A meditação constante, todos os dias de sua vida, é como abrir um caminho na realidade. Uma vez que conhecemos nosso lugar, começamos a ver tudo de maneira diferente sob uma nova luz, porque começamos a ser quem realmente somos. E ao nos transformarmos em quem somos, podemos ver tudo como é.
A verdadeira maravilha da meditação é que também começamos a ver Deus como Deus. Portanto, a meditação é uma forma de estabilidade. Aprendemos, tanto com a prática quanto com a experiência, a estar alicerçados em nosso eu essencial. Aprendemos que estar enraizado em nosso ser essencial é estar enraizado em Deus, o autor e Princípio de toda a realidade. E não é nada pequeno entrar na realidade, transformar-nos em seres realmente reais, porque nesta experiência nos libertamos de todas as imagens que nos invadem constantemente. Não temos que ser a imagem de outra pessoa, mas apenas a pessoa que somos.
A meditação é praticada na solidão, que é a ótima maneira de aprender a se relacionar. A razão deste paradoxo é que, tendo contactado a nossa própria realidade, temos a confiança existencial para estar com os outros, para os encontrar no seu nível real. Então, o elemento solitário da meditação é misteriosamente o antídoto para o abandono. Ter contatado o acordo com a nossa própria realidade permite-nos deixar de nos sentir ameaçados ao nos oferecermos aos outros. Estamos fazendo que o amor busque a realidade do outro. Na experiência de encontrar a realidade do outro, descobrimos nossa existência enriquecida e aprofundada.
Dom John Main, OSB
Fonte: Do livro "O Coração da Criação", Canterbury Press, 2007
Traduzido (ao espanhol) por Lucía Gayón, para a disseminação gratuita da Meditação Cristã
Via: FIQUE EM SEU AMOR - Coordenadora: Lucía Gayón
www.permanecerensuamor.com
permanerensuamor@gmail.com
Ixtapa, México
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Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal