sábado, 7 de maio de 2016

A INTUIÇÃO NÃO PODE SER EXPLICADA CIENTIFICAMENTE

A intuição não pode ser explicada cientificamente porque o fenômeno em si é irracional e não científico. O próprio fenômeno da intuição é irracional. Em termos coloquiais, parece certo perguntar: “A intuição pode ser explicada?” Mas isso quer dizer: “A intuição pode ser reduzida ao intelecto?” E a intuição é algo além do intelecto, algo que não faz parte do intelecto, algo que vem de algum lugar onde o intelecto é totalmente inconsciente. Assim, o intelecto pode sentir a intuição, mas não explicá-la.

O salto da intuição pode ser sentido porque existe uma lacuna. A intuição pode ser sentida pelo intelecto — pode-se notar que algo aconteceu — mas não se pode explicar, porque a explicação precisa da causalidade. A explicação significa responder à pergunta de onde a intuição vem, por que vem, qual é a causa. E ela vem de algum lugar, não do intelecto propriamente dito — logo, não há causa intelectual. Não existe uma razão, uma ligação, uma continuidade dentro do intelecto.

A intuição é um campo de ocorrência diferente, que não se relaciona ao intelecto de maneira nenhuma, embora possa penetrar o intelecto. Deve-se entender que uma realidade superior pode penetrar uma realidade inferior, mas a inferior não consegue penetrar a superior. Assim, a intuição pode penetrar o intelecto porque ela é superior, mas o intelecto não pode penetrar a intuição porque ele é inferior.

É exatamente como a sua mente poder penetrar o seu corpo, mas o seu corpo não poder penetrar a mente. O seu ser pode penetrar a mente, mas a mente não pode penetrar o seu ser. É por isso que, se você entrar no ser, você terá de se separar tanto do corpo quanto da mente. O corpo e a mente não podem penetrar um fenômeno superior.

Quando você ingressa numa realidade superior, o mundo de ocorrências inferior tem de ser deixado para trás. Não existe uma explicação do superior no inferior, porque os próprios termos da explicação não existem ali; eles não fazem sentido. Mas o intelecto pode sentir a lacuna, pode reconhecer a lacuna. Ele sente que “aconteceu algo que está além de mim”. Se até mesmo esse tanto puder ser feito, o intelecto terá feito muito.

Mas o intelecto também pode rejeitar o que aconteceu. É isso que significa ter fé ou não ter fé. Se você sente que o que não pode ser explicado pelo intelecto não existe, você é um “não-crente”. Então vai continuar nessa existência inferior do intelecto, atado a ele. Assim você recusa o mistério, não permitindo que a intuição se comunique com você.

Um racionalista é assim. O racionalista não vai nem mesmo ver que surgiu algo do além. Se você é educado racionalmente, não admite o superior; você vai negá-lo, você vai dizer:

— Não pode ser. Deve ser imaginação; deve ser um sonho meu. A menos que eu possa prová-lo racionalmente, não aceito.

A mente racional se fecha, encerrada dentro dos limites da razão, e a intuição não pode penetrar.

No entanto, você pode usar o intelecto sem ser fechado. Então, pode usar a razão como um instrumento, permanecendo aberto. Você está receptivo ao superior; se algo acontecer, estará receptivo. Então, poderá usar o seu intelecto como um auxiliar. Ele observa que “aconteceu algo que está além de mim". Ele pode ajudar você a entender essa lacuna.

Além disso, o intelecto pode ser usado para a expressão — não para a explicação, para a expressão. Um Buda não “explica” nada. Ele é expressivo, mas não explicativo. Todos os Upanixades são expressivos sem nenhuma explicação. Eles dizem: “Isso é assim, isso é assado; isso é o que está acontecendo. Se você quiser, venha para dentro. Não fique do lado de fora; nenhuma explicação é possível de dentro para fora. Portanto, venha para dentro — torne-se um integrante do grupo.”

Mesmo que vá para dentro, as coisas não lhe serão explicadas; você vai ter de chegar a conhecê-las e senti-las. O intelecto pode tentar entender, mas ele tende a fracassar. O superior não pode ser reduzido ao inferior.




Osho





Fonte: "Intuição: O Saber Além da Lógica"
Palavras de Osho
http://palavrasdeosho.blogspot.com.br/
Fonte da Gravura: http://www.iosho.co.in/index.php/category/photos/

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

Muitos dizem que pessoas não-éticas prosperam rapidamente hoje em dia. Então por que deveríamos fazer o bem? Porque o bem sempre gera o bem. Essa lei é infalível. Entretanto, devido às negatividades, o efeito do positivo fica encoberto. Mas assim como o sol continua a brilhar por detrás das nuvens, as boas atitudes nunca ficam sem mérito, mesmo que isso leve mais tempo para acontecer. A prosperidade da ética é certa e duradoura.

Apreciação é ser grato à vida pela chance de experimentá-la sem expectativas, sem apegos. Quando há apego não pode haver apreciação. Na polaridade entre estar extremamente envolvido ou distante de algo ou alguém, não pode haver apreciação. Então, apreciação é deixar as coisas serem, permitir que as coisas aconteçam. É viver na contínua maravilha de experimentar um estado agradecido sem a palavra “obrigado” em nossas mentes. (Luis Riveros)

Uma pessoa livre é aquela que reconhece, cuida, alimenta, usa e expressa seu potencial. É um ser desperto que decidiu parar de culpar, reclamar e dar desculpas. Que assumiu sua responsabilidade e tem uma atitude de gratidão a cada momento. É um ser relaxado, mas que não fica confortável na zona de conforto. Sua energia é cheia de amor, coragem e determinação. É uma energia concentrada que rege sua mente e emoções, não se distrai com o que é sem importância, não perde de vista o que é importante. Seu poder vem de saber que nada ou ninguém pode impedi-la de ser livre e expressar todo o seu potencial.

É essencial dar tempo para observar o que acontece na mente, caso contrário, nossos pensamentos, que são nossa criação, podem ter controle sobre nós. A chave é saber quem é que está criando, sentindo e levando consigo esses pensamentos. Enquanto os cientistas encontram respostas sobre o mundo exterior, precisamos nos voltar para a espiritualidade para conhecer o eu interior. Sou uma alma, um ser eterno, aquele que cria os pensamentos, processa-os em palavras e ações e vivencia seus resultados. Eu não sou os pensamentos.




Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal