sábado, 27 de fevereiro de 2016

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

A diferença entre o que dizemos e o que fazemos, entre o que prometemos e o que realizamos, é como a drenagem de uma estrada. Assim como a água escorre através da drenagem, nosso poder nos escapa quando existe uma diferença entre nossas palavras e nossas ações. Para manter o poder interior pergunte a si todos os dias: meus pensamentos, palavras e ações estão alinhados?

A experiência profunda de paz é o estado original da alma. Quando estou nesse estado, sinto o fluxo do amor pela humanidade. Sinto um estado mais elevado do que normalmente chamaria felicidade: um estado de bem-aventurança. É quando eu atinjo esse estado que algo verdadeiramente milagroso pode acontecer. Quando estou nesse estado de completo descanso na consciência de alma, eu percebo que outra energia começa a fluir dentro de mim. Eu sinto força e um poder tão expansivo que nesse momento eu sei que não há nada que eu não possa fazer e nenhum lugar onde não possa ir. (Dadi Janki)

Meditação é a nutrição da sua natureza autêntica.
Meditação põe um freio na mente veloz.
Meditação muda a capacidade do coração de aceitar a vida como ela é.
Meditação não é batalhar com a mente, mas testemunhar a mente.
Meditação cria mais tempo do que gasta.
Em nenhum lugar o ser humano pode encontrar um retiro mais quieto do que sua própria alma.
Aquiete a mente e a alma falará.

Eu deixo todos os pensamentos de descontentamento de lado e lembro apenas do mais antigo, do mais intrínseco estado de ser. Eu me lembro dessa calma interna. Eu me lembro da minha consciência mais fundamental e um sentimento de felicidade e contentamento brota dentro de mim. Nesse estado, eu vejo cada um ser meu amigo. Eu sou meu próprio amigo. Eu estou profundamente quieto. Eu sou silêncio e estou completamente em paz. (Dadi Janki)

Muitas vezes agimos instantaneamente diante de uma situação. Mas aqueles que são bem sucedidos analisam a situação antes de agir. Tais pessoas anteveem o resultado de suas ações e por isso procuram fazer a coisa certa evitando contratempos futuros. Elas dão o melhor de si a cada escolha. Quando dou tempo para mim e penso antes de realizar qualquer ação, consigo ser claro em meu pensamento. As consequências da ação que desejo tomar ficam claras na minha mente e as decisões que tomo para superar a situação dão certo. Assim, o sucesso vem de forma fácil e segura.




Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

MÁGOAS - NÃO REGISTRANDO NEM OFENSA NEM LISONJA

É possível não registrar aquela ofensa no momento em que sou chamado de idiota? É possível não registrar nada, não só a ofensa, mas também a lisonja? É possível não registrar nem uma coisa nem outra? O cérebro foi treinado para registrar, pois nesse registro há segurança, proteção, uma sensação de vitalidade; nesse registrar, a mente cria a imagem de si mesma. E essa imagem ficará constantemente magoada. É possível viver sem uma única imagem de si mesmo, ou de seu marido, esposa, filhos, firma, ou dos políticos, dos sacerdotes ou do ideal – nem uma única sombra de imagem? É possível, e se não for descoberto você ficará sempre sendo ofendido, vivendo sempre num padrão em que não há liberdade. Quando você presta atenção completa não há nenhum registrar. É só quando há desatenção que você registra. Isto é: você me lisonjeia, eu gosto disso; o gostar naquele momento é desatenção, portanto o registro acontece. Mas se quando você me lisonjeia eu escutar completamente sem nenhuma reação, então não há nenhum centro que registra. (Questions and Answers, pp. 54-55)


O que é que fica magoado? Diz-se que sou eu que fico magoado. O que é esse “eu”? Desde a infância que se constrói uma imagem de si mesmo. Uma pessoa tem muitas, muitas imagens, não só as imagens que as pessoas lhe dão, mas também as imagens que a própria pessoa construiu: como americano – isso é uma imagem – ou como hindu, ou como especialista. Portanto o “eu” é a imagem que a pessoa construiu de si mesma, como um grande homem, ou um homem muito bom, e é essa imagem que fica magoada. A pessoa pode ter uma imagem de si mesma como um grande orador, escritor, ser espiritual, líder. Estas imagens são o núcleo da pessoa; quando a pessoa diz que está magoada, ela quer dizer que as imagens estão magoadas. Se alguém tem uma imagem de si mesmo e outra pessoa vem e diz: “Não seja idiota”, esse alguém fica ofendido. A imagem que foi construída acerca de si mesmo como não sendo idiota é o “eu”, e esse “eu” fica ofendido. A pessoa carrega essa imagem e essa ferida pelo resto da vida. (The Flame of Attention, p. 88)





J. Krishnamurti





Fonte: http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura:
http://www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/16865761/Jiddu-Krishnamurti.html
http://fightlosofia.com/krishnamurti-en-imagenes-krishnamurti-in-pictures/

domingo, 21 de fevereiro de 2016

A SABEDORIA DA MENTE

Como estudante de Teosofia se compreende que o corpo físico do homem é o seu veículo de consciência mais externo, e junto com esta consideração, também se compreende que interpenetrando este corpo físico há outros corpos que tornam possível ao ser humano contatar os planos mais sutis do nosso sistema solar.

É verdade que, no começo, apenas se tem uma compreensão intelectual da existência de um vasto mundo interno que nos rodeia, mas gradualmente, refletindo e meditando sobre esta realidade maravilhosa, um despertar começa a abrir novos horizontes, e se pode compreender lentamente que o homem é uma criatura que vive simultaneamente em três níveis de consciência.

Um fato muito interessante, que nos sugere o Sr. I. K . Taimni, é que os diferentes veículos do homem estão relacionados com cada um dos diferentes planos da Natureza, que a expressão da consciência é diferente de plano em plano e que parece funcionar em grupos de três veículos.

A consciência atua em cada um dos grupos de três veículos como um todo, constituindo assim uma unidade, embora cada unidade esteja subordinada e contida dentro de uma unidade maior do próximo plano de manifestação mais elevado ou interno.

Consequentemente, para o assunto de hoje, se considerará o grupo de veículos no qual a personalidade se expressa como constituída pelos corpos físico, emocional e mental inferior.

Como cada um destes três corpos está relacionado com cada um dos três planos inferiores – físico, emocional e mental inferior – é fácil chegar à conclusão de que cada um deles é basicamente a fonte de todos os fenômenos de consciência.

Resulta obvio chegar à conclusão da importância de estudar a maneira de regular as atividades destes corpos, tendo em vista o propósito de desenvolver as suas qualidades espirituais latentes com um método bem definido. Este propósito se expressa no Terceiro Objetivo da Sociedade Teosófica.

Poderíamos perguntarmos-nos, por que se tem que considerar este propósito? Porque inegavelmente este conhecimento de si mesmo, ainda que necessariamente limitado, será uma forma muito definida para moldar uma ferramenta valiosa em nossos esforços para atingir uma meta espiritual nobre.

A única forma para poder efetuar uma ajuda efetiva e satisfatória para o mundo é estar equipado plenamente, com todas as qualidades necessárias para esta tarefa.

No livro "Aos Pés do Mestre", de J. Krishnamurti, há orientações úteis e práticas de como se devem tratar os corpos da personalidade, dando ênfase ao fato de que se pode converter em um instrumento útil “como uma pena nas mãos de Deus”, da nossa natureza superior.

Tudo o que pertence ao corpo físico está sendo “descoberto” sistematicamente pela ciência; ainda há um longo caminho a percorrer nas investigações que estão ocorrendo e que levarão a novos “descobrimentos”.

Pode-se acrescentar que a ciência atual, que está indo além do meramente físico e outras disciplinas – entre as quais a Psicologia, que tem atuado amplamente neste campo – está tratando de encontrar uma resposta aos fenômenos claramente relacionados com os planos emocional e mental inferior.

A propósito, é inevitável a surpresa de quanto tem aumentado o interesse da Psicologia atual, nestes últimos anos, pelo tema da vida após a morte. Que outras surpresas poderão encontrar nesta investigação, não podemos presumir.

Desde que todo este conhecimento, que está relacionado aos planos internos nos quais estamos vivendo, somente se pode adquirir de uma maneira muito específica, isto é, por rigorosa autodisciplina e, como tudo que se obtenha dependerá do poder para responder às diferentes vibrações mais sutis, que correspondem a cada um dos planos internos, a consequência óbvia é que não se pode comunicar este conhecimento a outras pessoas, nem sequer formulá-lo por meio de um gráfico, como se faz usualmente com o conhecimento científico comum, que são ensinados sobre matérias do plano físico.

O enfoque teosófico sugere, desde o começo, que cada homem deve desenvolver suas próprias faculdades latentes e que tem de viver este conhecimento no centro de seu próprio ser. Aqui, estamos interessados em apresentar um conhecimento apoiado em uma explicação lógica e razoável, cujo único esforço será o de aceita-lo via intelecto.

Há algo mais importante do que apresentar o ponto de vista de que cada homem deve descobrir este segredo de ouro através da sua própria experiência pessoal?

A dificuldade que se tem de enfrentar é que parte do conhecimento dos mundos internos é incompreensível ao intelecto humano, porque se está somente acostumado a conceber fatos e ideias em um mundo tridimensional e, naturalmente, não se está familiarizado com a forma na qual a consciência se comporta nos mundos mais sutis, que têm um número crescente de dimensões.

É um fato muito claro que temos de aprender, por assim dizer, a “ir para dentro” ou “ir para cima”, sempre em direção a estes mundos internos e “ver” ou “perceber” com a nossa própria consciência, por nós mesmos.

Disseram-nos que à medida que se “entra” ou se “ascende” a estes mundos internos, gradualmente a visão interior deles não ocorrerá em termos de conceitos mentais, e que uma nova forma de consciência, que corresponderá ao desenvolvimento das faculdades latentes da pessoa, se fará presente no processo de penetração nos mundos que formam parte dos mistérios insondáveis de nosso Universo. Talvez esta etapa seja aquela que se descreve quando os corpos estão subordinados à Atma.

Todas estas definições podem parecer uma meta demasiadamente elevada para que se possa alcançar neste mundo físico. Você conheceu alguém que demonstrou estas qualidades apontadas? Podemos responder afirmativamente referindo-nos ao irmão N. Sri Ram, que foi um verdadeiro santo sobre a Terra.

É pertinente mencionar aqui que nossa motivação deve ser verdadeiramente inegoísta e que devemos nos aproximar deste objetivo com: “Uma vida limpa, uma mente aberta, um coração puro, um intelecto ardente…”, como expressou maravilhosamente H.P.B. em A Escala de Ouro.

Sem dúvida o homem tem uma constituição muito complexa porque, como se mencionou anteriormente, atua ou se expressa por meio dos seus vários veículos de consciência nos diferentes planos do Universo.

Enquanto a consciência estiver confinada na esfera da personalidade, nos identificamos normalmente com esta entidade ilusória que surge em cada encarnação e para todos os propósitos práticos, somos esta entidade e temos que compartilhar o seu destino.

Quando transferirmos nosso centro de consciência para um corpo mais elevado ou interno de nossa personalidade – o veículo mental inferior – então podemos descobrir que este foi formado através de milhares de encarnações e que, fundamentalmente, é um reflexo do passado, mesmo contendo a semente da entidade espiritual em si, que tem a possibilidade de expressar por si mesma a beleza dos mundos espirituais que existem além.

Nosso centro de consciência está constantemente mudando-se de um veículo para outro de nossa personalidade e, neste processo, nos identificamos a nós mesmos com cada corpo durante este período, permanecendo sob a ilusão “meu”.

É óbvio hoje em dia, como expressa a ciência, que toda matéria é uma, jamais se destrói, está sempre sofrendo uma transformação e também se regenera a si mesma para ser “reutilizada” outra vez. Esta é uma lei da Natureza. Isso, claro, se aplica o cada um dos corpos de nossa personalidade.

Quando isto é compreendido – não meramente através da crença ou sentimento – então nos tornamos conscientes de que realmente nada é privado ou pessoal e que cada um dos corpos da personalidade é parte do Uno, da mesma Realidade Primaria. Então a personalidade assume um novo papel na nossa vida.

Mesmo sabendo que o verdadeiro problema da vida espiritual consiste em transferirmos o centro de consciência, que agora está localizado na personalidade, para a Individualidade ou para a natureza superior em seu primeiro nível, chamado de corpo causal, isso não diminui a importância dos corpos da personalidade, que têm um papel fundamental a cumprir.

Já que a personalidade é um instrumento necessário, com o objetivo de relacionar-nos com os planos inferiores da manifestação, é muito comum ver como algumas pessoas vivem somente para as necessidades e indulgências do seu corpo físico; outras estão plenamente identificadas com os seus desejos e outras ainda consideram alegremente suas ideias e conceitos mentais como parte dos seus “eus”.

Isso dá uma nova importância ao corpo mental inferior, devido ao fato de que a mente pessoal é parte da Mente Universal ou Divina. “Como um homem pensa em seu coração, assim ele é”, diz a Bíblia. “O homem se converte no que ele pensa, pense portanto no Eterno”, é dito no livro "A Voz do Silêncio".

Toda função realizada em quaisquer dos veículos de consciência pode ser melhorada e aperfeiçoada pela prática e o corpo mental inferior não é uma exceção a esta regra.

Em síntese, se pode dizer que para desenvolver o corpo mental inferior é aconselhável treiná-lo, com a “inibição das modificações da mente”, como se indica nos Yoga-Sûtras de Patañjali, (I-2).

Podemos recordar também o Bhagavad Gita, no qual Arjuna expressa que a mente é difícil de controlar como o vento, e Krishna, para ensinar-lhe como controlar a mente, lhe recomenda “a prática constante” (Abhyasa) e “a ausência de desejos” (Vairagya).

Outro aspecto que se deve mencionar para o desenvolvimento do corpo mental inferior é o meio da construção sistemática de nosso caráter, com a regularidade na meditação e a prática das virtudes na vida diária.

Pode-se acrescentar também que o amor impessoal e inegoísta, a força mais poderosa que é conhecida no mundo, não somente fará crescer em tamanho e beleza o corpo mental inferior, como também se refletirá nas emoções e no corpo físico.

Então, o corpo mental inferior se converterá em uma mente sábia, tornando-se um centro de amor, de júbilo e de paz no mundo e irradiará esta Luz sobre todas as criaturas viventes, no mundo da manifestação, o que será, inegavelmente, um passo definitivo em busca de uma sociedade nobre.

Por acaso, o nosso mundo em geral, e cada criatura em particular não necessitam profundamente de amor, de júbilo e de paz?

Pode alguém conceber algo mais elevado do que este ideal nobre?





Alfredo Puig Figueroa






Fonte: VIII Congresso Mundial da Sociedade Teosófica, de 24 a 31 de julho de 1993, em Brasília/DF, Brasil. Tema: “Rumo a uma Mente Sábia e uma Sociedade Nobre”
http://www.teosofia-liberdade.org.br/a-sabedoria-da-mente/
Fonte da Gravura: Tumblr.com

NÃO HÁ NOVIDADE ALGUMA

Pediram a Osho: Osho, você poderia comentar sobre este poema de Rumi, que amo tanto:


Lá fora, a noite fria e deserta.
Esta outra noite interior se faz tépida, em brasas.
Deixe a paisagem cobrir-se com uma crosta espinhosa.
Temos um jardim delicado aqui dentro.
Os continentes foram arrasados, cidades e aldeias, tudo se torna uma bola calcinada e escurecida.
As novidades que ouvimos estão cheias de pesar por este futuro.
Mas a verdadeira novidade aqui dentro é que não há novidade alguma.


O poema de Mevlana Jalaluddin Rumi é lindo. Como sempre, ele só diz palavras lindas.

Ele é um dos poetas místicos mais importantes. Essa é uma combinação rara; há milhões de poetas no mundo e há pouquíssimos místicos, mas um homem que seja ambos é raramente encontrado.

Rumi é uma flor muito rara. É igualmente grande como poeta e como místico. Por isso sua poesia não é apenas poesia, não é apenas um lindo arranjo de palavras. Sua poesia contem imenso significado e aponta para a suprema verdade.

Ela não é entretenimento, mas iluminação.

Ele está dizendo: “Lá fora, a noite fria e deserta. Esta outra noite interior se faz tépida, em brasas.” O exterior não é o verdadeiro espaço para você estar. Fora, você é um estrangeiro; dentro, você está em casa. Fora, é uma noite fria e deserta. Dentro, é tépido, aconchegante.

Mas são muito poucos os afortunados que se movem do exterior para o interior. Eles esqueceram completamente que têm um lar dentro de si mesmos; eles o estão procurando, mas estão procurando no lugar errado. Procuram durante toda sua vida, mas sempre fora. Nunca param por um momento e olham para dentro.

“Deixe a paisagem cobrir-se com uma crosta espinhosa. Temos um jardim delicado aqui dentro.” Não fique preocupado com o que acontece do lado de fora. Dentro há sempre um jardim pronto para acolhê-lo.

“Os continentes foram arrasados, cidades e aldeias, tudo se toma uma bola calcinada e escurecida. As novidades que ouvimos estão cheias de pesar por este futuro.” Essas palavras de Rumi são hoje mais significativas, mais importantes do que quando as escreveu. Ele as escreveu há setecentos anos, mas hoje não são apenas simbólicas: elas se tornaram a realidade.

“Os continentes foram arrasados, cidades e aldeias, tudo se tomou uma bola calcinada e escurecida. As novidades que ouvimos estão cheias de pesar por este futuro. Mas a verdadeira novidade aqui dentro é que não há novidade alguma.”

Essa última sentença vem de um antigo ditado que diz: A ausência de notícia é sinal de que tudo está bem. Nasci numa pequena aldeia onde o carteiro só vinha uma vez por semana. E as pessoas tinham medo de que ele lhes trouxesse uma carta; ficavam contentes quando não havia carta alguma. E de vez em quando havia um telegrama para alguém. E simplesmente o boato de que alguém recebeu um telegrama era um choque tão grande para a aldeia que todos se reuniam... e apenas um homem sabia ler. Todos tinham medo: um telegrama? Isso significa uma má notícia. Senão, por que a pessoa deveria desperdiçar dinheiro com um telegrama?

Aprendi, desde minha infância, que a ausência de notícia é sinal de que tudo está bem. As pessoas ficavam felizes quando não recebiam notícia de seus parentes, de seus amigos ou de qualquer um. Isso significava que tudo ia bem.

Rumi está dizendo: As novidades que ouvimos estão cheias de pesar por este futuro. Mas a verdadeira novidade aqui dentro é que não há novidade alguma. Tudo está silencioso e tudo está lindo, tranquilo, extasiante como sempre esteve. Não há mudança alguma, portanto não há novidade.

Dentro é um eterno êxtase, sempre.

Vou repetir mais uma vez, para que essas linhas possam se tornar uma realidade em sua vida. Antes que isso aconteça, você deve atingir dentro de si esse lugar, onde nenhuma novidade jamais aconteceu, onde tudo é eternamente o mesmo, onde a primavera nunca vem e vai, mas sempre permanece; onde as flores estiveram desde o começo... se já houve algum começo... e haverão de estar até o fim... se houver algum fim. Na verdade, não há começo e não há fim, e o jardim é exuberante, verde e repleto de flores.

Antes que o mundo exterior seja destruído pelos seus políticos, penetre em seu mundo interior. Essa é a única segurança que resta, o único abrigo contra as armas nucleares, contra o suicídio global, contra todos esses idiotas que têm tanto poder de destruição.

Você pode, pelo menos, salvar a si mesmo.

Eu tinha esperança, mas à medida que os dias foram passando, fui conhecendo cada vez mais a estupidez do homem... ainda tenho esperança, mas somente por um velho hábito; na realidade meu coração aceitou o fato de que apenas algumas pessoas podem ser salvas. A totalidade da humanidade está determinada a se autodestruir, e essas pessoas... se você lhes diz como podem ser salvas, elas irão crucificá-lo, irão apedrejá-lo até a morte.

Percorrendo o mundo, ainda estou rindo, mas há uma tristeza sutil nisso. Ainda danço com vocês, mas já não é como mesmo entusiasmo de dez anos atrás.

Parece que os poderes superiores da consciência são impotentes contra os poderes mais baixos e feios dos políticos. O mais elevado é sempre frágil, como uma rosa; você pode destruí-la com uma pedra. Isso não significa que a pedra se torne mais elevada que a rosa, mas simplesmente que a pedra está inconsciente do que está fazendo.

As multidões estão inconscientes do que estão fazendo, e os políticos fazem parte da multidão. São seus representantes, e quando pessoas cegas estão conduzindo outras pessoas cegas, é quase impossível acordá-las, porque a questão não é apenas o sono... elas são cegas também.

Há tempo suficiente para despertá-las, mas não há tempo suficiente para curar seus olhos. Assim, agora me limitei completamente ao meu povo. Esse é meu mundo, porque sei que aqueles que estão comigo podem estar adormecidos, mas não são cegos. Eles podem ser acordados.




Osho





Fonte: "Sacerdotes e Políticos: A Máfia da Alma"
http://www.palavrasdeosho.com/
Fonte da Gravura: http://www.iosho.co.in/index.php/category/photos/

ENSINAMENTOS ESPIRITUAIS, NOVA VISÃO DE VIDA E COMPORTAMENTO CORRESPONDENTE

A descoberta de um ensinamento espiritual é, para muitas pessoas, uma causa de grandes alegrias. Finalmente, elas encontraram! Sim, mas as coisas não são assim tão simples. Ao aceitar um ensinamento espiritual, por mais elevado que ele seja, ao fim de um mês, seis meses, um ano, isso depende, pode suceder que surja nelas uma perturbação e, em vez de intensificarem o lado positivo, os seus esforços só desenvolvem o seu lado negativo. Por que? Porque cada ideia nova, cada estado de consciência novo, produz fermentações nos seres que não estão preparados para os receber. Jesus dizia: «Não se põe vinho novo em odres velhos; senão, os odres partem-se, o vinho derrama-se e os odres perdem-se; mas põe-se vinho novo em odres novos.» Os odres novos representam as formas sólidas, resistentes, que o ser humano deve preparar em si mesmo para ser capaz não só de suportar uma visão nova das coisas, mas também de adotar um comportamento correspondente.




Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ESTA PRECIOSA VIDA ATUAL NÃO DEVE SER JOGADA FORA

Aqueles que ficam agitados pelas dúvidas sobre o que aceitar e o que rejeitar, aqueles que estão cegos pela ilusão e aqueles que não conseguem distinguir entre escuridão e luz, morte e imortalidade - todos estes devem se aproximar de grandes pessoas que podem mostrar o caminho para compreender a verdade eterna - a base, por si própria, iluminada de toda a criação. Então, tanto este mundo como o céu se fundirão no mesmo esplendor! Por causa desta realização, deve-se ter um anseio profundo e uma prática firme, disciplinada. Este nascimento humano é a consequência de inúmeras boas ações, e não deve ser posto de lado; a chance deve ser plenamente explorada. Como a Kenopanishad diz: "Esta preciosa vida atual não deve ser jogada fora." Quando há tantas chances de salvar a si mesmo, não é uma grande perda desperdiçar todas? Para todos aqueles que são escravos de orgulho e de características animais, essa atenção ao tempo é o mais importante. Atraso é improdutivo; é tão ingênuo quanto começar a cavar um poço quando a casa pega fogo. (Prema Vahini, Capítulo 57)




Sathya Sai Baba





Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
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sábado, 20 de fevereiro de 2016

O ESFORÇO PARA REPARAR ERROS CARACTERIZA O VERDADEIRO ESPIRITUALISTA

Os humanos creem que têm um grande poder sobre eles mesmos: farão qualquer asneira, mas isso não terá qualquer consequência, bastar-lhes-á – pensam eles – um esforço da vontade para ficarem com a consciência tranquila. Coitados, depressa terão de constatar até onde vai o seu poder! Se agiram mal, façam o que fizerem, algo neles irá obscurecer-se, fragmentar-se, cada vez mais. Quem quer avançar na vida com segurança deve submeter os seus pensamentos, os seus sentimentos e os seus atos às leis da retidão, da integridade, do desapego. Assim que uma destas leis é transgredida, ele perde os seus poderes e só os recupera se reparar os erros que cometeu e retomar o caminho certo. Reconhece-se um verdadeiro espiritualista porque ele não só toma rapidamente consciência dos seus erros, mas também se apressa a corrigi-los. É nisto que reside o seu poder: no fato de admitir que se enganou e nos seus esforços para reparar logo que possível a situação.




Omraam Mikhaël Aïvanhov





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NECESSIDADE DO TRABALHO

Questões 679 a 681 - Necessidade do Trabalho

Respostas dos guias espirituais para Allan Kardec em O Livro dos Espíritos.


679. O homem que possui bens suficientes para garantirem a sua subsistência estará isento da lei do trabalho?

"Do trabalho material, talvez, mas não da obrigação de se tornar útil, de acordo com suas possibilidades, nem do dever de aperfeiçoar a sua inteligência ou a dos outros, o que também é trabalho. Embora o homem a quem Deus concedeu a posse de bens suficientes para assegurar sua existência não seja obrigado a alimentar-se com o suor do seu rosto, a obrigação de ser útil aos seus semelhantes é tanto maior para ele quanto maior tenha sido a cota de tempo livre que lhe coube adiantadamente para fazer o bem."


680. Não há homens que se encontram impossibilitados de trabalhar no que quer que seja e cuja existência é inútil?

"Deus é justo e só condena aquele que voluntariamente tornou inútil a sua existência, pois esse vive à custa do trabalho dos outros. Ele quer que cada um seja útil, de acordo com as suas faculdades." (ver questão 643*)


681. A lei da Natureza impõe aos filhos a obrigação de trabalharem para seus pais?

"Certamente, assim como os pais devem trabalhar para seus filhos. Foi por isso que Deus fez do amor filial e do amor paterno um sentimento natural, a fim de que, por essa afeição recíproca, os membros de uma mesma família fossem levados a se ajudarem mutuamente. Isto é ignorado com muita frequência na vossa sociedade atual." (ver questão 205**)


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*643. Haverá quem, pela sua posição, não tenha possibilidade de fazer o bem?

“Não há quem não possa fazer o bem. Somente o egoísta nunca encontra ensejo de o praticar. Basta que se esteja em relações com outros homens para que se tenha ocasião de fazer o bem, e não há dia da existência que não ofereça, a quem não se ache cego pelo egoísmo, oportunidade de praticá-lo. Porque, fazer o bem não consiste, para o homem, apenas em ser caridoso, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o seu concurso venha a ser necessário.”


**205. A algumas pessoas a doutrina da reencarnação se afigura destruidora dos laços de família, por fazê-los recuar a existências anteriores à existência atual.

“Ela os distende; não os destrói. Fundando-se o parentesco em afeições anteriores, menos precários são os laços existentes entre os membros de uma mesma família. Essa doutrina amplia os deveres da fraternidade, porquanto, no vosso vizinho, ou no vosso servo, pode achar-se um Espírito a quem tenhais estado presos pelos laços da consanguinidade.”

a) - Ela, no entanto, diminui a importância que alguns dão à genealogia, visto que qualquer um pode ter tido por pai um Espírito que haja pertencido a outra raça, ou que haja vivido em condição muito diversa.

“É exato; mas essa importância assenta no orgulho. Os títulos, a categoria social, a riqueza, eis o que esses tais veneram nos seus antepassados. Um, que se envergonharia de contar ser parente de um honrado sapateiro, orgulhar-se-ia de descender de um gentil-homem devasso. Digam, porém, o que disserem, ou façam o que fizerem, não mudarão as coisas sejam como elas são, que não foi consultando-lhes a vaidade que Deus formulou as leis da Natureza.”




Allan Kardec





Fonte: O Livro dos Espíritos. 76. ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1995.
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

O corpo é como um templo; a alma é como uma centelha de luz. O corpo é como um carro; a alma é como o motorista deste carro. O corpo e o cérebro são como um computador; a alma é quem programa e usa o computador. É dito que a alma é uma estrela minúscula que vive no centro da testa, entre as sobrancelhas. Aqueles que praticam a consciência da alma se tornam auto-soberanos. (B.K. Jagadish Chander, Easy Rajyoga, Brahma Kumaris Ishwariya Vishwa Vidyalaya, Mount Abu)

Assim como o galho de uma árvore carregada de frutos se inclina, aquele que está pleno internamente é humilde. Uma pessoa assim pode trazer benefício para muitos. A humildade dela a faz um doador em todas as situações. Ela torna tudo fácil para os outros, nunca cria obstáculos. Ela não quer nada para si porque já tem tudo que precisa. Aquele que é pleno transborda boas palavras e sentimentos.

Raja Yoga é um tipo de meditação onde sentamos na consciência da alma, reconhecemos a Alma Suprema e conectamos com Ela através de uma ligação mental de amor. Isso recarrega as baterias da alma e traz poder para a mudança desejada. Através do Raja Yoga, podemos retomar o controle sobre a mente e o poder para agir de acordo com a nossa intenção pura. É dito que aquele que conquista a mente pode governar o mundo.

Que vocês tenham pensamentos puros e positivos para os outros e assim transformem o negativo em positivo. Para permanecer poderosos, lembre-se de duas coisas: pensamentos puros para o eu e pensamentos positivos para os outros. Se vocês não têm pensamentos positivos para si então vocês não podem ter pensamentos positivos em relação aos outros. No momento atual prestem atenção a estes dois aspectos porque as pessoas não estão entendendo através de palavras. Procurem dar a elas as vibrações dos seus pensamentos puros e positivos e elas mudarão.




Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Tumblr.com

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

LIBERDADE DA OCUPAÇÃO

Pode a mente se libertar do passado, do pensamento – não do pensamento bom ou mau? Como eu descubro? Só posso descobrir vendo com o que a mente está ocupada. Se minha mente está ocupada com o bem ou ocupada com o mal, então ela está interessada apenas no passado, está ocupada com o passado. Ela não está livre do passado. Então, o importante é descobrir como a mente está ocupada. Se ela está de fato ocupada, é sempre com o passado, pois toda nossa consciência é do passado. O passado não está apenas na superfície, mas no nível mais elevado, e a tensão no inconsciente é também do passado. Pode a mente se libertar da ocupação? Isto significa, pode a mente ficar completamente sem ocupação e deixar a memória, os pensamentos bons e maus, passarem sem escolha? No momento em que a mente está ocupada com um pensamento, bom ou mau, então ela está interessada no passado. Se você realmente ouvir – não apenas verbalmente, mas realmente profundamente – então verá que existe uma estabilidade que não é da mente, que é a liberdade do passado. Contudo, o passado nunca pode ser posto de lado. Há um olhar ao passado conforme ele passa, mas não ocupação com o passado. Então a mente fica livre para observar e não para escolher. Onde há escolha neste movimento do rio da memória, há ocupação; e no momento em que a mente está ocupada, ela está presa no passado; e quando a mente está ocupada com o passado, ela é incapaz de ver alguma coisa real, verdadeira, nova, não contaminada.




J. Krishnamurti






Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura:
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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

CONSCIÊNCIA - O TRIBUNAL INTERIOR

Antes de emitir uma crítica em relação a alguém, começai por lançar um olhar lúcido sobre vós mesmos. Por que? Porque só se tem o direito de criticar uma fraqueza nos outros se se conseguiu vencê-la em si próprio. Sempre que fazeis um juízo negativo sobre alguém, vós próprios sois julgados. Por quem? Pela vossa consciência, pelo vosso tribunal interior. Há uma voz que se ergue em vós para vos perguntar: «E tu, que te pronuncias nesses termos, tens a certeza de que, de um modo ou de outro, não tens esse mesmo defeito?... Por que é que hás de juntar a essa fraqueza, de que tu próprio já és culpado, a falta de indulgência, a falta de amor? Não sentes que no teu coração, na tua alma, estás a perder algo de precioso?» É este o castigo infligido a quem julga os outros sem ter o direito de o fazer: há luzes que o deixam. E se alguns disserem que nunca ouviram esta voz, é porque fizeram tudo para se tornar surdos às suas censuras e aos seus conselhos. Se estiverem mais atentos, ouvi-los-ão.




Omraam Mikhaël Aïvanhov






Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

domingo, 14 de fevereiro de 2016

ANALOGIA DO INICIADO E O DIAMANTE


O diamante é considerado como a pedra mais preciosa. Ora, na origem, o que é o diamante? Carbono, que na grafite é negro. Pois bem, é esse carbono que, sob o efeito de uma imensa pressão e de uma forte temperatura, se transforma ao ponto de se tornar na mais brilhante de todas pedras: o diamante. Quando se fica maravilhado perante um diamante, só se considera a sua aparência e as qualidades que ele apresenta agora, não se tem em conta aquilo por que ele teve de passar para ter aquele brilho e aquela dureza, aquela resistência às agressões, que o tornam tão notável.

Do mesmo modo, quando se está perante um grande sábio, um grande Iniciado, fica-se maravilhado com a luz e a força que emanam dele, não se pensa nas dificuldades que ele teve de vencer para as conquistar. A história do Iniciado é, de alguma forma, análoga à do diamante. De início, talvez ele também não passasse de simples carbono, mas, graças às enormes pressões a que foi sujeito (as provações) e ao grande calor que produziu em si próprio (o seu amor), tornou-se um diamante, um puro raio de luz. E mesmo que, no seu corpo físico, ele ainda viva aqui na Terra, no plano espiritual brilha na coroa de um anjo, de um arcanjo, de uma divindade.




Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Tumblr.com

sábado, 13 de fevereiro de 2016

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

Quando há pureza há verdade dentro de você. Quando há verdade há paciência. Onde há paciência haverá sorrisos. Não haverá preocupação, pressa ou correria. Aquele que se preocupa faz tudo com pressa. Portanto, não corra! A paciência é muito boa. (Dadi Janki)

Quando há ego há sempre briga e discussão. Mas quando aceitamos cada um, a briga e a discussão terminam. Isto é chamado harmonia. Quando penso que estou certo e você está errado, conflito é criado. Harmonia é aceitar cada um. (Dadi Janki)

Ser sábio sobre o significado da palavra agora é a arte de ver que cada momento tem seu valor próprio, mesmo que a experiência de tal momento não esteja conectada com qualquer uma de nossas ambições, metas ou preocupações mentais. O significado do tempo dos relógios não é nada quando comparado com a experiência de não sentir o tempo, de estar completamente presente e imerso na tarefa que está sendo realizada. (Mike George, From now to eternity, Purity, February, 2007)

A razão para o descontentamento é a falta de realização. Quando uma pessoa está preenchida, ela é capaz de dar algo aos outros. Mas se falta algo, não é possível dar. Contentamento significa estar preenchido. Deus está sempre preenchido, por isso Ele é chamado de Oceano. Um rio às vezes seca, mas oceanos não. Torne-se então um mestre oceano como o Pai. Seja contente e dance de felicidade. Assim não haverá conflito nos seus relacionamentos. E mesmo que haja conflito com alguém, você não se afetará por isso. Obstáculos ou confusão serão como um jogo. Mesmo problemas serão um meio de diversão porque você tem conhecimento. Devido a sua fé constante, você será sempre vitorioso e contente.




Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
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domingo, 7 de fevereiro de 2016

POR QUE SOFREMOS?

Por que o homem sofre?

O homem sofre por causa de seu desejo ardente, desejo de possuir aquilo que não pode ser possuído e desejo de manter as coisas que são essencialmente transitórias para sempre consigo.

E a mais importante dessas coisas é seu próprio ego, sua própria persona.

Mas todas as coisas são transitórias.

Exceto pela mudança em si, tudo muda.

Na verdade, nada é porque tudo é somente um processo, então assim que alguém tenta possuir qualquer coisa, ela escorrega e se vai.

O possuidor em si está escorregando e indo constantemente!

Então há frustração, e então há sofrimento.

Conheça isto bem, entenda isto bem e não haverá sofrimento porque então você levantou a raiz.




Osho





Fonte: "Uma Xícara de Chá"
Palavras de Osho
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Fonte da Gravura: http://www.iosho.co.in/index.php/category/photos/

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

A religião natural da natureza é o ritmo de equilíbrio e ordem. Seus padrões e leis deveriam sustentar nossas vidas. Porém, de forma desrespeitosa, a interferência humana está produzindo desordem. O respeito pela natureza não deveria apenas vir do medo das consequências de não a tratarmos com respeito, mas da humildade que os seres humanos precisam para entender e aplicar. Humildade é a abertura para aprender. Ela nos torna flexíveis e sem-ego. Ela nos faz entender que há leis maiores do que as leis feitas pelo homem. É bom admitir que não sabemos tudo – ainda há coisas para descobrir. Não podemos nos apropriar da Terra, do mar e do céu. Eles são nossos quando os respeitamos.

Para fortalecer e aumentar o respeito a si e aos outros é preciso ressaltar o significado do respeito por Deus. Não aquele conceito tradicional de Deus associado ao medo, punição e culpa que separou a humanidade Dele, mas um Deus que é o doador divino, o coordenador da harmonia espiritual, aquele que eternamente mantem os valores espirituais da vida humana. Não um manipulador mas aquele que facilita a distribuição desses valores a todos aqueles que - com honestidade e respeito por seus companheiros - desejam ser e fazer o que é correto.

Praticar a força de vontade é escolher os traços positivos dentro de nós para superar hábitos indesejáveis. Quando assimilamos boas qualidades e fortalecemos aquelas que já temos fica fácil ajustar nossas vidas. Mas como podemos fazer isso? Esforçando-se conscientemente para ficar mais calmo e racional e fazer decisões ponderadas ao invés de decisões impulsivas e emocionais. Para esse esforço é preciso força de vontade. Quando desenvolvemos o hábito de olhar para nossos pensamentos e emoções - e identificar porque eles vêm - gradualmente desenvolvemos a habilidade para controlá-los. (BK Satyanarayana, The Power of Detachment, The World Renewal, 2009)

As pessoas ensinam com a cabeça, Deus ensina com o coração. Ele refresca o intelecto e nos liberta de pensar demais. Seu amor nos fortalece e nos capacita a tornar insignificantes as situações difíceis. Aqueles que aprendem com Deus desenvolvem a sensibilidade de entender o real significado por trás de cada situação. Eles entendem com o coração e aceitam com a mente. Um problema do tamanho de uma montanha torna-se tão minúsculo como uma semente de mostarda. Quando tornamos Deus nosso professor, removemos a palavra dificuldade do nosso dicionário.

O mundo está repleto de maravilhas! Mas a maior de todas elas é a mente humana. O esboço de tudo que as pessoas constroem é primeiro formado na mente para depois tomar uma forma concreta. História, ciência, negócio, cultura e comércio, na verdade, todo o conhecimento e os sistemas do mundo são a projeção e a realização de pensamentos nascidos na mente. Se ao concentrar-se na matéria a mente pode trazer tais maravilhas e alcançar tais poderes físicos, o que então ela não pode atingir ao se concentrar em si mesmo e no Supremo!




Brahma Kumaris






Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

OS FATORES DO MEDO 6

(…) Quando a mente não está presa no conflito dos opostos, ela é capaz de discernir sem escolha o processo do “eu” em sua íntegra. Enquanto esse processo continuar, tem de haver medo, e a tentativa de fugir dele apenas aumenta e fortifica o processo. Se vos quiserdes libertar do medo, deveis compreender plenamente a ação nascida da carência. (Palestras em Ommen, Holanda, 1936, p. 42)

Todos os opostos devem criar conflito por serem essencialmente ininteligentes. O homem medroso desenvolve a bravura. Esse processo de desenvolver a coragem é, realmente, uma fuga ao medo; se, porém, ele discernir a causa do medo, este cessará naturalmente. (…) (Palestras em Nova York, Eddington, Madras, 1936, p. 12)

O problema, portanto, não é de como libertar a mente do temor, ou de como tê-la tranquila, para dissolver o temor, mas se o medo pode ser compreendido. Embora eu tenha medo de várias coisas (…) esse medo, em si, é resultado de um processo total (…) Isto é, o “eu”, o ego, em sua atividade, “projeta” o medo. A substância é o pensamento concernente ao “eu”, e sua sombra é o medo; e, evidentemente, não adianta batalhar contra a sombra, a reação. (…) (Percepção Criadora, p. 108-109)

Quando há alguma oculta sombra de medo, ela deforma todo o pensamento, toda a vida, destrói a afeição, o amor e, portanto, temos de realmente entendê-lo. (…) (Talks and Dialogues, Sidney, Austrália, 1970, p. 38)

Vamos, portanto, examinar a questão do que fazer em relação ao medo. Se não resolvermos esse medo, viveremos na escuridão, (…) na violência. Uma pessoa que não tem medo não é agressiva; um ser humano que não tenha nenhum sentimento de medo, de espécie alguma, é verdadeiramente livre e pacífico. (O Mundo Somos Nós, p. 64)

O pensamento criou um centro, o “eu”; eu, minha pátria, minha opinião, meu Deus, minha experiência, minha casa. (…) Eis o centro de onde agis. Esse centro divide. Esse centro e essa divisão são as causas do conflito (…) Vós observais desse centro e continuais nas garras do medo, porque o centro se separou da coisa a que chama “medo”; diz ele: “quero livrar-me do medo”, “quero analisá-lo”, “quero dominá-lo” (…) etc.; com ele estais tornando mais forte o medo. (Fora da Violência, p. 62)

Pode a mente olhar o medo sem esse centro? Podeis olhar o medo sem lhe dar nome? No momento em que dais nome a qualquer coisa, a separais de vós. Podeis, pois, observar sem aquele centro, sem dar nome à coisa chamada “medo”, no momento em que surge? Isso requer extraordinária disciplina, porque, então, a mente está olhando sem o centro a que se habituou, e o medo, tanto o oculto como o manifesto, está acabado. (Idem, p. 62-63)





J. Krishnamurti






Fonte: http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura:
http://www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/16865761/Jiddu-Krishnamurti.html
http://fightlosofia.com/krishnamurti-en-imagenes-krishnamurti-in-pictures/

OS FATORES DO MEDO 5

Alguém viveu uma vida individualista, preocupado consigo mesmo e com os seus problemas. Esses problemas nunca acabam, eles aumentam. A pessoa viveu esse tipo de vida. Ela foi criada, educada, condicionada para esse tipo de vida. Você se aproxima como amigo e me diz: “Olhe, sua consciência não é sua; você sofre como as outras pessoas sofrem”. Eu escuto isso e não rejeito o que você diz, pois isso tem sentido, é razoável, e percebo que no que você me disse pode haver paz no mundo. E digo para mim mesmo: “Posso livrar-me do medo?” Percebo que sou responsável, completamente, pela totalidade da consciência. Percebo que, quando estou investigando o medo, estou ajudando a totalidade da consciência humana a reduzir o medo. (The Network of Thought, pp. 70-71)

Medo e prazer são os dois lados de uma moeda: você não pode livrar-se de um, sem se livrar do outro também. Você quer ter prazer toda a vida e também ficar livre do medo – é só com isso que você se preocupa. Mas você não vê que fica frustrado se o prazer de amanhã lhe for negado, você se sente irrealizado, raivoso, ansioso e culpado, e todos os sofrimentos psicológicos vêm à tona. Portanto, você deve olhar para o medo e para o prazer juntos. (The Impossible Question, pp. 50-51)

Estivemos considerando o problema do medo. Vimos que a maioria de nós tem medo, e que o medo impede a iniciativa, porque faz com que nos apeguemos às pessoas e às coisas, da mesma forma que uma planta trepadeira se apega a uma árvore. Apegamo-nos aos pais, aos maridos, aos filhos, às filhas; às esposas e às nossas posses. (…) (O Verdadeiro Objetivo da Vida, pp. 30-31)

(…) Esta é a forma exterior do medo. Estando interiormente amedrontados, receamos ficar sós. Podemos ter muitas roupas, jóias ou outras propriedades; mas, interiormente, psicologicamente, estamos muito pobres. Quanto mais pobres interiormente, tanto mais procuramos enriquecer exteriormente, apegando-nos a pessoas, a uma posição, às propriedades. (Idem, p. 31)

Que entendemos por medo? Medo de que? Medo de não ser? Medo do que sois? Medo de perder, de ter prejuízo? O medo, quer consciente, quer inconsciente, não é abstrato: ele só existe em relação com alguma coisa. (…) Temos medo de estar inseguros (…) economicamente (…) interiormente. Isto é, tememos a solidão, (…) o ser nada (…) (Por que não te Satisfaz a Vida?, p. 32)

Desejo falar sobre o medo, porque o medo perverte todos os nossos sentimentos, pensamentos e relações. É o temor que impele a maioria de nós a tornar-nos (…) “espiritual”; é ele que nos impulsiona para as soluções intelectuais que tantos oferecem; é ainda o temor que nos leva a praticar ações estranhas e peculiares. (…) O medo existe por si só? Ou só há medo em consequência do pensamento (…)? (O Passo Decisivo, p. 234)

Assim, o que agora me cabe inquirir é como ficar livre do temor inspirado pelo conhecido, que é o temor de perder minha família, minha reputação, meu caráter, meu depósito no banco, meus apetites, etc. Direis que o temor surge da consciência; mas vossa consciência é formada pelo vosso condicionamento, pode ser insensata ou sensata; a consciência, pois, também é resultado do conhecido. (…) (Que Estamos Buscando?, p. 94)

Existe temor enquanto há acumulação do conhecido, que gera o medo de perder. Por conseguinte, o temor do desconhecido é, na realidade, o medo de perder o conhecido, por nós acumulado. A acumulação, invariavelmente, importa em temor, o qual por sua vez importa em sofrimento; (…) (Idem, p. 95)

Nasce o temor quando desejo permanecer em determinado padrão. Viver sem temor significa viver sem padrão algum. Quando desejo determinada maneira de viver, esse desejo, em si, é uma fonte de temor. (…) Não posso quebrar o molde? Só posso quebrá-lo ao perceber essa verdade; que o molde está causando temor, e que o temor está reforçando o molde. (…) (Idem, p. 96)

O medo é tempo psicológico. Não há medo, quando não temos o tempo psicológico. (…) Nasce o medo quando o pensamento se projeta no futuro, ou se compara com o que ele próprio foi no passado. Psicologicamente, o tempo é pensamento, tanto consciente como inconsciente; e é o pensamento que cria o medo. (O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., p. 22)

(…) O medo está sempre em relação com alguma coisa, não existe sozinho. Temos medo do que ontem sucedeu e que pode repetir-se hoje. (…) O pensar a respeito da dor de ontem “projeta” o medo de tornar a senti-la amanhã. Por conseguinte, é o pensamento que produz o medo. O pensamento gera o medo, e também cultiva o prazer. Para compreenderdes o medo, precisais compreender também o prazer, ambos estão relacionados. (Fora da Violência, p. 60-61)

Há medo do escuro (…) do marido ou da mulher, ou do que os “outros” dizem, ou pensam ou fazem; medo da solidão ou do vazio da vida, do tédio (…); medo do futuro, da incerteza e insegurança do amanhã (…); (…) da morte, do findar da vida. Há temores em inúmeras formas – tanto neuróticos, como racionais, sãos. (…) A maioria de nós teme neuroticamente o passado, o hoje e o amanhã; de maneira que o tempo está implicado no medo. (Fora da Violência, p. 58)

Há não só temores conscientes, (…) mas também temores profundamente jacentes, ocultos nos recessos profundos da mente. Como investigar tanto os temores conscientes como os ocultos? O medo, por certo, é um movimento de afastamento de “o que é”; é fuga, evasão, evitação da realidade, de “o que é”. Essa fuga é que produz o medo. Também, quando há qualquer espécie de comparação, cria-se medo (…) O medo, pois, se encontra no movimento de afastamento do real. (…) (Idem, p. 58)

O medo destrói a liberdade. (…) O medo perverte todo pensamento, destrói toda relação. (…) Medo da opinião pública, (…) de não ser bem sucedido, medo da solidão, (…) de não ser amado; e há ainda o comparar-nos a nós próprios com o herói do que “deveria ser” (…) (O Mundo Somos Nós, p. 114)

O temor existirá sob diferentes formas, grosseira ou sutilmente, enquanto existir o processo auto-ativo da ignorância, gerado pelas atividades de carência. (…) Se existir medo não pode haver inteligência, e, para despertar a inteligência, é preciso compreender plenamente o processo do “eu” na ação. (Palestras em Ommen, Holanda, 1936, p. 41-42)





J. Krishnamurti






Fonte: http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura:
http://www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/16865761/Jiddu-Krishnamurti.html
http://fightlosofia.com/krishnamurti-en-imagenes-krishnamurti-in-pictures/

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

AS OPORTUNIDADES DIANTE DE NÓS

A Arte de Enxergar Lições em Toda Parte
  

“Tu podes criar neste ‘dia’ as tuas
possibilidades para o teu ‘amanhã’. Na
‘Grande Jornada’, as causas plantadas
a cada hora produzem, cada uma, a sua
colheita de efeitos; porque uma rígida
Justiça rege o Mundo. Com o impulso
poderoso de uma ação que jamais erra, ela
traz vidas de felicidade ou de sofrimento
para os mortais, resultados cármicos de todos
os nossos pensamentos e ações anteriores.”

