sábado, 25 de abril de 2015

METÁFORAS - CULTO ÀS IMAGENS - MACROCOSMO NO MICROCOSMO

Muitas pessoas difamam o culto às imagens, mas sua base é realmente a capacidade da pessoa em ver o macrocosmo no microcosmo.

O valor da adoração de imagens é testemunhado pela experiência; ela não depende de uma faculdade imaginativa.

O que é encontrado na forma do Senhor (Virat-swarupa) também é encontrada, intacta e pura, sob a forma da imagem (Swarupa).

Imagens servem ao mesmo propósito que metáforas e comparações em poesia. Elas ilustram, ampliam e esclarecem.

A alegria não vem através da forma das coisas, mas através da relação estabelecida.

Não é qualquer criança, mas seu filho que faz a mãe feliz. Isso é assim com todas as coisas! Com cada coisa no universo, se alguém estabelece esse parentesco, esse Amor Divino (Iswara prema), então uma alegria avassaladora pode realmente ser vivida!

Só quem já sentiu isso pode entender.




Sathya Sai Baba





Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A FELICIDADE ESTÁ ONDE A POMOS, MAS NUNCA A POMOS ONDE NÓS ESTAMOS

(...) Na fase infantil, o ser humano estende a mão, de fato, mas é para receber e a sua palavra predileta é «dá-me!», e a maior alegria que se pode proporcionar à criança é a chegada do Natal ou do dia do seu aniversário para receber presentes. Na fase verdadeiramente adulta, e autoconsciente, a corrente inverte-se e a maior alegria dum espírito elevado é ofertar — por isso se diz que a maneira mais segura, mais rápida e mais radiante de ser feliz é pensar menos em si e fazer mais pelos outros.

O pior é que os adultos, em sua esmagadora maioria, permanecem teimosamente apegados à fase infantil, por isso não admira que sejam infelizes: o egoísmo prolongado para além da infância é fonte de extrema insegurança, o discernimento falha, o medo sobrepõe-se ao amor e o interesse próprio ao bem alheio. O desajuste é total porque quem assim se descaminhou vê-se de súbito rodeado de inimigos, ou pelo menos de competidores, e por isso o poeta brasileiro Vicente de Carvalho bem podia dizer, com lapidar desencanto:


A felicidade está onde a pomos,
mas nunca a pomos onde nós estamos.


A felicidade não é um fim em si, é uma consequência: não estamos neste mundo para alcançá-la a todo o custo, mas para aprender, e o caminho que conduz à perfeita alegria — a tal «perfeita alegria» cantada pelo Poverello — começa quando aprendemos a dar o estrito valor, e não mais do que esse, às posses materiais, compreendendo que a prosperidade não se equaciona apenas com uma grande conta bancária ou uma boa marca de automóvel, mas consiste antes de mais nada em ter a consciência do Cristo Interno permitindo que esse Divino Amor se difunda e se irradie através de nós, ou seja, em saber que dispomos de todos os meios, sobretudo espirituais, para usufruir os dons da natureza e sermos capazes de partilhá-los.

No Serviço de Templo da Fraternidade Rosacruz reza-se uma oração muito bonita que o diz duma forma singela, e da qual me permito transcrever algumas estrofes:


Não mais luz, Senhor, Vos peço,
Mas olhos para ver a existente;
Nem canções mais doces,
Mas, se o mereço, ouvidos para ouvir o som presente.

Nem mais forças, 
Mas apenas como usar o divino poder que já possuo;
Nem mais amor,
Mas o dom de transformar num gesto de carícia um esgar de amuo (mau humor).

Nem mais alegria, Senhor,
Mas sim sentir no meu íntimo a sua cálida presença,
Para poder aos demais distribuir
Quanto tenho de coragem e bem-querença.

Não mais dádivas, amado Deus, Vos peço,
Mas apenas o saber e a inspiração
De espalhar à minha volta com sucesso
As que tenho a transbordar do coração…
(...)




Antônio de Macedo





Fonte: do livro "Laboratório Mágico", cap. "O Pássaro Azul da Felicidade"
Fraternidade Rosacruz
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal