quarta-feira, 21 de setembro de 2016

DEPRESSÃO, CONDUTA, PRESUNÇÃO E DÚVIDA - ASPIRANTE ESPIRITUAL

Discutindo sobre toda pequena coisa, perdendo a paciência, ficando triste pela menor provocação, irritando-se com o menor insulto, preocupando-se com sede, fome e perda de sono - estas nunca podem ser as características de um aspirante. Arroz em seu estado natural e arroz cozido - podem estes dois serem o mesmo? A dureza do arroz natural está ausente no cozido. O grão cozido é suave, inofensivo e doce. O grão cru não fervido é duro, vaidoso e cheio de ilusão. Ambos os tipos são almas (jivis) e seres humanos, sem dúvida, mas aqueles imersos em ilusões externas (avidya-maya) são "pessoas", enquanto aqueles imersos em ilusões internas (vidya-maya) são "aspirantes espirituais". Deus não tem nem ilusões internas nem ilusões externas; Ele é desprovido de ambas. Aquele que não tem ilusões externas, torna-se um aspirante espiritual, e quando ele é desprovido de ilusões internas também, pode ser denominado como Deus. Tal coração de uma pessoa é realmente o assento de Deus. (Prema Vahini, Capítulo 59)

Não é da natureza de um aspirante espiritual procurar defeitos nos outros e esconder os seus próprios. Se suas falhas forem apontadas por alguém, não argumente e tente provar que estava certo, nem guarde rancor contra ele por isso. Avalie dentro de si mesmo como isso é uma falha e corrija seu próprio comportamento. Racionalizar isso para sua própria satisfação ou causar vingança contra a pessoa que apontou - estas não devem ser as características de um aspirante espiritual ou devoto. O aspirante espiritual deve sempre procurar o verdadeiro e o alegre, e deve evitar todos os pensamentos falsos, tristes e deprimentes. Depressão, dúvida, presunção - estas são tão prejudiciais quanto Rahu e Kethu (influências planetárias más) para o aspirante espiritual. Elas prejudicarão a prática espiritual. Quando sua devoção está bem estabelecida, estas podem ser facilmente descartadas se aparecerem. Acima de tudo, você deve ser alegre, sorridente e entusiasmado em todas as circunstâncias. (Prema Vahini, Capítulo 63)

Os aspirantes espirituais devem entender cuidadosamente a distinção entre a conduta da pessoa comum (sahaja) e a do aspirante espiritual. A pessoa comum não tem coragem (sahana), é vaidosa (ahamkara) e cheia de desejos relacionados ao mundo, através do qual a pessoa está tentando ter uma existência contente. Os aspirantes envolvidos na contemplação do Senhor (Sarveswara-chinthana) tão incessantemente como as ondas do mar, acumulam a riqueza de igualdade e de amor sem distinção por todos, e se contentam com o pensamento de que tudo é do Senhor e nada é deles. Ao contrário da pessoa comum, o buscador espiritual não se dobrará facilmente diante de tristeza, perda, raiva ou ódio ou egoísmo, fome, sede ou inconstância. Os aspirantes devem dominar todas as coisas boas, tanto quanto possível e viajar pela vida com fortaleza de espírito, coragem, alegria, paz, caridade e humildade. (Prema Vahini, Capítulo 59)

Esses são os dois principais inimigos de cada aspirante espiritual: a presunção (de que você sabe tudo) e a dúvida (é ou não?). Apenas decida ser firmemente conectado a sua realidade. Se isso for puro, tudo será puro. Se isso for verdadeiro, tudo será verdadeiro. Se você usa óculos azuis, você vê apenas azul, mesmo que a natureza seja resplandecente com muitas cores. Assim também, se o mundo lhe parece tão cheio de diferenças, isso é devido apenas à falha em você. Se tudo aparece como sendo um único e mesmo amor, isso também é apenas seu amor. Os sentimentos dentro de você são a causa em ambas situações. A questão que pode surgir a seguir é se o Senhor tem falhas, pois Ele também identifica falhas. O Senhor só procura pela bondade em um devoto, não por faltas e pecados. A avaliação que o Senhor faz de você é dependente de seus sentimentos. O Senhor derrama a Graça sobre aqueles dotados de retidão, independentemente de sua raça, riqueza e gênero. (Prema Vahini, Cap. 46)





Sathya Sai Baba







Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

A ação é o reflexo do seu pensamento e a reação é a resposta do seu subconsciente. Quando há sabedoria na sua forma de responder, você se torna um benfeitor para todos. Não faça isso só para os amigos, mas faça-o de uma forma ilimitada, falando com todos com a mesma delicadeza. Assim, seus sentimentos serão naturalmente elevados. Para que essa mudança aconteça tem que haver uma relação equilibrada entre a mente (pensamentos), o intelecto (razão) e o subconsciente (registros). (Antônio Sequeira)

Para ser uma rocha para os outros eu preciso permanecer num terreno sólido. Saber quem sou e com que posso contar para então dar a eles. Eu só desenvolvo esse tipo de consciência quando tenho a disciplina de recarregar minhas baterias espirituais todos os dias. As primeiras horas matinais são os momentos mais poderosos para obter paz e amor de Deus na meditação. Assim posso caminhar durante o dia com um estoque de sabedoria e com a garantia de que estarei presente na hora que eles precisarem de mim. (Dadi Janki)

Uma pessoa estável tem enorme autocontrole, sólidos princípios e metas duradouras. Ela se mantém calma no pensar e paciente no agir. Quanto mais profunda a estabilidade, mais forte os desafios. Quanto mais positivo sou em relação a mim, mais essa atitude se expressará em relação aos outros e em todas as situações. Estabilidade não é rigidez, mas responsabilidade e incansabilidade. Na sua profundidade, estabilidade é voar livre de tudo. Humildemente aceitar louvor, mas sempre mantendo os pés firmemente apoiados no chão. (BK Ashima Sachdev, Towards Self Mastery, Purity, April 2005)

Não podemos determinar exatamente o que irá acontecer amanhã ou depois, mas podemos colocar em movimento uma energia positiva com a esperança de que ela voltará para nós. Quando alguém joga uma pedra no meio de um lago, as ondas formadas irradiam até a borda e depois voltam em contracorrente até o centro. Da mesma forma, a benção que emitimos para o mundo voltará para nós. Projetamos nossa virtude ao desconhecido, como uma oração que alça voo em direção ao divino e traz a recompensa, em algum momento, para aquele que rezou. (BK Meera, Self-discovery, The World Renewal, November, 2003)





Brahma Kumaris






Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal