Mostrando postagens com marcador problemas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador problemas. Mostrar todas as postagens

sábado, 27 de maio de 2023

AMOR: A MAIS TEMÍVEL DAS ARMAS


Quando têm problemas a resolver, os humanos não pensam em utilizar o método do amor, porque não acreditam na sua eficácia. Contudo, um dia serão obrigados a reconhecer que o amor é a mais temível das armas, perante a qual toda a gente é forçada a capitular. Diante do verdadeiro amor, o inimigo não tem qualquer possibilidade de escapar: mais cedo ou mais tarde, é apanhado. Equipai-vos, então, com as armas do amor e vereis que ninguém poderá resistir-vos; e nunca sereis acusados por terdes querido utilizar tais armas. Se achardes que elas não são suficientemente eficazes, é porque o vosso amor não é suficientemente poderoso. Reforçai-o, aumentai-o, e vereis que todos serão obrigados a render-se.



Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sábado, 15 de outubro de 2022

PONTOS A PONDERAR


1. Os grandes problemas da vida são um desafio quanto ao autodomínio.

2. O autodomínio aplicado aos grandes problemas da vida abrange todas as lições do domínio da vida em geral.

3. O autodomínio bem-sucedido depende do desejo de confrontar o que seja desagradável. Dor, medo e ressentimento são mais intensos e incapacitantes quando tentamos fugir da necessidade de encará-los.

4. Sentimentos de desamparo, dependência e solidão são normais quando existe um grande problema em nossa vida. Aceitar esses sentimentos como parte de nossa experiência nos permite reconhecer aquela parte de nós que transcende o problema.

5. O “desconhecido” é a parte principal de um grande problema. O poder de intimidação que tem o desconhecido pode ser reduzido através das informações mais completas ou lidando-se com o problema por partes. A compreensão total, entretanto, deve sempre esperar até depois de passada a crise.

6. Nunca somos confrontados com um problema que não possamos resolver. Nossa responsabilidade está em descobrir e aplicar os recursos interiores na superação do problema.

7. Aceite o fato de que tudo que você está experimentando agora, agradável e desagradável, só bem mais tarde poderá ser reconhecido como um apoio no processo de alcançar seu próprio objetivo na vida.



Richard A. Rawson, M.D., F.R.C.



Fonte: extrato do opúsculo "Grandes decisões da Vida", de Edgar Wirth, Ph.D., F.R.C.
Ordem Rosacruz - AMORC - Curitiba - PR
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

SERÁ QUE O APEGO É UM PROBLEMA OU QUE MUITOS PROBLEMAS DECORREM DOS APEGOS?


A palavra «problema» emprega-se nas mais diversas circunstâncias desde que apareça uma diferença entre uma situação exterior, seja ela imprevista, indesejada ou desconhecida, e um cenário interior preconcebido ou habitual. Na maioria dos casos, um problema pode definir-se como uma dificuldade circunstancial ou persistente, que obriga a pessoa a recorrer a uma ação improvisada e não habitual, com vista a se adaptar, minimizar e, idealmente, se libertar do estado de incômodo momentâneo. Desde que surja uma situação que ponha em questão o nosso saber, a nossa maneira habitual de pensar e de fazer ou ainda a ordem rotineira das coisas, temos tendência para dizer que há um «problema», pois, de fato, há um estado de desacordo entre as expectativas ou os hábitos e a realidade exterior.

A noção de problema também ocorre quando estamos mobilizados por um determinado objetivo ou tentando alcançar uma meta definida que acaba por não ocorrer e se concretizar como era previsto e esperado. Nesse momento, somos propensos a ver a situação como sendo problemática e, daí, confrontados com a necessidade de a resolver. A noção de problema intervém sempre que a situação não esteja em conformidade com o cenário antecipado e preferido ou com as nossas expectativas. A mesma noção ocorre quando sofremos uma situação que não resulta direta e aparentemente do nosso livre arbítrio ou da nossa vontade intrínseca, mas que nos obriga a confrontarmo-nos com fatos exteriores inesperados que causam descontentamento. Quer por motivos endógenos, quer por causas exógenas, o vocábulo «problema» aparece quando ocorre uma diferença entre uma expectativa ou prognóstico e a situação exterior ou os fatos momentâneos. De uma forma geral e segundo a nossa visão ocidental, todas as situações que despertam uma divergência ou afastamento entre o que é desejado e antecipado e a realidade exterior podem ser designadas como problema.

Podemos, pois, desde já afirmar que um problema é o «espaço de diferença» entre um cenário exterior imprevisto e desconhecido e um cenário interior pré-conhecido ou pré-concebido. Designo por «espaço de diferença» uma realidade circunstancial que decorre num determinado espaço-tempo, a qual é submetida à lei das probabilidades, e onde pode ocorrer uma diferença entre o esperado ou planeado e os acontecimentos. Ora, todos sabemos que qualquer situação presente, iminente ou projetada, pode muito bem não se desenrolar conforme o que é ou era previsto e desejado, ou segundo uma predeterminada ordem habitual. Haverá sempre uma probabilidade ou hipótese de que não coincida com o que gostaríamos e com o que previmos. Aí coloca-se uma diferença entre a realidade exterior e o nosso mundo interior, que vamos designar por problema, tanto pelas causas como pelos efeitos. As causas são os fatos e condições exteriores, enquanto os efeitos são o impacto desses fatos. Porém, muitas vezes, a causa do problema reside no nosso próprio modo de ver e conceber a situação. Quando se apresenta um suposto problema, a situação será caracterizada principalmente pelo nosso estado de espírito e capacidade de estar pronto para o imprevisível e a adversidade. Independentemente da gravidade e persistência da situação, a intensidade do problema dependerá sempre da atitude com que o abordamos e o enfrentamos.

Face a uma situação supostamente problemática, tanto podemos descobrir novos recursos pessoais e uma criatividade de circunstância, como podemos sentir-nos incapazes de encontrar uma solução e resolver o eventual problema. Se ficamos apegados a um cenário habitual e preferencial, sem estar aberto a uma provável variação imprevista, isso só pode despertar uma quantidade de emoções mais ou menos inadaptadas que vão dificultar a nossa capacidade de adaptação e de aceitação da situação. Nesse momento, a circunstância e a duração que dá origem ao suposto problema circunscreve-se a um espaço-tempo onde surge uma divergência entre a representação conjecturada ou prefabricada e os fatos ou acontecimentos, constituindo um espaço de diferença. Esta divergência torna-se um espaço-tempo onde se vai intrometer um conjunto de reações emocionais mais ou menos construtivas ou perturbadoras, consoante a nossa atitude. Ao aceitar que qualquer situação também pode sofrer imprevisibilidades, as causas potenciais e os efeitos eventuais já não estão exclusivamente restringidos ao cenário previsto ou habitual. Isto é, se adotarmos uma visão pronta admitindo a lei das probabilidades, a nossa atitude vai naturalmente melhor preparar-nos para as casualidades e ajustar a nossa forma de ver e conceber a situação supostamente problemática.

Todos temos consciência, tanto de forma teórica como empírica, que os eventos não seguem automaticamente um plano antecipado ou um programa preconcebido pelas experiências anteriores. Assim sendo, os acontecimentos podem muito bem ser diferentes das nossas expectativas e prognósticos e sofrer contingências que divergem do habitual e do conhecido. Quanto mais a nossa postura se mantém apegada às expectativas, desejos, previsões e hábitos, mais dificuldades temos em enfrentar de forma criativa e proveitosa os imprevistos e mesmo os obstáculos. Ao invés, com uma atitude flexível e aberta ao imprevisto, apercebemo-nos que o grau de gravidade de um problema depende da nossa aptidão para ajustar, em presença dos fatos exteriores, a nossa mente, os nossos sentimentos e os nossos comportamentos. E é por isso mesmo que muitos problemas não são verdadeiramente um problema, mas antes uma dificuldade de percepção e de adaptação da mente. Se a nossa percepção e a nossa atitude se mantiverem agarradas a um cenário preconcebido consciente e muitas vezes pré-consciente, instaura-se uma dificuldade em adaptarmos e ajustarmos o nosso modo habitual de ver, conceber e fazer. Ou seja, as experiências anteriores, a memória das situações passadas ou a percepção habitual dos fatos sobrepõem-se à realidade imediata.



Luís Philippe Jorge




Fonte: do livro «Desapego», parte do 3º capítulo
Via www.prosveta.com
Fonte da Gravura: capa do supracitado livro

sexta-feira, 5 de junho de 2020

IMPERMANÊNCIA: ENSINAMENTO BÁSICO DO BUDISMO


"Devemos encontrar a perfeita existência através da existência imperfeita."


O ensinamento básico do budismo é a impermanência ou a mudança. Para cada existência, a verdade básica é que tudo muda. Ninguém pode negar essa verdade e todo o ensinamento do budismo está condensado nela. Este é o ensinamento para todos. Seja onde for, este ensinamento é verdadeiro. [...]

Este também é chamado o ensinamento do nirvana. Quando percebemos a perene verdade de que "tudo muda" e encontramos serenidade nisso, descobrimo-nos no nirvana.

Sem aceitar o fato de que tudo muda, não podemos encontrar perfeita tranquilidade. Mas, infelizmente, embora seja verdade, temos dificuldade em aceitá-lo. Por não conseguirmos aceitar a verdade da impermanência é que sofremos. Em consequência, a causa do sofrimento é a não aceitação dessa verdade. O ensinamento da causa do sofrimento e o ensinamento de que tudo muda são, pois, dois lados da mesma moeda. Em termos subjetivos, a impermanência é a causa de nosso sofrimento. Em termos objetivos, este ensinamento é simplesmente a verdade básica de que tudo muda.

[...] Devemos encontrar a perfeita existência através da existência imperfeita. Devemos encontrar a perfeição na imperfeição. Para nós, a completa perfeição não é diferente da imperfeição. O eterno existe por causa da existência não-eterna. No budismo, esperar algo fora deste mundo é um ponto de vista herético. Não buscamos nada fora de nós mesmos. Devemos encontrar a verdade neste mundo, através de nossas dificuldades, de nosso sofrimento. Este é o ensinamento básico do budismo. O prazer não é diferente da dificuldade. Bom não é diferente de mau. Bom é mau; mau é bom. São dois lados da mesma moeda. Portanto, a iluminação deve estar na prática. Este é o entendimento correto da prática, o entendimento correto da nossa vida. Assim, encontrar prazer no sofrimento é a única maneira de aceitar a verdade da impermanência. Sem compreender como aceitar essa verdade, você não pode viver neste mundo. Mesmo que tente escapar dele, seu esforço será em vão. Se você pensa que existe alguma outra maneira de aceitar a eterna verdade de que tudo muda, é ilusão sua. Este é o ensinamento básico de como viver neste mundo. Qualquer que seja seu sentimento acerca disso, você tem de aceitá-lo. Você tem de realizar este tipo de esforço.

Assim, enquanto não nos tornarmos fortes o bastante para aceitar a dificuldade como prazer, temos de continuar no esforço. Na verdade, quando você se torna suficientemente honesto e franco, não é tão difícil aceitar essa verdade. Você pode mudar um pouco sua maneira de pensar. Sabemos que é difícil, mas a dificuldade não será sempre a mesma - algumas vezes será difícil, outras nem tanto. Se você está sofrendo, achará algum prazer no ensinamento de que tudo muda. Quando você tem problemas, é bem fácil aceitar este ensinamento. Então, por que não aceitá-lo em outras ocasiões? É a mesma coisa. As vezes, você até pode rir de si mesmo ao descobrir quão egocêntrico é. Mas, independente de como se sinta a respeito deste ensinamento, é muito importante mudar sua maneira de pensar e aceitar a verdade da impermanência.


Shunryu Suzuki



Fonte: do livro "Mente Zen, Mente de Principiante", Ed. Palas Athena
Editado por Trudy Dixon - Tradução de Odete Lara
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/medita%C3%A7%C3%A3o-reflex%C3%A3o-mulher-pessoa-3664103/

quarta-feira, 13 de maio de 2020

MEDITAÇÃO - FÉ, MANTRA E AMOR


Quando ele nos diz para não nos preocuparmos, Jesus não está negando a realidade dos problemas do dia-a-dia. Está nos dizendo para abandonarmos a ansiedade, e não a realidade. Aprender a não se preocupar é uma tarefa difícil... [No entanto], a despeito de sua síndrome de atenção deficiente, até a mente moderna também tem sua capacidade natural de se aquietar e de transcender suas fixações. Nas profundezas, ela descobre sua própria clareza onde está em paz, livre da ansiedade. A maioria de nós tem cerca de meia dúzia de ansiedades favoritas, tais como doces amargos que mastigamos sem parar. Ficaríamos assustados se nos privassem delas. Jesus nos desafia a superar o medo de abrir mão da ansiedade, o medo que temos da própria paz. A prática da meditação é uma forma de aplicar seu ensinamento à prece; através da experiência, ela prova que a mente humana pode realmente optar por não se preocupar. [...]

Optar por repetir o mantra com fé, e voltar a ele, sempre que as distrações intervém, é o exercício da nossa liberdade de prestar atenção. Não se trata de algo como uma opção por uma determinada marca da prateleira do supermercado. É a opção pelo compromisso. O caminho do mantra é um ato de fé, e não uma jogada de poder do ego. Em cada ato de fé existe uma declaração de amor. A fé prepara o terreno para que a semente do mantra germine no amor. Não criamos um milagre da vida e do crescimento sozinhos, mas, somos responsáveis por seu desabrochar. Chegar à paz da mente e do coração - ao silêncio, à tranquilidade e à simplicidade - não exige a vontade de um campeão, mas a atenção incondicional, a fidelidade continuada de um discípulo.


Dom Laurence Freeman, OSB



Fonte: Extraído de "Meditação", no livro "Jesus, O Mestre Interior"
São Paulo: Martins Fontes, 2004, pp. 277-278.
http://www.wccm.com.br/leitura-laurence-freeman-osb/872-meditacao-200202
Fonte da Gravura: http://www.good-will.ch/postcards_es.html

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

PROBLEMAS COMO TRAMPOLINS PARA ALTAS REALIZAÇÕES


Em qualquer campo, em qualquer momento, em qualquer lugar, para uma pessoa dotada com as seis qualidades preciosas de zelo, coragem, firmeza, inteligência, capacidade e valor (Utsaham, Sahasam, Dhairyam, Buddhi, Shakti, Parakramam), o sucesso está garantido. Estas qualidades contribuirão para o bem-estar geral. No entanto, estas qualidades irão desafiá-lo com várias dificuldades que você deve enfrentar, de vez em quando. Assim como um estudante deve superar testes e exames para receber um título, essas qualidades também estão sujeitas a julgamentos na forma de perdas, problemas, dor, sofrimento e até mesmo calúnia. Tais julgamentos devem ser considerados como trampolins para suas altas realizações. Deve-se superar esses problemas com coragem e autoconfiança, e avançar. Quando você enfrenta dificuldades com coragem, você é obrigado a ter sucesso. (Divino Discurso, 14 de janeiro de 1997)





Sathya Sai Baba





Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Tumblr.com

terça-feira, 30 de junho de 2015

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

O que acontece dentro de você é a realidade: manifestações externas são apenas o seu reflexo. Quando você muda, o reflexo no espelho também muda. Quanto mais você faz, mais inspirado você fica para trazer mais e mais mudança porque você vê o benefício que isso traz para você. Você fica mais criativo, se recupera mais rápido das adversidades, fortalece o seu sistema imunológico e as relações sociais. Tudo isso faz com que sua vida fique mais agradável e significativa. Experimente e veja o resultado. (BK Joseph)

Para aqueles que tem fé em si e nas coisas, só existe positividade. Em todas as circunstâncias, há apenas oportunidades e tesouros. A cada momento, há uma necessidade interior em descobrir estes tesouros e fazer melhor uso deles. Quando somos capazes de avançar com fé, somos incentivados a dar o nosso melhor em todas as situações. Somos capazes de usufruir os melhores frutos do esforço que fizemos. Fé nos dá coragem para prosseguir em tempos difíceis. Fé nos dá poder para trazer constante mudança e progresso em nossa vida.

Para superar um problema tão grande quanto o Himalaia, adote o método de voar. Sempre mantenha todas as realizações pessoais na sua frente, continue a voar e você será capaz de atravessar a montanha de problemas em um segundo. Assim como você pode ver claramente as coisas físicas com seus olhos físicos, da mesma forma, a solução deveria ser visível com o olho experiente do intelecto. Continue a acumular a renda de milhões a cada passo.

Certas situações são tão complexas e perturbadoras que conhecimento, sabedoria ou virtudes não surgem na hora certa. O que vem são respostas automáticas baseadas em velhos hábitos, causando mais complicação ainda. Em tais momentos é valioso lembrar que Deus é meu companheiro e amigo. Ele está aqui para me ajudar no meu caminho, na minha vida e nos meus relacionamentos. Quando entrego o problema a Ele, me sinto mais leve da carga mental e o problema se resolve facilmente. Experimente! (BK Anjali Prasad, World peace through self-empowerment, The World Renewal, December 2003)

Meditação me dá discernimento, a habilidade para distinguir a verdade da falsidade. Ele me ajuda a manter a consciência e ir além das diferentes ideologias e opiniões, razões e análises, justificativas e estórias relacionadas com uma situação. A imagem do discernimento é a do joalheiro que consegue separar os diamantes verdadeiros dos falsos com sua lupa. Meditação abre meu terceiro olho, o olho da consciência pura. Quando eu olho para o mundo através desse olho eu percebo que a verdade não é apenas uma ideia intelectual, mas uma experiência do coração. Quando eu penso e atuo de forma a manter e aprofundar essa experiência da verdade, eu sei que estou caminhando na direção certa.

Soltar-se não é me desligar, mas entender que eu não posso controlar o outro. Soltar-se é permitir-se aprender com as consequências naturais dos acontecimentos. Soltar-se é não culpar ou acusar outros, mas dar o melhor de mim. Soltar-se não é corrigir, mas dar suporte. Soltar-se não é negar, mas aceitar. Soltar-se não é repreender ou argumentar, mas identificar minhas próprias falhas e corrigi-las. Soltar-se não é ajustar tudo aos meus desejos, mas tomar cada dia como ele vem, e valorizar-me nele. Soltar-se não é reclamar do passado, mas crescer e viver para o futuro. Soltar-se é temer menos e amar mais.

Se outras pessoas acharem difícil cooperar com você, mostre a elas pelo seu exemplo. Coopere com elas. Seja flexível e esteja pronto para mudar quando necessário. Esse é o poder de ajustar-se. Uma natureza fácil torna você fácil e os outros também. Deixe-se apenas ser. Vá com o fluxo. Para isso, autoeducação é indispensável. Reserve um tempo para o aprimoramento interior. Mantenha a companhia de boas pessoas que incentivam seu esforço por uma mudança positiva.





Brahma Kumaris







Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura:
Grev Kafi (the pseudonym of two symbolist painters, Evdokia Fidel'skaya and Grigoriy Kabachnyi, a married couple, that work in co-authorship)
http://www.grevkafi.org

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

QUE SEJA FEITA A TUA VONTADE E NÃO A MINHA

Muitos rezam: "Que seja feita a Tua vontade, e não a minha". Mas até que ponto estamos realmente preparados para cooperar para a realização de um plano que não é o nosso, mas de HaShem (Deus)?

É uma constatação estatística que as congregações aumentam em época de crise. Sentindo-se abandonadas, as pessoas procuram um abrigo sob Suas asas na expectativa que esta demonstração de resignação e humildade sirva de solução para todos os problemas.

Ao entrarmos no caminho espiritual, criamos muitas expectativas sobre os benefícios que aquilo irá nos trazer. Achamos que será o fim dos nossos problemas. Logo no início, realmente sentimos alguma melhora, porém, após este momento, os problemas voltam, às vezes até em maior quantidade.

As coisas nem sempre acontecem do jeito que esperamos e a nossa incapacidade de perceber as coisas como um todo pode ser um grande obstáculo. Nesta hora muitas pessoas questionam o caminho espiritual e alguns chegam a abandoná-lo. Embora se repita "seja feita a Sua vontade", o ego, de modo geral, tem os seus próprios planos, e se as coisas saem do script é muito fácil que sentimentos contraditórios de frustração, indignação, raiva etc. despertem, piorando o que já não estava muito bom.

Isto acontece porque as pessoas não percebem o verdadeiro significado do caminho espiritual. HaShem (Deus) não pode ser comprado. Ele não necessita de nossas ofertas e orações. Tudo o que acontece ao nosso redor tem por objetivo o nosso "refinamento" pessoal, a extração das clipot ("cascas") que limitam a nossa percepção da realidade como ela é.

A espiritualidade não irá resolver os nossos problemas nem diminuí-los, mas sim nos dar ferramentas para desenvolver o nosso refinamento pessoal. A palavra-chave é Confiança. Ou você confia ou você não confia. Não dá para confiar pela metade ou confiar pela manhã e não confiar à tarde... Quando nos entregamos a um caminho espiritual devemos estar preparados para tudo, pois esta confiança será testada, tenha certeza disso.

O segredo é descobrir qual o propósito que se esconde em cada circunstância, o fardo que recusamos assumir. Assim, o que muda não são os problemas, mas a forma como eles nos afetam e como nós reagimos a eles.

O refinamento pessoal no caminho espiritual é essencial para melhorarmos a nossa qualidade de vida e podermos servir melhor a HaShem (Deus).




Prof. Mario Meir





Fonte: Academia de Cabala
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 3 de julho de 2014

NA MARGEM DE TODO O PENSAMENTO

Já aconteceu a vocês - estou certo que sim - de repente perceberem alguma coisa, e nesse momento de percepção você não tem absolutamente problema? No exato momento em que você percebeu o problema, o problema cessou completamente. Compreendem, senhores? Você tem um problema, e pensa a respeito dele, argumenta, se preocupa; você exerce todos os meios dentro dos limites de seu pensamento para compreendê-lo. Finalmente diz: "Não posso fazer mais nada". Não há ninguém para ajudá-lo a compreender, nenhum guru, nenhum livro. Você é deixado com o problema, e não há saída. Tendo examinado o problema com toda sua capacidade, você o deixa. Sua mente não está mais preocupada, nem se dilacerando pelo problema, nem dizendo: "Preciso encontrar uma resposta"; então ela fica quieta, não fica? E nessa quietude você encontra a resposta. Isso não aconteceu com vocês alguma vez? Não é uma coisa enorme? Isto acontece com grandes matemáticos, cientistas, e pessoas experimentam isto ocasionalmente na vida diária. Significa o quê? A mente exerceu integralmente sua capacidade de pensar, e chegou à margem de todo pensamento sem ter encontrado uma resposta; então ela ficou quieta não pelo cansaço, pela fadiga, não dizendo: "Eu vou ficar quieta e, assim, encontrar a resposta". Já tendo feito todo o possível para encontrar a resposta, a mente se torna espontaneamente quieta. Há uma atenção sem escolha, sem nenhuma demanda, uma atenção onde não existe ansiedade; e nesse estado de mente há percepção. É só essa percepção que resolverá todos os nossos problemas.






J. Krishnamurti






Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

QUANDO NADA MAIS FUNCIONA (DHARMA - SAMSARA - PREOCUPAÇÕES MUNDANAS)

[...] Se você ainda pensa que é possível aperfeiçoar o samsara (1), reformar o mundo externo para adequá-lo a seus objetivos e trazer satisfação verdadeira, faça isso. Você não precisa do Darma. Você pode tentar tudo o mais.

Mas quando você chega à conclusão de que não há como tornar perfeito o samsara e que as oito preocupações mundanas (2) são uma empreitada sem sentido, então volte-se para a única coisa que contém toda promessa real de trazer a satisfação que você busca.

Você está pronto para o Darma quando nada mais funciona.


B. Alan Wallace, in “Buddhism with an Attitude” (2001, pg. 226)



(1) SAMSARA

O Buda descreveu todos os fenômenos mundanos como tendo três características: impermanência, sofrimento e ausência de identidade. Sofremos porque imaginamos aquilo que não tem identidade (por si só) como tendo, aquilo que é impermanente como sendo permanente, e aquilo que de um ponto de vista final é dor como sendo prazer.

A existência com essas três características é chamada de “samsara”, que significa fluir continuamente, seguir em frente, de um momento para o próximo momento e de uma vida para a outra vida. Samsara não é o mundo externo real ou a própria vida, mas a maneira como os interpretamos.

Samsara é a vida como a vivemos sob a influência da ignorância, o mundo subjetivo que cada um de nós cria para si próprio. Este mundo contém bem e mal, alegria e dor, mas eles são relativos, não absolutos; podem ser definidos somente em relação uns aos outros, estão continuamente mudando para seus opostos.

Embora o samsara pareça algo todo-poderoso e abrangente, isso é criado pelo nosso próprio estado mental como um mundo de sonho, e pode ser dissolvido no nada, como o despertar de um sonho. Quando alguém desperta para a realidade, mesmo por um momento, o mundo não desaparece, mas é experimentado em sua verdadeira natureza: puro, brilhante, sagrado e indestrutível.


Francesca Fremantle, in “Vazio Luminoso“



(2) AS OITO PREOCUPAÇÕES MUNDANAS

A tradição budista lida com as suposições sobre a prioridade para o sucesso com um diagnóstico diferencial de oito partes chamado de “as oito preocupações mundanas”, oito direções para a busca da felicidade baseadas em suposições não investigadas. A fixação nessas preocupações subverte nossos melhores esforços, conduzindo ao sucesso falso ou frustração real.

As oito preocupações mundanas consistem em quatro pares de prioridades: buscar aquisições materiais e evitar sua perda; buscar o prazer dirigido pelo estímulo e evitar o desconforto; buscar o elogio e evitar a crítica; e manter a boa reputação e evitar a má reputação. Essas oito preocupações resumem, em geral, nossa motivação pela busca da felicidade, e este é exatamente o problema. As oito preocupações mundanas — que não são erradas em si — são a base de nossa motivação, e é a motivação, mais do que qualquer outro fator, que determina o resultado da prática espiritual.

Não há nada de errado em adquirir bens materiais — um carro, uma casa; e, inversamente, a pobreza não é necessariamente uma virtude. Não há nada de errado em aproveitar um pôr-do-sol, um bom livro, uma conversa agradável ou uma bela música. Não é errado ser elogiado. Ser amado e respeitado pelos outros também não é errado.

Por outro lado, não é ruim ser criticado pelos outros se você estiver levando uma vida benéfica e significativa. Muitos praticantes bem-sucedidos no darma estão contentes e felizes vivendo em total pobreza. A reputação pode melhorar e piorar, mas é possível que o contentamento permaneça constante. A verdadeira fonte da felicidade não está no domínio das oito preocupações mundanas. Ricos, pobres, elogiados, criticados, estimulados, entediados, respeitados, ultrajados — nenhuma dessas preocupações mundanas em si são fonte de felicidade. Nem impedem a felicidade.

O problema é que, quando nos concentramos nas preocupações mundanas como um meio para a felicidade, a vida se torna um jogo de dados. Não há garantias. Se você aspira à riqueza material, pode não conquistá-la, e se conseguir, não há garantias de que será feliz. Se aspira ao prazer, quando o estímulo acabar, a satisfação também terminará. Não existe felicidade duradoura em sair correndo atrás do prazer. As pessoas que são respeitadas e famosas tendem a ter os mesmos problemas pessoais que as outras.

A deficiência fatal das oito preocupações mundanas é que elas são Darma falsificado, modos mal dirigidos de buscar a felicidade e — ao confundir habitualmente as preocupações mundanas com o Darma genuíno — nossos esforços para atingir a felicidade genuína são continuamente sabotados.


B. Alan Wallace, in “Buddhism with an Attitude” (2001, pg. 15)





Fonte dos Textos: DHARMA.INFO - informações sobre budismo
http://darma.info/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal



quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

ALÉM DO TEMPO

A mente condicionada, certamente, é incapaz de descobrir o que está além do tempo. Ou seja, senhores, a mente como a conhecemos é condicionada pelo passado. O passado, movimentando-se pelo presente para o futuro, condiciona a mente; e esta mente condicionada, estando em conflito, com problema, sendo medrosa, insegura, busca alguma coisa fora das fronteiras do tempo. É isso que todos fazemos de várias formas, não é? Mas como pode uma mente que é o resultado do tempo encontrar aquilo que é eterno? A morada de suas crenças, de suas propriedades, de seus apegos e das formas de pensar reconfortantes está sendo constantemente derrubada. Mas a mente continua buscando segurança, então há um conflito entre o que você quer e o que o processo da vida exige de você. É isso que está acontecendo com cada um de nós. Não sei se este problema interessa de fato a vocês. A existência diária, com todos os seus problemas, parece ser suficiente para a maioria de nós. Nossa única preocupação é encontrar uma resposta imediata para nossos vários problemas. Mas cedo ou tarde descobre-se que as respostas imediatas não são satisfatórias porque nenhum problema tem uma resposta apartada do problema em si. Mas se eu puder compreender o problema, todas as suas complexidades, então o problema não existe mais.




J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

domingo, 12 de janeiro de 2014

ENCONTRANDO O REAL VALOR

Quando a vida está frenética e estamos rodeados por um monte de pessoas, é fácil se aborrecer com coisas pequenas que os outros dizem e fazem.

Nesses momentos precisamos parar e nos fazer a seguinte pergunta: “Será que o problema está realmente nas pessoas ao meu redor? Ou será que no espaço em que me encontro é que existe negatividade?”

Existe uma história que adoro contar sobre o Rei David. Um dia em que ele estava indo para uma batalha, um homem que estava à margem da estrada começou a xingá-lo. Ao invés de revidar, David respondeu: “Se ele está me xingando, realmente eu mereço ser xingado.”

Quando as coisas acontecem à nossa volta, 90% do tempo pensamos primeiro com nosso ego: por que essa pessoa está me ferindo? Mas quando fazemos isso, nos separamos daquela pessoa.

Agora suponha que podemos virar esse mesmo conceito ao contrário e perguntar: por que isto está no meu filme? O que tenho que aprender com isso? Então, seremos capazes de extrair o valor real da situação.

Lembre-se também de que os ensinamentos da vida não acontecem apenas no âmbito maior das nossas existências; eles acontecem através das pequenas ocorrências, que geralmente deixamos de perceber.




Karen Berg




Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

domingo, 5 de janeiro de 2014

ESTADO DA MENTE - INTROVERSÃO - SUSTENTABILIDADE

O tamanho de qualquer problema depende do estado da minha mente. Na verdade, não faz diferença se o problema é grande ou pequeno. O que importa é como eu o percebo. Quando minha mente é calma e equilibrada, minha confiança aumenta. Se eu acredito que posso superar o problema, eu farei isso!

A habilidade de gostar da própria companhia é um dos maiores presentes que a vida pode oferecer. Aprender a levar meus pensamentos para longe de todas as minhas responsabilidades no final do dia e trazer minha mente para um estado de paz e benevolência me capacita a carregar cargas mais e mais pesadas sem sentir o peso. Quando minha paisagem interior é cheia de pensamentos bonitos tudo que eu faço é um prazer. Gentilmente eu acalmo situações confusas e ofereço consolo para mentes perturbadas.

Há duas energias atuando no mundo nesse momento: a energia construtiva e a energia destrutiva. A mudança do antigo para o novo - do destrutivo para o construtivo - só pode vir através da pureza. Cada pensamento meu deve ser puro porque é a pureza que traz o novo mundo. Uma nova árvore só pode vir de uma nova semente ou muda. Esta é a muda humana. Fizemos parte da velha árvore, mas não faremos mais o que costumávamos fazer. Não confiaremos nos métodos antigos porque provaram não ser sustentáveis. Sustentabilidade vem da pureza.



Brahma Kumaris



Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A AUTOIMAGEM LEVA À DOR

Por que dividir problemas em maiores ou menores? Não é tudo um problema? Por que fazê-los problemas pequenos ou grandes, problemas essenciais ou não essenciais? Se pudermos compreender um problema, entrar nele muito profundamente – seja ele grande ou pequeno - então descobriríamos todos os problemas. Esta não é uma resposta retórica. Pegue qualquer problema: raiva, ciúme, inveja, ódio; conhecemos todos eles muito bem. Se você entrar na raiva muito profundamente, não apenas tocar levemente, então o que está envolvido? Por que a pessoa está raivosa? Porque está ferida, alguém disse uma coisa indelicada; e quando alguém diz uma coisa lisonjeira, você fica satisfeito. Por que você está ferido? Presunção, não é? E por que há presunção? Porque a pessoa tem uma ideia, um símbolo de si mesma, uma imagem de si mesma, o que se deveria ser ou o que não se deveria ser. Por que a pessoa cria uma imagem de si mesma? Porque ela nunca estudou realmente o que ela é. Nós pensamos que deveríamos ser isto ou aquilo, o ideal, o herói, o exemplo. O que desperta a raiva é que nosso ideal, a ideia que temos de nós mesmos, é atacada. E nossa ideia sobre nós mesmos é nossa fuga do fato do que somos. Mas quando você observa o fato real do que você é, ninguém pode feri-lo. Então, se a pessoa é mentirosa e lhe dizem que ela é mentirosa, isto não significa que ela é ferida; é um fato. Mas quando você tem a intenção de não ser mentiroso e dizem que você é, então você fica irado, violento. Então estamos sempre vivendo num mundo idealizado, um mundo de mito e nunca no mundo da realidade. Para observar o que é, ver isto, realmente se familiarizar com isto, não deve haver julgamento, nem avaliação, nem opinião, nem medo.



J. Krishnamurti



Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A SOLUÇÃO DA CRISE ESTÁ AÍ MESMO: NESSE LUGAR TERRÍVEL!

Jacó acordou do seu sonho e disse: "Na verdade, Iahveh está neste lugar e eu não sabia!" Teve medo e disse: "Este lugar é terrível!  Não é nada menos que uma casa de Deus e a porta do céu!" Levantando-se de madrugada, tomou a pedra que lhe servira de travesseiro, ergueu-a como uma estrela e derramou óleo sobre o seu topo. A este lugar deu o nome de Betel, mas anteriormente a cidade se chamava Luso. (Gênesis, 28, 16-19)

Como já vimos, ter uma crise não é incomum; crise é o exercício da mente. Quando ela surge, às vezes inesperadamente, sentimo-nos quase sempre despreparados para enfrentá-la. Sobretudo quando afeta nossos bens materiais definidos em geral como "a minha mulher", "o meu filho", "a minha casa", "a minha empresa", enfim tudo aquilo que julgamos nos pertencer. "A minha mulher me abandonou", "o meu filho está tomando drogas", "a minha casa pegou fogo", "a minha empresa está indo mal" são lamúrias que ouvimos com uma certa assiduidade. "Apesar do tremendo esforço que eu faço para que tudo vá bem". "Eu faço tudo pela minha mulher!" "Eu trabalho 24 horas por dia na minha empresa!" E continua: "Eu estou sofrendo e ninguém me entende, nem os meus amigos." Uma forma comum de desabafo.

Você quer resolver os seus problemas e eles parecem insolúveis. Arrastam-se indefinidamente. A sua vida passa a ser um verdadeiro horror. Nesse horror chega-se bem depressa à depressão onde recorremos, por vezes, à medicação ou, então, à intervenção de um terapeuta competente. Mas o que significa tudo isso? Será um "mal-du-siècle" tal como era morrer de tuberculose na virada de 1900?

Não é assim. Sem dúvida, sempre há muito de uma situação de crise macro -- nacional ou internacional -- que nos afeta diretamente. Ao contrário do homem primitivo, vivemos em crise quase que permanente, senão macro, pelo menos micro... Por outro lado, há algo mais importante a ser compreendido quando do surgimento de qualquer crise: ao passarmos a nos preocupar com ela, esquecemos de nós mesmos. Olha-se para a crise e não se vê mais nada! A metáfora de Jacó existe para nos chamar a atenção para esse esquecimento.

O texto de Mateus...  é sintomático. Nós é que somos importantes porque somos o templo. Precisamos cuidar dele antes de mais nada. Esse cuidar de nós mesmos não é um processo egóico. Significa que você precisa cuidar da sua psique, do seu corpo, manter-se saudável para, então, cuidar daquilo que está ao seu redor e que, na realidade, não lhe pertence: a mulher não é sua, nem seu filho, nem a casa e muito menos a empresa.

Observe bem o seu corpo. Ele é provisório; esse templo mal tratado que você arrasta por aí. Basta lembrar que ao morrer você devolverá, com a sua última lufada de ar, aquele pouco que você inspirou pela primeira vez ao nascer. Jacó percebeu, ao acordar do seu sonho, que o lugar terrível era onde ele estava. Porque é o lugar onde ele sempre estaria tal como você está: dentro do seu corpo, onde ele sempre pisa. Não adianta ir ao Tibete, a algum ashram indiano ou então fazer peregrinações mil. Perceba que é aí mesmo onde você está agora, lendo estas linhas, que é o lugar terrível: o lugar de todas as crises! Por essa razão é que você precisa resolver os seus problemas, sem empurrá-los com a barriga.

Resolvendo os problemas é que podemos nos transformar em Israel, vencendo a Ele numa batalha solitária durante uma noite escura. Ainda que saindo da batalha com um ferimento que nos faça arrastar a perna... (Gênesis, 32,23-33). Parafraseando um jurista lúcido: "Afinal, é melhor um fim horroroso do que um horror sem fim!" Portanto, perceba o lugar em que você está e cuide-se! Olhando para dentro de si próprio você encontrará as verdadeiras soluções ou as grandes iniciações.



Leo Reisler



Fonte: do livro "Kabbalah - A Árvore da sua Vida", Ed. Nórdica
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

ESCOLAS E PROVAS DA EVOLUÇÃO

Nós não viemos à terra para ver os acontecimentos desenrolarem-se conforme os nossos desejos (sobretudo porque os desejos de uns raramente estão em sintonia com os desejos dos outros!), mas para aprender a tirar lições de tudo, a raciocinar, a analisar e a descobrir as leis que regem a criação e as criaturas. Devemos aceitar sentar-nos nos bancos desta universidade que a vida é e que nos oferece todas as possibilidades: bibliotecas, laboratórios, jardins botânicos e zoológicos, e tudo aquilo de que necessitamos para nos instruirmos, se quisermos observar bem, tomar notas… E, regularmente, é também a vida que nos faz passar por exames para verificarmos em que ponto estamos. Todos são chamados a passar por provas nas escolas celestes, como acontece nas escolas humanas, e por isso não se deve descurar nenhum exercício. Mesmo as preocupações, os desgostos, as decepções… são uma matéria sobre a qual se deve trabalhar para se ser forte e poderoso.



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: RecadoPop.com

domingo, 1 de setembro de 2013

PERTURBAÇÃO PSÍQUICA - DESOBEDIÊNCIA À LEI DE DEUS

A causa geral de qualquer perturbação psíquica reside na desobediência constante às determinações da Lei de Deus. Esta, cujo mecanismo impregna todas as coisas, coloca os seres inteligentes nas situações adequadas ao seu aperfeiçoamento mental: aproxima desafetos e reúne casais e pais e filhos, tudo sob o mesmo teto, torna um defeituoso, outro miserável, um terceiro milionário, e assim por diante. 

Ora, poucos conformam-se com essas decisões legais e o mais frequente é haver revolta com o esquecimento dos deveres atribuídos, em favor de uma vida plena de baixas satisfações, sob o comando de impulsos sem controle. E, assim, passam-se várias existências, com o abandono sistemático das obrigações impostas pela lei. 

A resultante acumulação de deslizes, erros, crimes, tarefas não cumpridas etc., vão aos poucos minando a resistência do espirito, à qual se associa a atuação de espíritos dedicados ao mal ou desejosos  de vingança (obsessão). 

Em síntese, uns estão rebelados contra a Vida, o Mundo e Deus; outros estão desanimados entre os obstáculos a remover do próprio caminho. 

Um dia, eclodem os variados sintomas neuróticos ou psicóticos, conforme a intensidade da perturbação íntima.



Carlos Toledo Rizzini



Fonte: do livro "Evolução para o Terceiro Milênio", EDICEL
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

OTIMISMO

Geralmente quando nos deparamos com problemas, nossa mente se vê aprisionada em preocupações e medo. 

Por causa disso, os problemas parecem ser maiores do que realmente são e perdemos a habilidade de encontrar soluções e trabalhar construtivamente. 

Quando reconheço um problema, o primeiro passo é sorrir para mim. 

Quando estou certa de que estou feliz internamente sei que a situação passará e que terá algo a me ensinar. 

Assim as soluções vêm de forma rápida e fácil. 

Ao considerar obstáculos como um jogo sou capaz de superá-los enquanto sorrindo e cantando.




Brahma Kumaris



Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 23 de maio de 2013

PROBLEMAS INFANTIS E JUVENIS (CAUSAS E POSSÍVEIS SOLUÇÕES)


A criança é plenamente acessível aos verdadeiros e genuínos valores, mas também a falsos e ilusórios valores, é óbvio. Aqui temos, assim, o princípio da responsabilidade de cada um no seu cuidado e trato em relação a infância e juventude.


As crianças, em praticamente todas as épocas, sempre foram familiarizadas com o crime desde a mais tenra idade. E como toda a ideia tende a tornar-se em ato, são, os adultos, altamente responsáveis por expô-las ao contato com imagens e ideias de violência. Temos, portanto, uma das causas ou estímulos à violência infantil com suas consequências danosas em todas as idades.


Por outro lado, encontramos causas também dentro do lar. Nele pode ocorrer o excesso de cuidado, o vício da bebida, a falta de harmonia, a falta de carinho, a falta de diálogo, a violência e muitos outros problemas. A criança percebe e registra tudo e começa a ter atos e modelos de vida como consequência direta. A falta de responsabilidade e consciência dos pais pode gerar e estimular atos sérios, graves e até incorrigíveis.


Temos ainda a problemática da educação errônea, mal dirigida e mal intencionada que leva, também, a infância e a juventude, a efeitos danosos. A maioria das escolas apenas "empurram" teorias diversas, por força de imposição curricular e doutrinária da política social e econômica vigente. O que é útil, saudável e que poderia oportunizar a expressão nata e sadia das crianças e jovens ficam em segundo plano. A ideia de busca de uma finalidade e objetivo em todos os sentidos da vida estão, geralmente, sufocados por outros "interesses", restando-lhes o vazio existencial.


Estatutos, princípios, declarações de direitos da criança e adolescentes são criados com uma finalidade, porém desvirtuados e utilizados para fins de encobrir teorias sociais de matizes políticas. Pretender reformar e proteger a infância e a juventude somente submetendo-as e constrangendo-as está claro que é ineficaz; entretanto não podemos nos esquecer de que o extremo oposto é também danoso.


Podemos considerar que o êxito, ou o caminho para o êxito, está possivelmente na apresentação constante de certas verdades e valores convincentes, lógicos, comprovados e esperançosos.


Deve-se, em primeiro lugar, procurar compreender o mundo infanto juvenil da melhor e mais profunda maneira, e levar em conta suas dificuldades e inexperiências para que se possa tentar resolver seus problemas, ou melhor, propiciar-lhes maneiras e incentivos para que possam desfrutar de uma vida mais plena e proveitosa.


A seguir, deve-se considerar a participação ativa da criança e do jovem aluno como essencial à sua educação. É fundamental, do ponto de vista da educação construtivista, que o aluno seja o agente da sua própria formação, e que o professor assuma o papel de motivador e orientador, superando a função e figura de um mero repassador de conteúdos. Infelizmente, o que se observa no construtivismo, ainda muito manchado de políticas e interesses, é que tem se prestado apenas de ser um pano de fundo para um alto grau de permissividade e falta de responsabilidade (pais, alunos e escola).


Todas as épocas possuem seus problemas. Hoje fala-se muito em crise de ética e meio ambiente. Contudo, a partir dessa crise, estamos vivendo o nascimento de novos valores e de uma consciência mais global, ecológica e social. E a criança deve ser estimulada e agregada na participação desse novo contexto. Estimulá-las desde cedo às praticas sociais e ecológicas sadias e tornar conhecidos os exemplos positivos da experiência humana será algo a ser cada vez mais exercido.


Os problemas infantis e juvenis não serão solucionados se lhes fecharmos os olhos às situações e desafios da vida cotidiana. É dentro desse contexto que as metas e objetivos deveriam ser enfatizados e trabalhados.


Toda a problemática continuará e se tornará mais grave se continuarmos o enfoque atual da civilização, ou seja, o existir para satisfazer apenas "necessidades" humanas materiais.


Não se observa outro caminho ou saída a não ser que o homem lute para realizar sua imagem real, interior, arquetípica, sua própria totalidade. E a educação e a família deveriam enfatizar desde o início a preparação do ser humano, infância e juventude, para esse ideal. Tudo deveria ser organizado de maneira que a sociedade humana se subordine à meta primordial de garantir ao ser humano a sua auto realização de acordo com a sua natureza interior, suas aptidões e tendências. Portanto, a capacidade de questionar, discutir, discernir e a responsabilidade social deveria ser assumida pelos adultos e estimulada nos jovens.


A partir dessas ideias básicas, pode-se alimentar a esperança de um futuro melhor e de que os problemas sejam resolvidos da melhor maneira possível. E como as crianças serão os futuros pais, mestres e professores, poderão transmitir e saber lidar mais profundamente e sabiamente com as bases e causas dos problemas que advirão em sua caminhada. Saberão enfrentar todas as dificuldades e crises que fazem parte da natureza humana e que são necessárias como ferramentas de evolução, autorrealização e conscientização.




Prof. Hermes Edgar Machado Junior




Referências e sugestões bibliográficas:

- Educação na Nova Era, de Alice A. Bailey
- O Senso de Responsabilidade na Sociedade, de Torkom Saraydarian
- A Psicologia da Cooperação e da Consciência Grupal, de Torkom Saraydarian
- Ter ou Ser, de Erich Fromm
- Saber Cuidar, de Leonardo Boff
- Ecologia, Mundialização e Espiritualidade, de Leonardo Boff



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal