terça-feira, 13 de setembro de 2016

DHARMA - A VERDADE E A ORDEM CÓSMICA

Para descobrir o que é correto (Dharma) e o que é incorreto (adharma), aplique este simples teste: se vai contra a Verdade e o Amor, é incorreto; se promove a Verdade e o Amor, ou é repleto destes, é correto. (Sai Baba - Sathya Sai Speaks, vol. XVI, pág. 86)

A palavra Dharma, que está realmente relacionada com uma infinita variedade de significados, está sendo inadequadamente descrita, na era moderna, por uma palavra – dever. Dever é apenas aquilo que está conectado com uma condição individual, ou com uma época ou país em particular. Por outro lado, o Dharma é eterno, o mesmo para todos em todos os lugares. Ele expressa o significado do Ser Interno (atma). O lugar de nascimento do Dharma é o coração. Aquilo que emana do coração como uma ideia pura, quando traduzido em ação é chamado Dharma. Se tivesse que dizer de uma maneira que se pudesse entender, a pessoa poderia dizer ‘faça aos outros o que você quer que façam a você; isto é Dharma. O Dharma consiste em descartar ações que iriam ferir os outros. Se alguém causa felicidade a você, então, você, em retorno, deveria fazer coisas que causassem felicidade aos outros. Quando nós reconhecemos que o que os outros fazem irá causar dificuldades e fazemos mesmo, isto é adharma (ausência de retidão). (Digest, pág. 95) Obs: a palavra Dharma é geralmente traduzida como retidão, ação correta, dever, mas, de acordo com o contexto, também pode se referir à Lei Eterna ou Ordem Cósmica, à Religião Eterna, à missão do indivíduo no mundo etc.

Existem 7 facetas do Dharma (aqui, no sentido de retidão ou ação em harmonia com a Lei Cósmica), assim como existem 7 cores contidas nos raios do sol. A primeira faceta do Dharma é a verdade. A segunda faceta é o bom caráter. A terceira é a conduta correta. A quarta é o controle dos sentidos. A quinta é a penitência ou austeridade. A sexta é a renúncia e a sétima é a não-violência. Todas estas facetas foram estabelecidas para a proteção do indivíduo e o bem-estar da sociedade. (Digest, pág. 97)

Define-se Dharma como Ação-Correta, Retidão. Este não é o significado mais apropriado. Dharma, por si só, é a verdade. Assim, o que nasce da Verdade é Dharma. Para o fogo, a capacidade de queimar é Dharma. Quando este não pode queimar, não pode ser fogo: torna-se apenas carvão. O Dharma do açúcar é a sua doçura. Se não há doçura, não pode ser açúcar, mas apenas pó. Assim, se nós não manifestarmos nossa consciência, não seremos Dharma. Devemos, em tudo, seguir nossa consciência. Existem dois tipos de Dharma: um é o Dharma mundano, e o outro é o que se origina da divindade. Seguir a Vontade Divina é o verdadeiro Dharma. Em tudo, a pureza do coração é importante. O primeiro passo é: o que ensinamos aos outros, devemos praticar. Esta é a verdadeira natureza humana. Qual é a razão para que Sathya (Verdade), Dharma (Retidão), Shanti (Paz), Prema (Amor) e Ahimsa (Não-violência) não estejam sendo preservados atualmente? A propagação e a publicidade destes valores está sendo feita, sem que os mesmos estejam sendo praticados.Vocês devem mostrar, pelo falar e pelo exemplo, que o caminho da auto-realização é o que conduz à alegria perfeita. Consequentemente, sobre vocês repousa grande responsabilidade: a de demonstrar por sua calma, serenidade, humildade, pureza e virtude, coragem e convicção em todas as circunstâncias, que o caminho por vocês percorrido os tornou pessoas melhores, mais felizes e mais úteis. Pratiquem. Demonstrem. (Sri Sathya Sai Bal Vikas - Maio/94 - Editado pelo S.S.S. Education in Human Values Trust - Bombay)





Sathya Sai Baba






Fonte: Organização Sathya Sai do Brasil
http://www.sathyasai.org.br/citacoes-diversas
Fonte da Gravura: Tumblr.com