sexta-feira, 7 de agosto de 2015

QUANDO TERMINA UMA PROVAÇÃO?

Vós podeis aceitar uma provação, podeis compreendê-la, admitir que ela é inevitável, mas ao mesmo tempo sentir amargura, tristeza, pesar: pensais que teria sido muito melhor não terdes de passar por ela! Ficai a saber que, nestas condições, essa provação ainda não terminou.

Quando é que se pode dizer que uma provação terminou? Quando nós somos capazes de nos regozijar com ela. Sim, regozijarmo-nos com ela! É possível que, aparentemente, ela não nos tenha trazido nada e que até nos tenha feito perder muitas coisas, mesmo seres que nos são queridos. Contudo, após essa provação, chega um dia em que sentimos que a nossa luz, o nosso amor e a nossa força aumentaram, que somos habitados por uma paz e uma alegria que antes não conhecíamos. Nesse momento, e só nesse momento, podemos dizer que a provação terminou.

No momento em que os acontecimentos se dão, nós não podemos saber se, com o tempo, eles se revelarão felizes ou desfavoráveis para nós. Muitas circunstâncias que as pessoas consideravam felizes acabaram por ser a causa do seu colapso, ao passo que certas provações se revelaram, com o tempo, muito benéficas! Não é, pois, no momento que se pode ajuizar acerca da felicidade ou da infelicidade; para podermos pronunciar-nos, temos de esperar.

Então, ganhai o hábito de dizer para vós mesmos, perante qualquer situação desagradável ou dolorosa, que no fim do caminho talvez vos espere uma felicidade. Não percais o vosso tempo com queixas ou revoltas; em vez disso, agradecei ao Céu. Ao dizer “obrigado”, libertais em vós energias que vão ajudar-vos a enfrentar a situação. Sim, é o poder da palavra “obrigado”: ela atira-se ao obstáculo que estava a erguer-se e neutraliza os venenos que a tristeza, a cólera, o desânimo, começavam a destilar em vós.




Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Krishna - Primavera em Kulu
Pintura de Nicholas Roerich
http://www.roerich.org/

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

Existem dois extremos na vida. Um é ser totalmente do mundo e materialista. O outro é viver com a crença de que para ter Paz mental e felicidade é preciso renunciar o mundo e ir para as florestas e montanhas. Mas o Professor Supremo nos deu o meio que é conduzir a vida de modo equilibrado. Levar a vida aos extremos não é uma grande coisa, mas viver no mundo e, ainda assim, estar além dele requer desapego. (BK Asha)

Quando há apego, vem a preocupação, e com ela surge a necessidade de ter controle sobre tudo. Porém, quanto mais queremos controlar as pessoas ou as situações, mais elas nos escapam. Desapego não significa ignorá-las ou delas afastar-se, desapego é não se afetar negativamente com elas. Na consciência de ser um observador desapegado, procure estabilizar suas emoções e fique além do efeito dos acontecimentos externos.

A pressa mata o amor. Ela nos impede de ver o sentido na vida. Levantamos rápido, comemos rápido, nos vestimos rápido, vamos para o trabalho rápido, falamos rápido. No final do dia, nos sentimos angustiados e cansados. Uma boa prática para ajustar o ritmo da respiração e dos pensamentos é começar o dia com uma breve meditação. Assim, mesmo que os eventos tentem nos pressionar, estaremos preparados para caminhar na velocidade correta.

Pode parecer quase inútil falar de paz quando tudo que vemos à nossa volta está em contínuo estado de "falta de paz". Mas considere as flores. Elas também vivem neste ambiente sem paz. Elas também têm que suportar a poluição e o declínio do mundo da natureza. No entanto, seja onde estiverem, à beira da estrada congestionada, no deserto, em meio aos espinhos, elas são eternamente belas e perfumadas. Nós também somos como flores. Somos as flores do jardim de Deus. Nesse jardim universal da correria diária também somos ameaçados pela poluição e circunstâncias desagradáveis. Mas sendo flores, é possível viver em nosso estado natural de paz e espalhar nossa fragrância ao redor.

Para cultivar as relações humanas precisamos usar boas palavras em nossa comunicação. Palavras sinceras, que respeitam e motivam. São palavras simples que às vezes nos esquecemos de falar devido à pressão ou à pressa. Por isso as palavras mais importantes são: (1) Admito que errei; (2) Você fez um bom trabalho; (3) Qual é sua opinião?; (4) Por favor; (5) Obrigado; (6) Nós. E a palavra menos importante é: Eu.




Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal