quarta-feira, 15 de maio de 2013

O VERDADEIRO TRABALHO ESPIRITUAL


Quando estudamos espiritualidade pela primeira vez, geralmente nossa intenção é ajudar a nós mesmos. Gostaríamos de nos tornarmos pessoas melhores, vivendo vidas melhores. Nosso objetivo é ter menos pensamentos negativos, menos julgamento e menos relacionamentos “tóxicos”.

Mas em algum momento, um verdadeiro aluno percebe que a Kabbalah não se trata de autoajuda. Trata-se de ajudar os outros, pois a melhora em nossas vidas é apenas o resultado de sermos um grande canal para melhorar a vida dos demais.

O verdadeiro trabalho espiritual é importar-se com a elevação espiritual do mundo inteiro.




Rav Yehuda Berg




Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal





TER SUCESSO PELO BEM COMUM E NÃO À CUSTA DOS OUTROS


Uma pessoa pode alcançar o amor geral por toda a humanidade, toda a natureza e toda a realidade a partir do amor dos amigos. Então, ela vê que o nosso mundo também assume uma forma onde há apenas atributos, onde não há matéria, mas apenas uma força. Esta força é a única coisa que opera no mundo em suas diferentes variações.

Não há mundo corporal e espiritual separados, mas apenas um mundo. Se a pessoa olha para si mesma e para o mundo inteiro corretamente, ela entende que não há nada que foi criado contra ela, mas tudo foi criado apenas para o benefício da conexão entre nós e a ascensão à doação mútua, à conexão.

Assim, do amor dos amigos, nós chegamos ao amor do Criador, isto é, o amor de toda a realidade, o desejo dar satisfação ao Criador. Doar ao Criador significa doar a todos. O termo “juntos” representa o Criador. A pessoa serve todas as criaturas e a força interior que as criou e anima, e através delas doa ao seu Criador que existe nelas.

Portanto, nós vemos que a sabedoria da Cabalá é um método muito prático. Nós podemos estudá-la como uma teoria por muitos anos e não avançar. O principal é a implantação real, e ela só pode ser realizada na conexão entre nós.

Assim, quando nos reunimos nestas Convenções, isso nos permite conectar e absorver o espírito geral. A quantidade de pessoas que se reúne ajuda-nos a chegar a uma grande intensidade. Elas não precisam ser necessariamente alunos antigos com grande experiência. A principal coisa é a força geral, quando cada um quer sair de si mesmo e entrar no outro, “derramar-se” para fora, e cair em seus braços. Assim, ela abre a percepção para o mundo e começa a descobrir a natureza, independentemente dos seus cinco sentidos físicos.

Há uma qualidade especial na conexão entre os amigos: como os seus pensamentos e opiniões são transmitidos de um para o outro, graças à sua adesão, todos são incorporados nas forças do outro, em seus atributos e sua perspectiva. Graças à incorporação geral, cada um recebe o poder de todo o grupo.

Cada indivíduo é pequeno e fraco, com poderes limitados. Mas tudo é organizado de modo que, se ele estiver incorporado no grupo, o qual não foi dado a ele por acaso, ele se completa através dele. Isso é o suficiente para sentir de forma plena todo o mundo espiritual. Nenhum de nós pode sentir a espiritualidade, mas através da conexão, todos podem adquiri-la.

É claro que a pessoa tem a chance de adquirir um grande desejo espiritual num grande grupo. É mais fácil de fazê-lo, porque é mais fácil de anular-se diante de uma grande sociedade, quando muitas pessoas influenciam a pessoa. Nós devemos apenas pressionar um pouco, e isso pode acontecer. Nós seremos capazes de transcender a nós mesmos e alcançar a realidade superior na incorporação entre nós. Eu espero que nós cumpramos isso e, juntos, descubramos a verdadeira realidade em que estamos vivendo.

Isso não é misticismo, mas uma ciência, a psicologia superior. Ao revelar o mundo superior, vamos descobrir as leis superiores da natureza, da qual a física moderna já está chegando perto. A física moderna está na fronteira da matéria, onde as leis corporais desaparecem, e é por isso que os físicos não conseguem descobrir o que está acima do tempo, espaço e movimento. Nós, no entanto, iremos revelar tudo isso, já que os nossos sentidos estarão prontos para isso. Então, vamos descobrir como devemos nos comportar corretamente no nosso mundo e como controlar nosso destino. Nós teremos a chave para o sucesso, não à custa dos outros, mas para o benefício de todos!


Rav Dr. Michael Laitman, PhD.


Da Palestra sobre a Importância da Reunião 10/05/13


Fonte: http://laitman.com.br/2013/05/ter-sucesso-pelo-bem-comum-e-nao-a-custa-dos-outros/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

PARÁBOLAS E SÍMBOLOS


Pergunta-se, frequentemente, por qual razão falava Jesus por parábolas.

A interrogação pode ser respondida após breve e cuidadosa reflexão.

Desejando que a Sua mensagem ultrapassasse o tempo em que era enunciada e o lugar em que se fazia ouvida, não poderia ficar encerrada nas formulações verbais vigentes, pela pobreza da própria linguagem.

Se assim fora, à medida que o tempo avançasse, ficaria superada em razão da maneira como fora formulada.

Utilizando-se, porém, da parábola, do conhecimento dos símbolos, deu-lhe caráter de permanência em todas as épocas.

A Semiótica ou disciplina que estuda os símbolos, demonstra a facilidade que os mesmos representam para o entendimento de tudo quanto é transcendental ou subjetivo, tornando-o de fácil identificação. Talvez o símbolo seja o recurso mais recurso de comunicação entre os seres humanos.

Especialistas em paleontologia encontraram-nos gravados em cascas de ovos há mais de sessenta mil anos, o que confirma a sua perenidade.

Todo símbolo reveste-se de um significado, não somente num como em todos os lugares, em qualquer idioma ou dialeto, facilitando o entendimento da sua representação.

Demais, uma narrativa amena, em forma de parábola, facilmente é entendida, ao mesmo tempo, memorizada, e quando é narrada, embora se alterem as palavras, o símbolo nela incluído ressalta e preserva-lhe o significado.

Convivendo com mentes pouco esclarecidas culturalmente, numa época de obscurantismo e de graves superstições, deveria superar os limites de então e coroar as futuras conquistas do conhecimento intelectual.

Concomitantemente, o seu objetivo era o de insculpir o pensamento no imo das emoções, e as parábolas, por centrarem o seu significado nos símbolos, jamais seriam olvidadas ou adulteradas.

Caberia à psicologia do futuro penetrar nos arcanos do inconsciente humano, no qual se arquivam todos os acontecimentos e se transformam em símbolos, que se fazem decompostos à medida que são liberados em catarse espontânea...

Uma figueira brava e uma rede de pescar, uma pérola e uma semente de mostarda em qualquer idioma e em todas as épocas preservam a sua realidade, facilitando o entendimento da narrativa na qual comparecem.

Desejando apresentar o reino dos Céus de forma inconfundível como deveria ser, totalmente desconhecido então, explicitado num símbolo adquiria fácil compreensão dos ouvintes e mais acessível assimilação emocional.

A moderna psicologia analítica, assim como a psicanálise penetram nos símbolos para interpretar os arquétipos, as heranças ancestrais, os mitos e contos de fadas, que se encontram arquivados nos recessos profundos do inconsciente humano.

Recorrem aos sonhos e às associações, para desvelar as imagens sombreadas e guardadas em símbolo que, interpretados, facultam trabalhar-se os conflitos, a fim de dilui-los. (...)

Todos os seres humanos têm no seu jornadear conflitos semelhantes aos do filho pródigo, que foge do lar, atraído pela ilusão do prazer e, tombando na realidade angustiante que desconhecia, retorna à segurança do pai generoso... (...)

A reflexão em torno das virgens loucas, insensatas e das prudentes, que se preservaram, teoriza, de forma segura, o significado da fidelidade ao dever de maneira muito especial. 

O pastor que vai em busca da ovelha extraviada, assim como a mulher que procura a dracma perdida, são especiais e inesquecíveis ensinamentos sobre a valorização e a dedicação pessoal. (...)

Todos os seres humanos estão incluídos no sermão do monte, quando o amor se transforma na fonte inexaurível da trajetória evolutiva dos Espíritos.

Por fim, ele exclamou: 

- O Reino dos Céus está dentro de vós... 

Exultai!



Fonte: trechos de mensagem psicografada por
Divaldo Pereira Franco
Centro Espírita Caminho da Redenção, Salvador/BA
http://www.caminhosluz.com.br/pesquisa.asp?s=parabola&tp=tit&x=-1075&y=-106
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal