sábado, 10 de dezembro de 2016

APROPRIAR-NOS DE NOSSAS EXPERIÊNCIAS

Muitos de nós pensam que nossa responsabilidade está a cargo de outras pessoas. Como resultado, quando levamos algum tranco da vida, imediatamente procuramos um bode expiatório. Entretanto, ao culparmos os outros, estamos apenas nos amarrando à nossa própria escravidão, nossa consciência reativa. A verdade é que, no minuto em que caímos em julgamento dos outros, de nós mesmos ou da situação diante de nós, perdemos a oportunidade de ver e agir imediatamente e aproveitar a oportunidade de nos reconectarmos com a Luz.

Cada um de nós é um professor e cada um de nós é um aluno, o que significa que todas as coisas que acontecem em nossas vidas são lições para aprendermos. Quando conseguimos ver nossa realidade através das lentes de nossa responsabilidade pessoal, em vez das lentes do julgamento e de culpar os outros, ganhamos a capacidade de nos libertarmos das influências kármicas que fazem com que continuemos a vivenciar os mesmos padrões repetidamente.

Assim, precisamos consistentemente perguntar a nós mesmos: ”Por que estou neste filme? Qual a reação que esta experiência está provocando em mim e pela qual eu preciso assumir 100 % de responsabilidade, e depois me desapegar para sempre?”

Fique aberto e não julgue a si mesmo, aos outros ou a situação diante de você. Em vez disso, apenas observe a reação que a pessoa ou a situação provoca em você e aproprie-se dela.




Karen Berg






Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalahcentre.com.br
Fonte da Gravura: Tumblr.com

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

No mundo atual, movido pela pressão, há uma crescente demanda não só por eficiência e oportunidade em nossas relações com o mundo, mas também por mais sensibilidade emocional em nossos relacionamentos. Esses suportes de vida são possíveis apenas se tivermos comando sobre nós mesmos. Se queremos realmente ser capazes de liderar os outros, primeiro temos que ser capazes de liderar a nós mesmos. Não podemos exigir dos outros o que nós mesmos não estamos dispostos a fazer e mostrar. (Vivendo Nossos Valores, Brahma Kumaris, 2014)

Paciência é uma daquelas virtudes que pode transformar um momento de grande ansiedade em quietude, uma rápida agitação mental no fluir suave de um rio. Na presença de uma pessoa paciente somos envoltos por uma aura de calma como se entrássemos na luz tranquila da ausência de pressa dela. Mesmo quando ela está ocupada, a qualidade da sua ocupação irradia paciência. Para ser paciente, observe a natureza. A natureza é sempre pacientemente ocupada. (Mike George)

Apreço é uma ferramenta poderosa para a mudança pessoal e social. E começa comigo. Se eu quero mais apreço na minha vida, eu preciso demonstrar apreço primeiro – para mim mesmo, meu parceiro, meus pais, meus filhos, amigos e colegas. E também para aqueles que me servem e para as pessoas que não conheço e que encontro na rua. Quanto mais valorizo os atos diários de bondade e consideração de outras pessoas, mais eles irão apreciar os meus. Juntos nós podemos criar um sentimento de cooperação, comunidade, harmonia, seja onde estivermos. (Vivendo Nossos Valores, Brahma Kumaris, 2014)

Como seres humanos somos muito sensíveis ao ambiente ao nosso redor. Podemos entrar em uma casa onde houve uma discussão e imediatamente sentir a tensão no ar, mesmo que ninguém diga nada. Da mesma forma, podemos sentir o ambiente de paz e calma de uma igreja, templo, mesquita ou sala de meditação. Um ambiente negativo pode nos influenciar ou podemos optar por influenciá-lo. Usar as virtudes, ter pensamentos positivos, praticar boas ações são algumas maneiras de criar uma atmosfera positiva onde quer que estejamos. (Vivendo Nossos Valores, Brahma Kumaris, 2014)





Brahma Kumaris







Fonte: www.bkumaris.org.br
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REALIDADE DO ATMA

Cada um tem sua própria força e fraqueza, debilidades e medos, habilidades e desvantagens, por isso, nenhuma receita pode ser sugerida para todos. Você deve proceder a partir de onde está atualmente, no seu próprio ritmo, de acordo com sua própria luz interior. Mas, desde que se tenha um vislumbre da Realidade do Atma, da fonte de onde se surgiu e a meta na qual se fundirá, o objetivo da viagem será alcançado mais cedo ou mais tarde. O fascínio pelo corpo e os sentidos que o dominam, e o mundo que alimenta os sentidos, bem como o encanto pelas aventuras vaidosas em busca de fama e fortuna - tudo isso perderá o sentido e desaparecerá assim que você receber um vislumbre dessa Realidade do Atma, quer através da graça ou através de um Guru ou através de outros meios. A pessoa terá, então, em vez de deha-bhranti (apego ao corpo), que agora o atormenta, o desejo de conhecer e se estabelecer em Dehi, o Morador Divino. (Discurso Divino, 16 de março de 1966)





Sathya Sai Baba







Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
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DE ONDE SURGE A MALDADE?

O significado do termo maldade tem conexão com a qualidade daquele ou daquilo que é mau, com a ação maligna, a iniquidade e a crueldade. Mas por que alguns têm atrativo pela perversidade? O tema sempre inquietou os pensadores dos mais diversos campos do saber e da ação humana: filosofia, ciência, arte, religião.

Historicamente, segundo alguns modelos previsíveis, os males humanos pareciam não mais destinados a preocupar os pensadores, pois que a maldade parecia ser circunscrita. Para alguns estudiosos o “holocausto”, durante a Segunda Grande Guerra, reacendeu-se o debate sobre os limites da barbárie, da perversidade humana, lançando no universo intelectual europeu e mundial uma onda de pessimismo e ceticismo.

Hanna Arendt, filósofa judia, que estudou as questões do mal, escreveu o livro “Eichmann em Jerusalém”, que analisa o julgamento do verdugo nazista, mentor da morte de milhares de pessoas. Tendo como referencial o “caso Eichmann”, a autora justifica que o mal pode tornar-se banal e difundir-se pela sociedade como um fungo, porém apenas em sua superfície. Para Arendt, as raízes do mal não estão definitivamente instaladas no coração do homem e por não conseguirem penetrá-lo profundamente a ponto de fazer nele morada, podem ser extirpadas.

Para muitos, o mal seria mais forte que o bem, e que os espíritos do mal estariam conseguindo sobrepujar os Benfeitores espirituais, frustrando-lhes os desígnios superiores. Em que pese a antiga tradição de tais assertivas, elas são insustentáveis e falsas; diríamos mesmo absurdas. Admitir o triunfo do maligno a prejuízo da humanidade é o mesmo que negar ao Senhor da Vida os atributos da onisciência e da onipotência, sem os quais não poderia ser o Senhor da Vida.

O mal não advém dos Estatutos do Todo-Poderoso como concebem alguns incautos, especialmente aqueles que vivem distanciados do entendimento da Boa Nova. O mal é transitório, não tem raízes. Para o Espiritismo o mal é criação do próprio homem e não tem existência senão temporária, transitória, pois no arranjo maior da Vida não tem sentido a permanência do mal. No capítulo em que trata da escala espírita, o Codificador, ao situar os espíritos imperfeitos na terceira ordem, traça como seus caracteres gerais “Predominância da matéria sobre o espírito. Propensão para o mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhes são consequentes.”. [1]

A humanidade vem nos últimos anos passando por transformações viscerais. A influência do materialismo sobre as questões e a vida social cresce consideravelmente. Os valores morais estão sendo corrompidos com assombrosa velocidade. Nunca o mundo precisou tanto dos ensinos espíritas como nestes tempos atuais. Vivenciamos instantes em que se aguça a revolta nos corações em face das imposições de ideologias falidas, e nos vendavais da tecnologia somos remetidos aos acirramentos das separatividades e isolamentos, estabelecendo-se níveis de revoltas sociais inaceitáveis.

Obviamente não há como se desconhecer a luta pela subsistência. Há as enfermidades, as insatisfações, os conflitos emocionais, os desenganos. As imperfeições próprias daqueles com os quais convivemos. Enfim, as variadas vicissitudes da existência. Nessa autêntica desordem, usando e abusando do livre arbítrio, cada qual vai colhendo vitórias ou amargando derrotas, segundo o grau de experiência conquistada. Uns riem hoje, para chorarem amanhã, e outros que agora se exaltam, serão humilhados depois.

Devemos interrogar a própria consciência, passando em revista os atos cotidianos, para a identificação dos desvios dos deveres que deveriam ter sido cumpridos e dos motivos alheios de queixa por conta dos nossos atos. Revisemos periodicamente nossas quedas e deslizes no campo moral, ativando a memória para nos lembrarmos dos tantos espinhos que já trazemos cravados na "carne do espírito"[2], tal como ensina Paulo de Tarso. Estes espinhos nos lembrarão a nossa condição de enfermos em estágio de longa recuperação, necessitados de cautela. O mal não é invencível, pelo contrário.

Não conseguiremos nos livrar das consequências advindas dos males que praticamos. O mal que nasce em nós nos impregna e temporariamente passa a fazer parte de nossa personalidade. Paulo de Tarso, na sua carta aos romanos, tece comentários sobre as lutas que se deve travar para combater o mal em nós mesmos, em frase já célebre: "Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço"[3]. O mal a que se refere Paulo em suas epístolas é o mal trivial que subsiste em nós e é alimentado por nossa vontade. E que, em certa medida, nos proporciona prazer pelo torpor de consciência.

A escuridão é somente ausência da luz. Não é real. Só Deus é Vida; somente o Bem é a finalidade da vida. Para que possamos vislumbrar um mundo sem angústias e nem problemas sociais, livres das misérias econômicas e políticas, apelemos para o amor incondicional, que possui os recursos eficazes para a conciliação, o perdão, a transformação moral, fomentando o bem para o progresso, o que concorre para enriquecer nossa sensibilidade, aprimorar nosso caráter, fazer que se nos desabrochem novas faculdades, o que vale dizer, se dilatem nossos gozos e aumente nossa felicidade.

Em suma, o mal deriva do coração humano e a batalha do bem contra o mal, tema de incontáveis livros e filmes, deve ser travada nos domínios dos nossos próprios corações, acima de tudo.




Jorge Hessen






Fonte: Artigos Espíritas
http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com/
Fonte da Gravura:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU5CaimzCEmDxIFgEJQh-SGTBz0AmEArdjL05gEMzCYHvfy_fiqDym_SY6_Z9sHympLJNVF6OUcy7J1Rnmdq7810Y1GSzUeXL9yO3x4o3hGeNd1zpEuCn3U_njBqatUpghtIzAygrsUjY1/s1600/maldade.jpg



Referências bibliográficas:

[1] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, pergunta 89, RJ: Ed. FEB, 2000
[2] II Coríntios 12:7
[3] Rom 7:19

ESCREVER O LIVRO INTERIOR

Pode-se comparar o ser humano a um livro, um livro que ele próprio está a escrever. E, muitas vezes, é um conjunto de garatujas (rabiscos), uma grande confusão, um amontoado de insanidades, de aberrações… E, quando dois desses livros se encontram e sentem atração um pelo outro, ficam dia e noite ocupados a ler-se. Mas o que é que eles aprendem com essa leitura? Os humanos conhecem certamente muitas coisas, mas ainda não aprenderam a escrever o seu próprio livro. Eles só se preocupam em criar no exterior de si mesmos: esculpir, modelar, desenhar, escrever… sempre no exterior. O interior permanece um terreno inculto. É tempo de eles aprenderem a escrever o seu próprio livro. Então, sempre que se encontrarem, ficarão maravilhados por poderem ler e ver uns nos outros palavras, frases, poemas e desenhos sublimes: as qualidades, as virtudes, os dons que cada um se terá esforçado por desenvolver em si mesmo.





Omraam Mikhaël Aïvanhov






Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Tumblr.com