sexta-feira, 31 de maio de 2013

UMA VISÃO DO SILÊNCIO



Imortalidade
















Quando a palavra de Deus se cala, para de soar a harpa do Todo.

Indescritível! Inexprimível bem-aventurança! Inconcebível paz!

Tudo silencia em torno de mim!

A natureza cala! O oceano cala! As montanhas calam! As flores calam! As nuvens calam!

O céu com todos os seus sóis, estrelas, calam! Procurei-me, a mim mesmo, e não me encontrei! Quis apurar onde estava em vão!

E então senti que existia! Que existe um Universo e que eu estou nesse Universo.

Espaço e Tempo haviam desaparecido! Eu estava em toda a parte e em parte alguma. Eu estava no momento e na eternidade.

As estrelas estavam de mim tão perto que pareciam reunidas num só lugar. Deslumbrante magnificência me envolvia! O movimento de todos os corpos celestes compunha uma só harmonia, a harmonia da paz. Seu curso circular uma só melodia entoava a melodia do silêncio! Todas as estrelas apenas escutavam e entreolhavam-se.

Paz completa e funda alegria me envolvem!

Minhas mágoas e sentimentos, minha perceptividade, meus pensamentos e todo o terrestre estavam extintos em mim! Eu estava suspenso acima de todas as representações. Eu era alma supra-terrena! Eu havia ascendido ao Todo! Inexprimível bem-aventurança enchia minha alma! Pela primeira vez tive a consciência de estar redimido. Redimidas estavam todas as minhas penas, de todas as cadeias do destino e de mim mesmo.

Eu estava fora de mim mesmo! Já não era homem, porém não ainda anjo ou deus.

Tornara-me apenas oniconsciente!

Conheci a lei que domina o Universo!

Vi a cadeia fatal da evolução. Vi os fios que as causas atam com suas ações e reações.

Tive consciência dos fatos do Todo como se eu mesmo fora o Todo.

Os raios de luz do Todo-Amor me traspassaram, como se eu fora a fonte desses raios.

As forças poderosas do Todo-Espírito Inter-fluíram em mim como se eu mesmo fora o centro dessas forças

O espírito humano não poderá alcançar tal magnificência; como a formiga não compreende o tamanho do Sol.

Tal encantamento não se pode exprimir com palavras, como de um só tom jamais se comporá toda uma sinfonia. No regaço dessa paz celestial frui a eterna paz e bem-aventurança divina.

De repente eu ouvi uma voz que dizia: “Acorda, ó alma! Teu dever te chama!”.

Voltei ao meu corpo terrestre e abri os olhos; havia entrado no terceiro corpo do Templo do Silêncio.


Ação do Espírito sobre o destino

“Tudo o que somos, o somos como resultado daquilo que pensamos! Está fundado nos nossos pensamentos. Formou-se dos nossos pensamentos.” (Gautama Buddha)

O Mestre:

Antes que possas caminhar, ó peregrino cheio de fé, para o altar-mor deste Templo, deves, neste terceiro corpo, limpar ainda teu espírito, teu aparelho pensante e aprender a mantê-lo em silêncio.

Não sendo assim, a magnificência do Altar encandearia teus olhos espirituais; teus pés vacilariam e tu cairias dos degraus do Altar santo no solo do primeiro corpo.

Quando forçastes as vagas dos anseios e sentimentos indesejados à paz em tua alma, ainda não tinhas achado nem discriminado as causas profundas que levantam essas ondas.

Esforça-te, pois ó peregrino, por perceber as leis do teu mundo pensante!

Teu espírito ou teu intelecto assenta nas seguintes leis:

1. Cada pensamento é uma força material, criadora, a qual, embora invisível aos olhos externos, exerce uma ação no plano físico e mental da Terra.

2. Cada pensamento atrai pensamentos iguais! Tal qual uma bola de neve que rolando, atrai outros flocos e vai crescendo.

3. Cada pensamento tem a tendência de tornar-se ato! Qual uma seta que, uma vez atirada, trata de atingir a mira.

4. Cada pensamento gera um ser mental, invisível, com forma, cor e vida própria. Sua forma e cor dependem da espécie e do móvel do pensamento e condiciona-lhe a duração a força do seu produtor, o espírito. Esse ser mental desempenha, no destino dos homens, importante papel.

5. Cada pensamento permanece, enquanto não manifesto, no inconsciente e aguarda a reemersão, logo que o momento seja favorável. Esses pensamentos formam a base da nossa memória e tecem a teia do nosso destino.

6. Cada pensamento volta, cedo ou tarde, haja ou não atingido a mira, enfraquecido ou reforçado, à sua origem, ao seu produtor. Isso testemunha o governo da Toda-Justiça.

7. Cada pensamento, salubre ou nocivo, desperta e nutre, consciente ou inconscientemente, os sentimentos e impulsos, elevados ou inferiores, do seu produtor.

Esses pensamentos exercem, do mesmo modo e ao mesmo tempo, uma ação nas outras pessoas com que o causador do pensamento se acha, de qualquer modo, em ligação e cujos espíritos possuem o mesmo gênero de vibração que o espírito do criador de cada pensamento.

Se apanhares bem essas leis, reconhecerás que, antes de tudo teus pensamentos são os criadores de tuas ações e de teu destino!

Em segundo lugar, que sua ação não se limita a tua vida, senão que influi nas demais pessoas.

Deves, assim, saber que, por teus pensamentos impuros e negativos, és responsável perante a humanidade inteira.

Portanto, consiste o silêncio do teu espírito nisto, em que refreies teus pensamentos, não permitindo entrada a nenhum dos impuros, e saibas reduzir teu espírito, a todo instante, ao silêncio.

Não precisas de subtrair, nem o deves, teu cérebro a sua atividade, nem deixar teu espírito inteiramente quieto. Essa completa quietação do aparelho pensante só se pode dar no mais alto grau da meditação ou do êxtase místico. O espirito humano bate incessante como a pulsação cardíaca, assim como tempo, flui no seio da eternidade.

Podes tu conceber um instante em que o tempo pare?

Não!

O mesmo sucede com as vibrações do teu espírito.

Deves aprender a manter teus pensamentos sempre positivos, nobres elevados, divinos!

Sabe mais que, desde que assumiste face humana e começaste realmente a pensar, nem um só pensamento gerado por teu espírito se perdeu! Ao contrário, acham-se guardados nas profundezas do teu inconsciente e esperam novo nascimento para, renovados, se reativarem.

Os pensamentos são as forças de todas as forças e nem uma só força se esvai no espaço universal.

É claro que os pensamentos se mudam como a energia solar se muda em luz, calor ou eletricidade, mas, perdidos, nunca!


Iranschahr 



Fonte do Texto e da Gravura: Fraternitas Rosicruciana Antiqua
Da Revista "Gnose", set. 1937
http://www.famafra.com/2013/05/uma-visao-do-silencio.html

MEDO É UM SENTIMENTO DE FALTA DE CONTATO COM A EXISTÊNCIA

(...) quanto mais ama, mais cativante você fica. Quanto menos ama, mais você exige que os outros o amem, e menos cativante você fica, mais se fecha, mais se confina em seu ego. E você fica desconfiado — mesmo que alguém se aproxime de você para amá-lo, você fica com medo, porque em todo amor há a possibilidade de rejeição, de retraimento.

Ninguém o ama — isso vira um pensamento entranhado dentro de você. Como esse homem ousa tentar mudar o seu modo de pensar? Ele está tentando amar você. Só pode ser falsidade, será que ele está tentando enganá-la? Deve ser um espertalhão, um sujeito enganador. Você se protege. Não deixa que ninguém a ame, nem ama ninguém. Então vem o medo. Você está sozinha no mundo, tão sozinha, tão solitária, desligada de tudo.

O que é o medo, então? O medo é o sentimento de não estar ligado à existência. Eis a definição de medo: medo é um sentimento de falta de contato com a existência. Você fica sozinho, uma criança chorando sozinha em casa, a mãe e o pai e toda a família saíram para ir ao cinema. A criança chora e soluça no berço. Foi deixada sozinha sem nenhum contato, ninguém para protegê-la, ninguém para lhe dar conforto, ninguém para amá-la; uma solidão, uma solidão imensa a envolve. Eis o estado de medo.

Isso ocorre porque você chegou a um ponto em que não deixa que o amor aconteça.

Toda a humanidade foi treinada para outras coisas, não para o amor. Para matar, fomos treinados. E os exércitos existem, anos de treinamento para matar! Para calcular, fomos treinados; faculdades, universidades, anos de treinamento só para aprender a calcular de forma que ninguém possa enganar você, mas você possa enganar os outros.



Osho, em "Coragem: O Prazer de Viver Perigosamente"



Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SERVIR MEDIANTE RENÚNCIA


  • A alma está acima de todas as necessidades da personalidade (máscara). Está comprometida em cumprir sua própria missão. A personalidade está presa, apegada e subjugada não só pelo necessário mas muito mais pelo desnecessário. Servir mediante renúncia é anular os apegos, os impedimentos e os aprisionamentos desnecessários que prejudicam a atenção da alma e, consequentemente, prejudicam o todo, ou pelo menos afetam-no em certa proporção. 
  • Quando estamos com a consciência enfocada na alma, observamo-nos como um novo ser e com uma visão ampla. É como se estivéssemos acima de tudo e potentes para realizar qualquer coisa. Por outro lado, com a consciência enfocada na personalidade, mesmo atuando como almas, a nossa visão ampla e a capacidade de realização ficam entorpecidas e nossos empreendimentos, aqui neste plano, tornam-se lentos e com dificuldades. A renúncia e o desapego são os únicos meios pelos quais podemos anular essa inércia e cegueira causada pela personalidade não controlada. São os meios mais eficazes e seguros de que dispomos para tornar a personalidade menos densa em suas vibrações e torná-la um veículo para um real trabalho e atuação. 
  • Devemos servir à vontade da alma e não aos caprichos da personalidade. 
  • A certeza de viver como alma é a alegria que supera qualquer "dor" de renúncia e sacrifício. 
  • A leveza de servir se faz sentir quando não se está apegado e a partir da renúncia. 
  • "Os negócios da casa de meu Pai": passagem que esclarece o que importa realmente fazer aqui na Terra, ou seja, cumprir a missão que está designada e que faz parte da tarefa da alma, e não cumprir puramente os reclames desordenados da personalidade.


Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SERVIR MEDIANTE SILÊNCIO


  • É quando "uma mão não sabe o que a outra faz".
  • É atuar verdadeiramente e efetivamente, silenciando a personalidade (eu inferior, máscara) de sua ânsia de ser o centro de atenção.
  • É servir mediante silêncio físico, emocional e mental, onde só a alma atua livremente e sem obstruções.
  • É atuar com a certeza interior e sem os ruídos questionadores da incerteza exterior.


Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SERVIR MEDIANTE DISCIPLINA


  • A disciplina da alma é natural; a da personalidade é imposta e imperfeita.
  • A disciplina acalma os veículos da alma.
  • Sem disciplina e ordem não há realização em nenhum setor da vida humana tanto material quanto espiritual. 
  • Servir mediante disciplina é servir a partir do centro; de dentro para fora. 
  • Servir com disciplina é executar o essencial que nos é proposto sem permitir que as complicações obstruam e nublem o nosso trabalho divino. 
  • Disciplina no servir é cumprir o que deve ser feito no momento certo, com consciência, responsabilidade e dedicação, não obstruindo as ações da alma.


Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 30 de maio de 2013

VOCÊ É GENTE GRANDE OU GENTE PEQUENA NO AMOR?

Você já deve ter conhecido pessoas que, diante das dificuldades - sejam do próprio relacionamento, sejam da vida - conseguem ponderar, conversar e chegar a um consenso. E também já deve ter conhecido outras que, em situações semelhantes, perdem a linha, ofendem o outro e deixam a relação se desgastar dia após dia, briga após briga.

A diferença entre elas é, sobretudo, o modo como cada uma exercita o amor. Enquanto as primeiras agem feito gente grande (GG), com boa dose de equilíbrio e maturidade, as demais agem feito gente pequena (GP), infantil, não conectada com seu próprio coração. O resultado fica estampado na dinâmica de suas vidas e de seus amores. Observe o movimento...

Gente Pequena: diante do fracasso, tende a lidar com seus sentimentos sempre se defendendo e acusando o outro.

Gente Grande: cresce a partir de si mesmo, sem comparações insensatas, porque sabe que é na troca que muitos sentimentos ganham sentido.

GP: carrega frases-feitas e piadas de amores frustrados. Não se permite vislumbrar que todo amor vale pelo que se viveu, pelo que se doou, pelo que se cresceu.

GG: está sempre disposta a criar laços, a fortalecer vínculos, independentemente dos rótulos dados às relações que vive.

GP: não aposta nas pessoas e não se dá conta de que o amor é fruto do modo com que ela mesma escolhe vivenciar seus sentimentos.

GG: aprende a confiar em si mesma e no Universo e, por isso, sabe se colocar no lugar do outro. Vivencia encontros repletos de inteireza e dignidade.

GP: quando o amor chega, em vez de sentir, ocupa-se em pensar, manipular, elaborar esquemas de conquistas. Rapidamente, acha que o amor perde a graça.

GG: está sempre disposta a rever seu comportamento e a melhorar, evoluindo e amadurecendo um pouquinho a cada dia.

GP: desconfiada, não se entrega porque não sabe lidar com as dores do amor; fica pulando de galho em galho, sem nunca viver encontros satisfatórios.

GG: sabe que é preciso interagir, falar, mostrar e ouvir, porque o amor não é feito de adivinhações e sim de manifestações explícitas.

GP: condena-se à solidão por medo de errar e sofrer. Veste a máscara de 'coitadinha' e passa a vida se lamentando pelo que não viveu ou se culpando pelo que acabou.

GG: recusa-se a mergulhar em sofrimentos que nunca terminam e sabe que não são as atitudes alheias a causa do que sente de ruim.

GP: é ansiosa, movida pela insegurança, mas aparenta arrogância. Ama de forma apegada e iludida, enxerga "pelo em ovo" e, muitas vezes, bota a perder sua relação.

GG: ama sempre para ganhar e sabe que quem quer ganhar muito, tem que apostar alto. Ou melhor, tem que amar com o melhor de si.

GP: precisa aprender a fluir com a vida e perceber que, mesmo imperfeita, pode se tornar gente grande a partir de uma postura mais responsável diante dos desafios do amor.

GG: sabe que crescer é um processo que requer paciência, coragem e, sobretudo, humildade. Enxerga no outro uma chance de aprender e aposta que, juntos, podem construir um caminho mais prazeroso.



Rosana Braga (*)

(*) Palestrante, Jornalista, Consultora em Relacionamentos e Autora dos livros "O PODER DA GENTILEZA" e "FAÇA O AMOR VALER A PENA", entre outros.
www.rosanabraga.com.br


Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=12984
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal


AUTO INVESTIGAÇÃO (ATHMA VICHARA)


O primeiro passo na Auto Investigação (Athma Vichara) é a prática da verdade de que tudo o que lhe causa dor, causa dor aos outros e tudo o que lhe causa alegria, causa alegria aos outros. Então, faça aos outros aquilo que gostaria que lhe fizessem; abandone qualquer ação em relação aos outros que, se realizada por eles, lhe causaria dor. Assim, um tipo de relação de reciprocidade crescerá entre você e os outros e, gradualmente, chegará à fase em que seu coração vibrará de alegria quando os outros estiverem alegres e estremecerá de dor quando os outros estiverem tristes. Esse não é o tipo de afeto para com aqueles que lhe são queridos ou aqueles que são seus amigos e parentes. Essa partilha de alegria e tristeza é automática, imediata e universal. É um sinal de grande avanço espiritual a onda saber que é parte do oceano; todas as ondas são apenas manifestações temporárias do mar e com o mesmo gosto do próprio oceano.



Sathya Sai Baba



Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O MUNDO INVISÍVEL É ALTAMENTE VISÍVEL QUANDO A "VISÃO" NÃO ESTÁ OBSTRUÍDA


O "olho" da visão é o olho interno, o olho do homem espiritual. É o olho através do qual a alma observa o mundo e dirige a personalidade encarnada.

Todos os seres estão, gradualmente, desenvolvendo a visão interna por meio da evolução. Essa visão é o portal da Iniciação que fará a humanidade contatar a alma e adquirir a "impressão" espiritual.

A partir dessa percepção "mística" é que se começa a "ver" misticamente a alma, a Deus e o universo. Por isto dizemos que o mundo invisível é, em realidade, altamente visível quando o olho não está obstruído pelos aspectos inferiores da personalidade involuída, descontrolada e não alinhada.

A visão não significa exatamente e somente o ato de ver como o conhecemos e concebemos. É, além de tudo, uma percepção e visão iluminada pela luz espiritual; é a luz divina nos propiciando esta visão. E a partir do coração e da mente unidos, a alma vê e pode ver-se a si mesma. É só com a luz e na luz que podemos ver; daí a iluminação daqueles que verdadeiramente "vêem".

A realidade do mundo e as verdadeiras necessidades são vistas somente por aqueles que vivem nessa luz, no âmago das necessidades reais, na alma. Por conseguinte, a visão proporciona a capacidade do real serviço e leva à sabedoria.  

A capacidade do ser humano de perceber a vida em planos superiores é ainda utilizada pela Hierarquia Espiritual, tornando os homens instrumentos de serviço. É vendo as verdadeiras condições planetárias, grupais e individuais que se pode canalizar as energias de transformação, pela irradiação da alma, para onde forem necessárias. Somente assim se realiza o Plano Divino.

A ignorância, a falta de discernimento, o materialismo, a personalidade não integrada, a falta de alinhamento da personalidade com a alma e a falta de sentido e objetivo na vida são, por outro lado, alguns dos vários fatores de obstrução do olho da visão.

Para poder ver o "Uno", o "Um" e a Unidade do universo deve o homem purificar-se e libertar-se de tudo o que não seja essencial; deve "fechar" os olhos corpóreos e elevar-se "acima" do mundo; deve buscar o mundo das essências, das causas, o mundo esotérico, lembrando-se que esoterismo é a ciência das essências, ou a ciência da alma das coisas.

A interiorização e a intuição profunda acabarão abrindo o olho da visão para o invisível, para o "Um" e para a realidade. 

Importa, enfim, que busquemos e deixemos manifestar essa realidade que a tudo inclui, e que estejamos conscientes e ativos no processo da nossa evolução e redenção.




Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)




Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quarta-feira, 29 de maio de 2013

E AGORA, O QUE VEM EM SEGUIDA?

Um comercial de carro chamou minha atenção recentemente. Ao mostrar uma nova linha de produtos com sons inovadores, o narrador dizia: “Troféus e prêmios podem colocá-lo para cima, mas eles também podem segurá-lo. A menos que você se pergunte: “E agora, o que vem em seguida?”

A primeira ideia que captei foi que, se nos mantivermos abertos, podemos encontrar sabedoria até mesmo nos lugares mais improváveis – sim, até em um comercial de carro! Mas existe um ensinamento mais importante que o comercial transmite, e de forma muito oportuna, já que se refere aos ensinamentos da Kabbalah.

Existe uma energia no cosmo (...) que pode nos fazer tender à nostalgia. Podemos nos surpreender fazendo diversas viagens negativas pela memória, sentindo-nos um pouco como aquele personagem Ed Bundy. Se você se lembrar, Ed era um personagem da comédia televisiva “Married with Children” (“Casado com Filhos”). Ele era um pouco aficionado ao sofá, e da sua confortável poltrona, Ed ficava lembrando dos seus dias de glória, quando jogava no time de futebol da escola secundária.

Todos nós temos um pouco dessa qualidade dentro de nós. Encontramos conforto nas glórias do passado, sejam troféus que tenhamos ganhado, negócios que tenhamos fechado ou até mesmo os filhos que tenhamos criado.

A verdade é que não importa quem você seja, tudo que você realizou até agora é apenas um vislumbre de tudo o que você pode realizar. Por nos deitarmos sobre os louros de ontem é que nos tornamos saciados, e a fome que uma vez nos movia, no sentido de manifestarmos coisas grandiosas, diminui.

É importante ter orgulho de nossas realizações e apreciar tudo que tenhamos feito, mas não à custa do nosso crescimento contínuo.

Mesmo que você tenha 85 anos, tenha descoberto a cura para um vírus mortal e tenha ganhado o Prêmio Nobel – enquanto estiver aqui na Terra, você tem sempre mais por fazer.

O que realizamos até agora é limitado, mas o potencial de tudo que podemos fazer permanece ilimitado. Perguntar, “E agora, o que vem em seguida?”, pode nos impulsionar a obter picos de plenitude ainda mais elevados.



Rav Yehuda Berg



Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

PARDÊS - 0 POMAR

A Bíblia (e todas as Escrituras Sagradas de qualquer tradição) possui quatro níveis de entendimentos ou sentidos.

A cabala, no caso da Bíblia, explica os níveis através do conceito de PARDÊS (pomar).

A palavra Pardês é formada por quatro letras: PRDS (פרדס), que são as iniciais das quatro palavras ou níveis de interpretação: Peshat (sentido óbvio, simples e exterior), Remez (sentido homilético, alusão), Drash (sentido alegórico) e Sod (sentido secreto, íntimo, das causas). 

São as "vestimentas" das Escrituras. 

Entrar no POMAR da sabedoria é penetrar e compreender cada nível; é buscar a sabedoria oculta na letra. É compreender a origem e o destino do mundo e dos seres.

Cabe a cada ser humano buscar, gradativamente, e conforme o seu nível evolutivo, a LUZ ascendente que se oculta nestes níveis. É uma longa jornada de auto descobrimentos, "insights", correções, compreensão de sua missão individual em cada encarnação e ainda sua destinação.


Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

MOSTRAR-SE VERDADEIRAMENTE SUPERIOR MEDIANTE A INTELIGÊNCIA E A BONDADE, NÃO MEDIANTE A VIOLÊNCIA


Aqueles que se deixam ir atrás da violência, seja pelas suas palavras, seja pelos seus atos, introduzem essa violência primeiro neles próprios: abrem a porta aos germes do desmembramento e, pouco a pouco, tornam-se presas de forças caóticas que começam a devastar todo o seu ser, tanto no plano psíquico como no plano físico, pois até a saúde assenta na obediência à ordem universal, que é a medida certa, o equilíbrio.

Alguns dirão: «Mas como é possível não se ser violento? Como se pode não fazer a revolução quando se vê até que ponto a sociedade é injusta?» É verdade, a sociedade é injusta, mas não são as revoluções mais espetaculares que trazem as melhores mudanças. Algum tempo depois, percebe-se que tudo está mais ou menos como antes; a diferença está apenas em que são outros que agora estão à cabeça e se impõem. Algumas palavras também mudaram um pouco, alguns “slogans”, alguns cânticos, mas continuam a existir os mesmos vícios, a mesma corrupção, as mesmas injustiças. 

Não é proibido querer fazer a revolução. Por que haveria de ser? Mas só na condição de quem a faz se mostrar superior pela inteligência e pela bondade, não pela violência.



Omraam Mikhaël Aïvanhov


Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

TRANSMUTAÇÃO: SIGNIFICADO - DEFINIÇÃO - REALIZAÇÃO

Toda a evolução abrange, em todos os sentidos e níveis, a transmutação.

Vejamos: no homem há uma modificação gradativa que leva à fusão dos aspectos da personalidade. Entende-se por personalidade os níveis físico-etérico (instintos), astral (emoções) e mental (intelecto). A fusão, coordenação, equilíbrio e pleno funcionamento harmônico e elevado destes três níveis ou corpos da personalidade humana constitui-se uma transmutação evolutiva que cada ser, gradativamente e por evolução, alcança. E à medida que isto ocorre a alma consegue, por sua vez, “usar”  e atuar, cada vez melhor, os seus três veículos de manifestação no mundo da encarnação.

Há também outra transmutação que ocorre, gradativamente, na evolução humana: a transmutação dos quatro centros inferiores nos três superiores. Ou seja, os quatro chacras inferiores (básico, genésico, solar e cardíaco) transmutados e controlados pelos três chacras superiores (laríngeo, frontal e coronário). Isto ocorre paralelamente e decorrentemente do trabalho de equilíbrio e coordenação da personalidade, ou seja, o eu inferior sob a orientação da alma, o Eu Superior.

Assim sendo, a partir destas conquistas evolutivas, muito trabalho, crises e "sofrimento", a personalidade humana, cada uma no seu momento, vai sendo fusionada à alma. Consequentemente, a humanidade vai sendo fusionada, lentamente, à Hierarquia Espiritual, à Grande Fraternidade Branca, aos Espíritos de Luz que controlam e orientam o processo evolutivo na Terra.

Pode-se dizer que transmutação, no que diz respeito ao homem, é a modificação e a redireção das energias mentais, emocionais e físico-instintivas, dirigidas de tal modo que sirvam para revelar a alma, o Eu Sou, o íntimo, a nossa verdadeira essência permanente. É ainda a utilização correta dos vários aspectos da energia onde quer que o Eu, a alma, sinta que deva ser utilizado para fazer progredir a evolução e auxiliar a concretizar o Plano Divino na Terra.

Quando se aborda a transmutação, deve-se não esquecer que os conceitos de unidade e de síntese não só se constituem como apenas itens importantes, mas essenciais neste processo. Por isto, é requerido de cada ser humano que sua visão e metas sejam sempre visando o coletivo, o altruísmo e o desinteresse pessoal.

Além do mais, é correto afirmar, ainda, que transmutar e evoluir significam também crescentes novos desafios e paradigmas, não só na esfera pessoal como também na social, política, econômica, educacional e religiosa. Porque também se nos desafiam crescentes formas novas e aperfeiçoadas de organizar o conjunto de relações dos seres entre si, com a natureza e com o seu sentido de ser e existir.

Segue-se, pois, que os conceitos de transmutação extrapolam o nível pessoal, social e planetário, porque abrangem desde o microcosmo até o macrocosmo. E é neste processo que lentamente vamos descobrindo nossas raízes cósmicas e atingimos a compreensão ampliada e esotérica dos sagrados “mistérios”.

Eis a chave dos grandes mistérios, do autoconhecimento e do objetivo sublime da vida conforme os Planos do Altíssimo.

Nossas possibilidades e destino são infinitos. Só precisamos nos acordar e trilhar o Caminho, abandonando as ilusões e distrações.




Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

terça-feira, 28 de maio de 2013

SE TIVER ALGUMAS CONDIÇÕES EM MENTE VOCÊ NUNCA SERÁ CAPAZ DE AMAR


Ame as pessoas — incondicionalmente. Se tiver algumas condições em mente, você nunca será capaz de amar; essas condições virarão barreiras. Se o amor faz bem a você, por que se importar com condições? Se faz tão bem, se causa um bem-estar tão profundo - ame incondicionalmente, não peça nada em troca. Se você entender que só amando aumentará seu destemor, você amará apenas pelo prazer que isso lhe dá!

As pessoas comuns amam só quando suas condições são atendidas. Elas dizem, “Você tem que ser deste jeito, só assim eu amarei você”. A mãe diz para o filho, “Eu o amarei só se você se comportar direito”. A mulher diz ao marido, “Você tem que ser deste jeito, só assim posso amá- lo”. Todo mundo estabelece condições; o amor desaparece.

O amor é um céu infinito! Você não pode confiná-lo em espaços exíguos, condicioná-lo, limitá-lo. Se você areja a casa e depois fecha tudo - todas as janelas, todas as portas —, logo ela fica mofada. Sempre que o amor acontece ele insufla liberdade; você leva ar fresco para a sua casa, mas tudo logo fica mofado, empoeirado.

Esse é um grande problema para toda a humanidade — tem sido de fato um problema. Quando você ama, tudo parece lindo, pois nesses momentos você não impõe condições. Duas pessoas se aproximam uma da outra incondicionalmente. Depois que firmam um compromisso, que passam a ter certeza do amor uma da outra, então as condições são estabelecidas: “Você tem que ser assim, tem que se comportar assim, só dessa forma eu posso amá-lo” — como se o amor fosse uma barganha.

Se você não ama de todo o coração, está barganhando. Você quer forçar a outra pessoa a fazer alguma coisa por você, só então você ama; do contrário, você trairá seu amor. Você está usando seu amor como uma punição, ou como uma imposição, mas não está amando. Ou você nega seu amor ou o demonstra, mas em ambos os casos o amor em si não é a finalidade; a finalidade é outra.

Se você tem uma esposa, então dá presentes a ela — ela fica feliz, abraça você, o beija; mas, quando você não traz nada para casa, vocês se distanciam; ela não o abraça, não chega perto de você. Quando você faz coisas desse tipo está esquecendo que, quando ama, o amor faz bem a você, não só aos outros. O amor, em primeiro lugar, faz bem àqueles que amam. E, depois, faz bem àqueles que são amados.

As pessoas vêm até mim e sempre me dizem, “Tal pessoa não me ama”. Ninguém chega e diz, “Eu não amo tal pessoa”. O amor virou uma exigência: “O outro não me ama.” 

Esqueça o outro! O amor é um fenômeno tão lindo, se você ama você usufrui.




Osho, em "Coragem: O Prazer de Viver Perigosamente"



Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

PRÁTICA EDUCACIONAL VISANDO A EVOLUÇÃO

Podemos admitir que todo aquele que vai dedicar-se ao ensino, seja espiritual ou em qualquer área do conhecimento humano, deverá estar preparado para as inúmeras dificuldades e obstáculos que surgirão. Caberá uma certa habilidade, de certo, a cada educador para superar ou amenizar as dificuldades.

O obstáculo mais sério às atividades de educar e planejar, além do domínio do assunto, refere-se ao fato de que todo o trabalho da ideologia dominante, seja no país, na escola, no grupo espiritual ou em qualquer outro, geralmente está enfocado no sentido de anestesiar a percepção das contradições e a consequente necessidade de mudança. E sem mudanças não há evolução; é a lei do universo que não é estática e sim dinâmica. Talvez mais grave do que este obstáculo, seja ainda o fato de que o educador, o orientador ou o dirigente, por si mesmo e em si mesmo, não perceba a necessidade de mudança.

Um dirigente espiritual ou um professor em determinada área deve ser um pesquisador e um exemplo de crescimento e desenvolvimento. Um exemplo de crescimento em seu papel de educar, planejar e na sua própria vida e conduta. Ser livre para poder ensinar a liberdade, e não estar simplesmente à serviço de uma ideologia e preconceito. Deve ser livre principalmente no seu interior. Deve perceber as contradições do cotidiano para, pelo menos, tentar mudar e perceber a necessidade de mudança.

Concebendo-se a educação como um fator de mudança, renovação e progresso, e admitindo-se que o professor ou dirigente de um grupo ou instituição deve saber para onde e como ir, é necessário, ao planejar, antecipar de forma organizada as etapas a seguir e atingir para que a mudança seja uma realidade alcançável.

Embora tenha suas decisões, deveria ficar claro que seu plano, mais ou menos em detalhes ou planejados, deve acompanhar a realidade do cotidiano e os interesses do grupo e dos indivíduos, que são mutáveis e precisam ser sempre levados em consideração, pois a aprendizagem, material ou espiritual, não é um processo imutável e fixo. Infelizmente a doutrina do “purismo doutrinário” está sempre presente como um mofo ou ferrugem em todas a instituições.

É importante que o ensino e a informação tenham um plano que possa ser reajustado conforme a necessidade do cotidiano que é imprevisível. Muita coisa não prevista poderá ser tão importante como o que foi previsto.

Como tudo na vida, o planejamento tem sua utilidade, seus limites e potencialidades. É um instrumento, um meio e não um fim. E se o significado da realidade for considerado e percebido, este instrumento se torna desafiador e proporcionador de melhores resultados na prática educacional, orientadora e doutrinária. O que não deve ser perdido de vista é que o objetivo sempre deverá ser o evolutivo. E evolução não combina com estagnação, com “purismos”, com doutrinas prontas e fechadas, com tradições enfocadas em obediência e dogmatismos.

Um educador ou instrutor deve ter a humildade de entender que a sabedoria verdadeira está infinitamente além de suas ideologias, credos, preconceitos e presunções. E também muito longe daquilo a que grupos, com suas ideologias alienantes e inversão de valores, impõem tentando dominar e explorar a humanidade.




Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

VIVEKA - DISCERNIMENTO


Tudo que posso dizer-lhe sobre disciplinas espirituais tem sido dito antes, muitas vezes; capacidade humana, natureza e talentos são todas posses antigas e, portanto, a recomendação sobre como usá-los também é antiga. A única coisa nova são as direções nas quais esses talentos são desperdiçados e a forma como está se iludindo sobre a própria natureza. 

O homem é essencialmente um animal dotado de viveka (Discernimento). É por isso que a pessoa não se contenta em satisfazer meras necessidades animais. Ela sente um vazio, um descontentamento profundo e uma sede insaciável, pois o homem é um filho da Imortalidade e, por isso, sente que a morte não é e não deveria ser o fim. Esse viveka instiga o homem a descobrir respostas para os problemas que o assombram: "De onde é que eu vim, para onde eu estou viajando, qual é o fim da jornada?" Para encontrar respostas a essas questões, o intelecto (Buddhi) deve ser mantido nítido e claro.



Sathya Sai Baba


Fonte: www.sathyasai.org
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SEFER HABAHIR (LIVRO DA LUZ/CLARIDADE) - uma síntese

Ensinamentos principais:

- TZIMTZUM: ocultamento, contração, retração, esvaziamento, recuação. O recuo ou ocultamento da Luz Infinita para permitir que um mundo finito viesse a existir, através da emanação.

- GUILGUL HANESHAMOT: a transmigração (reencarnação) das almas.

- GALGAL: os ciclos reencarnatórios (semelhante ao samsara hindú).

- Interpretação das 22 letras hebraicas e dos números.

- Os 32 Caminhos da Sabedoria (na Árvore da Vida - Etz Chaim).

- As 12 bordas diagonais do cubo do espaço.

- Ensina que o mundo inferior simboliza o mundo superior divino através das "Sefirot", (estruturas divinas, níveis, atributos, forças divinas ativas em manifestação).

- A verdadeira compreensão da Torá (Pentateuco) se dá pela percepção do mundo superior divino atuando no mundo inferior através das "Sefirot"; a Torá é vista como um código e representação dessa atuação.

- O "mal" deste mundo é resultante da "revolta de 'satã'" e de suas hostes contra Deus. (Satã representa o "oponente", o "adversário", ou seja, as adversidades e provações na vida e não um ser).

- O Livro da Claridade atribui grande importância à doutrina da transmigração ou reencarnação das almas, explicando as causas do sofrimento.

- O renascimento é comparado a uma vinha que deve ser replantada para que possa produzir boas uvas.

- O Bahir se baseia no misticismo das letras e dos Nomes Sagrados do Sefer Yetzirá (Livro da Criação ou Formação) e em seu uso.

Sobre o livro:

- Obra de misticismo judaico do início da Idade Média.

- Atribuído a um sábio mishnaico do séc. I (Mishná é a transcrição da Torá oral).

- Supõe-se ser de origem babilônica.

- Foi editado na Provença, em fins do séc. XII, por discípulos do místico Isaac, o Cego.


Prof. Hermes Edgar Machado Jr. (Issarrar Ben Kanaan)



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

IDEIA - PRIMEIRO DEVEMOS TRABALHAR SOBRE ELA


O Mestre Peter Deunov dizia: «Se vos vem uma ideia, mesmo que estejais convictos de que ela vos foi dada pelo Céu, não vos apresseis a transmiti-la aos outros, começai por semeá-la e cultivá-la em vós.» 

Por que esta recomendação? Porque, enquanto não a tiverdes semeado e cultivado, ela não vos pertence e, como ela não vos pertence, não tendes o direito de a dar. Se a dais imediatamente, correis o risco de perder as bênçãos que ela vos trazia. Além disso, como não a semeastes, ou seja, não a experimentastes, correis o risco de enganar alguém.

Quando vos vem uma ideia, deveis primeiro trabalhar sobre ela e aquecê-la interiormente para ela amadurecer. Quando ela tiver amadurecido, produzirá frutos, e serão esses frutos que vós distribuireis.



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A TRANSMISSÃO DA CABALA

A cabala é o conhecimento esotérico da Torá (Pentateuco), ou seja, o conhecimento interno, íntimo, além do sentido literal e figurado.

Enquanto as interpretações literais, legislativas e homiléticas que tratam da composição e do pronunciamento de sermões eram de domínio de todos, a interpretação mística e esotérica só pertencia à poucos, sendo transmitida de geração em geração apenas para alguns justos eruditos e privilegiados.

Porém, uma grande mudança ocorreu a partir do Rabino Yitzchak Luria (1534-1572) que, por meio de seus ensinamentos, fez a cabalá chegar a todos que tinham espírito e comportamento adequados para entender as alegorias contidas nesta ciência espiritual.

Atualmente, a cabala é muito difundida e, paralelamente, mal compreendida. O sentido de autoconhecimento e transmissão dentro de uma cadeia de mestre a discípulo e gratuidade (que deveria reger qualquer ensino/transmissão da ciência espiritual), foi substituído por cursos pagos, por um lado, e por buscadores de ritos estranhos e benefícios materiais, por outro lado.

Cabe a todo buscador sincero entender o que é realmente a cabala, seus fins e objetivos para não cair nas mãos dos "mercadores do templo", como teria dito o grande cabalista Jesus.


Prof. Hermes Edgar Machado Junior



Fonte da Imagem: Acervo de autoria pessoal

sábado, 25 de maio de 2013

O REGENTE ESOTÉRICO DE GÊMEOS

Astrologia esotérica

Em cada signo nos é mostrado um tipo de energia determinada e através dos seus planetas regentes a consciência do Homem deve manejar e dirigir referido “poder” para experimentar e evoluir.

A consciência em uma determinada vida pode estar polarizada nas emoções ou talvez na mente, ou talvez em uma personalidade, mas integrada onde a mente e as emoções expressam certa unidade. Nestes casos o signo solar e seu regente exotérico são os “donos” da carta, acompanhados sempre das características lunares, posto que estas oferecem a forma expressiva para a consciência solar, a lua é um reflexo do sol.

No entanto, quando as experiências mundanas não dão plenitude ao Coração de um ser humano, este volta o olhar para o seu interior e procura percorrer o Caminho para seu princípio original ou realidade vital.

Quando este passo é dado, devemos pensar que o signo do Ascendente nos mostra a qualidade energética que nos ajudará a percorrer referido Caminho. Aqui a constelação solar passa a ser um reflexo do signo ascendente.

Gêmeos

Gêmeos é o signo da inter-relação de dualidades e neste sentido é a energia Crística por excelência, já que a Alma ou princípio Crístico, com sua qualidade de Amor e Sabedoria, mostra, em todos os níveis da criação, como devem ser relacionadas e fusionadas a dualidade Matéria e Espírito.

Este princípio, chamado também de 2º Raio, se relaciona com o Espírito através do Amor e com a Matéria através da Sabedoria.

No padrão psicológico de um ser humano, a energia geminiana bem dirigida ajuda a relacionar e unir as dualidades, (egoísmo-generosidade, sentimento-pensamento, Personalidade-Espírito ...), através da fluidez mental oferecida por Mercúrio – Vênus unidos ao poder do 2º Raio que o signo transmite.

Se falamos de um ser humano não muito evoluído, esta fluidez é regida por Mercúrio, “a estrela do conflito”, que lhe oferece a referida consciência: fluidez mental, relação, versatilidade, vitalidade e intuição em seu ir e vir entre as distintas dualidades.

A energia de Gêmeos aqui nos é mostrada, e não quer ser negativa, como uma personalidade, comunicativa, valente, ingênua, apaixonada, travessa, interessada, muito falante, dinâmica, criativa, conflitiva, inconstante, simpática... muitas vezes precipitada e sem intenção construtora, mas sempre vital. Todas elas são qualidades do 4º Raio quando são expressas através de uma consciência mais ou menos egoísta.

Vênus

Quando em tal consciência aparece a necessidade de olhar para o interior e percorrer o Caminho de retorno, então a energia de Gêmeos pode ser utilizada através do seu regente esotérico: Vênus. Aqui Gêmeos deve estar no ascendente e a posição de Vênus no horóscopo deve ser levada muito em conta.

Neste Caminho de retorno Vênus utiliza a energia de Gêmeos para mostrar todas as capacidades fluidas e comunicativas de Mercúrio, (não nos esqueçamos que a consciência maior inclui a menor), mas além disso oferece a possibilidade de analisar, unir e concretizar.

Vênus, através de Gêmeos e graças ao inestimável trabalho de Mercúrio, é capaz de compreender as causas subjacentes nas circunstâncias através da análise das dualidades envolvidas e, sem perder a fluidez comunicativa, permite obter uma agilidade mental mas estável, dirigida e funcional. Aqui o 2º Raio de Amor-Sabedoria trabalha conjuntamente com a Luz do conhecimento concreto do 5º Raio.

Para o homem comum, a frase-chave seria: “que a instabilidade cumpra o seu trabalho”; mas para o homem evoluído é: “Reconheço o meu outro eu e, a minguar aquele, eu cresço e brilho”.

Curiosamente, trata-se de reconhecer o eu inferior, o problema sempre está em reconhecer o nosso eu egoísta (“a culpa sempre é do outro”), por outro lado é um problema lógico, já que o eu inferior não se vê a si mesmo como um problema, pois a sua ligação “cármica” com a matéria não lhe permite ter uma visão imparcial. A parte “escura” deve ser reconhecida como tal para que possa exercer sua função como criadora de oportunidade. Crescer é reconhecer-nos na experiência vivida, (dolorosa ou prazerosa), e através desta percepção conquistar a autoconsciência desapegada. Os “dois irmãos” se necessitam e interatuam para adquirir experiência e assim aceitar e reconhecer a hierarquia que existe entre eles.

Arjuna, (a personalidade) em plena crise, reconhece seu sincero e confiado amor por Krishna (a Alma), e Este como resposta espontânea lhe mostra Seus sábios conselhos. Segundo o ditado, não existe o bom Guru, apenas o bom aluno. A decadência da personalidade não implica na sua total destruição, mas antes em seu aperfeiçoamento para uma maior capacidade de serviço. A personalidade faz perguntas, a Alma ilumina as respostas.

Os Três regentes de Gêmeos nos mostram o Caminho através deste grande signo: Mercúrio, o mensageiro dos Deuses, oferece a vitalidade e curiosidade intuitiva, relacionando todo tipo de dualidades com sua versátil mente abstrata; Vênus, o regente esotérico, é capaz de analisar e compreender referida vitalidade Mercurial e lhe dá assim maior estabilidade à interação, quando isto ocorre, aparece o regente Hierárquico, a Terra, o “campo” ou “a matéria forma” onde referida fluidez mental amorosa deve ser experimentada como serviço pratico.

Sagitário - Gêmeos

A astrologia é a ciência da relações, e a primeira das relações que ela nos oferece é a que cada signo tem com seu oposto, convertendo os 12 em 6 ou os 6 em 12.

“Quando as forças duais dos irmãos cósmicos (Gêmeos) se convertem na energia do Uno, o qual cavalga para a luz (Sagitário), então a quarta se transforma na quinta. A humanidade, o vínculo, se converte na Hierarquia doadora de todo bem. Então se regozijam os Filhos de Deus.” (“Antigo Comentário”)



David C.M.


Fonte do Texto e da Gravura: 
LOGOS - Grupo de Investigação em Astrologia Esotérica
http://logosastrologiaesoterica.blogspot.com.br/2013/05/el-regente-esoterico-de-geminis.html

CRISES

Apesar do termo ”crise” gerar um certo medo, desconforto e até repulsão na maioria dos homens, chega um momento na vida de encará-lo sob outros ângulos e conceitos.

É chegado o momento em que devemos ver uma crise, em todos os seus níveis, como a própria aceleradora e estimuladora das transformações, das transmutações e das mudanças significativas. Além disto, não devemos esquecer o ensino, já milenar, que nos mostra a crise como algo inerente à vida manifestada, ou seja, tudo o que é manifestado está sob o conflito de duas energias, uma subjetiva e outra objetiva. Uma tensão constante que conduz à crise para que se processe as mudanças, ou seja, a própria evolução. Se assim for o enfoque, estaremos aptos às mudanças, ao crescimento, ao serviço e à evolução.

A crise é um momento de tensão ou dificuldade. Dificuldade de integrar o novo e as novas possibilidades que surgem no caminho. Entretanto, a superação é um fato e mais cedo ou mais tarde ela ocorre. A superação é sempre, no final, construtiva, pois uma crise nos obriga a optar, a ir mais além, a buscar novas alternativas e decisões.

Como em qualquer época, hoje principalmente, podemos falar de diversas crises. E os fatores são diversos: passado/futuro, tendências/tradição, enganos/acertos, oportunidades/inércia, modelo de sociedade, sentido de vida, ser/ter, relacionamentos, missão/ecumenismo, individual/global, mundialização (economia, ideias, política, educação, comunicação etc.), redescoberta de que se é parte de um todo e “desaprender” certas coisas pela verdade. Poderíamos citar aqui, em continuação, muitos outros fatores geradores de crise.

Está muito claro que as crises despertam os seres da inércia e são fontes de experiências superiores. Por exemplo, cada país, cada grupo de países que está se formando e todos os países juntos do planeta estão percebendo, por um lado, neste processo de globalização, suas deficiências, dificuldades, rebeldias, crises de valores diversos e medo de perder sua identidade. Contudo, por outro lado, percebem a riqueza de experiências que a unidade confere e ao estímulo às corretas relações. A humanidade acostumada a viver em grupos separados; as próprias pessoas também a viverem separadas; cada grupo e pessoa com a sua própria verdade relativa ou até mesmo uma ilusão particular são agora sacudidos por exigências intransferíveis e cada vez mais urgentes por “pressão” da alma e do ciclo evolutivo alcançado.

O amadurecimento ou a chegada do ritmo da alma fez com que a personalidade humana entrasse numa crise de adaptação. E a humanidade também está passando, como um todo, pelo mesmo processo e assim também os países. É o espírito de união, como uma necessidade de toda a natureza, que se faz presente. Tal união chega quando as coisas se desgastam com o tempo e a futilidade. E não conseguindo mais atuarem suficientemente e produtivamente entram em crise e desencadeiam, por este fato, rearranjos.

Uma das piores crises talvez seja a falta de objetivo na vida, a falta de direção ou meta. É um vazio existencial que, como personalidade humana, parece não haver solução e ser intransponível. Mas como a crise é um meio caminho entre um problema e uma solução, os caminhos às soluções estão abertos à novas luzes.

A constatação de que devemos estar junto às coisas num ritmo cooperativo e harmonioso e não sobre as coisas possessivamente, egoisticamente e como senhores, tem levado uma considerável parcela da humanidade a refletir sobre o quanto somos mesquinhos, apegados e presunçosos. Tal constatação tem impulsionado a humanidade a novos crescentes valores, tanto em nível pessoal quanto em nível social e vida de serviço. Nota-se assim, perfeitamente, como uma crise leva ao despertar social, existencial e espiritual.

A alma é uma verdadeira desbravadora, pois prepara a personalidade humana para a manifestação e atuação do ser interior e profundo; neste preparo dão-se as crises entre a alma e a personalidade. E isso se processa, como estamos vendo, de diversas maneiras. Por exemplo, as crises podem advir de diversas formas ou situações ou reações: como uma iluminação da mente que nos faz ver a realidade; um acidente que altera um curso de vida; a separação de alguém que estamos fortemente ligados etc. O mecanismo evolutivo é “cego” aos nossos interesses particulares e somente vê o que é melhor para o indivíduo e coletividade.

Observa-se nisto que a crise é o momento em que a força da alma humana exige um mecanismo novo e harmônico. E no nível humano com sua necessidade evolutiva podemos dizer que a evolução está intimamente ligada ao desapego. Ao evoluirmos nos desapegamos e ao nos desapegarmos evoluímos. E as crises nascem exatamente da dificuldade de nos desapegarmos das coisas e situações de nossa personalidade e dos mundos onde atuam as personalidades, vida após vida.

Por isto, certamente, as crises nos fazem amadurecer, enfrentar a realidade e encontrar caminhos novos exigidos pela alma, pelo espírito. É uma luta conflitiva conosco mesmo, onde somos puxados por dois pólos opostos. Atuam nos seres humanos levando-os a duas reações: uma como “um mal necessário” gerando guerras, doenças, conflitos etc., como já foi dito, mas que despertam algo no ser humano; outra levando os seres diretamente à conscientização, à paz, à saúde etc.

A natureza e os seres são naturalmente dinâmicos em sua interioridade e processos; e são as crises, provocando tensões, que impulsionam ou possibilitam a evolução e crescimento. A inércia é apenas uma visão distorcida e fragmentada do grande dinamismo universal. É apenas uma pausa entre uma crise e a solução. É um momento onde repensamos e reajustamos situações críticas e que exigem soluções. A própria crise movimenta a inércia e a própria inércia aciona a crise.

Assim se movem e evoluem os mundos e os seres. A “ânsia” evolutiva é a crise e a tensão em ação. Mistérios da vida aos nossos olhos, mas uma mão que guia a tudo e a todos.


Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)




Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal