segunda-feira, 20 de abril de 2015

AIN - AIN SOF - AIN SOF OR

Os cabalistas mencionam, na Árvore Sefirótica e para além da Sefira Kether, um espaço a que chamaram Ain Sof Or: luz sem fim. Esse espaço é impenetrável: é o Absoluto, o Não-manifestado, de que não se tem qualquer noção e do qual Kether, enquanto Deus manifestado, é uma emanação.

A Divindade, tal como os cabalistas a compreendem, está para além da luz e das trevas, para além dos mundos criados. E, para exprimir ainda melhor este mistério da Divindade, além de Ain Sof Or eles conceberam uma região chamada Ain Sof (“sem fim”) e, além de Ain Sof, Ain (“sem”, "nada"). 

Na origem do universo há, pois, uma negação. Mas “sem”, "nada", que significa a ausência, a falta, não significa, porém, a não-existência. Ain não é o “não ser” tal como alguns imaginaram o Nirvana dos hindus. De fato, é exatamente o inverso. Ain Sof Or, tal como o Nirvana, é uma vida para além da criação, da manifestação, e tão para além que parece ser uma não-existência.

Ain Sof Or... Ain Sof… Ain... foi assim que os cabalistas procuraram explicar realidades que escapam ao nosso entendimento. É impossível falar sobre o Absoluto, mas nós devemos ter uma noção a seu respeito e agradecer a Deus, o nosso Pai Celeste que nos ama, que nos ajuda a crescer e que trabalha no nosso coração, pois, embora insuficientes, as palavras fazem-nos pressentir essa realidade.




Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: https://lvsitania.files.wordpress.com/2010/08/tolseedlife.jpg