sábado, 20 de fevereiro de 2016

NECESSIDADE DO TRABALHO

Questões 679 a 681 - Necessidade do Trabalho

Respostas dos guias espirituais para Allan Kardec em O Livro dos Espíritos.


679. O homem que possui bens suficientes para garantirem a sua subsistência estará isento da lei do trabalho?

"Do trabalho material, talvez, mas não da obrigação de se tornar útil, de acordo com suas possibilidades, nem do dever de aperfeiçoar a sua inteligência ou a dos outros, o que também é trabalho. Embora o homem a quem Deus concedeu a posse de bens suficientes para assegurar sua existência não seja obrigado a alimentar-se com o suor do seu rosto, a obrigação de ser útil aos seus semelhantes é tanto maior para ele quanto maior tenha sido a cota de tempo livre que lhe coube adiantadamente para fazer o bem."


680. Não há homens que se encontram impossibilitados de trabalhar no que quer que seja e cuja existência é inútil?

"Deus é justo e só condena aquele que voluntariamente tornou inútil a sua existência, pois esse vive à custa do trabalho dos outros. Ele quer que cada um seja útil, de acordo com as suas faculdades." (ver questão 643*)


681. A lei da Natureza impõe aos filhos a obrigação de trabalharem para seus pais?

"Certamente, assim como os pais devem trabalhar para seus filhos. Foi por isso que Deus fez do amor filial e do amor paterno um sentimento natural, a fim de que, por essa afeição recíproca, os membros de uma mesma família fossem levados a se ajudarem mutuamente. Isto é ignorado com muita frequência na vossa sociedade atual." (ver questão 205**)


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*643. Haverá quem, pela sua posição, não tenha possibilidade de fazer o bem?

“Não há quem não possa fazer o bem. Somente o egoísta nunca encontra ensejo de o praticar. Basta que se esteja em relações com outros homens para que se tenha ocasião de fazer o bem, e não há dia da existência que não ofereça, a quem não se ache cego pelo egoísmo, oportunidade de praticá-lo. Porque, fazer o bem não consiste, para o homem, apenas em ser caridoso, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o seu concurso venha a ser necessário.”


**205. A algumas pessoas a doutrina da reencarnação se afigura destruidora dos laços de família, por fazê-los recuar a existências anteriores à existência atual.

“Ela os distende; não os destrói. Fundando-se o parentesco em afeições anteriores, menos precários são os laços existentes entre os membros de uma mesma família. Essa doutrina amplia os deveres da fraternidade, porquanto, no vosso vizinho, ou no vosso servo, pode achar-se um Espírito a quem tenhais estado presos pelos laços da consanguinidade.”

a) - Ela, no entanto, diminui a importância que alguns dão à genealogia, visto que qualquer um pode ter tido por pai um Espírito que haja pertencido a outra raça, ou que haja vivido em condição muito diversa.

“É exato; mas essa importância assenta no orgulho. Os títulos, a categoria social, a riqueza, eis o que esses tais veneram nos seus antepassados. Um, que se envergonharia de contar ser parente de um honrado sapateiro, orgulhar-se-ia de descender de um gentil-homem devasso. Digam, porém, o que disserem, ou façam o que fizerem, não mudarão as coisas sejam como elas são, que não foi consultando-lhes a vaidade que Deus formulou as leis da Natureza.”




Allan Kardec





Fonte: O Livro dos Espíritos. 76. ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1995.
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

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