Helena P. Blavatsky [1]



Bem-aventurança infinita e harmonia total: essa é a substância essencial da vida. A lei eterna do equilíbrio e da verdade nos rodeia por todos os lados. Caminhamos sobre ela. Ela é a meta dos nossos esforços. Ela também habita nosso coração e o ar que respiramos.

Mas somos como peixes que navegam por um oceano infinito e não têm consciência disso. Estamos rodeados de infinitas possibilidades em todos os aspectos, e temos a impressão de que é difícil localizá-las e aproveitá-las para expandir o contato com nossa natureza original.

Em consequência disso, a tarefa de identificar as sementes do bem e fazê-las germinar é um dos grandes testes colocados diante do ser humano.

Três dos principais axiomas da filosofia esotérica podem ser colocados em palavras bastante simples, e deles os dois primeiros estavam inscritos na entrada do oráculo de Delfos, na Grécia antiga:

* “Nada em excesso”;
* “Conhece-te a ti mesmo”; e
* “Percebe tua oportunidade”.

Há uma estreita relação entre esses conselhos. É preciso, em primeiro lugar, viver com uma calma moderação interior para, em segundo lugar, conhecer a si mesmo.[2] Essas duas condições permitem ao aprendiz identificar, em terceiro lugar, as oportunidades no caminho da sabedoria.

O ser humano é contraditório. Sua vida é território de uma constante luta entre acertos e erros. Desperdiçamos grande parte do nosso potencial de felicidade, criamos problemas para nós mesmos e para os outros, e temos de fazer um esforço para aceitar a verdade quando ela contraria nossas opiniões ou ameaça nossa comodidade ou nossas rotinas preferidas.

Viver é perigoso. Há oportunidades para fazer o bem e há oportunidades negativas ou ilusórias. O desejo, assim como a vontade, tende a produzir as oportunidades que levam à sua materialização.

Quando o estudante de filosofia pratica uma auto-observação honesta e a faz à luz do ideal do autoaperfeiçoamento humano, ele enxerga as oportunidades ilimitadas de fazer o bem, trilhar o caminho da sabedoria e  alcançar a libertação através do altruísmo.

Na medida em que isso ocorre damos passos positivos, temos gestos nobres e elevados, construímos situações saudáveis e aprendemos a amar com altruísmo. Quanto mais o tempo passa, mais aprendemos a aprender. No século 19, um raja-iogue dos Himalaias escreveu o seguinte à sua discípula Laura Holloway, sobre a arte de aproveitar oportunidades positivas:

“Trate, filha, de aprender uma lição através de quem quer que seja que ela possa estar sendo dada. ‘Até mesmo as pedras podem pregar sermões.’ Não seja demasiado ansiosa por ‘instruções’. Você sempre obterá o que necessita se o merecer, mas não mais do que merece ou estiver apta a assimilar...” [3]

Porém, para aproveitar as possibilidades que a vida coloca diante de nós, são necessárias pelo menos três coisas:

A) Saber o que queremos;

B) Ter olhos para ver as lições ocultas sob as aparências externas;

C) Possuir uma serena autoconfiança.

Émile Coué, que formulou o método da autossugestão consciente, afirmou o seguinte, na primeira parte do século 20:

“Aquele que parte na vida com a firme intenção de alcançar um objetivo fatalmente o conseguirá, porque tudo fará para alcançá-lo. Se uma só oportunidade se lhe apresenta, por duvidosa que seja, mesmo assim não a deixa passar. Ademais, inconscientemente ou não, dá lugar a que sucedam acontecimentos  que lhe são propícios. Aquele que, ao contrário, duvida de si mesmo, jamais alcançará coisa alguma. Pode ter carradas de oportunidades bem favoráveis, mas não as enxergará, não poderá segurar uma só, por mais simples que seja o esforço para alcançá-la.” [4]

Os cidadãos menos atentos chamam de “bom” o que é agradável, e de “ruim” o que não é agradável.   Esta visão das coisas é superficial e a médio prazo produz mais sofrimento. O pensador Robert Crosbie, fundador da Loja Unida de Teosofistas, escreveu:

“... Digamos que nada é bom e nada é mau, mas tudo é oportunidade - a melhor oportunidade possível, porque a alma sabe o que ela necessita para aumentar seus poderes e manter sua energia.”

E Crosbie acrescentou:

“Nós às vezes não reconhecemos nossas oportunidades, porque elas surgem a cada momento do tempo. Cada acontecimento é uma oportunidade - até mesmo a passagem das pessoas na rua e os pensamentos e sentimentos que elas despertam em nós. Seja o que for que nós sentirmos em relação aos outros, sejam quais forem nossas relações com eles, nosso contato com eles, nossas relações familiares, nossas relações sociais, profissionais, e nacionais - todas essas são oportunidades que podem ser aproveitadas de várias maneiras; cada uma delas constitui Carma. Nosso contato com a Sabedoria Divina (Teosofia) constitui uma oportunidade cármica.” [5] 

O contato sincero com a filosofia esotérica autêntica significa uma oportunidade de ouro. Aproveitá-la, porém, é algo que requer paciência e uma visão de longo prazo da vida.

Uma certa humildade será necessária para aceitar o fato de que a capacidade de identificar, assimilar e vivenciar lições só cresce pouco a pouco ao longo dos anos. Por outro lado, cada passo dado na direção correta é perfeitamente válido e completo em si mesmo, e muda para melhor algum aspecto do nosso presente e do nosso futuro.  A meta é longínqua e todo progresso sincero na direção dela deve ser celebrado.


NOTAS:

[1] “A Voz do Silêncio”, Helena P. Blavatsky,  edição online de  www.FilosofiaEsoterica.com, Fragmento II,  página 21.  

[2] Veja o item Sete Sábios, em “Dicionário Oxford de Literatura Clássica Grega e Latina”, Paul Harvey, Jorge Zahar Editor, RJ.

[3] “Cartas dos Mestres de Sabedoria”, compiladas por C. Jinarajadasa, Ed. Teosófica, Brasília, Seção de Cartas Para e Sobre Laura Holloway, ver Carta II, p. 147. Neste trecho, o mestre chama atenção para o fato de que a relação entre instrutor e discípulo ocorre sempre fundamentalmente além do verbal e do visual. O discípulo deve ter os olhos bem abertos para distinguir o ensinamento e a inspiração em qualquer aspecto da vida. 

[4] “O Domínio de Si Mesmo Pela Auto-Sugestão Consciente”, Émile Coué, Ed. Martin Claret, SP, 2002, ver p. 83.

[5] Citado na  revista “The Theosophical Movement”, Theosophy Company, Mumbai, Índia, Fevereiro 2005, p. 144.  





Carlos Cardoso Aveline






Fonte do Texto e da Gravura:
http://www.helenablavatsky.net/2012/11/as-oportunidades-diante-de-nos.html