terça-feira, 19 de maio de 2015

UM PROBLEMA QUE O PENSAMENTO NÃO PODE RESOLVER

A sua consciência não é mais sua do que o seu pensamento. Não é um pensamento individual. O pensamento é coletivo, geral – desde o homem mais pobre, o menos instruído, simples, de um diminuto vilarejo até o mais sofisticado cérebro, o maior dos cientistas – todos eles pensam. O pensamento pode ser mais complexo, mas o pensar é generalizado, compartilhado por todos os seres humanos. Por conseguinte, não é o seu pensamento individual. Isso é bem difícil de ver e reconhecer como verdade, porque estamos muito condicionados como indivíduos. Todos os nossos livros religiosos, sejam cristãos ou muçulmanos ou quaisquer outros, todos sustentam e alimentam essa ideia, esse conceito de um indivíduo. Você precisa questionar isso. Você precisa descobrir a verdade deste assunto. (Mind Without Measure, p 37)

O ego é um problema que o pensamento não pode resolver. Tem que haver uma consciência que não está no pensamento. Estar consciente, sem condenação ou justificação, das atividades do ego – apenas estar consciente – é suficiente. Se você está consciente a fim de descobrir como resolver o problema, a fim de transformar, a fim de produzir um resultado, então está ainda dentro do campo do ego, do “eu”. Enquanto procurarmos um resultado, seja pela análise, pela conscientização, pelo exame constante de cada pensamento, estaremos ainda dentro do campo do pensamento, isto é, dentro do campo do “eu”, do ego, ou do que você quiser. Enquanto a atividade da mente existe, certamente não pode haver amor. Quando existe amor, não teremos problemas sociais. (What Are You Doing with Your Life?)






J. Krishnamurti






Fonte: http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura:
http://www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/16865761/Jiddu-Krishnamurti.html
http://fightlosofia.com/krishnamurti-en-imagenes-krishnamurti-in-pictures/ 

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA


Quando há apego, vem a preocupação, e com ela surge a necessidade de ter controle sobre tudo. Porém, quanto mais queremos controlar as pessoas ou as situações, mais elas nos escapam. Desapego não significa ignorá-las ou delas afastar-se, desapego é não se afetar negativamente com elas. Na consciência de ser um observador desapegado, procure estabilizar suas emoções e fique além do efeito dos acontecimentos externos.

Onde há desapego existe a habilidade para soltar. Há também amor e a capacidade de dar aos outros a oportunidade de serem eles mesmos. Minha própria atitude não exerce influencia. Assim os outros têm a chance de se expressar facilmente e naturalmente. Quando sou desapegado também sou amoroso. Com felicidade interior assisto tudo que a vida traz para a vida de cada um. Eu consigo ver as possibilidades internas que cada um tem para se tornar autoconfiante. O verdadeiro desapego dá uma chance aos outros de crescer.

Desapego é a virtude que me liberta de situações indesejáveis e pensamentos negativos. Desapego não é indiferença, apatia ou falta de energia, mas um estado que vem da força e da paz interior. Posso ser amoroso, feliz, cooperativo e ainda ter desapego. O verdadeiro desapego interior é a habilidade de pensar com clareza e estar imune ao que as pessoas pensam e falam sobre mim. Desapego me capacita a ter mais controle sobre o humor e o estado da minha mente. Também me ajuda a ser mais eficiente no trabalho e diante das situações difíceis ou emergenciais. Para ser desapegado preciso conhecer meus pensamentos e seus resultados. (BK Satyanarayana, The Power of Detachment, The World Renewal, 2009)

A dimensão interna de ser um observador desapegado é observar a nossa própria criação (pensamentos, sentimentos, emoções, atitudes e comportamentos) de forma independente. Mas quando não conseguirmos nos desapegar dos nossos pensamentos e emoções, eles se tornam nossos mestres. Eles fogem do nosso controle e vontade. Se isso acontecer, simplesmente pratique ser uma testemunha de tudo o que você está pensando e sentindo. Com o tempo você perceberá que essa é uma experiência que liberta e dá poder interior.

A dimensão externa da observação desapegada é a técnica de ser uma testemunha ou um observador das cenas e do mundo que nos rodeia. À medida que ficamos por detrás e vemos as cenas da vida sem estar ativamente envolvido, podemos ver o quadro completo de forma mais clara. Isso facilita o julgamento sobre qual é a melhor contribuição que podemos oferecer e qual é o papel mais adequado que podemos desempenhar a partir dos nossos pensamentos, palavras e ações.

Ser sábio sobre o significado da palavra agora é a arte de ver que cada momento tem seu valor próprio, mesmo que a experiência de tal momento não esteja conectada com qualquer uma de nossas ambições, metas ou preocupações mentais. O significado do tempo dos relógios não é nada quando comparado com a experiência de não sentir o tempo, de estar completamente presente e imerso na tarefa que está sendo realizada. (Mike George, From now to eternity, Purity, February, 2007)

Não há maior professor do que nosso próprio exemplo prático. Para realmente beneficiar outros eu preciso ser um exemplo. Isso significa que devo ser o primeiro a mudar. Quando eu mudo, meu exemplo inspira outros. Quando absorvo poder espiritual, conhecimento e experiência minha transformação pessoal traz benefício a todos. (365 Beautiful Thoughts, Brahma Kumaris, Canada)

Uma pessoa destemida sente-se sempre vitoriosa, quer haja sucesso ou não. Sem perder de vista seus objetivos, ela nunca se afasta de qualquer dever ou obrigação. Ao invés disso, ela enfrenta todas as situações e permanece sempre feliz e estável. Destemor depende da estabilidade mental. (Antonio Sequeira, Virtudes para uma nova consciência, Centro de Raja Yoga Brahma Kumaris de Lisboa, 1999)

Às vezes perdemos a força interior para tomar decisões. Parece mais fácil mover-se com a multidão do que escolher nossos próprios caminhos. Dualidade surge. Não queremos ser deixados de lado, mas também não concordamos com muitas coisas estranhas à nossa natureza. Sabemos que a paz é importante, mas ainda damos suporte a atitudes violentas. Entendemos o valor da felicidade, mas ainda nos apegamos ao que nos causa tristeza. A estabilidade vem quando decidimos fazer o que acreditamos ou temos certeza de estar correto. (Dadi Janki)

Deus remove a tristeza daquele que remove a tristeza dos outros. Compaixão é a raiz da bondade. Da compaixão surge o cuidado. Uma pessoa compassiva não suporta ver os outros sofrerem. Assim como a mãe esquece de si para cuidar de seus filhos, uma pessoa com compaixão serve com o coração esquecendo suas próprias questões. Torne sua atividade tão maravilhosa e útil ao mundo que a atenção de Deus se volte para você.





Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal