sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

10º TRABALHO DE HÉRCULES - MATANDO CÉRBERO, O GUARDIÃO DO HADES (CAPRICÓRNIO - PODER SERVIR)


O trabalho de Hércules que corresponde ao signo de Capricórnio é enfrentar Cérbero, o cão de guarda do mundo subterrâneo. Capricórnio é um signo de disciplina, superação e realização. Este trabalho representa o auge do desenvolvimento humano e uma grande conquista espiritual, talvez a mais importante de todas: a conquista do poder de servir.

Cérbero era um terrível monstro com três cabeças de cão e uma serpente como rabo. Ele guardava o mundo subterrâneo, para onde iam as almas dos mortos, e não deixava que ninguém saísse de lá. A tarefa de Hércules era capturar Cérbero e trazê-lo até a superfície.

Quando Hércules penetrou no mundo subterrâneo, encontrou o herói Teseu vivo, mas acorrentado ali. Ele libertou o amigo e então foi ver Plutão, o Senhor da Morte e do mundo subterrâneo. Plutão concordou em deixar Hércules levar Cérbero, desde que enfrentasse a fera sem armas. Hércules fez isto, e agarrou a cabeça central de Cérbero, sufocando-a. Assim ele controlou o monstro e pôde conduzi-lo até a superfície, para a luz do dia.

Cérbero, com suas três cabeças, representa a personalidade humana, com seus três componentes: mental, emocional e físico. Controlar Cérbero e levá-lo para a superfície significa autodisciplina, autoaperfeiçoamento e autossuperação. Mas todo autodesenvolvimento deve sempre ter como motivação a busca de servir a humanidade. Todos os conhecimentos que adquirimos, as habilidades que desenvolvemos, os bens de que dispomos, o poder que obtemos, a influência que exercemos — tudo deve ser usado não apenas para o nosso próprio benefício individual, mas em favor de toda a coletividade.

O mundo subterrâneo simboliza o inconsciente humano, e Teseu acorrentado representa a humanidade aprisionada por suas emoções e desejos ignorantes. Tal como Hércules encontrou Teseu ao penetrar no mundo subterrâneo, cada buscador espiritual, ao penetrar no íntimo de si mesmo, descobre que é co-responsável pelo sofrimento da humanidade. Mas descobre também que, ao desenvolver todo o seu potencial, ele pode contribuir para a liberação e elevação humana.

Frequentemente, existe confusão sobre o que é serviço. Alguns entendem que servir é ajudar, curar, ensinar os outros. O serviço pode incluir isso também, mas é algo mais profundo. Servir é desempenhar a nossa função dentro do todo maior. Na verdade, todos os seres servem — inevitavelmente, inconscientemente. Não há como ser e não servir. Mas o que é próprio de nós, humanos, é que podemos passar a servir conscientemente. Nós podemos saber qual é o nosso serviço, e então realizá-lo voluntariamente, compreensivamente, inteligentemente. É isto que chamamos de serviço quando falamos de seres humanos.

Para poder servir assim, o indivíduo deve ser o mestre de si mesmo. Hércules mostrou como alcançar esta mestria ao enfrentar Cérbero desarmado, sem lutar contra o monstro, mas apenas sufocando a sua cabeça central, para controlá-lo. Portanto, não devemos ficar combatendo a nossa personalidade, mas apenas procurar conduzi-la conscientemente. A cabeça do meio representa as emoções e desejos — a fonte de força da personalidade. Sufocar esta cabeça significa deixar de alimentá-la com tanta atenção. Se não dermos indevida importância às reações emocionais da personalidade, ela não terá como atrapalhar o nosso serviço.

Finalmente, levar Cérbero para a superfície é integrar o inferior no superior, unificar personalidade e alma. Então, a personalidade é transformada, transfigurada, deixando de ser aquela que oculta a alma, para tornar-se aquela que revela a alma.



Ricardo A. Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br





Fonte do Texto e da Gravura:
LOGOS - Grupo de Investigação em Astrologia Esotérica
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2012/01/capricornio.html

CAPRICÓRNIO - SUBINDO A MONTANHA DA INICIAÇÃO

Uma vez mais entramos sob a potente influência de Capricórnio, que proporcionará, não somente àqueles que têm o Sol ou o Ascendente nele, mas a todos os sensíveis à iniciação, a qualidade que atrairá na direção da luz e permitirá deixar para trás os impedimentos para sua livre afluência.

É um período propício para refletir sobre o esforço e a natureza da personalidade, sobre os êxitos mundanos e os espirituais, combinados na iniciação. Normalmente se crê que a iniciação é alcançada mediante a disciplina e o trabalho árduo na frente interna, através dos sacrifícios e do firme seguimento de uma meta. E assim é de uma dada perspectiva, mas não de outra: quem se preocupa em “chegar” é a personalidade, que tem como um dos seus principais objetivos o de se consagrar à alma e à vida espiritual; essa grande reorientação é consolidada mediante a influência de Sagitário. A alma não se esforça dessa maneira, a alma é clareza, segurança, magnetismo, ritmo, mas não esforço; sob Capricórnio é oportuno se aperceber dessa diferença.

Tendo chegado a um certo ponto, a personalidade se torna um obstáculo, porque sua própria natureza não é consciência, é forma; o eu inferior, de alguma maneira, tentará “reter” a energia da alma, a fim de continuar elevando sua vibração com sutil egoísmo. Uma das lições mais interessantes que traz o período regido por Capricórnio tem a ver com a energia vertida através de Saturno, que rege o signo tanto em nível da personalidade como da alma. Saturno limita, conformando o círculo-não-se-passa (simbolizado por seus famosos anéis) depois do qual somente chega um estado de consciência superior, e distinto em qualidade.

No primeiro nível de regência, de alcance pessoal, Saturno permite tomar consciência de que o grande obstáculo para a iniciação é, na realidade, o próprio eu demasiado sintonizado com os mundos superiores, o que é correto até precisamente ter que transpor os portais de consciência, em direção a dimensões mais amplas. É proveitoso entender não apenas em nível intelectual, como também de maneira vivencial, que a personalidade é o Morador no Umbral, e que necessariamente deve se produzir uma transferência de identidade a fim de se conectar com energias mais elevadas, mudança que não desatende nem omite a personalidade, mas que a coloca em seu lugar ante a vastidão do mundo que nos rodeia, cuja essência é encarnada pela alma. A personalidade identificada com o superior não é o superior; chave simples e complexa ao mesmo tempo.

Mais sutilmente, Saturno também contribui com limitação para a alma radiante, que já integrada com a alma deve aprender a silenciar-se a fim de deixar espaço para a Mônada. Este relacionamento superior nos conduz ao tema da luz, simbolizado pelo lema esotérico “estou perdido na luz suprema e a essa luz dou as costas” O que é a luz suprema? Qual é o tipo de experiência a que faz referência o lema esotérico? Curiosamente, cabe realizar duas interpretações do “estou perdido na luz suprema e a essa luz dou as costas”. Em princípio poderia se dizer que a entrada em estados superiores de consciência implica em mais desapego, mas, paralelamente, mais compromisso, mais energia à disposição e um maior poder condicionante, fruto de uma vinculação mais estreita com o Ashram e o Mestre, com cuja energia haja afinidade. Isso faz com que a percepção da luz, longe de evocar apego à mesma, também revela o grau de sofrimento e de escuridão do mundo que rodeia o discípulo e, assim, evoca seu coração e seu serviço. Não se trata de uma questão afetiva (embora geralmente também o seja) mas sim magnética; a percepção da escuridão imediatamente é complementada pela luz, e os discípulos em contato com a alma são eminentemente os portadores de Luz e Amor.

E de outro ângulo, a “luz suprema” não é a da alma, é aquela que alguns autores chamam de “a luz escura”, um ponto negro sem dimensão no espaço ou no tempo, que atrai o discípulo fusionado com a alma e o impulsiona a revelar, do mais próximo de si, a Vida que está mais além da luz da alma. A essa luz se termina dando as costas, porque seu Mandato é se exteriorizar e demonstrar o Poder de Deus e sua Unidade em todos os planos.

Este vínculo entre alma e Mônada se enlaça com o mistério do Leão e do Unicórnio a que o livro Astrologia Esotérica faz referência, no qual vincula tais animais, respectivamente, com os signos de Leo (Leão) e de Capricórnio. Diz-se que existe uma relação muito especial entre ambos; parte da resposta poderia estar em que Leo representa a consciência em sua consolidação, enquanto que Capricórnio é a síntese da mesma; quando a Mônada se faz presente atravessa o coração do Leão, porque toca diretamente a personalidade, e irrompe com todo seu poder, o poder da Vontade de Deus, impelindo a forma à evolução e atravessando a consciência como o chifre único, unidirecional e enfocado, do Unicórnio, o ponto da Vida Una.
Outro fenômeno interessante de Capricórnio tem a ver com seus raios: há várias energias que fluem através do signo, aportando-lhe a qualidade terrena e elevada ao mesmo tempo. São os raios 1º, Vontade ou Poder; 3º, Inteligência Ativa; 5º, Mente Concreta e 7º, Ordem Cerimonial e Magia.

Observa-se que os raios 3º e 5º são próprios de Saturno e Vênus, respectivamente, que são os regentes do signo e, como analogia, seus veículos de expressão. Por outro lado, existe uma relação muito especial entre os raios 1º e 7º; entre ambos são conformados o princípio e o fim de um ciclo energético, e quando combinados, criam uma conexão direta entre “o céu e a Terra”, o que acarreta uma realização sintética e oniabrangente do processo evolutivo, uma nota que está mais além da soma deles. Esta qualidade sintética tem a ver com a iniciação, qualquer que seja aquela que cada um tenha pela frente, e subjetivamente essa qualidade capricorniana é a que permite a (sempre relativa) perfeição.

Assim, facilita-se um importante trabalho mental graças ao influxo dos raios 3º e 5º, possibilitando a consolidação no nível mental (o quinto plano) que é onde mora a alma; o terceiro plano é também o átmico, onde mora o veículo monádico, em uma volta superior da espiral. De uma forma misteriosa é este conjunto de energias que permite o aprisionamento, a morte e, afinal, a iniciação.

É que a iniciação tem muito a ver com a morte, com o deixar para trás dimensões da consciência, quer se trate da “escuridão física”, das emoções ou da mente. É necessário um grau de cristalização que aprisione à vida interna e permita se aperceber do grau de isolamento, de separatividade, de debilidade em que se vive, a fim de invocar a energia superior que trará a liberação das limitações. Esse fator cristalizante tem muito a ver com Capricórnio.

Vale então refletir, especialmente no período de plenilúnio, mas durante todo o mês, acerca do papel que Capricórnio exerce na vida da humanidade, na vida da alma; fazer o esforço para subir ao pico da montanha e descobrir que, na realidade, o que se necessita é de um fracasso, a fim de se sacudir as ataduras e deixar a consciência melhor alinhada entre o cume, o caminhante e o céu, ou a personalidade, a alma e a Mônada, encontrando o Uno ainda que por um instante.


Martín Dieser


Fonte do Texto e das Gravuras: 
LOGOS - Grupo de Investigação em Astrologia Esotérica
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2011/01/capricornio-subindo-montanha-da.html

CAPRICÓRNIO - A INICIAÇÃO DA HUMANIDADE

Capricórnio é um signo de realização. Sua energia estimula o triunfo do espírito humano sobre todas as condições limitantes e circunstâncias adversas. Promove o pleno desabrochar de todo o potencial humano, prevalecendo sobre tudo o que pudesse abafá-lo ou aprisioná-lo. As energias capricornianas convidam-nos a renovar nossos esforços para manifestar as nossas mais elevadas possibilidades.

Este décimo signo do Zodíaco representa a apoteose do humano. Capricórnio demonstra a capacidade humana de abrir caminho, fazer o seu destino, aproveitar as oportunidades, superar as dificuldades, transformar-se, recriar-se e persistir na direção de seu objetivo. É um signo de extremos, e produz ou o pior ou o melhor tipo de ser humano. As qualidades capricornianas podem expressar-se como mentalidade estritamente materialista, egoísmo exacerbado e fervorosa ambição por sucesso mundano. Ou como sabedoria, abnegação e consagração à evolução espiritual.

A realização é possível em Capricórnio devido ao grande dom deste signo: a disciplina. É o que faz a diferença e propicia a conquista, material ou espiritual. Envolve senso de prioridades, emprego de método e técnica apropriados, empenho constante, economia de tempo e de recursos, renúncia e capacidade de sacrificar o menor em favor do maior. Tantas vezes, os nossos propósitos maiores se perdem, ofuscados por questões menores e trivialidades. A disciplina nos permite colocar cada coisa em seu devido lugar e proporção, de modo que o menor não compita com o maior, mas seja, verdadeiramente, um degrau em sua direção.

Quando a disciplina é aplicada ao desenvolvimento espiritual, conduz finalmente ao que é chamado de iniciação. Uma iniciação é uma grande expansão de consciência, que marca um passo significativo no Caminho Espiritual. Cada iniciação produz uma maior medida de integração interna, psicológica. Como consequência, ocorre uma maior integração externa, com a humanidade, e o indivíduo se coloca mais e mais a serviço da coletividade. Cada iniciação é a entrada em um novo ciclo de experiência, desenvolvimento e serviço.

O processo de iniciação envolve um período de crise. Acontece quando o indivíduo chega a um ponto, em seu desenvolvimento, em que consegue esgotar todos os seus recursos disponíveis, tendo tirado o máximo proveito deles. Só então ele precisa de mais; só então ele merece mais. Nesse ponto, o indivíduo se confronta conscientemente com problemas que, por ora, ele não tem como resolver; ele dá o seu melhor, faz tudo o que está ao seu alcance, e no entanto, não é suficiente. Tal condição de impasse e crise é justamente o solo propício para o poder latente no indivíduo germinar. A crise invoca o espírito humano e extrai dele novas capacidades, antes dormentes. Este despertar do poder interno é a iniciação.

Atualmente, toda a humanidade está passando por um processo global de iniciação. A generalizada crise mundial (social, política, econômica, religiosa e científica) indica que estamos prontos para um extraordinário passo adiante. Muitos dos problemas que confrontam a humanidade estão além da sua capacidade atual de solução, e por isto mesmo, estão fazendo despertar o seu potencial mais profundo. A iniciação da humanidade é iminente, e produzirá uma maior integração interna — entre seus diversos povos — e externa — com as outras formas de vida no planeta. Quando menos pensarmos, a humanidade nos surpreenderá com um desabrochar de sabedoria e amor que muitos de nós nem sequer imaginávamos.




Ricardo A. Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br





Fonte: LOGOS - Grupo de Investigação em Astrologia Esotérica
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2010/12/capricornio-iniciacao-da-humanidade.html
Fonte da Gravura: http://www.cartastarotesoterismo.com/wp-content/uploads/2010/11/como-seducir-a-un-capricornio.jpg