segunda-feira, 4 de março de 2013

APRENDENDO A PERDOAR A SI MESMO


Algumas pessoas prejudicam outras e pedem perdão, que pode ser aceito ou não; mas há algumas atitudes em que o único prejudicado é você mesmo. Se você vive apontando seu dedo indicador constantemente para seu próprio nariz, cuidado!

A culpa varia de acordo com crenças e valores que cada um traz consigo desde a infância, e que muitas vezes não corresponde mais aos valores e crenças atuais. Culpa, remorso, arrependimento, são inimigos constantes de algumas pessoas e traz junto a humilhação, vergonha, o medo e a maior consequência: a autopunição.

Perdoar a si mesmo talvez seja um dos maiores desafios, pois está relacionado com a capacidade - e leia-se também dificuldade - que cada um tem de se amar e se aceitar. As pessoas não se amam por acreditarem terem feito algo muito terrível, às vezes isso até corresponde à verdade, mas muitas vezes não.

Algumas chegam ao máximo de se culparem por terem nascido e sentem-se como um grande fardo. Para compensarem essa rejeição sentida em algum momento de sua vida, passam a vida tentando mostrar aos outros o quanto são úteis, importantes, como que para provarem para si próprias que são merecedoras da vida.

Procure observar se busca aprovação e reconhecimento de pais, amigos, das pessoas em geral, se está sempre à disposição de todos, cedendo em quase tudo, pela necessidade inconsciente de agradar, ser aceito, mas que muitas vezes confunde-se com a desculpa de querer ajudar e que na verdade oculta a busca pelo amor e atenção.

Por exemplo, as pessoas por não se sentirem amadas quando crianças e não acreditarem em si mesmas passam a ignorar os próprios sentimentos e recorrem à fuga pela comida, como forma de compensação e obtenção do prazer. Com isso, se culpam e como punição, engordam.

Não conseguindo eliminar alguns quilos, mais culpas e assim, desviam o foco da origem de tudo para a comida. O foco passa a ser emagrecer e não o que as levou a engordar. Negam a si mesmas a subnutrição emocional que sentem e que pode levá-las a sentimentos de vazio e fome.

A comida passa a representar uma maneira de alimentar e preencher um vazio emocional. Ou seja, inconscientemente desviam a atenção dos problemas para a necessidade de emagrecer, os problemas continuam ou aumentam por não serem resolvidos e acabam consumindo mais calorias do que o corpo necessita, engordam, culpam-se, punem-se, criando-se assim, um círculo vicioso.

O perdão oferece saída para esse círculo vicioso, como uma escolha consciente de mudança. Será que a verdadeira causa está sendo considerada? Do contrário, tudo tende a piorar. Será que essa fome, esse vazio, não seria a necessidade, também inconsciente, de amor? É preciso perceber que a comida não será transformada em afeto, amor, mas apenas em gordura quando consumida de forma descontrolada. Por que não buscar outras fontes de prazer?

Uma maneira de cultivar a culpa é estar sempre exigindo perfeição de si mesmo. A anorexia e bulimia são exemplos disso. Nunca há satisfação consigo mesmo, gerando culpa, insatisfação e uma enorme dificuldade de se perdoar. Tudo que faz poderia ser melhor. Não importa o que faça ou conquiste. Ou o pior, não importa quem se é, parece que nunca é o bastante.

Para se livrar disso tudo faça uma lista de tudo aquilo que você se culpa, daquilo que fez e não fez. Seja honesto consigo mesmo. Depois, pense sobre as motivações que o fizeram fazer certas escolhas, agir de determinada forma e, ao invés de se culpar, punir ou se castigar, comece a lembrar que muitas escolhas foram feitas porque era o melhor que se podia fazer naquele momento e que na verdade, tudo foi avaliado com valores da época e que nem sempre serão os mesmos neste momento. Nunca julgue situações passadas com valores do presente.

Para perdoar-se é preciso rever todas suas crenças, valores, que muitos esquecem que com o tempo podem, e devem, se modificar. Analisar o que fez ou deixou de fazer para poder mudar e crescer é válido, como sentir remorso pela dor que pode ter causado a alguém e pedir perdão. Mas se esse remorso começar a dominar sua vida, estará alimentado seu papel de vítima e a autopiedade. Livre-se disso. Você deve aprender e crescer com a experiência passada e isso não quer dizer se punir eternamente por algo já feito.

Perdoar a si mesmo exige uma completa honestidade e integridade para que se alcance a cura de tantos males, de tanta falta de amor-próprio. É um processo de reconhecer a verdade, assumir a responsabilidade pelo que fez, aprender com a experiência, reconhecer os sentimentos que motivaram determinados comportamentos, abrir seu coração para si mesmo, ouvir seus medos, curar certas feridas e isso você pode conseguir sendo amoroso e responsável consigo mesmo.

Você pode e deve se livrar de certos padrões de pensamentos e sentimentos. Mude o que não acredita mais, livre-se de tudo que te faz mal, cure a ferida que mais lhe dói, cure sua vida emocional. A verdadeira cura é fazer as pazes consigo mesmo. O poder curativo do perdão e do amor talvez seja o remédio mais poderoso que temos. E está nas mãos de cada um de nós. E você pode começar com você mesmo!




Rosemeire Zago (Psicóloga clínica – abordagem jungiana)




(desconheço a fonte do texto)
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

EVOLUÇÃO CONSTANTE


Os relacionamentos são importantes.

Desde parcerias como o casamento, até interações com colegas de trabalho, nossos relacionamentos são muito mais importantes para nós do que nos damos conta. Pense nisso. Seja nosso melhor amigo, nossa sogra, nossa avó ou o carteiro, os relacionamentos possuem um peso importantíssimo na determinação da nossa felicidade em qualquer dia. Quando nossas interações são prazerosas e tranquilas, ficamos felizes; mas quando existe algum conflito ou quando nos aborrecemos com alguém, isso pode se tornar uma nuvem escura pairando sobre nós. 

O caminho kabalístico não é de altos e baixos, no qual um dia nos sentimos no céu e no outro afundamos no lixo. A Kabbalah diz não para os altos e baixos, trocando-os por uma vida de constante evolução. Isso significa dizer que, se nossos relacionamentos estão bons hoje, existe uma forma de torná-los ainda melhores amanhã. 

A chave para construir laços mais fortes com aqueles ao nosso redor é estar em constante crescimento. Ao nos envolvermos no caminho da transformação pessoal, nos tornamos menos reativos com nossa família, ficamos mais tolerantes com nossos colegas de trabalho e nos empenhamos em sentir cada vez mais compaixão por aqueles que amamos e, eventualmente, pela raça humana. 

Vejam bem, na verdade temos uma responsabilidade a cumprir com as pessoas em nossas vidas para desenvolvermos nossa alma, porque é assim que podemos elevar nossos relacionamentos a níveis inteiramente novos. 

Essa, na realidade, é a forma como nos tornamos o melhor amigo, o melhor pai ou mãe, o melhor colega de trabalho, o melhor tudo que podemos ser. 



Rav Yehuda Berg



Fonte: Centro de Cabala
www.kabalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

CAMINHO E MIRAGENS


Você veio ao mundo para realizar-se. Você vem totalmente equipado com todos os instrumentos necessários para a empreitada - viveka, vairaagya e vichakshana (discernimento, desapego e habilidade) e o desejo de aumentar seu amor, enriquecer suas emoções e enobrecer suas ações. Mas você perdeu seu caminho; está preso em um atoleiro e é confundido por miragens e sonhos que toma como real; você corre atrás de cores falsas e substitutos baratos. Lembre-se que tudo está subordinado a essa tarefa suprema. O corpo deve ser alimentado e mantido livre de doença. Por quê? Para que possa estar apto para a disciplina espiritual. Disciplina espiritual para quê? Para a realização da verdade sobre si mesmo. O sutil é a base para o bruto; o Divino é a base para o ser humano.



Sathya Sai Baba



Fonte: www.sathyasai.org
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal