quarta-feira, 10 de julho de 2013

CULTIVE O AMOR (PREMA)

Cultive Amor (Prema) por todos; ele destruirá inveja, raiva e ódio. Deus e Desejo (Rama e Kama) não podem coexistir no mesmo coração. 

Confiança gera confiança, amor gera amor. Se você falar com outro com muito amor, ele não pode desenvolver ódio contra você. O amor torna o mundo todo aparentado. É o maior instrumento de concórdia. 

O agricultor planta as mudas e cuida delas com muito cuidado. Ele remove as ervas daninhas, destrói as pragas, rega as mudas como e quando necessário, espalha adubo e aguarda o dia em que pode fazer a colheita e encher seu celeiro. Igualmente, você deve cuidadosamente nutrir amor e arrancar as ervas daninhas do ódio e da inveja dentro de si. 

Use os óculos de amor e todo o mundo lhe parecerá amável e bom. Você terá o que busca, verá o que seus olhos desejam. Desenvolva uma visão sagrada, então você verá a santidade em todos os lugares.




Sathya Sai Baba



Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SER FÁCIL

Se outras pessoas acharem difícil cooperar com você, mostre a elas pelo seu exemplo. 

Coopere com elas. 

Seja flexível e esteja pronto para mudar quando necessário. 

Esse é o poder de ajustar-se. 

Uma natureza fácil torna você fácil e os outros também. 

Deixe-se apenas ser. Vá com o fluxo. 

Para isso, auto educação é indispensável. 

Reserve um tempo para o aprimoramento interior. 

Mantenha a companhia de boas pessoas que incentivam seu esforço por uma mudança positiva.



Brahma Kumaris


Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A DESTRUTIVIDADE É A CONSEQUÊNCIA DE UMA VIDA NÃO VIVIDA

O psicólogo, filósofo humanista e sociólogo alemão Erich Fromm (1900-1980), conhecido popularmente por seu livro “A Arte de Amar” (1956), não é obviamente a única referência a definir as origens da destrutividade e agressão humanas, mas é uma das fontes mais interessantes sobre o assunto, e o que impressiona é essa relação direta que traça entre a destrutividade e o viver sem vida, sem expressão, sem espontaneidade - um realidade contemporânea apesar de nossa aparente liberdade. Uma das partes do seu trabalho foi estudar o caráter humano, e os dois trechos abaixo buscam decifrar essa característica da destrutividade, que, segundo ele, seria uma transformação da energia da vida gerada a partir dos cerceamentos da expressividade espontânea do viver. O primeiro trecho é do livro “Em Nome da Vida: Um Retrato Através do Diálogo“, publicado 6 anos após sua morte mas que contém a transcrição de palestras que Fromm realizou em 1970 para uma rádio alemã. O segundo é do seu primeiro livro, “O Medo à Liberdade” (Escape From Freedom), de 1941, da época em que Fromm viveu nos Estados Unidos, retirado da Europa depois da tomada do poder na Alemanha pelo partido nazista.

Fromm geralmente usa o termo destrutividade, talvez porque se refira a comportamentos consolidados nas pessoas, mas acredito que seja possível incluir o conceito de agressão nas duas descrições abaixo. Não a agressão no sentido “saudável”, digamos assim, como Fritz Perls definiria, mas a “agressão anti social“, contra os outros ou contra si mesmo. Uma interpretação particular dessa agressividade, e que pode servir de convite à mais reflexões nossas aqui, incluiria a agressividade mais comum, como a postura repetidamente crítica como traço de caráter ou a “contrariedade” como maneira de relacionamento com o mundo.

Uma ressalva importante é que essa destrutividade precisa ser compreendida no contexto mais amplo do trabalho inteiro de Fromm, onde ele apresenta a importância das assimilações sociais e o conceito da “liberdade de” (diferente da “liberdade para”), que indica claramente a influência de um ambiente cerceador. Em outro post pretendo trazer algum conteúdo sobre o que Fromm quer dizer quando fala em “vida não vivida”.

Seguem os dois trechos:

“Em última análise, pode-se dizer que uma pessoa que não encontra alegria na vida tentará vingar-se e preferirá destruir a vida a sentir que não consegue encontrar qualquer sentido em sua vida. Pode estar ainda viva fisiologicamente mas psicologicamente está morta. É isso que dá origem ao desejo ativo de destruir e à necessidade apaixonada de destruir tudo, incluindo a própria pessoa, em vez de confessar que nasceu mas não logrou se tornar um ser humano vivo. Isso é um sentimento amargo para quem o experimenta e não nos entregamos a mera especulação se admitirmos que o desejo de destruir decorre desse sentimento como uma reação quase inevitável.” ~ Erich Fromm, em “Em Nome da Vida: um Retrato Através do Diálogo” (For The Love of Life, 1986)

“Parece que a quantidade de destrutividade encontrada nos indivíduos é proporcional à quantidade em que a expansividade da vida é cerceada. Não estou me referindo às frustrações individuais deste ou daquele desejo instintivo, mas à frustração do todo da vida, ao bloqueio da espontaneidade do crescimento e da expressões das capacidades sensíveis, emocionais e intelectuais do homem. A vida tem um dinamismo interno por si mesma; a vida tende a crescer, a ser expressada, a ser vivida. Parece que se essa tendência é cortada, a energia dirigida à vida passa por um processo de decomposição e muda em energias dirigidas à destruição. Em outras palavras, a vontade de viver e a vontade por destruir não são fatores mutuamente independentes, mas estão em uma interdependência revertida. Quanto mais a vontade em direção à vida é cerceada, mais forte é a energia pela destruição; quanto mais a vida é realizada, menor a força da destruição. A destruição é a consequência de uma vida não vivida. As condições individuais e sociais que geram a supressão da vida produzem a paixão pela destruição que cria, por assim dizer, o reservatório da qual as tendências hostis particulares – seja contra os outros ou contra si mesmo – são nutridas”. ~ Erich Fromm, em “O Medo à Liberdade” (Escape From Freedom, 1941)


Nando Pereira



Fonte:  do blog DHARMALOG (blog sobre auto conhecimento)
http://dharmalog.com/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal