quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

AS DOZE NOITES SANTAS (6ª NOITE - 29/30 dezembro)

Temos o nascer do sol, a passagem de mais um dia e o cair da sexta Noite Santa. Uma nova estrela brilha no céu, irradiando da Constelação de Balança o portal através do qual emanam as forças espirituais dos Dynamis, também chamados de Virtudes, os Seres do Movimento! Continuamos no âmbito da segunda hierarquia. Na evolução, os Dynamis acordaram ao perceber o que estava ocorrendo a sua volta, e atuaram criando um equilíbrio dinâmico, uma correta relação, uma permanente reciprocidade entre as coisas. Estar em desequilíbrio significa estar separado, não está inserido na unicidade de todas as coisas. Suas forças configuraram a bacia, que é responsável pelo equilíbrio no manter-se ereto.

No trabalho biográfico estudamos a expressão da Balança por volta dos 28 anos, que é o marco de mudanças entre as forças do passado que nos carregaram até aí e as forças do futuro que trazem a possibilidade de uma nova expressão da nossa individualidade através da nossa capacidade de transformar a herança da educação herdada. Os Dynamis nos oferecem a possibilidade de colocar as influências do passado e as possibilidades do futuro, o dentro e o fora, os processos de fusão e de separação em uma correta relação de reciprocidade, em um equilíbrio dinâmico.

Na sexta Noite Santa, através do portal da Balança, recebemos dos Dynamis, ou Virtudes, os impulsos espirituais para desenvolver o equilíbrio interior e conseguir conter as forças de dispersão para que tenhamos uma vida coerente e harmoniosa.

Nesta noite reconheça quais os pontos de equilíbrio de sua vida. Da região de Libra, os Dynamis, Espíritos do Movimento, trazem a você a capacidade para equilibrar na alma as forças de dispersão e ter uma vida coerente e harmoniosa.





Texto de Rudolf Steiner e Serguei Prokoffief
Pesquisa Edna de Andrade






Fonte do Texto e da Gravura: www.noitessantas.com.br
Via Biblioteca Virtual da Antroposofia
http://www.antroposofy.com.br/

O VERDADEIRO DILEMA DE ARJUNA (no Bhagavad Gita)

O “famoso” problema do conflito do ego, foi dissecado há 5 mil anos por Krishna, mas com o tempo o sentido da sua análise se perdeu, e se pretendeu insuflar metafísica demasiada naquilo que tinha mais a ver com simples psicologia humana (como também aconteceu, em parte, com os conceitos de “maya” e de “vazio”).

Krishna criticou a inação de Arjuna, demonstrando que Arjuna não queria agir porque, através disto, se projetava o seu “eu”. Arjuna julgava então que na inação, estaria mais garantida a sua isenção pessoal. “Ledo engano, meu caro Arjuna!”, disse-lhe Krishna.

“(...) o homem, enganado pela ilusão do ‘Eu’, pensa: ‘Eu sou aquele que faz.’ Mas aquele que conhece a verdade, sorri, porque por detrás da personalidade, enxerga a fonte real da ação, a causa e o efeito.” (Bhagavad Gita, 27-8)

A resposta não está na inação, afirma Krishna, mas no desapego. Através da ação virtuosa, o homem dá um exemplo multiplicador, e sabemos o quão poderoso pode ser o efeito do bom exemplo, até por ser raro, despertando o bem latente em cada um. O inativo (socialmente falando) pode não projetar a sua ação mais ostensivamente, dentro de um campo de conflitos potenciais, mas mantém todos estes conflitos latentes, dentro e fora de si. Assim, a inação apenas aumenta a confusão e a ignorância das pessoas:

“O sábio não deve confundir a mente dos ignorantes que atuam apegados ao resultado de suas ações; porém, deve executar suas ações com desapego e devoção e assim estimulá-los a que façam o mesmo.” (Bhagavad Gita, III, 27-8)

A inação apenas escamoteia as coisas, evita os conflitos potenciais, mas também posterga as soluções. Traz para o plano pessoal aquilo que deveria ser resolvido no coletivo, e deixa este sem solução, resultando não em inação, mas na omissão.

Tudo isto reflete a “velha” confusão entre ter um objetivo, e trilhar o caminho até ele, demonstrando claramente a necessidade de um auxiliar exterior para enxergar com clareza a situação. Afinal, somente quem trilhou o caminho, pode saber realmente onde é necessário chegar.

A importação de uma doutrina espiritual, é tão problemática quanto a tradução de um texto profundo de filosofia. Toda a pregação oriental contra o ego, se reduz hoje quase a um clichê zen de pacifismo improvisado que não passa de simples omissão. Por mais que Krishna insista na inconveniência da inação, os Arjunas que andam por aí estão decididos a permanecer na sua atitude individualista e manter a espada embainhada, a menos que alguém ameace o seu conforto pessoal. Pois o único objetivo deste discurso cético, é erigir a própria torre-de-marfim, que é um dos lugares prediletos do ego.

Porém, é preciso ir além do quietismo, porque estamos numa era – que é a de Maitreya - muito mais parecida com a de Krishna que com a de Buda. Insistir hoje no quietismo místico ou no individualismo, é tão errado quanto pretender militar na política na época de Jesus. O mundo está entrando em convulsão, e é preciso encontrar caminhos tão poderosos quanto esta crise que se aproxima.




Luís A. W. Salvi 





Fonte: http://escolaagartha.blogspot.com
Fonte da Gravura: https://www.pinterest.com/pin/470766967271522840/

A PRÁTICA DA RETIDÃO (DHARMA)

Dharma (retidão) não é uma palavra casual para ser tratada de forma leviana. Repetir frases frequentemente citadas tais como "Retidão é o que sustenta" (Dharayateeti Dharmaha) ou “Retidão protege seus protetores” (Dharmo Rakshati Rakshitaha) é uma prática muito comum, mas não é suficiente. O que é necessário é a prática da Retidão. Somente a conduta correta constitui o Dharma. A pessoa que leva uma vida justa é fadada a encontrar a paz. Quem quer que entre em cidades e aldeias para propagar a retidão deve lembrar e praticar estas quatro injunções importantes: "Não cause mal a ninguém", "Não abuse de ninguém", "Realize seus deveres com devoção amorosa" e "Torne seu coração puro". Embora a maioria de nossas ações esteja relacionada a preocupações mundanas, a realização do Divino é a meta. A única maneira de santificar todas as nossas ações ao conduzir a nossa vida diária é fazer cada ato como um ato de adoração, como uma oferenda ao Divino. Assim, toda a sua vida será transformada em uma existência sagrada. (Discurso Divino, 7 de janeiro de 1988)





Sathya Sai Baba





Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: Tumblr.com