quarta-feira, 10 de abril de 2013

OLHOS FECHADOS


De manhã à noite, os humanos dedicam-se aos seus assuntos, parecem despertos, mas, na realidade, a maior parte deles estão a dormir. Eles atravessam a vida com os olhos fechados, desrespeitando o santuário que é a natureza. Não sentem a presença invisível de outras criaturas vivas e inteligentes em seu redor e outras forças que circulam, limitam-se àquilo que é imediatamente acessível aos seus cinco sentidos.

Estar desperto é tomar consciência de todas as existências que povoam o espaço e estar em contacto com elas. Para estabelecer esse contacto, é preciso começar por se pôr num estado de harmonia, de pureza, de luz. São precisamente estas as condições que vós tendes de manhã quando assistis ao nascer do sol. Então, pelo caminho que percorreis, pensai em todos esses seres invisíveis que vos rodeiam. É graças a eles que a natureza é viva e nos oferece tudo o que possui. Dirigi-vos a eles e dizei: «Ó vós, gentis filhos da terra, da água, do ar e do fogo... vós, gnomos, ondinas, sílfides e salamandras, eu amo-vos, agradeço-vos e peço que sejais abençoados pelo vosso trabalho.»



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O SONO E OS SONHOS


O LIVRO DOS ESPÍRITOS - Questões 400 a 402

Respostas dos guias espirituais para Allan Kardec em "O Livro dos Espíritos".


400. O Espírito encarnado permanece de bom grado no seu envoltório corporal? 

"É como se perguntasses se ao encarcerado agrada o cárcere. O Espírito encarnado aspira constantemente à sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu invólucro, quanto mais grosseiro é este."

401. Durante o sono, a alma repousa como o corpo?

"Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos."

402. Como podemos julgar da liberdade do Espírito durante o sono?

"Pelos sonhos, Quando o corpo repousa, acredita-o, tem o Espírito mais faculdades do que no estado de vigília. Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro. Adquire maior potencialidade e pode por-se em comunicação com os demais Espíritos, quer deste mundo, quer do outro. Dizes frequentemente: Tive um sonho extravagante, um sonho horrível, mas absolutamente inverossímil. Enganaste. É amiúde uma recordação dos lugares e das coisas que viste ou que verás em outra existência e das coisas que viste ou que verás em outra existência ou em outra ocasião. Estando entorpecido o corpo, o Espírito trata de quebrar seus grilhões e de investigar no passado ou no futuro.

"Pobres homens, que mal conheceis os mais vulgares fenômenos da vida! Julgais-vos muito sábios e as coisas mais comezinhas vos confundem. Nada sabeis responder a estas perguntas que todas as crianças formulam: Que fazemos quando dormimos? Que são os sonhos?

"O sono liberta a alma parcialmente do corpo. Quando dorme, o homem se acha por algum tempo no estado em que fica permanentemente depois que morre. Tiveram sonos inteligentes os Espíritos que, desencarnando, logo se desligam da matéria. Esses Espíritos, quando dormem, vão para junto dos seres que lhes são superiores. Com estes viajam, conversam e se instruem. Trabalham mesmo em obras que se lhes deparam concluídas, quando volvem, morrendo na Terra, ao mundo espiritual. Ainda esta circunstância é de molde a vos ensinar que não deveis temer a morte, pois que todos os dias morreis, como disso um santo.

"Isto, pelo que concerne aos Espíritos elevados. Pelo que respeita ao grande número de homens que, morrendo, têm que passar longas horas na perturbação, na incerteza de que tantos já vos falaram, esses vão, enquanto dormem, ou a mundos inferiores à Terra, onde os chamam velhas afeições, ou em busca de gozos quiçá mais baixos do que os em que aqui tanto se deleitam. Vão beber doutrinas ainda mais vis, mais ignóbeis, mais funestas do que as que professam entre vós. E o que gera a simpatia na Terra é o fato de sentir-se o homem, ao despertar, ligado pelo coração àqueles com quem acaba de passar oito ou nove horas de ventura ou de prazer. Também as antipatias invencíveis se explicam pelo fato de sentirmos em nosso íntimo que os entes com quem antipatizam os têm uma consciência diversa da nossa. Conhecemo-los sem nunca os termos visto com os olhos. É ainda o que explica a indiferença de muitos homens. Não cuidam de conquistar novos amigos, por saberem que muitos têm que os amam e lhes querem. Numa palavra: o sono influi mais do que supondes na vossa vida.

"Graças ao sono, os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos. Por isso é que os Espíritos superiores assentem, sem grande repugnância, em encarnar entre vós. Quis Deus que, tendo de estar em contato com o vício, pudessem eles ir retemperar-se na fonte do bem, a fim de igualmente não falirem, quando se propõem a instruir os outros. O sono é a porta que Deus lhes abriu, para que possam ir ter com seus amigos do céu; é o recreio depois do trabalho, enquanto esperam a grande libertação, a libertação final, que os restituirá ao meio que lhes é próprio.

"O sonho é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono. Notai, porém, que nem sempre sonhais. Que quer isso dizer? Que nem sempre vos lembrais do que vistes, ou de tudo o que haveis visto, enquanto dormíeis. É que não tendes então a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades. Muitas vezes, apenas vos fica a lembrança da perturbação que o vosso Espírito experimenta à sua partida ou no seu regresso, acrescida da que resulta do que fizestes ou do que vos preocupa quando despertos. A não ser assim, como explicaríeis os sonhos absurdos, que tanto os sábios, quanto as mais humildes e simples criaturas têm? Acontece também que os maus Espíritos se aproveitam dos sonhos para atormentar as almas fracas e pusilânimes.

"Em suma, dentro em pouco vereis vulgarizar-se outra espécie de sonhos. Conquanto tão antiga como a de que vimos falando, vós a desconheceis. Refiro-me aos sonhos de Joana, ao de Jacob, aos dos profetas judeus e aos de alguns adivinhos indianos. São recordações guardadas por almas que se desprendem quase inteiramente do corpo, recordações dessa segunda vida a que ainda há pouco aludíamos.

"Tratai de distinguir essas duas espécies de sonhos nos de que vos lembrais, do contrário cairíeis em contradições e em erros funestos à vossa fé."

Comentário de Allan Kardec

Os sonhos são efeito da emancipação da alma, que mais independente se torna pela suspensão da vida ativa e de relação. Daí uma espécie de clarividência indefinida que se alonga até aos mais afastados lugares e até mesmo a outros mundos. Daí também a lembrança que traz à memória acontecimentos da precedente existência ou das existências anteriores. As singulares imagens do que se passa ou se passou em mundos desconhecidos, entremeados de coisas do mundo atual, é que formam esses conjuntos estranhos e confusos, que nenhum sentido ou ligação parecem ter.

A incoerência dos sonhos ainda se explica pelas lacunas que apresenta a recordação incompleta que conservamos do que nos apareceu quando sonhávamos. É como se a uma narração se truncassem frases ou trechos ao acaso. Reunidos depois, os fragmentos restantes nenhuma significação racional teriam.




Fonte: "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec, 76ºed., FEB, 1995
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

DHARMA


A tentação de ignorar o Dharma cresce do egoísmo e da aceitação de falsos valores. O desejo de satisfazer o desejo inferior é a origem de adharma (falta de retidão). Esse desejo toma conta de você maliciosamente, fingindo ser um companheiro que vem lhe salvar, ou um servo que vem servi-lo ou um conselheiro vindo avisá-lo. A maldade tem mil truques para capturar seu coração. Você deve estar sempre alerta contra a tentação; muitas vezes você lembra os outros do Dharma quando deseja extorquir algum benefício deles. Você deve se lembrar não apenas dos direitos que o Dharma confere, mas também dos deveres que ele impõe.


Sathya Sai Baba


Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

FOME DE SUCESSO

Não precisa muito para constatar que talento e capacidade inata têm pouco a ver com o sucesso nesse mundo. Alguns dos maiores escritores nunca chegaram à lista dos mais vendidos, enquanto os cantores mais talentosos continuam sem cantar. Um atleta que nasça com habilidades incríveis pode nunca chegar a ser um profissional.

A diferença entre aqueles que desfrutam do sucesso em suas áreas de atuação e o resto de nós é: Desejo

Faça-se as seguintes perguntas: quanta fome você tem de melhorar? De que tamanho é seu apetite para ter mais? O que você está disposto a fazer para transformar seus sonhos em realidade? … Com que intensidade você quer tudo isso?

Se você olhar para qualquer pessoa que admire e que esteja no topo – o melhor dentre os melhores e as lendas que o tempo não esquecerá – todos possuem uma coisa em comum: estavam dispostos a fazer o que fosse necessário para chegar lá.

Os antigos kabalistas também eram assim. Suas vidas eram vividas para um propósito. Eles sabiam que revelar o potencial da nossa alma é que revela felicidade pura.

Todos nós estamos famintos de sucesso, mas ao invés de fazermos o trabalho necessário para que as coisas aconteçam nas nossas vidas, encontramos meios de preencher o vazio. É mais fácil passar uma hora na frente da televisão do que estudar. É mais fácil dormir alguns minutos a mais do que ir à academia ou meditar de manhã. É mais fácil sair com os amigos do que dedicar nossa noite a completar um projeto.

Nada que vale a pena ser feito é fácil – mas pergunte a qualquer um que tenha experimentado o sucesso e eles dirão que o trabalho duro sempre vale a pena.

Ao invés de preencher o vazio, mantenha sua fome.

Quando você mantém sua fome, nada pode impedi-lo de revelar o seu melhor…Nada.


Rav Yehuda Berg




Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

FORTALEZA


"Sabendo que a tribulação produz fortaleza." - Paulo (Romanos, 5:3) 

Quereis fortaleza? Não vos esquiveis à tempestade. 

Muita gente pretende robustecer-se ao preço de rogativas para evitar o serviço áspero. Chegada a preciosa oportunidade de testemunhar a fé, internam-se os crentes, de maneira geral, pelos caminhos largos da fuga, acreditando-se em segurança. Entretanto, mais dia menos dia, surge a ocasião dolorosa em que abrem falência de si mesmos. 

Julgam-se, então, perseguidos e abandonados. 

Semelhantes impressões, todavia, nascem da ausência de preparo interno. 

Esquecem-se os imprevidentes de que a tempestade possui certas funções regeneradoras e educativas que é imprescindível não menosprezar. 

A tribulação é a tormenta das almas. Ninguém deveria olvidar-lhe os benefícios. 

Quando a verdade brilhar, no caminho das criaturas, ver-se-á que obstáculos e sofrimentos não representam espantalho para os homens, mas sim quadros preciosos de lições sublimes que os aprendizes sinceros nunca podem esquecer. 

Que seria da criança sem a experiência? Que será do espírito sem a necessidade? 

Aflições, dificuldades e lutas são forças que compelem à dilatação de poder, ao alargamento de caminho. 

É necessário que o homem, apesar das rajadas aparentemente destruidoras do destino, se conserve de pé, desassombradamente, marchando firme ao encontro dos sagrados objetivos da vida.Nova luz lhe felicitará, então, a esfera íntima, conduzindo-o desde a terra, à gloriosa ressurreição no plano espiritual. 

Escutemos as palavras de Paulo e vivamo-las! Ai daqueles que se deitarem sob a tempestade! Os detritos projetados do monte pelas correntes do aguaceiro poderão sufocá-los, arrastando-os para o fundo do abismo.


Francisco Cândido Xavier/Emmanuel



Fonte: do livro "Vinha de Luz"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal