sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A MENTE COMO MESTRE DOS SENTIDOS

Na história do Ramayana, a Rainha Kaikeyi cedeu às artimanhas egoístas de sua empregada e, como consequência, seu senhor, o rei Dasaratha, perdeu a vida. Rama, quem ela considerava como seu próprio sopro de vida, foi exilado para a floresta e Bharatha, seu filho, repudiou-a com o mesmo ato! Ela atraiu para si mesma a condenação de todas as pessoas no reino de Ayodhya.

A história é uma alegoria. Dasaratha é o corpo humano com os cinco sentidos da percepção e os cinco sentidos da ação - os dez carros ou Dasha-ratha. Ele casou-se com a Rainha, a mente, e a mente submeteu-se ao servo e causou a queda.

Isso nos ensina claramente o papel legítimo da mente como mestre dos sentidos. Se o mestre serve aos criados, então ele ou ela perde sua autoestima e decai na consideração de todos.




Sathya Sai Baba





Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

OPORTUNIDADES DE AUTO-EXPANSÃO

A estrutura hierárquica oferece uma excelente oportunidade de auto-expansão. Você pode querer a fraternidade, mas como pode haver fraternidade se você busca distinções espirituais? Você pode sorrir aos títulos mundanos; mas quando admite o mestre, o salvador, o guru no âmbito do espírito, não está transportando a atitude mundana? Pode haver divisões hierárquicas ou níveis de desenvolvimento espiritual na compreensão da verdade, na realização de Deus? O amor não admite divisões. Ou você ama, ou você não ama; mas não faça da falta de amor um longo processo determinado cujo fim é o amor. Quando você sabe que não ama, quando está consciente sem escolha desse fato, então há uma possibilidade de transformação; mas laboriosamente cultivar esta distinção entre o mestre e o aluno, entre aqueles que conseguiram e aqueles que não, entre o salvador e o pecador, é negar o amor. O explorador, que é explorado de volta, encontra um paraíso nesta escuridão e ilusão. A separação entre Deus ou a realidade e você é produzida por você mesmo, pela mente que se agarra ao conhecido, à certeza, à segurança. Esta separação não pode ser cruzada; não existe ritual, nem disciplina, nem sacrifício que possa levá-lo através disto; não há salvador, mestre, guru que possa levar você ao real ou destruir esta separação. A divisão não é entre o real e você; ela está em você mesmo. O essencial é compreender o crescente conflito do desejo; e essa compreensão surge apenas através do autoconhecimento e da constante consciência dos movimentos do ego.




J. Krishnamurti





Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: 
http://www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/16865761/Jiddu-Krishnamurti.html
http://fightlosofia.com/krishnamurti-en-imagenes-krishnamurti-in-pictures/