sábado, 1 de junho de 2013

O DESTINO DO HOMEM


Nunca se deve esquecer que o destino do ser humano é dos mais gloriosos. Deus criou-o para que ele viva na harmonia, na luz, para que ele manifeste o amor, a sabedoria, o poder.

Vós perguntareis: «Então, por que é que nos é tão difícil atingir esse estado de perfeição a que estamos predestinados?» Porque não sabeis rechaçar os inimigos interiores que procuram arrastar-vos noutra direção. Esses inimigos são todas as más inclinações pelas quais vos deixais arrastar, porque a vossa consciência ainda não está desperta. Mas tomai bem em conta o seguinte: esses inimigos sentem muito bem se vós tendes ou não uma consciência clara da vossa predestinação. Então, quando eles veem que vós sabeis qual é a direção a seguir e a mantendes, porque sabeis que por aí há um objetivo a atingir, pouco a pouco acabam por afastar-se ...


Omraam Mikhaël Aïvanhov


Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

DESCASQUE A CEBOLA


O ser do homem é muito simples, mas a sua personalidade é muito complexa. A personalidade é como uma cebola — existem muitas camadas de condicionamento, corrupção, e ocultas por trás dessas muitas camadas está o simples ser do homem. Ele está por trás de tantos filtros que você não pode vê-lo — e oculto por trás desses muitos filtros você não pode ver o mundo também, porque tudo o que atinge você é corrompido pelos filtros antes de atingi-lo.

Nada nunca atinge você como é; você continua deixando de sentir. Há muitos intérpretes no caminho. Você vê alguma coisa — primeiro os seus olhos e os seus sentidos o falseiam. Então a sua ideologia, a sua religião, a sua sociedade, a sua igreja — eles falseiam tudo. Então as suas emoções — elas falseiam também. E assim por diante, o tempo todo... No momento em que a informação chega até você ela não é mais quase nada do original, ou tão pouca que não faz diferença. Você só percebe alguma coisa se os seus filtros permitirem, e os filtros não permitem muito.

Os cientistas concordam; os cientistas afirmam que vemos apenas dois por cento da realidade — apenas dois por cento! Noventa e oito por cento da realidade se perdem. Quando você está me ouvindo, ouve apenas dois por cento do que foi dito. Noventa e oito por cento se perdem, e quando os noventa e oito por cento se perdem, aqueles dois por cento ficam fora de contexto. É como se você pegasse duas páginas de um romance ao acaso, uma daqui, outra dali, e então começasse a reconstruir rodo o romance a partir dessas duas páginas. Noventa e oito páginas ficam de fora! Você não faz ideia do que elas continham; você nem mesmo sabe que elas existiam. Você tem apenas duas páginas e reconstrói toda a novela de novo. Essa reconstrução é uma invenção sua. Não é uma descoberta da verdade, é a sua imaginação.

E há uma necessidade interior de preencher as lacunas. Sempre que você vê que duas coisas não têm relação entre si, a mente sente uma pressão interior para relacioná-las; do contrário ela se sente muito intranquila. Então você inventa uma ligação. Você conserta as informações desconexas com elos, você as une com uma ligação e inventa um mundo que não existe. 

George Gurdjieff costumava chamar esses filtros de "amortecedores". Eles o protegem da realidade. Eles protegem as suas mentiras, eles protegem os seus sonhos, eles protegem as suas projeções. Eles não permitem que você entre em contato com a realidade porque o próprio contato seria esmagador, chocante. O homem vive por meio de mentiras.

Conta-se que Friedrich Nietzsche teria dito: "Por favor, não tirem as mentiras da humanidade, ou então o homem não será capaz de viver. O homem vive por meio de mentiras. Não acabem com as ficções, não destruam os mitos. Não digam a verdade porque o homem não pode viver com a verdade." E ele está certo quanto a noventa e nove vírgula nove por cento das pessoas — mas que tipo de vida pode existir por meio de mentiras? Essa seria uma grande mentira em si mesma. E que tipo de felicidade é possível por meio de mentiras? Não há possibilidade; dai que a humanidade vive em sofrimento. Com a verdade há alegria; com as mentiras há apenas sofrimento e nada mais. Mas nós continuamos protegendo essas mentiras.

Essas mentiras são agradáveis, mas elas o mantêm protegido contra a felicidade, contra a verdade, contra a existência. 

O homem é exatamente como uma cebola. E a arte consiste de como descascar e chegar ao seu centro mais profundo.


Osho, em "Intuição: O Saber Além da Lógica"


Fonte do Texto e da Gravura: www.palavrasdeosho.com





NOSSA NEGATIVIDADE

Quando falamos a respeito de trabalhar “nossa” negatividade, dizer que ela é “nossa” não reflete exatamente a verdade.

Na realidade, a única verdade eterna é a da nossa alma, que já é perfeita do jeito que é.

Remover nossa negatividade é apenas desbastar aquelas coberturas duras que nos impedem de ver a verdade de nossa perfeição interior.


Rav Yehuda Berg (Centro de Cabala)


Fonte: www.kabbalah.com


A BUSCA DO MESTRE


Sabe-se que a obediência cega a um mestre nunca é ensinado e desejado na verdadeira ciência espiritual. Um mestre externo sabe que não é infalível e por isto nunca impõe o seu ensinamento rotulando-o como "autêntico" ou "único". Sabe ele que tudo é gradativo, inclusive a revelação.


O ensinamento é gradativamente qualificativo e os discípulos também qualificam-se gradativamente. Portanto, entendemos que um mestre verdadeiro somente começa o seu trabalho em nós e por nosso meio depois de que tenhamos feito o trabalho de qualificação e a preparação sobre nós mesmos.


Não há necessidade de buscarmos freneticamente a um mestre, porque quando a nossa maturidade e a nossa qualificação se fizerem presentes seremos "encontrados" por um mestre. Tudo é uma questão de maturidade, preparo e qualificação, no sentido amplo e abrangente. O encontro se dará, portanto, somente quando nosso coração e mente estiverem prontos para a colaboração exigida ao mestre e, principalmente e consequentemente, ao Plano Divino.

Aqui cabe o mais importante e o menos compreendido: o verdadeiro Mestre é o nosso Ser Interno, a Alma, o Mestre Interno, o Anjo Solar, o Eu Sou. Somente quando o compreendermos e seguirmos seus passos e ditames é que o mestre externo, por sua vez, poderá aceitar a nossa ajuda. Nunca podemos nos esquecer de que a verdadeira obediência é devida unicamente ao nosso Mestre Interno.

O Anjo Solar (a Alma, o Eu Interior), como o verdadeiro Mestre do homem, é quem nos indicará o verdadeiro e correto caminho; o caminho individual e direto a percorrer. Sem o Eu Interior atuante não encontraremos as nossas profundezas, as realidades últimas, o âmago da divindade, o caminho.

Por isto é correto que se diga que o discípulo é o seu próprio mestre, pois dentro dele as realidades operam e o impulsionam para a meta. "Sois deuses!"

Enfim, diga-se ainda que o contato com um mestre exterior dependerá sempre do grau de contato com o Mestre Interior. Por este motivo fica claro que não devemos buscá-lo, porém qualificar-se (a reforma íntima), crescer para que se esteja pronto. É o amadurecimento que proporcionará e concretizará, se for necessário, o contato entre mestre e discípulo. 

A regra geral para que tudo isso ocorra pode ser sintetizada no seguinte: estudo, meditação e serviço ativo e desinteressado, sem pressa, sem presunção, sem ansiedade, sem fascinação e ilusão. Tudo acompanhado de profunda humildade, coerência e sem fins lucrativos/comerciais.





Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)




Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal