sábado, 6 de agosto de 2016

JUSTIÇA NA ESPIRITUALIDADE


Como atua o mecanismo da Justiça no Plano Espiritual?

No Mundo Espiritual, decerto, a autoridade da justiça funciona com maior segurança, embora saibamos que o mecanismo da regeneração vige, antes de tudo, na consciência do próprio indivíduo. Ainda assim, existem aqui, como é natural, santuários e tribunais, em que magistrados dignos e imparciais examinam as responsabilidades humanas, sopesando-lhes os méritos e deméritos. A organização do júri, em numerosos casos, é aqui observada, necessariamente, porém, constituída de espíritos integrados no conhecimento do Direito, com dilatadas noções de culpa e resgate, erro e corrigenda, psicologia humana e ciências sociais, a fim de que as sentenças ou informações proferidas se atenham a precisa harmonia, perante a Divina Providência, consubstanciada no amor que ilumina e na sabedoria que sustenta.

Há delinquentes tanto no Plano Terrestre quanto no Plano Espiritual, e, em razão disso, não apenas os homens recentemente desencarnados são entregues a julgamento específico, sempre que necessário, mas também as entidades desencarnadas que, no cumprimento de determinadas tarefas, se deixam, muitas vezes, arrastar por paixões e caprichos inconfessáveis.

É importante anotar que quanto mais inferior é o grau evolutivo dos culpados, mais sumário é o julgamento pelas autoridades cabíveis, e, quanto mais avançados os valores culturais e morais dos indivíduos, mais complexo é o exame dos processos de criminalidade em que se emaranham, não só pela influência com que atuaram nos destinos alheios, como porque o Espírito, quando ajustado à consciência dos próprios erros, ansioso de reabilitar-se perante a vida e diante daqueles que ama, suplica por si mesmo a sentença regenerativa que reconhece indispensável à própria restauração.





Francisco Cândido Xavier / André Luiz





Fonte: do livro "Apostilas da Vida", Ed. IDE
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

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