segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

ELEMENTOS INTRODUTÓRIOS DA INICIAÇÃO

(...) O profano é considerado um prisioneiro cego das trevas que vagueia pelos diversos reinos do engano, ilusão e erro. Se o profano for sincero, por fim encontrará uma iniciação que realmente o coloca em uma nova condição livre das mentiras e preconceitos. Em uma palavra, essa pessoa se torna iluminada e é reconhecida como um iniciado, tornando-se, por meio disso, mais forte e mais poderoso. Um novo caminho é aberto ao iniciado e a Verdade Cósmica é revelada através do simbolismo, uma chave a ser utilizada para desvelar os mistérios ocultos ao mundo profano.

A consequência da iniciação é ao mesmo tempo uma possibilidade e um dever de utilizar a luz recém adquirida em nome da humanidade — uma possibilidade no sentido que o iniciado pode se recusar a cruzar o portal; e um dever, no sentido que, se o cruzar, o iniciado deve se tornar um foco de radiação da luz.

O iniciado deve se livrar de todo egoísmo e interesses egocêntricos. Se esses grilhões forem quebrados, a emissão de luz é ao mesmo tempo amor, energia e poder. A natureza desse poder é uma transmissão do iniciador para o iniciado por indução mental, o que cria uma nova condição mental ou percepção. O iniciador pode ser outra pessoa ou pode ser simplesmente a Natureza, mas o ato da iniciação cria um equilíbrio dentro do iniciado reconhecido como harmonia. Uma vez atingida a harmonia, o poder torna-se percebido e, por meio disso torna-se permanente. Aquilo que é feito não pode ser desfeito. O iniciado percebe que não pode nunca mais voltar para o mundo profano. Mas ao mesmo tempo, não há garantia de que o iniciado permanecerá no Caminho. É por isso que é extremamente importante que a ligação com o iniciador original seja mantida e que todas as viagens futuras sejam feitas de forma progressiva. Negar o iniciador original é negar o Trabalho.

(...) A ligação ou a linhagem do iniciador ao iniciado é uma transmissão de poder através de uma cadeia ininterrupta de iniciados que são, essencialmente, veículos humanos da Luz. Geralmente, um ritual especial acompanha tal transmissão e seu propósito é o de desencadear uma corrente de assistência celestial causando a harmonização com forças espirituais que ajudam o iniciado a destruir, pelo fogo, suas qualidades profanas. Um verdadeiro ritual de iniciação em muito ultrapassa uma simples dramatização. Uma dramatização somente tocará as emoções e o intelecto. O ritual tocará a essência espiritual e trará à existência a assistência espiritual através de um despertamento. Quando um verdadeiro ritual de iniciação ocorre, ele é acompanhado pela responsabilidade do iniciado em manter a transmissão do poder espiritual através da obrigação de irradiá-lo a partir do interior de seu ser. Há também a obrigação de cada iniciado de se certificar que a Luz seja perpetuada e transmitida às gerações sucessivas, assegurando assim a continuidade da técnica. No entanto, ainda é possível ao iniciado afastar-se da linhagem e utilizar o poder para fins egoístas. Se isso for feito neste estágio, não estamos lidando com um indivíduo que é simplesmente ignorante acerca da Luz, mas com alguém que conscientemente serve às Forças das Trevas.

O verdadeiro propósito desse tipo de iniciação é servir à humanidade para garantir que a Luz seja irradiada em meio às trevas. Podemos ver, de fato, que as obrigações e responsabilidades do iniciado são grandes e também percebemos que a importância de uma linhagem iniciática continuada e ininterrupta é de suma importância para que o poder da Luz cresça e transcenda as limitações do iniciado individual. O indivíduo pode dar as costas à Luz, mas a cadeia iniciática e a linhagem centenária de iniciados criam uma condição que supera o indivíduo, pois não pode ser destruída pelos fracassos de uma pessoa, seja ela quem for. Nenhuma pessoa isolada ou grupo pequeno de pessoas têm a força para desfazer o que foi feito. Isso se torna uma força e um poder da Luz que não pode ser desviado. Eis por que é tão absurdo ouvir a alegação que as ordens iniciáticas estão obsoletas e eis por que é tolice pensar que uma criação completamente moderna da “Nova Era” pode substituir um sistema que tem funcionado e prestado um grande serviço por incontáveis séculos. (...)

(Texto completo no link abaixo)





Gary L. Stewart, Imperator da CR+C






Fonte do Texto e da Gravura: Confraternidade da Rosa+Cruz
http://www.crcsite.org/elements_portug.htm
Tradução de Arnaldo T. Santos

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