sábado, 1 de março de 2014

GENTILEZA - CORAÇÃO - DOÇURA

Gentileza é normalmente vista como um toque suave, um olhar que acalma, palavras de conforto. Mas, na verdade, gentileza é a manifestação da nossa força interior, com base no entendimento dos sentimentos dos outros. Ela não perturba, não empurra, não impõe; simplesmente oferece ajuda. Gentileza é como o espírito de uma criança, cujo otimismo espontâneo mantém as pessoas leves e felizes.

Até que a mente e o intelecto estejam em sintonia, o coração não pode funcionar bem. As coisas velhas, quando guardadas no coração, influenciam a mente. Mas o intelecto pode acalmar a mente através do entendimento e da razão. Isso faz com que a mente experimente a paz e o coração experimente a cura. A mente funciona bem quando o coração está curado. Com um coração forte nada pode influenciar a alma.

Doçura na linguagem e no temperamento é uma grande virtude. As pessoas que conseguem discernir apenas as boas qualidades nos outros possuem grande mérito. Assim como as abelhas coletam a doçura das flores, aqueles que têm um olho para o mérito dos outros e que consideram apenas as boas palavras que ouvem, também se tornam um estoque de doçura como um favo de mel.



Brahma Kumaris




Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: http://www.morguefile.com/

MUDANÇAS E TRANSFORMAÇÕES CONSCIENCIAIS

Nunca tenha receio de deixar que caiam as suas paredes, pois é só assim que crescemos e amadurecemos.

Nada do que construímos é definitivo, nem mesmo a nossa personalidade. Tudo está o tempo todo se transformando, tudo é impermanente.

Não se apegue a nada em demasia para que a transição para algo diferente não seja tão dolorosa.

O progresso e a evolução só se dão na medida em que mudamos interiormente. E quanto mais nos recusamos a mudar, mais sofrido é o aprendizado e o progresso.

Na verdade, nós nunca paramos de crescer espiritualmente, só que, na maioria das vezes, fazemos isso de forma inconsciente.

Quando, no entanto, nos tornamos mais conscientes desse processo é que percebemos o quanto poderíamos ter evitado dos sofrimentos e dissabores anteriormente vividos.

Busque crescer sem se apegar demais ao que você já construiu ou ao que já aprendeu. Permita-se conhecer o novo, o diferente, o inusitado. Permita-se conhecer-se de um novo ponto de vista. Permita-se reconhecer que quer mudar e que o que tem até aqui já não lhe basta.

Com isso, você irá descobrindo novos conhecimentos a respeito dos outros, da vida e de si mesma. E isso lhe dará imenso prazer, pode acreditar, pois lhe dará novas perspectivas, novas possibilidades e novos cenários.

Mais cedo ou mais tarde, todos descobrimos em nós mesmos características que nos desagradam. Cabe a nós mudar isso, sem nos sentirmos culpados ou inferiores por este ou aquele defeito.

Tudo o que somos é parte de nós, do nosso aprendizado, e precisa estar exatamente onde está para que possamos transcendê-lo. Somente ao percebermos e aceitarmos os nossos defeitos, e tentarmos TRANSFORMÁ-LOS é que, de fato, começamos a superá-los.

Veja que eu disse TRANSFORMÁ-LOS e não ELIMINÁ-LOS, porque eles são parte da nossa consciência e não podem ser retirados, apenas mudados, trabalhados, superados e transformados em algo melhor.



Maísa Intelisano





Fonte: www.ippb.org.br
mintelis@uol.com.br
Fonte da Gravura: http://www.morguefile.com/

UM CONTENTAMENTO QUE NÃO É DA MENTE

O descontentamento não é essencial, não para ser sufocado, mas para ser encorajado, investigado, sondado, de modo que com a compreensão do que é chegue o contentamento? Esse contentamento não é o contentamento produzido por um sistema de pensamento; mas é aquele contentamento que surge com a compreensão do que é. Esse contentamento não é produto da mente – a mente que está perturbada, agitada, incompleta, quando busca paz, quando procura um caminho distante do que é. E assim a mente, através de justificação, comparação, julgamento, tenta alterar o que é, e espera chegar a um estado em que não estará perturbada, quando estará em paz, quando houver quietude. E quando a mente está perturbada por condições sociais, por pobreza, fome, degradação, pela apavorante miséria, vendo tudo isso, ela quer alterar isto; fica enredada no modo de alterar, no sistema para alterar. Mas se a mente for capaz de olhar o que é sem comparação, sem julgamento, sem o desejo de alterar para outra coisa, então você verá que surge um tipo de contentamento que não é da mente. O contentamento que é produto da mente é uma fuga. É estéril. Está morto. Mas existe contentamento que não é da mente, que surge quando existe compreensão do que é, em que há uma profunda revolução que afeta a sociedade e a relação individual.





J. Krishnamurti





Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: http://www.morguefile.com/

CONDUÇÃO DOS NOSSOS PENSAMENTOS

"A Mente é um macaco louco pulando de galho em galho". O que equivale dizer que nossos pensamentos estão desordenados, muitas vezes em convulsão, quando conversamos fazemos "colcha de retalhos".

Você concordaria com a afirmação de que normalmente não conseguimos centrar a nossa conversação em um só assunto. Quero dizer interrompemos o nosso raciocínio e enveredamos por outro assunto ou suspendemos a nossa exposição para darmos atenção a algo que está fora do tema presente.

Quanta energia dissipada tentando se atentar para tudo e não atendendo a nada! Isto se deve a forma de conduzir nossos pensamentos. Nós não aprendemos a parar de pensar, no sentido meditativo.

A massificação nos bombardeia com ideias e estímulos que dominam as nossas características competitivas e nós não queremos perder, pois que senão seremos ultrapassados e a "vida é curta" "é uma só", sob o ponto de vista materialista ou de algumas ideologias.

Diz-se em auto-reprogramação-humana (ARH), que esta é uma característica do pensamento-horizontal. O pensamento-horizontal desvia o nosso foco do que acontece em nós e no meio ambiente que nos rodeia, divide o tempo e também nos divide: ou/ora vivemos no passado; ou/ora no presente; ou/ora no futuro.

Viver no passado, "no meu tempo", é uma característica da mente-velha, retrograda, limitada, sem aspiração, fator de depressão. As pessoas idosas têm fortíssima tendência a viver no passado.

Os que pensam mais na atualidade, em geral os de meia idade e também boa parte dos jovens, expõem-se a impulsividade, pelo querer aproveitar tudo ao máximo da vida, o que os tornam intempestivos ou ansiosos e quando não conseguem caem no oposto, tédio (fossa) e passividade. Acontece um evento musical, um festival de cinema, e querem ver tudo ao mesmo tempo, faltam aulas e serviço ou deixam tudo pela metade e se não conseguem, sentem-se frustrados.

Já os que pensam mais no futuro em geral a juventude, ficam sujeitos à ansiedade e à fantasia. O medo do que vai ainda acontecer pode tornar-se mórbido e causar alienação. A competição pode gerar distúrbios emocionais que afetam sensivelmente a personalidade em formação, criando gerações neuróticas e paranoicas como já é o caso da juventude de alguns países ditos de primeiro mundo. Hoje a depressão jovem já é fato.

Na linha do pensamento-vertical temos a atenção voltada ao máximo para a percepção da realidade interna e externa do que estamos vivenciando no momento. É o que Dr. Nilson Ruiz Sanches chama em seu livro ARH - Auto-reprogramação Humana, de "presentificação" do pensamento. Não quer dizer absolutamente fato momentoso e sim, AGORA, MOMENTO, da meditação. O pensamento-vertical, o momento, o agora, aciona o pensamento racional e o pensamento intuitivo e aditaria o pensamento inspirado.

O pensamento-vertical nos coloca da melhor maneira dentro do contexto. Desenvolve o "músculo da atenção" favorecendo a concentração e a percepção da realidade interna, do momento envolto, da família, do grupo social, do mundo.

Auto analisando-se e 'presentificando-se'; realizando visualizações e abrindo a mente para o mundo espiritual (novos paradigmas para muitos), o ser humano se coloca inteiramente dentro do contexto em nível de Consciência Superior, queremos dizer Racional e Intuitivo Superiores.

Temos uma forma racional de pensar em nível de consciência inferior, o estado de sono e o superior em que o ser, centrado em si, faz o "nível de consciência de si".

Consciência de si é aquele nível no qual o ser humano deixou de ser apenas máquina, pois que conseguiu o "total controle da máquina".





Valdomiro Halvei Barcellos





Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/valdomiro/conducao-dos-nossos-pensamentos.html
Fonte da Gravura: http://www.morguefile.com/