movimento e esse movimento é ação. As ideias se tornam importantes quando separadas da ação. Para a maior parte de nós a ação não é importante, relação não é importante; as ideias são muito mais importantes do que todos estes outros fatores. Nossas relações, que incluem nossa vida, se baseiam na memória organizada como ideia. A ideia domina a ação; e, por isso, relação é um conceito, não uma ação verdadeira. Pensamos que a relação deveria ser isto ou aquilo, mas de fato, não sabemos o que é relação. Não sabendo o que relação de fato é, efetivamente as ideias se tornam importantíssimas para nós. O intelecto se torna importantíssimo, com suas crenças, ideias e teorias de como deveria ou não deveria ser. A ação tem sua natureza ligada ao tempo; ou seja, a ação envolve tempo, pois a ideia está no tempo. A ação nunca é imediata, nunca espontânea; ela nunca está relacionada com o que é, mas com o que deveria ser, com uma ideia e, assim, existe conflito entre a ideia e a ação. (Collected Works, Vol. XV, 141, Action)

Quando você observa por que uma ideia se torna importante, quando está ciente de por que o padrão assumiu tal extraordinária significação, pode ver por que isto acontece. Porque, em primeiro lugar, ele tende a adiar a ação: eu sou violento e tenho esta maravilhosa ideia da não-violência, que é um ideal, e eu posso ir ao encalço desse ideal e não agir, pois ainda estou tentando ser não-violento. Portanto, isto é uma fuga do fato da violência. Se eu não tiver ideal de não-violência, posso lidar com o fato. Assim, o ideal se torna uma distração; o ideal é uma ficção, um mito; ele não é uma realidade. A realidade é o que existe, que é violência. E pensamos que, tendo um ideal como a não-violência, podemos arrancar a violência de nós mesmos – o que nunca acontece, o que nunca pode acontecer. Porque só quando lidamos com fatos, existe uma operação, não quando lidamos com ideias. Então, essa é uma das razões: uma ideia ou um padrão oferece um meio de adiar, de fugir do fato; e a ideia se torna importante para dar continuidade a um ato particular. Eu fiz isto ontem, farei isto hoje e amanhã – ela dá continuidade ou se torna um hábito que impede a ação. Isto é, meramente, levar a cabo certa fórmula e, por isso, se torna mecânico. A vida não é mecânica; ela tem que ser vivida, sua ação mudando a cada minuto. Assim, as ideias oferecem um meio de adiar a ação. Então, quanto mais ideias, quanto mais ideais você tem, mais inativo você é. Por favor, veja isto: quando você age a partir de uma ideia, você não está ativo, pois está vivendo sua vida em um mundo de ficção sem qualquer realidade. Assim, fugir, adiar, oferecer continuidade, que lhe dá um hábito, e funcionar no hábito – isso é memória e, portanto, mecânico. Então você pode ver, ideias não geram paixão; para fazê-lo, você deve ter sentimentos fortes; de outro modo, se torna mecânico. Você não pode ter sentimento e paixão forte, intensa, imediata se você tem ideias. (Collected Works, Vol. XIV, 69, Action)




J. Krishnamurti





Fonte: http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

UMA OPORTUNIDADE DE FAZER UMA MUDANÇA

Se abrirmos nossos olhos e nos colocarmos um pouquinho mais em sintonia com nossas vidas, descobriremos que diariamente todos nós temos oportunidades de transformar negatividade em positividade.

Geralmente, quando alguém ou alguma situação nos desafia, nosso primeiro pensamento é: "Como posso fazer com que esta situação vá embora o mais rápido possível?" em vez de "Como posso transformar essa situação em Luz?" 

Às vezes, conseguimos ser tão rápidos colocando a situação de lado, que sequer percebemos que perdemos uma oportunidade de fazer uma mudança em nossa vida.





Karen Berg






Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

PERTURBAÇÃO E OBSESSÃO

Na experiência terrestre, surge sempre um instante em que indagamos de nós mesmos em que ponto nos achamos, quanto ao desajuste espiritual; e, se não estamos afundados em plena desarmonia, muitas vezes identificamo-nos em perturbação evidente. Isso porque, observado o princípio de que ninguém existe absolutamente impassível, temos a vida sentimental permanentemente ameaçada por desafios exteriores, em forma de episódios ou informes desagradáveis que se nos erigem por medida de equilíbrio e resistência, na luta moral que somos chamados a travar, na área de nossas atividades, em favor do próprio burilamento.

Se à frente desse ou daquele sucesso menos feliz, costumamos esquecer, sistematicamente, paciência e conformação, entendimento e serenidade, então é preciso estabelecer o intervalo para reflexão, nos mecanismos da mente, a fim de que venhamos a fazer em nós mesmos as retificações necessárias. Em tais lances do cotidiano, quase sempre somos impelidos a pensar em obsessão, supondo-nos vítimas de entidades vampirizantes. O problema, porém, não se limita à influenciação espiritual dos adversários que se nos encrava na onda psíquica, mas, principalmente, diz respeito à nós mesmos. Em muitas situações e circunstâncias das existências passadas, caímos em fundos precipícios de ódio e vingança, desespero e criminalidade, operando em largas faixas de tempo contra nós próprios, comprometendo-nos o destino; daí nasce o imperativo das experiências regenerativas e amargas que se nos fazem indispensáveis, qual ocorre ao aluno que se atrasou na escola, necessitado de novo exame, nas provas da repetência.

À vista de semelhantes considerações, toda vez que o sentimento se nos desgoverne, procuremos assumir com segurança o leme do barco de nossos pensamentos, na maré de provações da existência, na paz da meditação e no silêncio da prece.

Através do auto-controle, vigiaremos a porta de nossas manifestações, barrando gestos e palavras desaconselháveis, e, com o auxílio da oração, faremos luz para entender o que há conosco, de maneira a impedir a própria queda em alienação e tumulto.

Atendamos constantemente a esse trabalho de auto-imunização mental (...).





Francisco Cândido Xavier / Emmanuel






Fonte: do livro "Alma e Coração"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

LEVEZA - SIMPLICIDADE - ALMA FELIZ - REALIZAÇÃO

Deus sempre ajuda aqueles que têm coragem. Quando os filhos têm pensamentos elevados, o Pai torna-se presente. Simplesmente entregue todas as suas tarefas ao Pai e Ele saberá qual é a tarefa Dele. Não mantenha consigo a carga das responsabilidades. Permaneça como um tutor. Fique leve e continue a voar. Quando seu coração está limpo, todas as suas esperanças são preenchidas.

O sentido da palavra ‘simples’ é muito profundo. Simples significa completamente puro. Ser sem ego é ser simples. Não ter raiva é ser simples. Não ter ganância é ser simples. Na extensão em que uma pessoa é simples, assim ela é bela, ou seja, real. Para se tornar simples, seja inocente do conhecimento de tudo o que é falso e ilusório e torne-se um mestre no conhecimento da verdade.

Iluminada é a alma que percebeu que a vida é uma oportunidade para "criar" formas de se conectar e dar a si, independente do contexto, seja em casa, no trabalho ou no lazer. Inteligente é a alma que vai para o trabalho não para conseguir dinheiro para pagar as contas, mas para estar disponível e ajudar aqueles com quem trabalha. Pessoas assim são chamadas de "verdadeiros" líderes! Feliz é a alma que transcendeu o condicionamento da sociedade de que o propósito da vida é adquirir e acumular, e agora vive uma vida de servir outros da forma que eles escolherem. Poderosa é a alma cujo poder pode ser visto através da influência que seu serviço altruísta tem sobre o mundo à sua volta. Preenchida é a alma que realizou o que talvez é a verdade mais simples de todas - viver é dar. (Mike George, The power of purpose, Clear Thinking, 19/12/2010)

Realização é voltar para os valores originais e eternos da vida. Retornar não é sinônimo de retrocesso. Retornar não é recuar, mas entender e aplicar novamente os eternos valores do amor puro à vida atual. Puro no sentido de não egoísta e eterno no sentido de duradouro. (Anthony Strano, Spiritual Odyssey: the return journey, Purity, March, 2012)





Brahma Kumaris






Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

RECONHEÇA O DIVINO DENTRO DE SI MESMO

Reconheça o Divino dentro de si mesmo. Abra as portas do seu coração. Desenvolva mais e mais o amor. Compreenda a verdade. Experimente Deus. Lá está a bem-aventurança. Faça todos os esforços para compreender a Divindade imanente. A Divindade dentro de você está coberta por ego e raiva. Portanto, o conhecimento verdadeiro desponta quando o apego for destruído (Moham hithva punar vidya). De onde vem esse apego? Desejos excessivos levam ao apego. Você pode alcançar paz temporária empreendendo repetição do Nome (Japa), meditação (dhyana) e yoga. Para alcançar paz permanente, você deve desenvolver o amor interior. O amor pode transformar a Terra em céu e o céu em Terra. Esse amor sagrado está dentro de você. Mas, você o conduz na direção errada e, assim, torna-se pervertido. Desenvolva o amor sagrado dentro você para perceber sua Divindade inata.





Sathya Sai Baba





Fonte:http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O PREÇO DO PARAÍSO

O medo vem de graça. A coragem tem um custo. O preço da coragem é o medo. 

A quantidade de medo que você está preparado para trocar é a quantidade de coragem que você vai receber em troca.

O medo é moeda, não uma maldição. Nós o utilizamos para comprar coragem.

O egoísmo é moeda. Nós o utilizamos para comprar bondade e compaixão.

Quando houver uma abundância de coragem, bondade e compaixão no mundo, o paraíso chegará.

Todos os traços negativos são a moeda que nos foi dada para comprar a vida e a existência com as quais sonhamos.

O problema é que somos gananciosos. Não queremos trocar o nosso medo por coragem, não queremos trocar o nosso egoísmo por altruísmo.

E assim permanecemos em um mundo de caos, morte e sofrimento.

O preço para a imortalidade?

O ego humano.

Nós preferimos morrer a desistir dele.





Billy Phillips





Fonte: Estudantes de Kabbalah
http://wp.me/p32BQd-gn
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O HOMEM REALMENTE DISCIPLINADO JAMAIS SE PRENDE A NADA

Disciplina é uma bela palavra, mas, assim como, no passado, o foram todas as belas palavras, ela tem sido mal empregada. A palavra disciplina tem a mesma raiz da palavra discípulo - o significado da raiz é “processo de aprendizagem”. Aquele que se mostra disposto a aprender é um discípulo, e a atitude de estar disposto a aprender é disciplina.

A pessoa douta nunca está disposta a aprender, pois acha que já sabe muito; ela se mantém muito centrada no que chama de conhecimento. Seu conhecimento não é nada senão alimento para o ego. Ela não é capaz de ser um discípulo, de se manter sob verdadeira disciplina.

Sócrates disse: “Só sei que nada sei” — esse é o princípio da disciplina. Quando você não sabe nada, claro, claro que lhe sobrevém o desejo intenso de inquirir, explorar, investigar. E, assim que começa a aprender, surge inevitavelmente outro fator: qualquer coisa que você tenha aprendido tem que ser abandonada sempre; em caso contrário, ela se tornará conhecimento, e conhecimento impede a aprendizagem de outras coisas.

O homem realmente disciplinado jamais se prende a nada; a cada momento, ele morre para qualquer coisa que tenha vindo a saber e volta a ser ignorante. Essa ignorância é verdadeiramente luminosa.

Concordo com Dionísio quando ele afirma que a ignorância é luminosa. Uma das experiências mais belas da existência é estar num estado de luminosa ignorância. Quando está nesse estado de luminosa ignorância, você está aberto, não há barreira em seu ser, você está disposto a investigar.

A disciplina tem sido mal-interpretada. As pessoas têm dito às outras que disciplinem sua vida, que façam isso, que não façam aquilo. Têm sido imposto ao homem milhares de deves e não-deves. E, quando o homem vive com inúmeros deves e não-deves, ele não consegue ser criativo. Ele se torna prisioneiro; em toda parte, ele deparará uma barreira.

A pessoa criativa tem que eliminar todos os deves e não-deves. Ela precisa de liberdade e de espaço, muito espaço; ela precisa do céu inteiro e de todas as estrelas que existem nele. Só assim sua espontaneidade pode começar a florescer.

Portanto, lembre-se: minha ideia de disciplina não envolve nenhum dos dez mandamentos; não estou impondo-lhes nenhum tipo de disciplina; estou simplesmente tentando fazê-lo discernir a ideia de como continuar a aprender e jamais arvorar-se em douto.

Sua disciplina tem que vir de seu próprio coração; ela tem que ser inteiramente sua - e há uma grande diferença nisso. Quando alguém lhe impõe algum tipo de disciplina, talvez ela jamais lhe sirva; será como vestir as roupas de outrem. Ou elas ficarão grandes demais ou muito apertadas, e você sempre se sentirá um tanto idiota nelas.

Maomé legou um corpo de disciplina aos muçulmanos; talvez isso tenha sido bom para ele, mas não pode ser bom para todos. Buda legou um corpo de disciplina a milhões de budistas; talvez isso tenha sido bom para ele, mas não pode ser bom para todos.

A disciplina é um fenômeno que se dá no âmbito da individualidade; toda vez que a adota de outrem, você começa a viver de acordo com princípios pré-estabelecidos, preceitos mortos. E a vida jamais é morte; a vida é transformação incessante. A vida é movimento.

Heráclito está certo: você não pode entrar no mesmo rio duas vezes. Aliás, gostaria de dizer-lhe que você não pode entrar no mesmo rio uma única vez sequer, pois ele se move muito rapidamente! A pessoa tem que estar atenta a cada situação e suas nuanças, observando-a, e é necessário que a pessoa reaja à situação de acordo com o momento, e não conforme a algum tipo de respostas prontas, fornecidas por outrem.

Você percebe a estupidez da humanidade? Há cinco mil anos, Manu transmitiu um corpo de disciplina aos hindus, e, até hoje, eles o seguem. Três mil anos atrás, Moisés deixou um corpo de disciplina aos judeus, e ainda hoje eles o seguem. Há cinco mil anos, Rsabhanatha transmitiu seu corpo de disciplina aos jainistas, e eles ainda o seguem.

O mundo está sendo levado à loucura com essas doutrinas! Elas são ultrapassadas; elas deveriam ter sido enterradas há muito, muito tempo. Vocês estão carregando defuntos nas costas, e esses defuntos fedem. E, quando você vive cercado por defuntos, que tipo de vida você pode levar?

Eu lhes ensino o momento, e a liberdade do momento, e a responsabilidade do momento. Algo pode ser correto neste momento e pode tornar-se errado no momento seguinte.

Não tente ser imutável, pois, nesse caso, você estará morto. Só os mortos são imutáveis. Procure estar vivo, com todas as suas inconstâncias, e viva cada momento sem nenhuma ligação com o passado nem com o futuro. Viva o momento, e suas reações serão plenas.

Essa plenitude é sublime, essa plenitude é criatividade. Com isso, tudo que você fizer terá beleza própria.




Osho





Fonte: "Criatividade: Libertando Sua Força Interior"
http://www.palavrasdeosho.com/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

REFORÇAR O CARÁTER

Para viver, para enfrentar todas as condições da existência, é importante reforçar o seu caráter. Senão, o que se pode fazer com pessoas que são incapazes de suportar a mínima dificuldade, o menor obstáculo? Essa sensibilidade neurótica, que é alimentada pela sua natureza inferior, torna a existência muito difícil; por isso, muitos concluíram que, para se ser feliz, é preferível ficar insensível. Na realidade, é preciso estabelecer a diferença entre a verdadeira sensibilidade e essa sensibilidade doentia a que seria mais exato chamar suscetibilidade ou pieguice. A verdadeira sensibilidade é uma faculdade que nos torna capazes de nos elevarmos muito alto para termos acesso à beleza de regiões cada vez mais luminosas e sutis. A pieguice é uma manifestação da natureza inferior dos seres que, considerando-se o centro do mundo, acham que nunca lhes manifestam consideração suficiente; à mínima ocasião sentem-se frustrados, feridos, e tornam-se agressivos. Quem se apercebeu bem desta distinção compreende que há todo um trabalho a fazer sobre a sua natureza inferior para a dominar; é a única maneira de permitir que a sua verdadeira sensibilidade se desenvolva.





Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

NOSSAS AÇÕES SÃO UMA APROXIMAÇÃO DE UMA CRENÇA, UMA IDEIA, UM CONCEITO, UMA IMAGEM

Eu tenho que agir em relação com o fato, em relação com o que é, em relação com o que acho. Deve haver ação, e eu tenho que investigar e compreender o que significa ação. Se eu não compreender isso totalmente, se estou preocupado em alterar o fato, em fazer alguma coisa a respeito dele, não posso encarar o fato. Eu devo compreender o que é ação; e 99.9 por cento de nossas ações são uma aproximação de uma crença, uma ideia, um conceito, uma imagem. Nossa ação está sempre tentando copiar, se adaptar a uma ideia. Eu tenho uma ideia de que devo ser fraternal; tenho uma ideia como comunista; ou tenho a ideia de que sou católico, e de acordo com essa ideia, eu ajo. Eu tenho certas memórias de prazer ou de dor, certas lembranças de algum medo profundo, uma imagem desse medo; e de acordo com essas memórias eu ajo, evitando algum assunto particular, e agindo pelo lucro, para uma felicidade mais profunda. Tudo isto é ideação, e de acordo com essa ideação, eu ajo. Quando há uma ideia, e ação, há conflito entre as duas. A ideia é o observador, e o ato que vou fazer é o objeto.






J. Krishnamurti






Fonte: Collected Works, Vol. XVI, Action
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal