sexta-feira, 5 de agosto de 2016

AS COISAS COMUNS PODEM SE TORNAR EXTRAORDINÁRIAS

Lembre-se de que a vida consiste de coisas pequenas; não há coisas grandes. Coisas pequenas acumuladas tornam-se coisas grandes. Um ato isolado pode não parecer muito importante, seja mau ou bom. Um sorriso isoladamente pode não parecer muito importante, mas um sorriso isolado é parte de um longo processo. Uma flor isoladamente não é um buquê, é claro, mas não haverá um buquê se não houver flores isoladas para serem reunidas.

Não menospreze seus fracassos, não menospreze suas boas ações. Todo e qualquer ato é importante: se ele for ruim, você sofrerá; se for bom, você terá prazer na vida. E desfrutar a vida é a única maneira de saber que Deus existe. Só na felicidade está a prova de que Deus existe. Não há prova lógica da existência dele, mas quando você está transbordante de alegria, quando dança com alegria, nessa dança surge uma gratidão espontaneamente. Nasce um agradecimento, uma verdadeira oração. E nessa oração você renasce. E nessa oração não apenas você renasce, Deus nasce também.

A vida consiste de coisas pequenas, e você tem de transformar cada pequena coisa por meio de sua consciência, de sua observação, de seu estar alerta, em um belo ato. Então as coisas comuns podem se tornar extraordinárias.

Perguntaram a um monge Zen: “O que você costumava fazer antes de se tornar iluminado?”

Ele respondeu: “Eu costumava cortar madeira e carregar água do poço”.

E então lhe perguntaram: “O que você faz agora que se tornou iluminado?”

E ele respondeu: “Eu corto madeira e carrego água do poço”.

O questionador ficou confuso e disse: “Então, parece não haver diferença”.

O mestre disse: “A diferença está em mim. A diferença não está em meus atos, a diferença está em mim – mas porque eu mudei, todos os meus atos mudaram. Sua importância mudou: a prosa se tornou poesia, as pedras se tornaram sermões e a matéria desapareceu completamente. Agora há apenas Deus e nada mais. Para mim, a vida agora é uma libertação, é o nirvana”.





Osho






Fonte: do livro "A Jornada de Ser Humano"
Ed. PLANETA do Brasil LTDA.
São Paulo – SP – Brasil, 2014
Fonte da Gravura: Tumblr.com

A BEM-AVENTURANÇA DO DIVINO

Preencha seu coração com amor. Você estará traindo a si mesmo se acolher maus pensamentos, mas fingir exteriormente estar cheio de amor. O amor Divino se manifestará em qualquer lugar, a qualquer momento. Alguém cheio de amor Divino será destemido, não procurará nada nos outros e será espontâneo e altruísta em expressar seu amor. Não há necessidade de orar por presentes de Deus. Deus dará, de Sua própria vontade, o que é bom para tal devoto. Shabari e Jatayu não obtiveram a graça do Senhor sem nada pedir-Lhe? Deus decidirá o que, quando e onde dar. Por isso, dedique todas as ações a Deus e deixe que Ele decida o que você está apto a receber. Quando tudo é deixado para Deus, com amor puro e total fé, Ele tomará conta de você completamente. As pessoas de hoje não têm esse tipo de fé firme. Grandes devotos do passado, que enfrentaram provações com fé e coragem, garantiram por fim a graça divina e experimentaram bem-aventurança. (Discurso Divino, 20 de junho de 1996)

Volte sua mente em direção a Deus e você experimentará a bem-aventurança do Divino. É por esta razão que Swami lhe dá conselhos ao longo do tempo, como o que você deve fazer e o que deve evitar. Tudo isso não é por minha causa, mas para seu próprio bem, para fazê-lo tomar o caminho da Realização de Deus, para ensinar-lhe a verdade suprema sobre Brahman e para tornar sua vida sagrada em um ideal. Shirdi Baba costumava pedir duas rúpias aos devotos que vinham a ele. As duas rúpias simbolizavam Shraddha (sinceridade) e Bhakti (devoção). Estas são as duas qualidades que ele esperava dos devotos. A combinação das duas é essencial ao progresso espiritual. Somente então a bem-aventurança emergirá, como uma planta emerge de uma semente. Todos devem se esforçar para se tornar um ser humano ideal. Isto significa que todos devem testemunhar sua Divindade. Imagine quão feliz todos seriam se o mundo inteiro fosse preenchido com este ideal puro, sublime e sagrado. (Discurso Divino, 30 de julho de 1996)

Todo ser é uma encarnação do Divino. O relacionamento humano verdadeiro pode crescer somente quando essa verdade for reconhecida. A primeira etapa é quando você reconhece: 'Eu estou na Luz.' A próxima é quando você compreende: 'A Luz está em mim', e, finalmente, quando você percebe: 'Eu sou a Luz.' 'Eu' representa amor e luz que indicam a Suprema Sabedoria (Jnana). Quando amor e luz se unem, há Realização. O caminho da devoção é mais fácil que o caminho da sabedoria. O amor deve vir de dentro, não de fora, forçado. Desenvolva amor espontâneo. A atitude de implorar a Deus por favores deve ser abandonada. O amor por Deus não deve ser baseado em retribuição igual, em busca de favores em troca de orações e oferendas a Deus. Deposite sua fé em Deus e faça o seu dever com o melhor de sua capacidade. Preencha-se com amor e compartilhe-o com todos. (Discurso Divino, 15 de setembro de 1988)




Sathya Sai Baba





Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

QUASE TUDO

Quase tudo na vida material conspira contra a independência do espírito.

Os interesses imediatos assemelham-se a uma teia que o homem entretece com as próprias mãos, sentindo-se cada vez mais subjugado.

Os apelos de fora lhe consomem as energias introspectivas.

Em corrida vertiginosa, motivada pelo ter, relega-se o ser a plano secundário.

Confunde-se o supérfluo com o necessário.

Ao invés de o espírito direcionar o corpo, o corpo direciona o espírito.

A encarnação é gasta em praticamente se atender às exigências conjunturais de uma existência fictícia.

Sim, porque o homem ambiciona o que lhe é impossível reter, não conseguindo reparar que, aos poucos, a própria vida se lhe esvai...

A luta em favor do desapego é uma luta de titãs.

A diferença entre o espírito e as coisas que o rodeiam é que as coisas mudam de forma extrínseca e o espírito, intrinsecamente.

Sob este aspecto, sem romper com o convencional, o espírito não progride.

E, quase sempre, os que ousam fazê-lo são rotulados de desajustados pelos demais.




Carlos A. Baccelli / Irmão José






Fonte: do livro "Dias Melhores"
Liv. Espírita Edições “Pedro e Paulo”, Uberaba/MG, 2004
Fonte da Gravura: Tumblr.com

PROVIDÊNCIA DIVINA

Esforçai-vos por tomar consciência de todas as riquezas que Deus vos deu: o vosso coração encher-se-á de um tal reconhecimento, de um tal amor, que já só pensareis em ajudar e esclarecer os outros. Quem se sente rico não pode guardar tudo para si, há qualquer coisa que o obriga a distribuir. Pelo contrário, aquele que passa o tempo a enumerar o que lhe falta, fazendo comparações com tudo o que os outros possuem, torna-se ciumento e invejoso. Como os outros estão mais favorecidos do que ele, considera que tem justificação para os atacar de uma maneira ou de outra e lhes tirar ou destruir aquilo que, na sua opinião, eles têm em excesso e devia reverter para ele. É a pobreza, em todas as suas formas – material, moral, espiritual –, que está na origem da maior parte dos crimes. Então, se quereis ser um benfeitor da humanidade, senti-vos ricos com todas as riquezas que recebestes da Providência e que ninguém pode tirar-vos.

Um amigo contou-me que, num dia em que se sentia desesperado, foi caminhar pelo campo. Em dado momento, sentou-se sobre um rochedo e percebeu que havia ali, numa fenda minúscula, algumas ervinhas. E olhou-as demoradamente, questionando-se sobre como tinha sido possível elas crescerem em tais condições. De repente, quando olhava para elas, algo nele se reanimou. Ele não compreendia como ver aqueles pedacinhos de erva podia tê-lo arrancado ao seu desespero. Na realidade, não fora a erva em si mesma, mas ele que, ao olhar para ela e sem se aperceber, tinha operado aquela mudança na sua alma. Todos os poderes de regeneração existem em nós e por vezes basta uma coisa ínfima para os revelar. Tudo o que existe na natureza – os seres, as coisas – pode ajudar-nos. É possível isso ocorrer fora da nossa consciência e independentemente da nossa vontade. Mas cabe-nos tornar esse fenômeno consciente sem esperarmos que um acontecimento exterior venha, por acaso, trazer-nos auxílio.





Omraam Mikhaël Aïvanhov






Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal